Aos nove anos ficou órfão da mãe Emília; aos 11
anos perdera seu irmão Edmundo e aos 21 anos, morria também seu pai. O jovem
das dores se tornou o líder do consolo. Gostava de teatro, música popular,
literatura e ainda chegou a jogar futebol como goleiro num time da cidade.
Porém, suas melhores defesas fora a favor da paz, das mulheres, dos jovens e
dos pobres*.
Em 01 de novembro de 1946, aos 26 anos, fora
ordenado sacerdote católico pelo cardel-arcebispo da Cracóvia, Adam Stefan
Sapieha. A partir daí começou sua história e ascensão religiosa, conforme a
vontade de Deus. Doze anos mais tarde, foi nomeado Bispo Auxiliar da Crócavia,
em 04 de Julho de 1958, e dois meses mais tarde Bispo, em 29 de Setembro. No
dia 13 de Janeiro de 1964, fora nomeado Arcebispo da Crócavia.
Depois Wojtyla participou do Concílio Vaticano II
onde colaborou na redação de documentos importantíssimos para a história da
Igreja Católica: o Dignitates Humanae (Declaração sobre a liberdade religiosa)
e a Gaudium et Spes (Constituição Pastoral sobre a Igreja e o mundo de hoje).
Até que, no dia 26 de Junho de 1967, o Papa Paulo IV nomeou Cardeal.
Aos 58 anos de vida, em 16 de outubro de 1978 foi
eleito Papa pelo conclave, Sumo Pontífice da Igreja Católica, Una e Santa,
adotando o nome de PAPA JOÃO PAULO II, em homenagem ao seu antecessor João
Paulo I, que falecera de forma inesperada com 33 dias de Pontificado (o 11°
mais curto da história).
João Paulo II foi eleito como o primeiro Papa
Polonês e o primeiro não italiano em 455 anos desde Adriano VI (1522-1523).
Liderou a Igreja por 26 anos e seis meses, o segundo mais longo Pontificado da
história, atrás apenas do Pio IX.
O mais importante de tudo não são os dados
históricos, mas os atos concretos que ele realizou ao longo do seu Pastoreio.
Homem de profunda oração e muito sábio, sempre
procurou a paz e a unidade, foi o Papa que mais fez viagens apostólicas,
percorrendo o mundo em busca de promover a paz. Foi o mensageiro mais ousado do
século XX, suas realizações e escritos são pérolas preciosas. Foi o Papa mais
popular da história. Pregou numa Igreja Luterana e numa Mesquita (em Damasco,
Síria). Visitou o Muro das lamentações, em Jerusalém, pediu perdão dos erros
que a “Igreja”** cometeu no passado em sua história.
Com sua coragem criticou fortemente o Comunismo
Soviético, na década de 80, a aproximação da Igreja com o Marxismo nos países
em desenvolvimento, e a teologia da Libertação.
Foi um grande promotor da aproximação da Igreja
Católica com várias outras religiões.
Ao todo, o riquíssimo depósito de formação
espiritual, doutrinal e humana que nos deixou, contam com 14 encíclicas, 9
exortações apostólicas, além de outras cartas aos jovens, aos artistas, as
mulheres, ás família, entre outros documentos, homilias e pronunciamentos. Mas
nem tudo foram flores e alegrias em sua vida. O bom homem sofreu bastante com
alguns incidentes e sua saúde. Aos 40 anos foi atropelado por um caminhão
militar alemão, em Cracóvia e sofreu uma fratura no crânio. Em 13 de Maio de
1981, foi vítima de um atentado na Praça de São Pedro, por parte do turco Ali
Agca, quando se recuperou deste fato que foi conhecido mundialmente ainda
visitou o criminoso na cadeia e o perdoou. Foi internado outras vezes sofrendo
por tumor do Cólon e da vesícula biliar; outra vez por que caiu e fraturou uma
omoplata (1993) e depois fraturou o fêmur noutra queda (1994). Ainda mais,
sofreu de apêndice (1996), artrose no joelho direito (2002). Como se não
bastasse, o mundo viu que desde os anos 90, quando contava mais de 70 anos foi
ainda atingido pelo mal de Parkinson.
O amigo de Deus, que lutava pela unidade e
pela Paz, amava os jovens, as crianças, defendia o direito e a dignidade das
mulheres e dos negros, zelava pela moral cristã, pastoreou a Igreja de Cristo
com sua vida e sofreu o martírio incruento, dia após dia e nunca mais será
esquecido na história da humanidade. Viveu o amor, foi amor!
As 21h37min, hora de Roma, no dia 02 de Abril de
2005, aos 84 anos (próximo de seu aniversário), o amado mensageiro expirou. Quando vi o noticiário, confesso senti como se tivesse falecido
meu pai, um dos meus melhores amigos, tal o amor, respeito e admiração (que
ainda tenho!) por este santo homem.
Algumas singelas e significativas frases suas:
“O cristão que participa da Eucaristia aprende dela
a fazer-se promotor de comunhão, de paz, de solidariedade, em todas as
circunstancias da vida.”
“O santo é o testemunho mais esplendido da
dignidade conferida ao discípulo de Cristo (…) Hoje, como nunca, urge que todos
os cristãos retomem o caminho da renovação evangélica, acolhendo com
generosidade o convite apostólico de ser santo em todas as ações”.
“Verdadeiramente o Espírito santo é o protagonista
de toda a missão eclesial (…) por sua ação de Boa-Nova ganha corpo nas
consciências e nos corações humanos, se expandido na história. Em tudo isso, é
o Espírito santo que da a vida”
“Um dos campos onde a família é insubstituível, é
certamente o da educação religiosa, graças a qual a família cresce como
<>”.
João Paulo II, amigo de Cristo, amigo dos amigos de
Nossa Senhora, mãe de Deus, amigo dos “inimigos” da Igreja, amigo do povo de
Deus, amigo da unidade e da Paz… Rogai por nós!
Cláudio Cássio.
Fonte:www.paraclitus.com.br
* E sem
dúvida a favor da vida humana e da família (N.R.)
