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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

informativo ami 204 novembro 2018




PALAVRA DE DEUS (Sb 2,12-3,19)

2,12.Cerquemos o justo, porque ele nos incomoda; é contrário às nossas ações; ele nos censura por violar a lei e nos acusa de contrariar a nossa educação. 13.Ele se gaba de conhecer a Deus, e se chama a si mesmo filho do Senhor! 14.Sua existência é uma censura às nossas idéias; basta sua vista para nos importunar. 15.Sua vida, com efeito, não se parece com as outras, e os seus caminhos são muito diferentes. 16.Ele nos tem por uma moeda de mau quilate, e afasta-se de nosso caminhos como de manchas. Julga feliz a morte do justo, e gloria-se de ter Deus por pai. 17.Vejamos, pois, se suas palavras são verdadeiras, e experimentemos o que acontecerá quando da sua morte, 18.porque, se o justo é filho de Deus, Deus o defenderá, e o tirará das mãos dos seus adversários. 19.Provemo-lo por ultrajes e torturas, a fim de conhecer a sua doçura e estarmos cientes de sua paciência. 20.Condenemo-lo a uma morte infame. Porque, conforme ele, Deus deve intervir. 21.Eis o que pensam, mas enganam-se, sua malícia os cega: 22.eles desconhecem os segredos de Deus, não esperam que a santidade seja recompensada, e não acreditam na glorificação das almas puras. 23.Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. 24.É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão. 
 3,1.Mas as almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os tocará. 2.Aparentemente estão mortos aos olhos dos insensatos: seu desenlace é julgado como uma desgraça. 3.E sua morte como uma destruição, quando na verdade estão na paz! 4.Se aos olhos dos homens suportaram uma correção, a esperança deles era portadora de imortalidade, 5.e por terem sofrido um pouco, receberão grandes bens, porque Deus, que os provou, achou-os dignos de si. 6.Ele os provou como ouro na fornalha, e os acolheu como holocausto. 7.No dia de sua visita, eles se reanimarão, e correrão como centelhas na palha. 8.Eles julgarão as nações e dominarão os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre. 9.Os que põem sua confiança nele compreenderão a verdade, e os que são fiéis habitarão com ele no amor: porque seus eleitos são dignos de favor e misericórdia. 10.Mas os ímpios terão o castigo que merecem seus pensamentos, uma vez que desprezaram o justo e se separaram do Senhor: e desgraçado é aquele que rejeita a sabedoria e a disciplina! 11.A esperança deles é vã, seus sofrimentos sem proveito, e as obras deles inúteis. 12.Suas mulheres são insensatas e seus filhos malvados; a raça deles é maldita. 13.Feliz a mulher estéril, mas pura de toda a mancha, a que não manchou seu tálamo: ela carregará seu fruto no dia da retribuição das almas. 14.Feliz o eunuco cuja mão não cometeu o mal, que não concebeu iniqüidade contra o Senhor, porque ele receberá pela sua fidelidade uma graça de escol, e no templo do Senhor uma parte muito honrosa, 15.porque é esplêndido o fruto de bons trabalhos, e a raiz da sabedoria é sempre fértil. 16.Quanto aos filhos dos adúlteros, a nada chegarão, e a raça que descende do pecado será aniquilada. 17.Ainda que vivam muito tempo, serão tidos por nada e, finalmente, sua velhice será sem honra. 18.Caso morram cedo, não terão esperança alguma, e no dia do julgamento não encontrarão nenhuma piedade: 19.porque é lamentável o fim de uma raça injusta. 


 A justificação (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, 1987 - 1995)
A graça do Espírito Santo tem o poder de nos justificar, isto é, de nos lavar dos nossos pecados e de nos comunicar «a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo» e pelo Batismo:
«Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos, sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não morre: a morte já não tem domínio sobre Ele. Porque, na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre: mas a sua vida é uma vida para Deus. Assim vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus» (Rm 6, 8- l l ).
Pelo poder do Espírito Santo, nós tomamos parte na paixão de Cristo, morrendo para o pecado, e na sua ressurreição, nascendo para uma vida nova. Somos os membros do seu corpo, que é a Igreja, os sarmentos enxertados na videira, que é Ele próprio:
«É pelo Espírito que nós temos parte em Deus. [...] Pela participação no Espírito, tornamo-nos participantes da natureza divina [...]. É por isso que aqueles em quem habita o Espírito são divinizados».
A primeira obra da graça do Espírito Santo é a conversão, que opera a justificação, segundo a mensagem de Jesus no princípio do Evangelho: «Convertei-vos, que está perto o Reino dos céus» (Mt 4, 17). Sob a moção da graça, o homem volta-se para Deus e desvia-se do pecado, acolhendo assim o perdão e a justiça do Alto. «A justificação comporta, portanto, a remissão dos pecados, a santificação e a renovação do homem interior».
A justificação desliga o homem do pecado, que está em contradição com o amor de Deus, e purifica-lhe o coração. A justificação continua a iniciativa da misericórdia de Deus, que oferece o perdão; reconcilia o homem com Deus; liberta-o da escravidão do pecado e cura-o.
A justificação é, ao mesmo tempo, acolhimento da justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo. Justiça designa, aqui, a retidão do amor divino. Com a justificação, são difundidas nos nossos corações a fé, a esperança e a caridade, e é-nos concedida a obediência à vontade divina.
A justificação foi-nos merecida pela paixão de Cristo, que na cruz Se ofereceu como hóstia viva, santa e agradável a Deus, e cujo sangue se tornou instrumento de propiciação pelos pecados de todos os homens. A justificação é concedida pelo Baptismo, sacramento da fé. Conforma-nos com a justiça de Deus que nos torna interiormente justos pelo poder da sua misericórdia. E tem por fim a glória de Deus e de Cristo, e o dom da vida eterna:
«Mas agora, foi sem a Lei que se manifestou a justiça de Deus, atestada pela Lei e pelos Profetas: a justiça que vem para todos os crentes, mediante a fé em Jesus Cristo. É que não há diferença alguma: todos pecaram e estão privados da glória de Deus. Sem o merecerem, são justificados pela sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus. Deus ofereceu-o para, nele, pelo seu sangue, se realizar a expiação que actua mediante a fé: foi assim que Ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os pecados cometidos outrora, no tempo da divina paciência. Deus mostra assim a sua justiça no tempo presente, porque Ele é justo e justifica quem tem fé em Jesus» (Rm 3, 21-26).
A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e a liberdade do homem. Do lado do homem, exprime-se no assentimento da fé à Palavra de Deus que convida à conversão, e na cooperação da caridade com o impulso do Espírito Santo que se lhe adianta e o guarda:
«Quando Deus move o coração do homem pela iluminação do Espírito Santo o homem não fica sem fazer nada ao receber esta inspiração, que, aliás, pode rejeitar: no entanto, também não pode, sem a graça de Deus, caminhar, por sua livre vontade, para a justiça na sua presença».
A justificação é a obra mais excelente do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus e concedido pelo Espírito Santo. Santo Agostinho pensa que «a justificação do ímpio é obra maior que a criação do céu e da terra»; porque «o céu e a terra passarão, ao passo que a justificação e a salvação dos eleitos permanecerão». Pensa mesmo que a justificação dos pecadores é mais importante que a criação dos anjos em justiça, pelo tacto de testemunhar uma maior misericórdia.
O Espírito Santo é o mestre interior. Fazendo nascer o «homem interior» a justificação implica a santificação de todo o ser:
«Pois, como pusestes os vossos membros ao serviço da impureza e do mal para cometer a iniquidade, assim ponde agora os vossos membros ao serviço da justiça para chegar à santidade. [...] Mas agora, libertos do pecado e feitos servos de Deus, tendes por fruto a santidade: e o termo é a vida eterna» (Rm 6, 19-22).