** A
Igreja é santa, porém os homens que fazem parte da igreja militante são
pecadores. (N.R.)
Irmão de dois mártires cristãos assassinados pelo
Estado Islâmico, Beshir não está de luto: “Eles são meu orgulho e me fazem
andar de cabeça erguida”.
Vinte e um. Foi o número de cristãos mortos pelo Estado Islâmico, em um vídeo
divulgado pelo grupo terrorista, no dia 15 de fevereiro, há pouco mais de um
mês.
A gravação – produzida com música de
fundo e efeitos de edição – leva o título A message
signed with blood to the nation of the cross ["Uma mensagem
assinada com sangue para a nação da cruz"]. No vídeo, membros do Estado
Islâmico, vestidos de preto, trazem consigo 21 cristãos coptas do Egito, com
macacões alaranjados, e os conduzem ao longo da Costa de Wilayat Tarabulus, na
Líbia, à beira do Mar Mediterrâneo. Eles enfileiram "os seguidores da hostil
Igreja Egípcia", ajoelhados, e cortam as suas cabeças, deixando vermelhas
de sangue as águas costeiras. É possível ver os lábios
dos mártires se mexendo e invocando o nome de Jesus antes da morte.
No dia 17 de fevereiro, o Papa
Francisco ofereceu a sua Missa matutina na Capela da Casa Santa Marta por esses "vinte
e um irmãos coptas, decapitados só porque eram cristãos".
Muitas vezes, o Ocidente tende a olhar para os martírios do Império
Romano – os cristãos crucificados, decapitados ou entregues aos leões nas
arenas do Coliseu – como para um passado distante. As pessoas são quase
tentadas a pensar que as atrocidades de outrora ficaram para trás, que as
loucuras de um Nero ou de Diocleciano já não se repetem mais na era
contemporânea, tão certas estão da civilidade e superioridade moral dos tempos
modernos.
Ledo engano. Longe daqui, cabeças
humanas são decepadas, apenas por crerem em Cristo; pelo simples fato de terem
sido banhadas, um dia, pelas santas águas do Batismo. 15 de fevereiro –
escolhido pelos terroristas muçulmanos para mandar a sua "mensagem de
sangue" ao mundo – já era o dia dos mártires São Faustino e São Jovita. Os
dois – um sacerdote e um diácono católicos, respectivamente – também foram
decapitados, em Roma, no ano de 146. Agora, quase dois mil anos depois, no
mesmo dia 15, a história recorda aos homens uma lição há muito esquecida: o Cristianismo ainda é, de fato, a religião mais perseguida do
mundo.
A verdade é que as perseguições sempre
estiveram presentes na história da Igreja. Foi o próprio Senhor quem alertou os
Seus discípulos: "Sereis expulsos das sinagogas, e virá a hora em que todo
aquele que vos matar, julgará estar prestando culto a Deus" (Jo 16, 2). Ao lado dessa previsão aparentemente terrível, todavia, o mesmo
Jesus ajuntou uma promessa extraordinária: "Felizes aqueles que sofrem perseguição pelo
amor da justiça, porque deles é o Reino dos céus" (Mt 5, 10).
Ora, como podem ser felizes estes homens que perderam as próprias
cabeças? Como podem ser chamados bem-aventurados estes rapazes que,
tendo família, mulher e filhos e "uma vida inteira pela frente",
perderam tudo de uma só vez?
Poder-se-ia responder, com Nosso
Senhor, que "quem ama pai ou mãe, filho ou filha, mais do que a mim, não é
digno de mim" (Mt 10, 37). Ou recorrer
a Santo Tomás de Aquino e explicar que as "realidades invísiveis"
valem muito mais do que este mundo visível.
Todavia, é melhor que os leitores que
acompanham estas parcas linhas ouçam, eles mesmos, o testemunho de Beshir, que
perdeu seus dois irmãos, Bishoy (25) e Samuel (23), nas mãos dos terroristas
islâmicos. Trata-se de uma pessoa real, afetada diretamente pelas crueldades do
Estado Islâmico. Perguntado sobre como se sente em relação à perda dos dois,
Beshir não hesita em dizer: "São meu orgulho (...).
Eles me fazem andar de cabeça erguida".
Eis a razão da bem-aventurança destes
21 mártires coptas do Egito: eles morreram por amor a
Cristo. E "não existe maior prova de amor do que dar a vida por seus
amigos" (Jo 15, 13).
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
Fonte: www.padrepauloricardo.org/blog
EVANGELIUM
VITAE
Por
ocasião dos 20 anos da encíclica “Evangelium
Vitae” (Evangelho da Vida) de São João Paulo II publicamos alguns trechos
dela:
1. O Evangelho da vida
está no centro da mensagem de Jesus. Amorosamente acolhido cada dia pela
Igreja, há de ser fiel e corajosamente anunciado como boa nova aos homens de
todos os tempos e culturas.
O valor incomparável da pessoa humana
2. O homem é chamado a uma plenitude de vida que se estende muito
para além das dimensões da sua existência terrena, porque consiste na
participação da própria vida de Deus.
A sublimidade desta vocação sobrenatural revela a grandeza e o valor precioso da vida humana, inclusive já na
sua fase temporal. Com efeito, a vida temporal é condição basilar, momento
inicial e parte integrante do processo global e unitário da existência humana:
um processo que, para além de toda a expectativa e merecimento, fica iluminado
pela promessa e renovado pelo dom da vida divina, que alcançará a sua plena
realização na eternidade (cf. 1
Jo 3, 1-2).
13. Para facilitar a difusão do aborto, foram investidas — e continuam a
sê-lo — somas enormes, destinadas à criação de fármacos que tornem possível a
morte do feto no ventre materno, sem necessidade de recorrer à ajuda do médico.
A própria investigação científica, neste âmbito, parece quase exclusivamente
preocupada em obter produtos cada vez mais simples e eficazes contra a vida e,
ao mesmo tempo, capazes de subtrair o aborto a qualquer forma de controle e
responsabilidade social.
Afirma-se freqüentemente que a contracepção, tornada segura e acessível a
todos, é o remédio mais eficaz contra o aborto. E depois acusa-se a Igreja
Católica de, na realidade, favorecer o aborto, porque continua obstinadamente a
ensinar a ilicitude moral da contracepção.
Bem vista, porém, a objeção é
falaciosa. De fato, pode acontecer que muitos recorram aos contraceptivos com a
intenção também de evitar depois a tentação do aborto. Mas os pseudo-valores
inerentes à « mentalidade contraceptiva » — muito diversa do exercício
responsável da paternidade e maternidade, atuada no respeito pela verdade plena
do ato conjugal — são tais que tornam ainda mais forte essa tentação, na
eventualidade de ser concebida uma vida não desejada. De fato, a cultura pró-aborto
aparece sobretudo desenvolvida nos mesmos ambientes que recusam o ensinamento
da Igreja sobre a contracepção. Certo é que a contracepção e o aborto são males especificamente diversos do ponto de vista moral: uma
contradiz a verdade integral do ato sexual enquanto expressão própria do amor
conjugal, o outro destrói a vida de um ser humano; a primeira opõe-se à virtude
da castidade matrimonial, o segundo opõe-se à virtude da justiça e viola diretamente
o preceito divino « não matarás ».
Mas, apesar de terem natureza e peso moral diversos, eles surgem,
com muita freqüência, intimamente relacionados como frutos da mesma planta. É
verdade que não faltam casos onde, à contracepção e ao próprio aborto se vem
juntar a pressão de diversas dificuldades existenciais que, no entanto, não
podem nunca exonerar do esforço de observar plenamente a lei de Deus.
Infelizmente, emerge cada vez mais a estreita conexão que existe,
a nível de mentalidade, entre as práticas da contracepção e do aborto, como o
demonstra, de modo alarmante, a produção de fármacos, dispositivos
intra-uterinos e vacinas, os quais, distribuídos com a mesma facilidade dos
contraceptivos, atuam na prática como abortivos nos primeiros dias de
desenvolvimento da vida do novo ser humano.
14. Também as várias técnicas
de reprodução artificial, que
pareceriam estar ao serviço da vida e que, não raro, são praticadas com essa
intenção, na realidade abrem a porta a novos atentados contra a vida. Para além
do fato de serem moralmente inaceitáveis, porquanto separam a procriação do
contexto integralmente humano do ato conjugal, essas técnicas registram altas
percentagens de insucesso: este diz respeito não tanto à fecundação como
sobretudo ao desenvolvimento sucessivo do embrião, sujeito ao risco de morte em
tempos geralmente muito breves. Além disso, são produzidos às vezes embriões em
número superior ao necessário para a implantação no útero da mulher e esses,
chamados « embriões supranumerários », são depois suprimidos ou utilizados para
pesquisas que, a pretexto de progresso científico ou médico, na realidade
reduzem a vida humana a simples « material biológico », de que se pode
livremente dispor.
Os diagnósticos
pré-natais, que não
apresentam dificuldades morais quando feitos para individuar a eventualidade de
curas necessárias à criança ainda no seio materno, tornam-se, com muita freqüência,
ocasião para propor e solicitar o aborto. É o aborto eugênico, cuja
legitimação, na opinião pública, nasce de uma mentalidade — julgada,
erradamente, coerente com as exigências « terapêuticas » — que acolhe a vida
apenas sob certas condições, e que recusa a limitação, a deficiência, a
enfermidade.
Seguindo a mesma lógica, chegou-se a negar os cuidados ordinários
mais elementares, mesmo até a alimentação, a crianças nascidas com graves
deficiências ou enfermidades. E o cenário contemporâneo apresenta-se ainda mais
desconcertante com as propostas — avançadas aqui e além — para, na mesma linha
do direito ao aborto, se legitimar até o infanticídio, retornando assim a um estado de
barbárie que se esperava superado para sempre.
15. Ameaças não menos graves pesam também sobre os doentes incuráveis e os doentes terminais, num contexto social e cultural
que, tornando mais difícil enfrentar e suportar o sofrimento, aviva a tentação de resolver o problema do
sofrimento eliminando-o pela raiz, com
a antecipação da morte para o momento considerado mais oportuno.
34. A vida é sempre um bem.
Quando a Igreja declara que o respeito
incondicional do direito à vida de toda a pessoa inocente — desde a sua
concepção até à morte natural — é um dos pilares sobre o qual assenta toda a
sociedade, ela « quer simplesmente promover
um Estado humano. Um Estado
que reconheça como seu dever primário a defesa dos direitos fundamentais da
pessoa humana, especialmente da mais débil ».
Fonte:www.vatican.va
NOSSA SENHORA DA LUZ
DE ZEITOUN
A antiga tradição cristã narra que a
Sagrada Família habitou em Zeitoun, uma pequena cidade próxima do Cairo,
capital do Egito, durante a fuga do rei Herodes. Foram cinco anos de desterro.
Os lugares em que viveram, mais tarde, se tornaram templos, hoje santuários de
adoração para a cristandade.
A igreja ortodoxa copta de Zeitoun guarda o local onde a Virgem Maria, José e o Menino Jesus residiram. Entre 1968 e 1970 esse templo foi o cenário de uma série de aparições de Nossa Senhora. Elas aconteciam à noite, sempre precedidas por um cortejo de brilhos, ora em forma de pombas, ora em forma de cruzes ou estrelas, sobrevoando a sua cúpula. A imagem adquiria o contorno a partir de uma nuvem luminosa, que se movia fazendo aparecer a Mãe de Deus toda envolta em luz.
O local era invadido pelo suave odor de incenso que desaparecia, depois, com Ela. As aparições duravam minutos ou várias horas. Na mais longa, Maria permaneceu por nove horas. Algumas vezes Ela aparecia com Jesus ao seu lado, noutras segurava o Menino Jesus nos braços. Mas sempre manteve silêncio, sua mensagem foi a própria aparição.