NOSSA CAPA:
O Presidente eleito Jair Messias Bolsonaro assinou um Termo de Compromisso com a defesa da vida e da família.
Com toda razão, em sua campanha afirmou que defenderia a família e que vetaria o aborto se porventura viesse a ser aprovado pelo legislativo. Mas para honrar plenamente o compromisso deve deixar de lado antigos projetos de controle de natalidade. Sabemos que os anticoncepcionais em geral nem sempre conseguem impedir a concepção, mas frequentemente ela ocorre seguida de aborto imperceptível nos primeiros dias de vida do ser humano concebido devido a alterações no interior do útero causadas pelos contraceptivos. Mas mesmo que nenhum aborto ocorresse, ainda assim o controle de natalidade artificial não deixa de ser uma falta grave, como podemos conferir na encíclica Humanae Vitae do Papa São Paulo VI, descrita neste informativo. Que Jair Bolsonaro possa governar nosso país iluminado pela graça de Deus, que certamente lhe será derramada em abundância!   


ORAÇÃO pela Igreja e pela Pátria
Deus e Senhor nosso, protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros.
Derramai as vossas bênçãos sobre o nosso Santo Padre, o papa, sobre o nosso bispo, sobre o nosso pároco e todo o clero, sobre o chefe da nação e do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com justiça.
Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa.
Favorecei com os efeitos contínuos de vossa bondade o Brasil, este (arce)bispado, a paróquia em que habitamos, cada um de nós em particular e todas as pessoas por quem somos obrigados a rezar ou que se recomendaram às nossas orações.
Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o descanso e a luz eterna.
Pai nosso…
Ave, Maria…
Glória ao Pai…



JOSÉ MOSCATI (16 de novembro)
Médico e Santo de Nápoles
1880-1927

Giuseppe Moscati foi um leigo, médico, professor universitário, pesquisador, que se tornou santo através do exercício mesmo da sua profissão. Via os pacientes como irmãos que dele esperavam não somente o alívio do corpo, mas também o incentivo espiritual.
Dedicava-se-lhes nos Hospitais e em seu consultório, procurando estar sempre em dia com a ciência a fim de melhor servir aos enfermos. Desprendido de bens materiais e de seus interesses particulares, não raro dava também dinheiro aos clientes mais necessitados, de modo que morreu pobre. Deixou notas pessoais e cartas várias, que revelam o segredo de sua nobreza de caráter ou a sua profunda vida de oração e união com Deus.
A vida dos Santos é sempre um sinal que fala eloquentemente à humanidade, pois eles traduzem em termos concretos e vivenciais o que os livros apresentam em teoria; assim mostram que os mais belos ideais são viáveis e encontram, mesmo em época de materialismo, quem os ponha em prática com a graça do Senhor Jesus. Por isto os mestres de espiritualidade recomendam a todos os cristãos que periodicamente se voltem para a figura dos Santos, a fim de aprender deles, de modo vivencial, a arte da perfeição espiritual (que é também a plena humanização do indivíduo). Cada Santo tem suas peculiaridades, evidenciando que, com qualquer temperamento e em qualquer vocação dados por Deus, a pessoa pode chegar à plenitude das suas virtualidades; na verdade, ninguém é chamado ao meio-termo ou à mediocridade.
Tal foi o caso, entre outros, de Giuseppe Moscati, médico, professor universitário e pesquisador, que o Papa Paulo VI proclamou Bem-aventurado aos 16/11/1975 e João Paulo II canonizou aos 25/10/1987 (durante o Sínodo Mundial dos Bispos que tratava dos Leigos na Igreja).
Segue-se um perfil da vida e da personalidade deste Santo.
1. Dados biográficos
Giuseppe Moscati, nasceu aos 25//07/1880 em Benevento (Itália), de família íntegra; o pai, Francesco Moscati, era jurista, que chegou a ser Presidente do tribunal de Benevento e Conselheiro do Tribunal de Recursos de Nápoles. A Sra. Rosa De Luca Moscati era, no dizer do filho Giuseppe, a mulher forte de que fala a S. Escritura em Provérbios 31,10-31.
Desde 1884 a família morou em Nápoles, onde também Giuseppe viveu e morreu. Fez os estudos de Humanidades em Nápoles, onde entrou para a Faculdade de Medicina em outubro de 1897, com dezessete anos de idade.
Dedicou-se ardorosamente ao estudo e à prática da Medicina, procurando sempre atualizar os seus conhecimentos. Conseguiu o Doutorado em Medicina aos 4/08/1903. Poucos meses depois, prestou concurso para trabalhar nos Hospitais de Nápoles; já o seu saber científico surpreendia os examinadores.
Em 1908 foi nomeado Assistente Ordinário no Instituto de Química Fisiológica. Conseguiu a Livre Docência desta matéria em 1911, e a de Clínica Médica Geral em 1921. Em 1919 foi promovido a Diretor de Sala nos Hospitais Reunidos de Nápoles.
Dedicou-se à pesquisa, em laboratório, sobre a ação dos amidos e da glicose no organismo humano. Publicou os resultados deste estudos em cerca de trinta relatórios e comunicações editados na Itália e no estrangeiro. Estes trabalhos o tornaram famoso e estimado tanto na sua pátria como fora desta. A convite do Governo italiano, viajou para diversos países da Europa a fim de participar de Congressos: em 1911, por exemplo, esteve em Viena (Áustria) como membro do Congresso Internacional de Fisiologia; em 19923, foi a Edimburgo (Escócia), tomando parte no Congresso Internacional de Fisiopatologia.
Morreu com a fama de sábio e santo aos 12/041927. Com efeito; aos 12 de abril de 1927, após a S. Missa e a Comunhão, o Prof. Moscati voltou à casa e preparou-se para seguir para o Hospital. Depois de fatigosa manhã de trabalho, dispôs-se a enfrentar a habitual fila de clientes em seu ambulatório. Mas às 15 horas retirou-se para um quarto, dizendo: “Estou-me sentindo mal”. Sentou-se numa poltrona, cruzou os braços sobre o peito, reclinou a cabeça, e, sem uma palavra, expirou. Tinha 47 anos de idade.
2. A figura do médico
Giuseppe Moscati era um apaixonado da Medicina; para ele, o contato diário com os doentes era uma necessidade. Logo que se formou, começou a servir no Hospital dos Incuráveis, que ele não deixou de frequentar até o fim da sua vida. Em suas notas pessoais, encontra-se o seguinte depoimento:
“Quando rapaz, eu olhava com interesse para o Hospital dos Incuráveis, que meu pai apontava à distância, ou seja, do terraço de casa; isto me inspirava sentimentos de compaixão pela indizível dor dos enfermos, que naquele recinto procuravam alívio. Uma salutar perturbação me acometia e eu começava a pensar na caducidade de todas as coisas e as ilusões se dissipavam, como caíam as flores dos laranjais que me cercavam”.
Como às flores sucedem os frutos, assim também na vida de Moscati a perda de ilusões levou-o a um empenho realista e fecundo em favor dos seus irmãos sofredores. O papel do médico, Moscati o descreveu em carta dirigida a um seu aluno recém-formado:
“Lembra-te de que, segundo a Medicina, assumiste a responsabilidade de uma sublime missão. Persevera, com Deus no coração…, com amor e compaixão para com os que são abandonados, com fé e entusiasmo, surdo aos louvores e às críticas, insensíveis à inveja, disposto unicamente à prática do bem”.
Vê-se que Moscati considerava o exercício da sua profissão como a resposta a uma vocação; ele queria dedicar-se a esta com fé e amor, inspirado pelas mais puras intenções. Passava longas horas do dia e da noite no laboratório para descobrir as causas das doenças e definir os respectivos remédios; queria assim servir,… e servir do melhor modo possível. A sua vida tornou-se uma resposta a Deus, que o colocou no mundo para agir segundo os planos do Criador; era também uma resposta às necessidades e aos sofrimentos dos homens. Assim escreveu ele num pedaço de papel encontrado entre outros documentos:
“Seja a dor considerada não como uma oscilação ou uma contração muscular, e sim como o grito de uma alma, de um irmão, ao qual outro irmão, o médico acode com o calor do amor ou a caridade”.
Em carta escrita a um médico, seu ex-aluno, pode-se ler:
“Recorda-te de que te deves ocupar não apenas com o corpo, mas também com as almas”.
Com estas palavras, Moscati revelava seu zelo pela pessoa do enfermo, que freqüentemente deseja encontrar no médico mais do que um profissional ou um técnico, e sim também um estímulo e reconforto. É o que aparece em outro escrito de Moscati:
“O médico acha-se em posição privilegiada, pois freqüentemente está diante de pessoas que, apesar dos seus erros passados, estão dispostos a voltar aos bons princípios herdados de seus antepassados; estão ansiosas por encontrar apoio premidas pela dor. Feliz o médico que sabe compreender o mistério desses corações e inflamá-los novamente!”
“Felizes nós, médicos, muitas vezes incapazes de debelar uma doença! Felizes nós, se nos lembramos de que, além dos corpos, temos diante de nós almas imortais,… em relação às quais urge o preceito evangélico de amá-las como a nós mesmos”.
“Os doentes são a imagem de Jesus Cristo e aos atribulados são os diletos e preferidos de Deus”.
O seu amor pelos doentes não lhe deixava tréguas: durante o dia estava nos Hospitais, na cátedra universitária, em visita aos doentes, especialmente aos mais miseráveis; e de noite dedicava bom espaço de tempo ao estudo, a fim de sempre oferecer aos pacientes e alunos o melhor que pudesse saber e adquirir. Mesmo durante o dia, quando o Prof. Moscati voltava dos Hospitais para casa, encontrava a sua residência cheia de pacientes à espera.
3. O homem de Deus
Tal dedicação não era interesseira. Muito pelo contrário. Praticava o desapego dos bens materiais. Quando julgava os emolumentos elevados demais, restituía a metade, ou mais do que isto, aos seus clientes. Do mais necessitados não cobrava honorários, dizendo que o importante era curá-los. Na sala de espera do seu consultório havia um cesto onde os clientes podiam depositar o preço da consulta. Certo dia, pouco após a guerra de 1914-18, apareceu-lhe um homem que estivera na frente de batalha. Após o atendimento, perguntou o paciente ao médico: “Quanto lhe devo, professor?” O doutor sorriu: “Pensa, antes do mais, em ficar bom. Se podes, coloca no cesto o que queres, mas, se precisas, tira aquilo que te é necessário”. Não raro era Moscati quem pagava aos seus doentes: alguns destes encontravam uma quantia em notas debaixo do travesseiro; outros, dentro do envelope portador da receita… Eram proverbiais as suas iniciativas neste particular, de modo que Moscati morreu pobre.
Os seus costumes irrepreensíveis e a sua piedade valiam-lhe zombarias de muitos, que o acusavam de louco de “maníaco religioso”, pois não o podiam atacar no plano científico e profissional. Moscati não fazia caso disso. Encontra-se mesmo em suas Notas particulares a seguinte norma:
“Ama a Verdade. Mostra-te como és, sem disfarces e sem fingimento. E, se a Verdade te custar a perseguição, aceita-a; e, se te acarretar tormentos suporta-os. E, se por causa da Verdade tivesses que sacrificar a ti e a tua vida, sê forte no sacrifício” (17/10/1922).
Moscati conhecia as intrigas, as rivalidades, os comprometimentos usuais entre colegas para chegar a posições vantajosas na carreira médica. Lutou, porém, para acabar com práticas e costumes pouco honestos nos Hospitais, não somente porque degradam a figura do médico, mas também porque prejudicam a formação dos estudantes, futuros médicos, e causam danos aos próprios pacientes. Combatia, pois, o nepotismo, o proteccionismo e o favoritismo nos concursos e nas promoções de carreira, que muitas vezes redundam em baixa de nível profissional e, indiretamente, em detrimento dos enfermos.
A essa retidão de costumes o médico e professor sabia associar profunda humildade; dizia que “o Senhor lhe concedera a graça de compreender que Ele é tudo e eu nada sou”. Tinha consciência de sua absoluta dependência em relação ao Senhor da vida.
O segredo dessa nobreza de caráter era a vida interior ou a união com Deus cultivadas por Moscati. Começava o dia dirigindo-se, muito cedo, à igreja de Gesù Nuovo, onde recebia a S. Eucaristia. As suas Notas pessoais revelam que ele sabia falar a Cristo com a simplicidade de uma criança, exprimindo-lhe quanto experimentava em sua alma. Quando tinha um pouco de lazer, passava muito tempo na igreja em oração e adoração.
Como se vê, Giuseppe Moscati abraçou, à luz da fé, “a sublime profissão de médico”, que ele considerava um serviço de amor apostólico e um culto prestado a Deus na pessoa dos irmãos sofredores. Durante a sua breve existência terrestre, cuidou de milhares de pessoas, para as quais foi instrumento de recuperação da saúde; os seus contemporâneos pareciam entrever em sua pessoa e em seu modo de agir um aceno à bondade do próprio Deus. Daí a palavra que de boca se propagava, quando faleceu aos 47 anos de idade: “Morreu o professor santo!”
Leigo médico, cientista e santo. Estas palavras resumem uma existência, delineiam um ideal e abrem um caminho, suscitando a imitação de quantos se achem hoje em circunstâncias de vida semelhantes.
A propósito pode-se consultar o artigo “II Médico Santo: Giuseppe Moscati”, de Paolo Molinari S. J. em “La Civiltà Cattolica” n.º 3297, 07/11/87, pp. 236-248. Destas páginas foram transcritos os textos de Moscati citados; nas mesmas é indicada ampla bibliografia.
D. Estevão Bettencourt, OSB
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS” Nº 315. cleofas.com.br