Durante esses dois anos foram incontáveis as conversões e os milagres de cura. Tudo pôde ser testemunhado pelos cristãos e não cristãos, além de amplamente documentado por jornalistas, cientistas, médicos e teólogos de muitos países. A mídia egípcia filmou, fotografou e divulgou as manifestações luminosas pela rede televisiva, jornais e revistas. Inclusive o então presidente egípcio Abdul Nasser, um cético religioso, não contestou a aparição que foi presenciar.
A Igreja de Roma recebeu relatórios das missões católicas atuantes no Egito. Primeiro foi o reitor jesuíta do Colégio da Sagrada Família do Cairo, que narrou o que viu das milagrosas aparições da Mãe de Deus e declarou sua aceitação. Depois foi o parecer das religiosas católicas da Ordem do Sagrado Coração de Zeitoun. Para apurar a veracidade dos fatos em 1968, o Vaticano enviou um representante que tudo comprovou e transmitiu ao então Papa Paulo VI, ao retornar à Santa Sé.
Em 1973, três anos após as aparições terem encerrado, foram concluídas as rigorosas investigações científicas e teológicas, solicitadas pelo Patriarca da Igreja Ortodoxa Copta. Só então veio o pronunciamento oficial: "A Mãe de Deus de fato apareceu ao redor da Igreja da Virgem Maria em Zeitoun, no Cairo, Egito". Em seguida, a declaração do Papa da Igreja Católica de Roma ratificou esse pronunciamento.
Anualmente no dia 02 de abril, data da primeira aparição, se celebra a invocação de Nossa Senhora de Zeitoun. Essa devoção se propagou como a renovação da passagem do exílio da Santa Família no Egito.
A igreja ortodoxa copta de Zeitoun guarda o local onde a Virgem Maria, José e o Menino Jesus residiram. Entre 1968 e 1970 esse templo foi o cenário de uma série de aparições de Nossa Senhora. Elas aconteciam à noite, sempre precedidas por um cortejo de brilhos, ora em forma de pombas, ora em forma de cruzes ou estrelas, sobrevoando a sua cúpula. A imagem adquiria o contorno a partir de uma nuvem luminosa, que se movia fazendo aparecer a Mãe de Deus toda envolta em luz.
O local era invadido pelo suave odor de incenso que desaparecia, depois, com Ela. As aparições duravam minutos ou várias horas. Na mais longa, Maria permaneceu por nove horas. Algumas vezes Ela aparecia com Jesus ao seu lado, noutras segurava o Menino Jesus nos braços. Mas sempre manteve silêncio, sua mensagem foi a própria aparição.
Durante esses dois anos foram incontáveis as conversões e os milagres de cura. Tudo pôde ser testemunhado pelos cristãos e não cristãos, além de amplamente documentado por jornalistas, cientistas, médicos e teólogos de muitos países. A mídia egípcia filmou, fotografou e divulgou as manifestações luminosas pela rede televisiva, jornais e revistas. Inclusive o então presidente egípcio Abdul Nasser, um cético religioso, não contestou a aparição que foi presenciar.
A Igreja de Roma recebeu relatórios das missões católicas atuantes no Egito. Primeiro foi o reitor jesuíta do Colégio da Sagrada Família do Cairo, que narrou o que viu das milagrosas aparições da Mãe de Deus e declarou sua aceitação. Depois foi o parecer das religiosas católicas da Ordem do Sagrado Coração de Zeitoun. Para apurar a veracidade dos fatos em 1968, o Vaticano enviou um representante que tudo comprovou e transmitiu ao então Papa Paulo VI, ao retornar à Santa Sé.
Em 1973, três anos após as aparições terem encerrado, foram concluídas as rigorosas investigações científicas e teológicas, solicitadas pelo Patriarca da Igreja Ortodoxa Copta. Só então veio o pronunciamento oficial: "A Mãe de Deus de fato apareceu ao redor da Igreja da Virgem Maria em Zeitoun, no Cairo, Egito". Em seguida, a declaração do Papa da Igreja Católica de Roma ratificou esse pronunciamento.
Anualmente no dia 02 de abril, data da primeira aparição, se celebra a invocação de Nossa Senhora de Zeitoun. Essa devoção se propagou como a renovação da passagem do exílio da Santa Família no Egito.
DOIS ANOS DE PONTIFICADO DE FRANCISCO
Pensar nestes dois anos
de pontificado de Francisco é pensar em um “tsunami” de fé, que envolveu a
Igreja em todas as partes do mundo. Sim, foi uma tempestade de otimismo que
investiu o mundo católico e chegou a fazer com que muitos fiéis, distantes da
Igreja, retornassem à sua fé e à sua Igreja.
O carisma de Francisco
deu vida à publicação de livros, artigos, comentários, tentando explicar e
fazer conhecer a vida desse homem que conquistou multidões com o seu jeito
simples de ser.
Os gestos de Francisco,
desde a carícia a uma criança, a um enfermo, a um idoso, até as expressões
corporais com o positivo, dedo para cima, o tomar chimarrão em plena Praça São
Pedro, aproximaram ainda mais o Papa, o Pastor, de suas ovelhas. Sim porque o
povo vê nestes gestos simples, a fórmula de um amor que se transforma em
serviço, sem barreiras, sem distâncias. É o Papa que está conosco, dizem, que
fala comigo, que tira fotos comigo, que me abençoa.
Os dois anos de
pontificado de Bergoglio estão condensados em um documento pragmático publicado
em forma de Exortação Apostólica, “Evangelii gaudium”, que dá o tom de ação de
uma Igreja tão desejada por ele, “uma igreja pobre, para os pobres e no meio
dos pobres”. Um texto que abrange várias temáticas, da economia à ética, da
inclusão social à conversão.
Neste pouco tempo de
pontificado uma das características desenvolvidas por Francisco foi a “teologia
do encontro” do “diálogo”; um novo modo e falar chegando a criar novas
expressões, um pouco italianas, um pouco espanholas como “mafiarsi”, referindo-se
à máfia. Mas também cunhou expressões que hoje fazem parte do nosso vocabulário
de cristãos: globalização da indiferença, globalização do descarte etc… Estamos
falando o “bergogliês”.