OS SETE SANTOS CANONIZADOS EM OUTUBRO PASSADO.
1. Paulo VI
O Beato Paulo VI é o Papa da Encíclica Humanae Vitae, a visionária encíclica sobre a defesa da vida e da família na qual advertiu sobre os problemas que o mundo de hoje sofre por causa da mentalidade anticonceptiva.
Este Pontífice foi também quem levou à conclusão o Concílio Vaticano II, iniciado em 1962 por São João XXIII.
Giovanni Battista Montini nasceu na Lombardia (Itália), em 26 de setembro de 1897. Foi eleito Papa em 21 de junho de 1963. Depois de 15 anos de pontificado, faleceu em Castel Gandolfo, em 6 de agosto de 1978.
2. Dom Romero
O Arcebispo de San Salvador nasceu em Ciudad de Barrios (El Salvador), em 15 de agosto de 1917 e morreu mártir por ódio à fé em 24 de março de 1980, assassinado quando celebrava a Missa em meio a uma nascente guerra civil entre a guerrilha de esquerda e o governo ditatorial de direita.
Segunda as investigações, a autoria do assassinato aponta para um grupo de aniquilação vinculada à ditadura militar, que acreditava que Dom Romero era próximo da guerrilhar marxista devido à sua preocupação pelos pobres, uma acusação longe da realidade.
Em sua luta pelos mais pobres e em suas denúncias contra a ditadura, o futuro santo esteve respaldado pelos Papas Paulo VI e São João Paulo II.
3. Nazaria Ignacia de Santa Teresa de Jesus
Nasceu em 10 de janeiro de 1889, em Madri (Espanha). Depois de alguns anos nas Irmãs dos Idosos Desamparados, fundou em 1927 uma nova congregação: as Irmãs Missionárias Cruzadas da Igreja, com a qual serviu aos mais necessitados e às mulheres na Bolívia.
Em 1938, chegou à Argentina, onde promoveu várias instituições a favor dos jovens e dos pobres. Morreu em Buenos Aires, em 1943. Será a primeira santa da Bolívia.
4. Pe. Vincenzo Romano
Vincenzo Romano foi sacerdote diocesano, nasceu em 3 de junho de 1751, em Torre del Greco (Itália). Recebeu a ordenação sacerdotal em 1775.
Trabalhou na reconstrução de Torre del Greco, cidade que ficou quase totalmente destruída depois da erupção do vulcão Vesúvio, em 1794. Além disso, inventou a “rastreadora”, uma estratégia missionária para reunir, com o crucifixo na mão, grupos de pessoas ou transeuntes, improvisar uma pregação e, em seguida, acompanha-los à igreja ou oratório mais próximo para rezar juntos.
Muitas vezes se tornou um mediador entre os donos dos corais e os marinheiros que enfrentavam os riscos e o cansaço da pesca. Morreu em 20 de dezembro de 1831.
5. Maria Catarina Kasper
Nasceu em 26 de maio de 1820. Em 1845 começou sua vida religiosa junto com alguns colegas e, em 1848, no dia da Assunção, abriu seu lar para os pobres do país. À nova associação deu o nome de Escravas Pobres de Jesus Cristo.
A Madre Maria Catarina acompanhou a formação das noviças e a abertura de novas casas, inclusive no exterior, para ajudar os imigrantes alemães. Morreu em 2 de fevereiro de 1898.
6. Francesco Spinelli
Nasceu em Milão em 14 de abril de 1853, foi ordenado sacerdote em 1875, começou o seu apostolado com os pobres da paróquia do seu tio Pe. Pietro. Em 1882, conheceu Catarina Comensoli, que desejava se tornar religiosa de uma congregação cujo propósito era a Adoração Eucarística.
Entre milhares de vicissitudes ocorre a fundação de um instituto que deveria se dividir. A Madre Comensoli estabeleceu a Congregação das Irmãs Sacramentinas e Francesco, a Congregação das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento.
Cuidou dos marginalizados, rechaçados e criou escolas, oratórios, ofereceu assistência aos enfermos ou idosos solitários. Morreu em 6 de fevereiro de 1913.
7. Nunzio Sulprizio
Inicialmente, estavam programadas seis canonizações para o dia 14 de outubro, segundo anunciou o Vaticano em 19 de maio deste ano.
Entretanto, em 19 de julho, o Papa Francisco decidiu que Nunzio Sulprizio, falecido aos 19 anos, também seja declarado santo no marco do Sínodo dos jovens que acontece no Vaticano até o dia 28 de outubro.
Nunzio Sulprizio nasceu em Pescosansonesco (Itália), em 13 de abril de 1817. Durante sua infância, sofreu as consequências da pobreza, da doença e dos maus-tratos, especialmente de seu tio materno.
Desde que seus pais faleceram, seu tio o obrigou a trabalhar como ferreiro em condições desumanas, as quais teriam lhe provocado o tumor ósseo que o levou à morte em 5 de maio de 1836.



Trechos da HUMANAE VITAE, do PAPA SÃO PAULO VI
sobre a regulação da natalidade

A transmissão da vida
1. O gravíssimo dever de transmitir a vida humana, pelo qual os esposos são os colaboradores livres e responsáveis de Deus Criador, foi sempre para eles fonte de grandes alegrias, se bem que, algumas vezes, acompanhadas de não poucas dificuldades e angústias.

O amor conjugal
8. O amor conjugal exprime a sua verdadeira natureza e nobreza, quando se considera na sua fonte suprema, Deus que é Amor, "o Pai, do qual toda a paternidade nos céus e na terra toma o nome".
O matrimônio não é, portanto, fruto do acaso, ou produto de forças naturais inconscientes: é uma instituição sapiente do Criador, para realizar na humanidade o seu desígnio de amor. Mediante a doação pessoal recíproca, que lhes é própria e exclusiva, os esposos tendem para a comunhão dos seus seres, em vista de um aperfeiçoamento mútuo pessoal, para colaborarem com Deus na geração e educação de novas vidas.
AS CARACTERÍSTICAS DO AMOR CONJUGAL
9. É, antes de mais, um amor plenamente humano, quer dizer, ao mesmo tempo espiritual e sensível. Não é, portanto, um simples ímpeto do instinto ou do sentimento; mas é também, e principalmente, ato da vontade livre, destinado a manter-se e a crescer, mediante as alegrias e as dores da vida cotidiana, de tal modo que os esposos se tornem um só coração e uma só alma e alcancem juntos a sua perfeição humana.
É depois, um amor total, quer dizer, uma forma muito especial de amizade pessoal, em que os esposos generosamente compartilham todas as coisas, sem reservas indevidas e sem cálculos egoístas. Quem ama verdadeiramente o próprio consorte, não o ama somente por aquilo que dele recebe, mas por ele mesmo, por poder enriquecê-lo com o dom de si próprio.
É, ainda, amor fiel e exclusivo, até à morte. Assim o concebem, efetivamente, o esposo e a esposa no dia em que assumem, livremente e com plena consciência, o compromisso do vínculo matrimonial. Fidelidade que por vezes pode ser difícil; mas que é sempre nobre e meritória, ninguém o pode negar. O exemplo de tantos esposos, através dos séculos, demonstra não só que ela é consentânea com a natureza do matrimônio, mas que é dela, como de fonte, que flui uma felicidade íntima e duradoura.
É, finalmente, amor fecundo que não se esgota na comunhão entre os cônjuges, mas que está destinado a continuar-se, suscitando novas vidas. "O matrimônio e o amor conjugal estão por si mesmos ordenados para a procriação e educação dos filhos. Sem dúvida, os filhos são o dom mais excelente do matrimônio e contribuem grandemente para o bem dos pais". 
Em relação às tendências do instinto e das paixões, a paternidade responsável significa o necessário domínio que a razão e a vontade devem exercer sobre elas.
Em relação às condições físicas, econômicas, psicológicas e sociais, a paternidade responsável exerce-se tanto com a deliberação ponderada e generosa de fazer crescer uma família numerosa, como com a decisão, tomada por motivos graves e com respeito pela lei moral, de evitar temporariamente, ou mesmo por tempo indeterminado, um novo nascimento.
Paternidade responsável comporta ainda, e principalmente, uma relação mais profunda com a ordem moral objetiva, estabelecida por Deus, de que a consciência reta é intérprete fiel.
Na missão de transmitir a vida, eles não são, portanto, livres para procederem a seu próprio bel-prazer, como se pudessem determinar, de maneira absolutamente autônoma, as vias honestas a seguir, mas devem, sim, conformar o seu agir com a intenção criadora de Deus, expressa na própria natureza do matrimônio e dos seus atos e manifestada pelo ensino constante da Igreja.