A comunicação de
Francisco não é uma comunicação só de palavras. Basta pensar nas primeiras
decisões e gestos que Francisco fez. Foi viver na Casa Santa Marta, junto com
os hóspedes que ali passam frequentemente, abandonando os apartamentos
pontifícios, aonde vai somente para trabalhar, para as audiências.
Passaram-se somente dois
anos, mas foram dois anos de muita intensidade, de sulcos profundos que
marcaram a vida da Igreja e de milhões de pessoas. Certamente no futuro não
faltarão surpresas inspiradas pelo Espírito que Francisco irá propor após muito
discernimento e oração.
Francisco nos ensinou a
dobrar os joelhos e dialogar com o Pai.
Uma missão que Francisco
desempenha sem meias palavras apresentando a misericórdia e a ternura de Deus.
Centro de tudo, o Evangelho, lido, rezado, meditado, proclamado e comentado de
modo simples por um “homem simples” que com as suas homilias na Casa Santa
Marta, sacode o pó das nossas vidas adormecidas.
O mundo ganhou nova esperança com Francisco. (Silvonei José) –
Radio Vaticana.
Além da
Itália, nestes dois anos o papa já visitou o Brasil, Jordânia, Terra-Santa,
Coréia do Sul, Albânia, França, Turquia, Sri-Lanka e Filipinas!
Concluiu
a encíclica Lumen Fidei (iniciada por Bento XVI).
Convocou
o Sínodo da Família.
Acolheu
diversas vezes os pobres e ajudou-os materialmente.
Pediu
ajuda internacional e socorro para o povo da Síria e do Iraque.
Instituiu
o dia da misericórdia – 24 horas para o Senhor – 24h de adoração e atendimento
de confissões tendo início na tarde da sexta-feira da terceira semana da
quaresma até a tarde de sábado.
Proclamou
o Ano Santo da Misericórdia que terá início em 8 de dezembro. A Misericórdia
Divina parece ser a ênfase de seu pontificado.
SANGUE DE SÃO
JANUÁRIO SE LIQUEFEZ NAS MÃOS DO PAPA FRANCISCO
O milagre aconteceu em Nápoles (Itália), sábado, 21 de março.
O sangue de São Januário, que é conservado em uma ampola de vidro desde o século IV, deixou o estado de coagulação e se tornou líquido novamente. O milagre se repete nas festas do santo, mas, diante de um papa, isso não acontecia desde 1848, com o Papa Pio IX (papa que proclamou o dogma da Imaculada Conceição de Maria).
O Papa Francisco, como sempre, reagiu com humildade. Ao constatar o milagre, o cardeal Sepe exclamou: "Sinal de que São Januário gosta do Papa, que é napolitano como nós, porque metade do sangue se liquefez!".
Já o Papa, com seu jeito simples e bem humorado, respondeu: "O bispo disse que a metade do sangue se liquefez, acho que o santo gosta de nós pela metade, precisamos nos converter um pouco mais para que ele goste mais de nós!".
O Santo Padre concluiu seu encontro agradecendo e fazendo um pedido: "Muito obrigado! E por favor, eu lhes peço: não se esqueçam de rezar por mim. Obrigado." Fonte: aleteia
FESTA LITÚRGICA DA DIVINA MISERICÓRDIA
A Festa da Misericórdia ocupa um lugar privilegiado entre todas
as formas de devoção à Divina Misericórdia reveladas à Santa Faustina. Já na
primeira ocasião em que Jesus lhe falou sobre a Divina Misericórdia, em 22 de
fevereiro de 1931, Ele pediu à Santa Faustina: “Eu desejo que haja a Festa da
Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja abençoada
solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a
Festa da Misericórdia. Desejo que os sacerdotes anunciem esta Minha grande
misericórdia para com as almas pecadoras (Diário de Santa Faustina, 49-50).
Na oitava da Páscoa de 1933, Jesus fez mais um pedido à Santa
Faustina: “Na minha Festa ‒ na Festa da Misericórdia ‒ percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas
que desfalecem para fonte da Minha misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei” (Diário, 206). No ano seguinte (1934),
Jesus fez uma promessa: “Aquele que, nesse dia, se aproximar da Fonte da Vida, alcançará
perdão total das culpas e das penas” (Diário, 300).
Durante muito tempo, Santa Faustina rezou e ofereceu os seus
sofrimentos e mortificações na intenção do Papa, para que a Festa da
Misericórdia fosse instituída em toda a Igreja (cf. Diário, 341 e 368).
Enquanto isso não acontecia, ano após ano, no primeiro domingo após a Páscoa,
Faustina celebrava essa Festa interiormente, em seu coração, conforme o desejo
do Senhor. Em uma dessas ocasiões, no ano de 1935, logo após a santa Missa, a
Santa participava de uma adoração ao Santíssimo Sacramento, quando, em uma
visão, Jesus lhe disse: “Essa Festa saiu do mais íntimo da Minha Misericórdia e está
aprovada nas profundezas da Minha compaixão. Toda alma que crê e confia na
Minha Misericórdia irá alcançá-la” (Diário,
420).
No ano seguinte (1936), Jesus esclareceu: “Desejo que a Festa da
Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os
pecadores. Nesse dia, estarão abertas as entranhas da Minha misericórdia.
Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximarem da fonte da
Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das
culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas Divinas, pelas
quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim,
ainda que seus pecados sejam como o escarlate. (…) A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da Minha
Misericórdia (Diário,
699).
No primeiro Domingo depois da Páscoa também se lê e comenta o
Evangelho sobre a instituição do Sacramento da Penitência ou Reconciliação. Ao
exigir a Festa na oitava da Páscoa, Jesus nos revela que a maior manifestação
da Divina Misericórdia se dá no Sacramento da Reconciliação.
Jesus disse à Santa Faustina: “Desejo que, durante estes nove dias, conduzas as almas à fonte da
Minha misericórdia, a fim de que recebam força, alívio e todas as graças de que
necessitam nas dificuldades da vida e, especialmente, na hora da morte. Cada
dia conduzirás ao Meu Coração um grupo diferente de almas e as mergulharás
nesse oceano da Minha misericórdia. Eu conduzirei todas essas almas à Casa de
Meu Pai. (…) Nada negarei àquelas almas que
tu conduzirás à fonte da Minha misericórdia. Cada dia pedirás a Meu Pai, pela
Minha amarga Paixão, graças para essas almas” (Diário, 1209).