Inseparáveis os dois aspectos: união e procriação
12. Esta doutrina, muitas vezes exposta pelo Magistério, está fundada sobre a conexão inseparável que Deus quis e que o homem não pode alterar por sua iniciativa, entre os dois significados do ato conjugal: o significado unitivo e o significado procriador.
Na verdade, pela sua estrutura íntima, o ato conjugal, ao mesmo tempo que une profundamente os esposos, torna-os aptos para a geração de novas vidas, segundo leis inscritas no próprio ser do homem e da mulher. Salvaguardando estes dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e a sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade.
13. "A vida humana é sagrada, recordava João XXIII; desde o seu alvorecer compromete diretamente a ação criadora de Deus".
Vias ilícitas para a regulação dos nascimentos
14. Em conformidade com estes pontos essenciais da visão humana e cristã do matrimônio, devemos, uma vez mais, declarar que é absolutamente de excluir, como via legítima para a regulação dos nascimentos, a interrupção direta do processo generativo já iniciado, e, sobretudo, o aborto querido diretamente e procurado, mesmo por razões terapêuticas.
É de excluir de igual modo, como o Magistério da Igreja repetidamente declarou, a esterilização direta, quer perpétua quer temporária, tanto do homem como da mulher.
É, ainda, de excluir toda a ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação.
Não se podem invocar, como razões válidas, para a justificação dos atos conjugais tornados intencionalmente infecundos, o mal menor, ou o fato de que tais atos constituiriam um todo com os atos fecundos, que foram realizados ou que depois se sucederam, e que, portanto, compartilhariam da única e idêntica bondade moral dos mesmos. Na verdade, se é lícito, algumas vezes, tolerar o mal menor para evitar um mal maior, ou para promover um bem superior, nunca é lícito, nem sequer por razões gravíssimas, fazer o mal, para que daí provenha o bem; isto é, ter como objeto de um ato positivo da vontade aquilo que é intrinsecamente desordenado e, portanto, indigno da pessoa humana, mesmo se for praticado com intenção de salvaguardar ou promover bens individuais, familiares, ou sociais. É um erro, por conseguinte, pensar que um ato conjugal, tornado voluntariamente infecundo, e por isso intrinsecamente desonesto, possa ser coonestado pelo conjunto de uma vida conjugal fecunda.
Liceidade do recurso aos períodos infecundos
16. Se, portanto, existem motivos sérios para distanciar os nascimentos, que derivem ou das condições físicas ou psicológicas dos cônjuges, ou de circunstâncias exteriores, a Igreja ensina que então é lícito ter em conta os ritmos naturais imanentes às funções geradoras, para usar do matrimônio só nos períodos infecundos e, deste modo, regular a natalidade, sem ofender os princípios morais que acabamos de recordar.
A Igreja é coerente consigo própria, quando assim considera lícito o recurso aos períodos infecundos, ao mesmo tempo que condena sempre como ilícito o uso dos meios diretamente contrários à fecundação, mesmo que tal uso seja inspirado em razões que podem aparecer honestas e sérias. Na realidade, entre os dois casos existe uma diferença essencial: no primeiro, os cônjuges usufruem legitimamente de uma disposição natural; enquanto que no segundo, eles impedem o desenvolvimento dos processos naturais. É verdade que em ambos os casos os cônjuges estão de acordo na vontade positiva de evitar a prole, por razões plausíveis, procurando ter a segurança de que ela não virá; mas, é verdade também que, somente no primeiro caso eles sabem renunciar ao uso do matrimônio nos períodos fecundos, quando, por motivos justos, a procriação não é desejável, dele usando depois nos períodos agenésicos, como manifestação de afeto e como salvaguarda da fidelidade mútua.
Procedendo assim, eles dão prova de amor verdadeira e integralmente honesto.
Graves conseqüências dos métodos de regulação artificial da natalidade
17. Os homens retos poderão convencer-se ainda mais da fundamentação da doutrina da Igreja neste campo, se quiserem refletir nas conseqüências dos métodos da regulação artificial da natalidade. Considerem, antes de mais, o caminho amplo e fácil que tais métodos abririam à infidelidade conjugal e à degradação da moralidade. Não é preciso ter muita experiência para conhecer a fraqueza humana e para compreender que os homens - os jovens especialmente, tão vulneráveis neste ponto - precisam de estímulo para serem fiéis à lei moral e não se lhes deve proporcionar qualquer meio fácil para eles eludirem a sua observância. É ainda de recear que o homem, habituando-se ao uso das práticas anticoncepcionais, acabe por perder o respeito pela mulher e, sem se preocupar mais com o equilíbrio físico e psicológico dela, chegue a considerá-la como simples instrumento de prazer egoísta e não mais como a sua companheira, respeitada e amada.
Pense-se ainda seriamente na arma perigosa que se viria a pôr nas mãos de autoridades públicas, pouco preocupadas com exigências morais. Quem poderia reprovar a um governo o fato de ele aplicar à solução dos problemas da coletividade aquilo que viesse a ser reconhecido como lícito aos cônjuges para a solução de um problema familiar? Quem impediria os governantes de favorecerem e até mesmo de imporem às suas populações, se o julgassem necessário, o método de contracepção que eles reputassem mais eficaz? Deste modo, os homens, querendo evitar dificuldades individuais, familiares, ou sociais, que se verificam na observância da lei divina, acabariam por deixar à mercê da intervenção das autoridades públicas o setor mais pessoal e mais reservado da intimidade conjugal.
Portanto, se não se quer expor ao arbítrio dos homens a missão de gerar a vida, devem-se reconhecer necessariamente limites intransponíveis no domínio do homem sobre o próprio corpo e as suas funções; limites que a nenhum homem, seja ele simples cidadão privado, ou investido de autoridade, é lícito ultrapassar. E esses mesmos limites não podem ser determinados senão pelo respeito devido à integridade do organismo humano e das suas funções naturais, segundo os princípios acima recordados e segundo a reta inteligência do "princípio de totalidade", ilustrado pelo nosso predecessor Pio XII. 

Criar um ambiente favorável à castidade
22. Queremos nesta altura chamar a atenção dos educadores e de todos aqueles que desempenham tarefas de responsabilidade em ordem ao bem comum da convivência humana, para a necessidade de criar um clima favorável à educação para a castidade, isto é, ao triunfo da liberdade sã sobre a licenciosidade, mediante o respeito da ordem moral.
Tudo aquilo que nos modernos meios de comunicação social leva à excitação dos sentidos, ao desregramento dos costumes, bem como todas as formas de pornografia ou de espetáculos licenciosos, devem suscitar a reação franca e unanime de todas as pessoas solícitas pelo progresso da civilização e pela defesa dos bens do espírito humano. Em vão se procurará justificar estas depravações, com pretensas exigências artísticas ou científicas, ou tirar partido, para argumentar, da liberdade deixada neste campo por parte das autoridades públicas.
APELO AOS GOVERNANTES
23. Nós queremos dizer aos governantes, que são os principais responsáveis pelo bem comum e que dispõem de tantas possibilidades para salvaguardar os costumes morais: não permitais que se degrade a moralidade das vossas populações; não admitais que se introduzam legalmente, naquela célula fundamental que é a família, práticas contrárias à lei natural e divina. Existe uma outra via, pela qual os Poderes públicos podem e devem contribuir para a solução do problema demográfico: é a via de uma política familiar providente, de uma sábia educação das populações, que respeite a lei moral e a liberdade dos cidadãos.
Estamos absolutamente cônscios das graves dificuldades em que se encontram os Poderes públicos a este respeito, especialmente nos países em vias de desenvolvimento. Dedicamos mesmo às suas preocupações legítimas a nossa Encíclica Populorum Progressio. Mas, com o nosso predecessor João XXIII, repetimos: "...Estas dificuldades não se podem vencer recorrendo a métodos e meios que são indignos do homem e que só encontram a sua explicação num conceito estritamente materialista do mesmo homem e da vida. A verdadeira solução encontra-se somente num progresso econômico e social que respeite e fomente os genuínos valores humanos, individuais e sociais". Nem se poderá, ainda, sem injustiça grave, tornar a Providência divina responsável por aquilo que, bem ao contrário, depende de menos sensatez de governo, de um insuficiente sentido da justiça social, de monopólios egoístas, ou também de reprovável indolência no enfrentar os esforços e os sacrifícios necessários para garantir a elevação do nível de vida de uma população e de todos os seus membros. 





(curiosa semelhança entre Jair Messias Bolsonaro e Ciro, rei dos persas)
O capítulo 45 de Isaías começa com oráculo real de entronização. Ciro, rei dos persas, recebe o título de “ungido do Senhor”, que era reservado aos reis de Israel e que se tornou o título do rei-salvador esperado.
1Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, que tomei pela destra...
2Eu mesmo irei na tua frente e aplainarei lugares montanhosos...
[...]
4Foi por causa do meu servo Jacó, por causa de Israel, o meu escolhido, que eu te chamei pelo nome, e te dei um nome ilustre, embora não me conhecesses.
5Eu sou o Senhor e não há outro, fora de mim não há Deus. Embora não me conheças, eu te cinjo (Is 45,1.2.4-5).
Embora não fosse judeu e “não conhecesse o Senhor”, Ciro foi “tomado pela mão” e chamado “pelo nome” por causa de Israel, o povo eleito. A missão de Ciro foi libertar os judeus, que estavam no cativeiro. Em 539 a. C. seu exército conquistou a Babilônia e em 538 a.C. foi publicado o célebre “edito de Ciro”, concedendo a liberdade aos judeus e determinando a reconstrução do Templo de Jerusalém (Esd 1,2-4).
No atual momento, a ascensão de Jair Messias Bolsonaro, aclamado pelas multidões como favorito para a Presidência da República, tem algumas notáveis semelhanças com o que ocorreu com Ciro, rei dos persas.
Ciro, ungido do Senhor
Curiosamente, Bolsonaro traz o nome de “Messias”, palavra de origem aramaica que se traduz por “ungido”, o mesmo título que a Bíblia deu a Ciro.
Ciro não conhecia o Senhor.
Bolsonaro não conhecia o Senhor. Batizado na Igreja Católica, não viveu o matrimônio indissolúvel. Separando-se da esposa Rogéria Nantes Nunes Braga, com quem teve três filhos, uniu-se com Ana Cristina Valle (com quem teve um filho) e, por último, com Michelle de Paula Firmo Reinaldo (com quem teve uma filha). Seu “casamento” com Michelle realizou-se na presença do pastor Silas Malafaia, em 2013. Quanto à sua religião, Bolsonaro diz: “Sou um católico que, por 10 anos, frequentou a Igreja Batista”.
Em 2002, como deputado federal, ele apresentou à Câmara a PEC 584/2002, que pretendia obrigar o Estado a oferecer vasectomia e laqueadura tubária para maiores de 21 anos! Fez isso porque não conseguiu libertar-se da enganosa mentalidade antinatalista, segundo a qual o crescimento da população gera pobreza. Além disso, não percebeu que a esterilização direta é sempre gravemente imoral, quaisquer que sejam as circunstâncias.
Quanto ao aborto, em 23/04/1996 ele foi um dos 351 deputados que votou “não” à PEC 25/1995, que pretendia acrescentar as palavras “desde a concepção” ao caput do artigo 5º, logo após a “inviolabilidade do direito à vida”. Provavelmente ele, como tantos outros, deixou-se levar pela falsa compaixão às vítimas de estupro. Pois, segundo falaciosa propaganda abortista da época, a lei dava à mulher violentada o “direito” de matar o próprio filho e aquela emenda à Constituição, se aprovada, iria abolir tal suposto “direito”.
No entanto, em 2013, Bolsonaro foi um dos autores do Projeto de Lei 6055/2013, que pretende revogar a Lei 12.845/2013, a famosa lei Cavalo de Tróia, que obriga as delegacias de polícia a informar às supostas vítimas de estupro onde elas podem fazer aborto. Isso parece indicar que a posição do deputado mudou, talvez pela boa influência recebida do Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior.
Ciro foi chamado pelo Senhor
Bolsonaro considera que o extraordinário apoio popular dado a alguém tão insignificante como ele é sinal de uma missão de Deus:
Eu sou cristão. Olha só a situação que eu cheguei. Sou do baixíssimo clero, não sou ninguém na política, não sou nada. E tenho o apoio popular que está aí. Não é inimaginável o que está acontecendo? Como eu consegui isso?
Vamos em frente. Essa é uma missão de Deus para cada um de nós. E junto nós podemos vencer esse inimigo.
A popularidade de Bolsonaro cresceu sobretudo no combate ao “kit gay”, um material produzido em 2011 pelo Ministério da Educação e Cultura, na época dirigido pelo Ministro Fernando Haddad, em parceria com a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), que seria distribuído nas escolas no segundo semestre daquele ano. Denominado pelo governo “kit anti-homofobia”, o material era uma autêntica apologia do homossexualismo e uma doutrinação na ideologia de gênero. Com tanto vigor Bolsonaro atacou o governo petista pela produção daquele material de corrupção infanto-juvenil, que despertou para o combate a bancada católica e evangélica da Câmara. Como consequência, em 25 de maio de 2011, a presidente Dilma resolveu suspender a distribuição do “kit”.
Em 2014, o deputado também esteve presente, junto aos militantes pró-vida e pró-família, no combate à inclusão da ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação (PNE), luta esta que resultou vitoriosa.
Talvez ele não imaginasse que seu empenho em favor da família lhe renderia tanta popularidade. O partido ao qual se filiou como candidato à presidência da República (PSL) tem apenas dez segundos de propaganda eleitoral na televisão. No entanto, mesmo sem outros recursos de divulgação além das redes sociais, suas ideias são aplaudidas pela multidão. O que ele defende é espantosamente óbvio: o matrimônio entre um só homem e uma só mulher, crianças livres da ideologia de gênero nas escolas, pais e professores com autoridade para educar, cidadãos com direito à legítima defesa, bebês com direito de nascer, o STF sem ativismo judicial, a sociedade livre das drogas. O óbvio, porém, assusta, talvez porque quase ninguém ousa defendê-lo. Os jornais, revistas e emissoras de televisão têm feito uma campanha cerrada contra o “mito Bolsonaro”. No dia 6 de setembro, durante uma campanha em Juiz de Fora (MG), o candidato recebeu uma facada no abdômen. A tentativa de homicídio não teve êxito, mas obrigou-o a ficar internado por 22 dias.
Conclusão
É espantoso que o defensor da família natural seja alguém que se divorciou e se “recasou” duas vezes. É espantoso que o único candidato que ousou dizer que vetará qualquer lei do aborto vinda do Congresso (!) seja alguém que ainda não entendeu a gravidade do pecado da esterilização.
A Providência Divina é soberanamente livre para escolher seus instrumentos. “Ao Senhor nosso Deus a justiça, mas a nós a vergonha no rosto” (Br 2,15). Vergonhoso para nós não é a ascensão de Bolsonaro. Vergonhoso é que entre os que professam a fé católica não se tenha encontrado nenhum outro político com a coragem dele. Enfim, em tudo Deus seja louvado.
Anápolis, 5 de outubro de 2018.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis. (www.providaanapolis.org)









O Papa Francisco canonizou 7 Santos no dia de hoje.
Papa Paulo VI:
João Batista Montini nasceu em Concesio, província de Brescia, norte da Itália, em 26 de setembro de 1897. Foi ordenado sacerdote diocesano em 29 de maio de 1920. Em 1937, foi nomeado Substituto da Secretaria de Estado. Durante a Segunda Guerra Mundial, promoveu assistência caritativa e hospitalidade aos perseguidos pelo nazismo-fascismo, especialmente aos judeus.Montini foi pró-Secretário de Estado para Assuntos Ordinários da Igreja e, em 1954, foi nomeado arcebispo de Milão. Em 1958, foi criado Cardeal. Em 21 de junho de 1963, foi eleito Sucessor de Pedro, assumindo o nome Paulo VI. Entre as suas inúmeras ​​iniciativas, destacam-se: direção e aplicação do Concílio Vaticano II; viagens apostólicas; diálogo ecumênico e inter-religioso.Tendo sido acometido por uma doença muito breve, Paulo VI faleceu em Castel Gandolfo na noite de 6 de agosto de 1978. Foi beatificado em 2014 por Papa Francisco.

Oscar Arnulfo Romero:
 nasceu em 15 de agosto de 1917, em Ciudad Barrios, em El Salvador. Em 1942, recebeu a ordenação sacerdotal e, durante vinte anos, foi pároco na diocese de San Miguel. Em 1970 foi nomeado Auxiliar de San Salvador e, em 1977, arcebispo de San Salvador.Neste ínterim, uma grave crise política abateu-se sobre o país, que terminou com uma guerra civil. Ao constatar a onda de violência contra os mais fracos e a matança de padres e catequistas, Dom Oscar Romero sentiu o dever pastoral de adotar uma atitude de fortaleza e defesa do povo oprimido. Em 24 de março de 1980, foi assassinado enquanto celebrava Missa. Em 2015, foi beatificado pelo Papa Francisco.



MARIA SIMMA E AS ALMAS DO PURGATÓRIO
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Sabemos que as revelações particulares não são dogmas de fé, ninguém precisa crer nelas. Porém é certo que Deus pode permitir tais revelações a pessoas escolhidas. Creio que assim aconteceu com Maria Simma (1915 – 2004).
PRIMEIRAS APARIÇÕES
“Desde a infância tive grande amor pelas almas do purgatório. E minha mãe também lhes dava muito valor e nos repetia sempre:
‘Quando tiverem um pedido importante, dirijam-se às almas, são as ajudantes mais reconhecidas’.
No ano de 1940, pela primeira vez, me apareceu uma alma.
Acordei à noite com alguém indo e vindo em meu quarto. Olhei para ver quem poderia estar ali. Nunca fui medrosa. Seria mais fácil pular em cima de uma pessoa do que ter medo. Vi então, em meu quarto, um estranho andando lentamente de um lado para o outro. Tratei-o com dureza: ‘Como entrou aqui, o que está procurando?’
Fez como se nada tivesse ouvido e continuou andando de um lado para o outro. ‘Quem é você?’, perguntei, e como não obtivesse resposta, pulei da cama e quis agarrá-lo. Peguei o ar, nada mais havia ali.
Fui para a cama e novamente o vi e ouvi, andando de um lado para o outro. ‘Agora estou bem acordada’, pensei, ‘vejo e ouço esse homem, por que não posso agarrá-lo?’ Mais uma vez levantei-me; aproximei-me lentamente dele, quis pegá-lo e novamente peguei no vazio. Não havia simplesmente nada ali. Dessa vez, comecei a sentir uma certa inquietação. Deitei-me de novo, eram mais ou menos 4 horas da manhã; não voltou mais, mas não consegui mais pegar no sono.
Depois da missa, fui falar com meu diretor espiritual e contei-lhe tudo.
‘Se isso lhe acontecer novamente’, instruiu-me em poucas palavras, ‘não pergunte quem é você, mas o que quer de mim?’. Na noite seguinte, ele voltou: era o mesmo homem da véspera. Perguntei então: ‘O que quer de mim?’. Dessa vez, respondeu: ‘Mande celebrar três missas por mim e estarei salvo!’ Percebi então que devia ser uma alma do purgatório. Contei ao meu confessor, que o confirmou. De 1940 a 1953 vieram duas a três almas por ano, principalmente no mês de novembro. Não vi nisso nenhuma missão especial. Contei ao vigário da região, Alfonse Matt, que também era meu diretor espiritual. Ele me aconselhou a nunca rejeitar uma alma e tudo aceitar de boa vontade.