Presente de Deus para os nossos dias
A Festa da Misericórdia é um verdadeiro presente de Deus. É a última tábua de Salvação (cf. Diário, 687, 965, 1228). Nesse
dia, a Igreja concede aos fiéis indulgência plenária. Para bem celebrar essa Festa e
alcançar a indulgência, Jesus pediu coisas bem simples: confissão, comunhão e a
veneração confiante da Imagem de Jesus misericordioso. Pediu também ação ‒ obra de misericórdia ‒ para derramar graças sobre graças (cf.
Diário, 742).
Uma linda Festa da Divina Misericórdia
para todos.
Pe.
Andrzej Lach
Diretor do Apostolado da Divina Misericórdia
Diretor do Apostolado da Divina Misericórdia
Fonte:
www.misericordia.org.br
CATEQUESE do PAPA FRANCISCO
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 18 de março de 2015
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 18 de março de 2015
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Depois de ter revisado as diversas
figuras da vida familiar – mãe, pai, filhos, irmãos, avós – gostaria de
concluir este primeiro grupo de catequeses sobre família falando das crianças.
Farei isso em dois momentos: hoje me
concentrarei no grande dom que as crianças são para a humanidade – é verdade,
são um grande dom para a humanidade, mas também são as grandes excluídas porque
muitas vezes nem as deixam nascer – e depois me concentrarei em algumas feridas
que infelizmente fazem mal à infância. A mim vem em mente as tantas crianças
que encontrei durante a minha última viagem à Ásia: cheias de vida, de
entusiasmo e, por outro lado, vejo que no mundo muitas delas vivem em condições
indignas… De fato, do modo como são tratadas as crianças se pode julgar a
sociedade, mas não somente moralmente, também sociologicamente, se é uma
sociedade livre ou uma sociedade escrava de interesses internacionais.
Em primeiro lugar, as crianças nos
recordam que todos, nos primeiros anos da vida, fomos totalmente dependentes
dos cuidados e da benevolência dos outros. E o Filho de Deus não poupou esta
etapa. É o mistério que contemplamos a cada ano, no Natal. O Presépio é o ícone
que nos comunica esta realidade no mundo de forma mais simples e direta. Mas é
curioso: Deus não tem dificuldade em se fazer entender pelas crianças, e as
crianças não têm problemas em entender Deus. Não por acaso, no Evangelho há
algumas palavras muito belas e fortes de Jesus sobre os “pequenos”. Este termo
“pequenos” indica todas as pessoas que dependem da ajuda dos outros e, em
particular, as crianças. Por exemplo, Jesus diz: “Eu te bendigo, Pai, Senhor do
céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as
revelaste aos pequenos” (Mt 11, 25). E ainda: “Guardai-vos de menosprezar um só
destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar
a face de meu Pai que está nos céus” (Mt 18, 10).
Então, as crianças são em si mesmas uma
riqueza para a humanidade e também para a Igreja, porque nos chamam de volta
constantemente à condição necessária para entrar no Reino de Deus: aquela de
não nos considerarmos auto-suficientes, mas necessitados de ajuda, de amor, de
perdão. E todos precisamos de ajuda, de amor e de perdão!
As crianças nos recordam uma outra coisa
bela; recordam-nos que somos sempre filhos: mesmo se a pessoa se torna adulta,
ou idosa, mesmo se se torna pai, se ocupa um lugar de responsabilidade, abaixo
de tudo isso permanece a identidade de filho. Todos somos filhos. E isso nos reporta
sempre ao fato de que a vida não fomos nós que a demos, mas a recebemos. O
grande dom da vida é o primeiro presente que recebemos. Às vezes arriscamos
viver esquecendo-nos disso, como se fôssemos nós os patrões da nossa
existência, e em vez disso somos radicalmente dependentes. Na realidade, é
motivo de grande alegria sentir que em cada idade da vida, em cada situação, em
cada condição social, somos e permanecemos filhos. Esta é a principal mensagem
que as crianças nos dão, com sua própria presença: somente com a presença nos
recordam que todos nós e cada um de nós somos filhos.
Mas há tantos dons, tantas riquezas que
as crianças levam à humanidade. Recordo apenas algumas. Levam seu modo de ver a
realidade, com um olhar confiante e puro. A criança tem uma confiança
espontânea no pai e na mãe; e tem uma espontânea confiança em Deus, em Jesus,
em Nossa Senhora. Ao mesmo tempo, o seu olhar interior é puro, ainda não
poluído pela malícia, pela duplicidade, pelas “incrustações” da vida que
endurecem o coração. Sabemos que também as crianças têm o pecado original, que
têm seus egoísmos, mas conservam uma pureza e uma simplicidade interior. Mas as
crianças não são diplomatas: dizem aquilo que sentem, dizem aquilo que vêem,
diretamente. E tantas vezes colocam os pais em dificuldade, dizendo diante de
outras pessoas: “Eu não gosto disso porque é ruim”. Mas as crianças dizem
aquilo que vêem, não são pessoas duplas, ainda não aprenderam aquela ciência da
duplicidade que nós adultos, infelizmente, aprendemos.
Além disso, as crianças – em sua
simplicidade interior – levam consigo a capacidade de receber e dar ternura.