EXPIAR POR OUTRAS ALMAS
Finalmente, as almas me pediram para sofrer por elas. Foram sofrimentos pesados. Quando vem uma alma, acorda-me batendo na porta, chamando-me ou puxando-me, e assim por diante. Pergunto-lhe imediatamente: ‘O que quer?’ ou ‘O que devo fazer por você?’. Só então pode explicar-me o que lhe falta.
Assim perguntou-me uma alma: ‘Você poderia sofrer por mim?’ Pareceu-me estranho, pois até então nenhuma alma me havia pedido tal coisa. Perguntei-lhe então: ‘Sim, mas o que devo fazer?’ Respondeu: ‘Durante três horas sentirá fortes dores no corpo inteiro, porém, depois dessas três horas, pode levantar-se e continuar seu trabalho como se nada tivesse acontecido. Você pode assim poupar-me 20 anos de purgatório’. Portanto, aceitei. Abateram-se sobre mim tais dores que quase não sabia mais onde estava, embora continuasse consciente de ter aceitado expiação por uma alma e de que esses sofrimentos deviam durar três horas. Parecia-me que essas horas há muito já haviam passado e que, na verdade, tratavam-se de mais de três dias, se não de três semanas. Quando tudo terminou, verifiquei que realmente haviam sido três horas. Muitas vezes tive que sofrer apenas cinco minutos, mas como esse tempo me pareceu longo!”

A VIRGEM MARIA E AS ALMAS DO PURGATÓRIO
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Para as almas do Purgatório, Maria é a Mãe da misericórdia. Quando seu nome ecoa no Purgatório, as almas sentem uma grande alegria. Uma alma disse que Maria pedira a Jesus para libertar todas as almas que se encontravam no Purgatório por ocasião da sua morte e assunção, e que Jesus atendera ao pedido de sua Mãe. Naquele dia as almas acompanharam Maria ao céu, porque ela fora coroada Mãe de misericórdia e Mãe da divina graça. No Purgatório Maria distribui as graças segundo a vontade divina: ela passa com frequência pelo Purgatório.

Algumas advertências dadas pelas almas:

 Não precisa lamentar-se dos tempos que atravessamos. É necessário dizer aos pais que eles são os principais responsáveis. Eles não podem prestar pior serviço aos seus filhos que atender a todos os seus desejos, dando-lhes tudo o que querem, simplesmente para que fiquem contentes e não gritem. Assim, o orgulho forma raiz no coração da criança.
 Mais tarde, quando a criança começa a frequentar a escola, não saberá sequer rezar um Pai-nosso, nem fazer o sinal da cruz. De Deus, às vezes, não sabe coisa alguma. Os pais se desculpam dizendo que isso é o dever do catequista e dos professores de religião.
 Onde o ensino religioso não é dado, a partir da infância, mais tarde a religião será fraca. Ensinem a renúncia às crianças! Por que há hoje esta indiferença religiosa e esta decadência moral? Porque as crianças não aprenderam a renunciar. Mais tarde tornam-se descontentes e pessoas sem discrição que fazem tudo e querem ter tudo em profusão. Isso provoca desvios sexuais, práticas anticoncepcionais e aborto. Todos estes atos pedem vingança ao Céu!
 Quem não aprendeu de criança a renunciar, torna-se egoísta, sem amor, tirânico. Por este motivo há tanto ódio e falta de caridade. Queremos ver tempos melhores? Comece-se a partir da educação das crianças.
 Peca-se de modo assustador contra o amor ao próximo, sobretudo com a maledicência, a enganação e a calúnia. Onde começa? No pensamento. É preciso aprender estas coisas desde a infância e procurar afastar imediatamente os pensamentos contrários à caridade. Tais pensamentos sejam combatidos e assim, não se julgará os outros sem caridade.
 O apostolado é um dever para todo católico. Alguns o exercem com a profissão e outros com o bom exemplo. Lamenta-se que muitos são corrompidos pelas conversas contra a moral ou contra a religião. Por que os outros se calam? Os bons devem defender suas convicções e declarar-se cristãos. No curso da história da Igreja a salvação das almas e da civilidade cristã não foram, para os leigos, um dever mais urgente e mais imperioso que em nossos dias? Todo cristão deveria buscar o Reino de Deus e fazê-lo progredir; caso contrário, os homens não serão mais capazes de reconhecer o governo da Providência.
 A preocupação da alma não deve ser sufocada pela preocupação exagerada com o corpo.

INDULGÊNCIAS
Lembramos que a cada dia do ano é possível receber indulgência plenária e oferecê-la por alguma alma do purgatório.
Para se lucrar uma indulgência plenária são necessárias todas as seguintes condições:
- A execução da obra enriquecida de indulgência plenária (pode ser meia hora de leitura bíblica; ou adoração ao santíssimo sacramento; ou o terço em família ou na igreja com os cinco mistérios juntos...);
- A recitação de ao menos um Pai-Nosso e Ave-Maria nas intenções do papa;
- A comunhão eucarística;
- Confissão recente (não precisa ser uma confissão para cada indulgência, desde que esteja em estado de graça ao realizar a obra). O fiel deve também estar desapegado de todo pecado.

Fontes: “Maria Simma, Segredos revelados pelas almas do Purgatório”, Associação Maria Porta do Céu, Edições Loyola.







Bolsonaro recebe visita de Ironi, Flavinho e Eros.

 

O missionário Ironi Spuldaro, o deputado Eros Biondini e o compositor Flavinho estiveram na casa de Jair em 19/10 e oraram por ele.

Bancada católica reunida com Jair Bolsonaro.
Bancada católica reunida com Jair Bolsonaro.

 

Ironi abriu a bíblia dizendo:

Foi esta a Palavra que me fez vir aqui hoje:

"5.Não vos lembrais de que vos dizia estas coisas, quando estava ainda convosco? 6.Agora, sabeis perfeitamente que algo o detém, de modo que ele só se manifestará a seu tempo. 7.Porque o mistério da iniqüidade já está em ação, apenas esperando o desaparecimento daquele que o detém. 8.Então o tal ímpio se manifestará. Mas o Senhor Jesus o destruirá com o sopro de sua boca e o aniquilará com o resplendor da sua vinda. 9.A manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda a sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores. 10.Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem, por não terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar. 11.Por isso, Deus lhes enviará um poder que os enganará e os induzirá a acreditar no erro. 12.Desse modo, serão julgados e condenados todos os que não deram crédito à verdade, mas consentiram no mal.” (II Tessalonicenses, 2,5-12) 

E continuou: “conhecereis a verdade e sereis verdadeiramente livres” é o slogan que o senhor usou em sua campanha.

É nessa Verdade que estamos aqui, não por nós, mas por um povo.

E espontaneamente, inspirado pelo Espírito Santo, orou:

Que o Bom Deus, amado Deus, derrame sobre este lugar, sobre este homem e daqui se espalhe sobre toda a nação, uma unção sobrenatural de levantamento.

Senhor, que pelo poder do Teu Nome Jesus, pelo poder de cada uma de tuas santas chagas sofridas, dolorosas, pelo Teu caminho Senhor, e o caminho doloroso que esta nação tem feito, Tu levantes Jesus, um exército de homens e mulheres, uma milícia que venha “lutar”. E por isso nós queremos pedir, abençoe este filho Senhor, que neste tempo Tu escolheu como escolheu a Moisés, Tu o escolheu como escolheu a Davi, Tu o escolheu como escolheu a José e tantos outros, para estar a frente do teu povo; então derrama sobre ele uma unção de proteção, uma unção de autoridade, de conhecimento, Senhor, e até de potência do Teu Espírito com carismas sobrenaturais. Que ele muitas vezes fique sem entender o que está fazendo mas saiba que é um Deus que está movendo a vida dele em prol de um povo, em prol de uma nação.