Ternura é ter um coração “de carne” e não “de pedra”, como diz a Bíblia (cf. Ez
36, 26). A ternura é também poesia: é “sentir” as coisas e os acontecimentos,
não tratá-los como meros objetos, somente para usá-los, porque servem…
As crianças têm a capacidade de sorrir e
de chorar: algumas, quando as pego para abraçá-las, sorriem; outras me vêem
vestido de branco e acreditam que eu sou um médico e que vim para vaciná-las, e
choram… mas espontaneamente! As crianças são assim: sorriem e choram, duas
coisas que em nós grandes muitas vezes “são bloqueadas”, não somos mais
capazes… Tantas vezes o nosso sorriso se torna um sorriso de papelão, uma coisa
sem vida, um sorriso que não é vivo, um sorriso artificial, de palhaço. As
crianças sorriem espontaneamente e choram espontaneamente. Depende sempre do
coração e muitas vezes o nosso coração se bloqueia e perde essa capacidade de
sorrir, de chorar. E então as crianças podem nos ensinar de novo a sorrir. Mas,
nós mesmos, devemos nos perguntar: eu sorrio espontaneamente, com frescor, com
amor ou o meu sorriso é artificial? Eu ainda choro ou perdi a capacidade de
chorar? Duas perguntas muito humanas que as crianças nos ensinam.
Por todos esses motivos, Jesus convida
os seus discípulos a “se tornarem como crianças”, porque “quem é como elas
pertence ao Reino de Deus” (cf Mt 18, 3; Mc 10, 14).
Queridos irmãos e irmãs, as crianças
levam vida, alegria, esperança, também problemas. Mas a vida é assim.
Certamente também trazem preocupações e às vezes tantos problemas; mas é melhor
uma sociedade com estas preocupações e estes problemas que uma sociedade triste
e cinza porque ficou sem crianças! E quando vemos que o nível de nascimento de
uma sociedade chega apenas a um por centro, podemos dizer que esta sociedade é
triste, é cinza, ficou sem as crianças.
http://www.comunidadejesusmenino.org.br/
MEDJUGORJE, 25-3-2015
"Queridos
filhos!
Também hoje o
Altíssimo me permite estar com vocês e conduzi-los no caminho da conversão.
Muitos corações se fecharam à graça e tornaram-se surdos ao meu chamado. Vocês,
filhinhos, rezem e lutem contra a tentação e todos os planos malignos que o
demônio lhes oferece através do modernismo. Sejam fortes na oração e, com a
cruz em suas mãos, rezem para que o mal não possa usá-los e não possa vencer em
vocês. Eu estou com vocês e rezo por vocês.
Obrigada por terem
respondido ao meu chamado."
A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA
(23) De fato, eu recebi do Senhor o que também vos
transmiti: Na noite em que ia ser entregue, o Senhor Jesus tomou o pão (24) e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “isto é o meu corpo entregue por vós. Fazei isto em memória de
mim”. (25) Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o
cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue. Todas as vezes que
dele beberdes, fazei-o em minha memória”. (26) De fato, todas as vezes que comerdes deste pão e
beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele
venha. (I Cor.11,23-16)
Jesus
foi claro: isto É o meu corpo, isto É o meu sangue, não “isto seria... faz de
conta...”.
Instituindo
a eucaristia, instituiu também o sacerdócio dando autoridade a seus apóstolos
para que continuassem fazendo isso em sua memória até que Ele venha.
Através
da sucessão apostólica os bispos e consequentemente os sacerdotes também
receberam esta autoridade confiada por Jesus para celebrarem a missa, durante a
qual tornam-se presentes seu corpo, sangue, alma e divindade (o Cristo
inteiro). Torna-se presente também seu sacrifício na cruz: sua paixão, morte e
ressurreição, como explica o Catecismo da Igreja Católica:
“1364. O
memorial recebe um sentido novo no Novo Testamento. Quando a Igreja celebra a
Eucaristia, faz memória da Páscoa de Cristo, e esta torna-se presente: o
sacrifício que Cristo ofereceu na cruz uma vez por todas, continua sempre atual:
«Todas as vezes que no altar se celebra o sacrifício da cruz, no qual
"Cristo, nossa Páscoa, foi imolado", realiza-se a obra da nossa
redenção».1367. O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício: «É uma só e mesma vítima e Aquele que agora Se oferece pelo ministério dos sacerdotes é o mesmo que outrora Se ofereceu a Si mesmo na cruz; só a maneira de oferecer é que é diferente». E porque «neste divino sacrifício, que se realiza na missa, aquele mesmo Cristo, que a Si mesmo Se ofereceu outrora de modo cruento sobre o altar da cruz, agora está contido e é imolado de modo incruento [...], este sacrifício é verdadeiramente propiciatório».
1374. O modo da presença de Cristo sob as espécies eucarísticas é único. Ele eleva a Eucaristia acima de todos os sacramentos e faz dela «como que a perfeição da vida espiritual e o fim para que tendem todos os sacramentos». No santíssimo sacramento da Eucaristia estão «contidos,verdadeira, real e substancialmente, o corpo e o sangue, conjuntamente com a alma e a divindade de nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, Cristo completo». 1375. É pela conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo que Ele Se torna presente neste sacramento. Os Padres da Igreja proclamaram com firmeza a fé da mesma Igreja na eficácia da Palavra de Cristo e da ação do Espírito Santo, para operar esta conversão. Assim, São João Crisóstomo declara:
«Não é o homem que faz com que as coisas oferecidas se tomem corpo e sangue de Cristo, mas o próprio Cristo, que foi crucificado por nós. O sacerdote, figura de Cristo, pronuncia estas palavras, mas a sua eficácia e a graça são de Deus. Isto é o Meu corpo, diz ele. Esta palavra transforma as coisas oferecidas»”
“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a
sua vida por seus amigos.”
Cristo
se doou totalmente a nós por sua morte na cruz para merecer-nos a glória eterna
que por nós mesmos não merecemos. Se nos doou a si próprio, nós podemos
oferecê-lo ao Pai conforme as orações do terço da misericórdia ensinadas por Ele
mesmo à santa Faustina: ETERNO PAI, EU VOS OFEREÇO O CORPO E O SANGUE, A ALMA E
A DIVINDADE DE VOSSO DILETÍSSIMO FILHO, NOSSO SENHOR JESUS CRISTO EM EXPIAÇÃO
DOS NOSSOS PECADOS E DOS DO MUNDO INTEIRO.
Como
Cristo se ofereceu por nós ao Pai como vítima de expiação pelos nossos pecados,
que também nós possamos doar nossas vidas totalmente a Ele e aos irmãos como
afirmou o papa Francisco: “A
vida é um tesouro precioso, mas só o descobrimos se a dermos aos outros.”
“Nos colocaram diante da escolha
de sermos cristãos ou sermos mortos” e “tivemos que fugir de nossas terras com
o nosso Cristo, com a nossa fé, com os nossos princípios. Escolhemos ir para
longe de nossas casas e do país que amamos, preferindo nos tornar estrangeiros em
uma terra estrangeira, com toda a dor e o sofrimento inerentes a esta decisão,
antes que tomar parte naquele mal e naquela violência desumana contra os
inocentes”. Este é um trecho da comovente carta entregue esta manhã ao Papa
Francisco, enviada por cristãos iraquianos refugiados há alguns meses na
Jordânia. A mensagem foi entregue nas mãos de Francisco pelo Padre Rifat, de
Amã, após a Missa celebrada na Casa Santa Marta.
O sacerdote também doou ao Santo Padre uma pintura realizada por um
destes refugiados: a pintura mostra uma caravana que deixa para trás os muros
da cidade (à esquerda se vê também uma estátua de lamassu, um dos símbolos da
civilização assíria e que foi destruída pelos jihadistas). No alto, uma imagem
da Sagrada Família e um anjo da guarda que acompanha o caminho de todo um povo:
sacerdotes, irmãs, homens, mulheres, idosos, crianças, alguns vestindo trajes
típicos das cidades de Mossul e Qaraqosh.
“Nestes meses – revela Padre Rifat – recebi destas pessoas, perseguidas
porque cristãs, um grande testemunho: elas não têm mais nada, a sua única
riqueza é a sua fé”. Eles próprios escrevem ao Papa: “A nossa fé hoje é muito
mais forte do que antes. Não temos medo de nada, pois estamos convencidos de
que Deus está conosco”. Fonte: radiovaticana.va
"OS TEMPOS
SÃO MAUS..."
Num de seus
sermões, S, Agostinho referia-se a um chavão do linguajar de sua gente:
"Os tempos são maus e ingratos! Outrora eram melhores!" Os cristãos o
diziam no século V, apavorados pelas invasões dos bárbaros, que ameaçavam Roma
e o Norte da África, onde Agostinho vivia. O mestre lhes respondia: "Os
tempos somos nós! Nós é que fazemos os
tempos!"
E, aludindo
explicitamente à cidade de Roma periclitante sob os golpes dos godos em 410,
exclamava: "Roma não são pedras e muralhas. Estas foram construídas de tal
modo que um dia, cedo ou tarde, haveriam de desmoronar. . . Roma são os
romanos. . . Roma não perecerá se os romanos não perecerem!" (Sermão
81,9).
Em ambos os casos,
o S. Doutor quer dizer que o homem tem uma grandeza interior mais pujante do
que o desenrolar dos tempos e o curso das pedras; o homem é chamado pelo
Criador a fazer a história, e não se deve julgar condenado a capitular porque
os tempos são ingratos ou certos valores materiais se perdem. O homem é que dá
aos tempos os adjetivos que lhes queira dar.
O mesmo Santo
ainda dizia: "Semeia o bem, e colherás o bem. Não esperes que os outros
comecem. Toma a iniciativa, faze a tua parte, e verás que o bem brotará em torno
de ti". Este programa já fora insinuado pelo Apóstolo ("Não te deixes
vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem!", Rm 12,21) e ressoaria nas
palavras de São João da Cruz (+1591): "Onde não há amor, põe amor e
colherás amor".
De certo modo, o
homem contemporâneo pode "consolar-se" por verificar que a queixa
referente à ingratidão dos tempos já data do século V. Pode-se crer que seja
tão antiga quanto o gênero humano.
O Cristianismo
veio projetar nova luz sobre o problema. Os tempos não são regidos pelo
mecanicismo dos acontecimentos apenas, mas estão sob o domínio do Cristo Jesus,
Rei dos séculos. Precisamente na vigília de Páscoa, quando em meio às trevas da
noite se acende o Círio Pascal, exclama a Liturgia:
"Cristo ontem
e hoje, Princípio e Fim, Alfa e Ômega. A Ele o tempo e a eternidade, a glória e
o poder pelos séculos sem fim! Amém".
O cristão é
portador da força vitoriosa de Cristo. Isto não significa que esteja isento de
sofrer, mas, sim, que o próprio sofrimento traz em si o seu antídoto, pois foi
transformado pelo Cristo em penhor de glória eterna. Não há, pois, como
capitular, para o cristão; não há também por que repetir o chavão "Os
tempos são maus"; antes, a inclemência dos tempos há de ser ocasião para
que o cristão se lembre de que lhe toca uma grande tarefa a realizar com
têmpera forte: "Sede bons, e os tempos serão bons!".
Dom Estêvão
Bettencourt
Fonte:
revista “pergunte e responderemos” n.347 (abril – 1991)
MENSAGEM
DE DOM PERUZZO
Parece-me que
qualquer mensagem para quem chega está bom, mas eu não gostaria por causa
disso, de tornar as coisas facilitadas, o que eu gostaria é que mais do que
deixar uma mensagem aos outros eu gostaria de dizer a mim, de maneira pública,
que eu quero ouvir bastante, não estabelecendo tempos, 6 meses para ouvir e
depois vamos fazer, não isso. Eu quero ouvir muito. Mas ao mesmo tempo, ouvir
não significa apenas uma atitude do acadêmico que quer analisar o que encontra,
não isso. Ouvir como quem quer partilhar, vamos falar assim: conhecer e deixar
me conhecer, não estabelecendo prazos mas de novo, não atos, atitudes, qual é a
diferença? O ato é aquilo que eu faço agora, a atitude é aquela predisposição
interior que me inspira a atos, é desde dentro que a gente começa a olhar para
fora e não o inverso, então vamos deixar a parte interior bem sensibilizada
como aquilo que é verdade evangelizadora e que se faz ver. Aí é necessário
contato, ir às paróquias, ouvir os padres, deixá-los falar e perceber lá onde há
belas experiências evangelizadoras que sejam também inspiradoras.
Fonte: arquidiocesedecuritiba.org.br
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