Senhor, nós levantamos o estandarte sangrento do madeiro da cruz sobre a vida dele, e ao levantarmos sobre ele, levantamos sobre a nação brasileira e declaramos que seja rompida toda a ação do mal, todo o trabalho de bastidores que estão sendo feitos agora, Senhor, tudo aquilo que as trevas prepararam para este tempo, que elas sejam aniquiladas, mas a tua graça seja manifestada.

“Eis que estou à frente, eis que marcho convosco. Não tema, não tema. Ficai alerta e vigiai porque a fúria do mal está em ação, mas Eu, o Senhor, te darei a graça da minha vitória. A minha vitória será a vossa, será a vitória de um povo que clama, não é mais por você, mas é pelo povo que clama com você.”

Desfaz Jesus, tudo aquilo que já está preparado, traz o livramento da morte Senhor, traz Senhor, o livramento das guerrilhas nesta nação, Senhor, traz o livramento, Jesus, de tudo aquilo que já foi projetado e programado, que caia por terra o mistério da iniqüidade e se levante o mistério da graça. Usa de compaixão e Misericórdia para com esta nação Senhor, e deste líder ressuscita a esperança no coração e na vida de todo esse povo Senhor, Nós consagramos este dia da eleição, nós pedimos que os teus anjos agora sejam a segurança de cada urna eletrônica, de cada voto nessa nação porque sabemos que este é o grande instrumento de batalha pelo qual o mal será derrotado Senhor, então zela Senhor, para que nenhum voto, para que nenhuma ação do bem venha ser desviada, mas tudo canalize na tua graça e na tua vontade.

Com este óleo santo, Senhor, nós queremos ungir e abençoar a vida deste teu filho Senhor, e que esta vida agora seja a Tua graça, uma fonte de milagres para todos aqueles que estão sofrendo nas ruas, sofrendo o desemprego, sofrendo pela ação de toda miséria e de todo mal.

Que tu possas Senhor, livrá-lo de toda insídia de homens e de mulheres maus e de toda insídia de satanás. Que tu possas dar a ele e à casa dele cem vezes mais em Bençãos, em graças, em prodígios, em milagres nesta vida e o direito e a garantia da vida eterna por terem se colocado à disposição do teu projeto e do teu plano. “conhecereis a verdade e sereis verdadeiramente livres”. Senhor, nós juntamos esta frase à frase que ele tem usado como verdade para vencer toda mentira que se levantou Senhor, e caia por terra todo o império da iniqüidade e que por ele toda a nação se levante Senhor. Muito obrigado Senhor.

Eros:

Vamos pedir a intercessão de Nossa Senhora.

Pedimos à Maria, aquela que pisa a cabeça da serpente, aquela mulher do apocalipse e do Gênesis, aquela que esteve aos pés da cruz com toda a coragem, ela e o discípulo que Jesus amava, pedindo que ela peça a Jesus por nossa nação para que o vinho da alegria volte.

E depois de rezarem uma Ave-Maria, o Flavinho ligou o áudio de sua composição “nas asas do Senhor”.

 

Bolsonaro, visivelmente emocionado, agradeceu e afirmou que acredita neles, que eles acreditam no Brasil, e que acima de todos está o Todo-Poderoso, que não escolhe os capacitados mas capacita os escolhidos. Disse que não governará sozinho, mas em união com a bancada católica e para o bem do povo, o qual não merece todo este sofrimento que está passando.

 

Veja o vídeo em www.youtube.com/watch?v=1s_wpaCB72o&t=184s

 

ACONTECEU NA CHAMI

 

ANIVERSÁRIO DA AMI
No dia 20 de outubro comemoramos o aniversário da comunidade. A missa foi celebrada por D. Peruzzo.

RETIRO DO PADRE MARKUS PRIM

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PALAVRA DE DEUS (Sb 2,12-3,19)

2,12.Cerquemos o justo, porque ele nos incomoda; é contrário às nossas ações; ele nos censura por violar a lei e nos acusa de contrariar a nossa educação. 13.Ele se gaba de conhecer a Deus, e se chama a si mesmo filho do Senhor! 14.Sua existência é uma censura às nossas idéias; basta sua vista para nos importunar. 15.Sua vida, com efeito, não se parece com as outras, e os seus caminhos são muito diferentes. 16.Ele nos tem por uma moeda de mau quilate, e afasta-se de nosso caminhos como de manchas. Julga feliz a morte do justo, e gloria-se de ter Deus por pai. 17.Vejamos, pois, se suas palavras são verdadeiras, e experimentemos o que acontecerá quando da sua morte, 18.porque, se o justo é filho de Deus, Deus o defenderá, e o tirará das mãos dos seus adversários. 19.Provemo-lo por ultrajes e torturas, a fim de conhecer a sua doçura e estarmos cientes de sua paciência. 20.Condenemo-lo a uma morte infame. Porque, conforme ele, Deus deve intervir. 21.Eis o que pensam, mas enganam-se, sua malícia os cega: 22.eles desconhecem os segredos de Deus, não esperam que a santidade seja recompensada, e não acreditam na glorificação das almas puras. 23.Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. 24.É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão. 
 3,1.Mas as almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os tocará. 2.Aparentemente estão mortos aos olhos dos insensatos: seu desenlace é julgado como uma desgraça. 3.E sua morte como uma destruição, quando na verdade estão na paz! 4.Se aos olhos dos homens suportaram uma correção, a esperança deles era portadora de imortalidade, 5.e por terem sofrido um pouco, receberão grandes bens, porque Deus, que os provou, achou-os dignos de si. 6.Ele os provou como ouro na fornalha, e os acolheu como holocausto. 7.No dia de sua visita, eles se reanimarão, e correrão como centelhas na palha. 8.Eles julgarão as nações e dominarão os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre. 9.Os que põem sua confiança nele compreenderão a verdade, e os que são fiéis habitarão com ele no amor: porque seus eleitos são dignos de favor e misericórdia. 10.Mas os ímpios terão o castigo que merecem seus pensamentos, uma vez que desprezaram o justo e se separaram do Senhor: e desgraçado é aquele que rejeita a sabedoria e a disciplina! 11.A esperança deles é vã, seus sofrimentos sem proveito, e as obras deles inúteis. 12.Suas mulheres são insensatas e seus filhos malvados; a raça deles é maldita. 13.Feliz a mulher estéril, mas pura de toda a mancha, a que não manchou seu tálamo: ela carregará seu fruto no dia da retribuição das almas. 14.Feliz o eunuco cuja mão não cometeu o mal, que não concebeu iniqüidade contra o Senhor, porque ele receberá pela sua fidelidade uma graça de escol, e no templo do Senhor uma parte muito honrosa, 15.porque é esplêndido o fruto de bons trabalhos, e a raiz da sabedoria é sempre fértil. 16.Quanto aos filhos dos adúlteros, a nada chegarão, e a raça que descende do pecado será aniquilada. 17.Ainda que vivam muito tempo, serão tidos por nada e, finalmente, sua velhice será sem honra. 18.Caso morram cedo, não terão esperança alguma, e no dia do julgamento não encontrarão nenhuma piedade: 19.porque é lamentável o fim de uma raça injusta. 


 A justificação (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, 1987 - 1995)
A graça do Espírito Santo tem o poder de nos justificar, isto é, de nos lavar dos nossos pecados e de nos comunicar «a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo» e pelo Batismo:
«Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos, sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não morre: a morte já não tem domínio sobre Ele. Porque, na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre: mas a sua vida é uma vida para Deus. Assim vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus» (Rm 6, 8- l l ).
Pelo poder do Espírito Santo, nós tomamos parte na paixão de Cristo, morrendo para o pecado, e na sua ressurreição, nascendo para uma vida nova. Somos os membros do seu corpo, que é a Igreja, os sarmentos enxertados na videira, que é Ele próprio:
«É pelo Espírito que nós temos parte em Deus. [...] Pela participação no Espírito, tornamo-nos participantes da natureza divina [...]. É por isso que aqueles em quem habita o Espírito são divinizados».
A primeira obra da graça do Espírito Santo é a conversão, que opera a justificação, segundo a mensagem de Jesus no princípio do Evangelho: «Convertei-vos, que está perto o Reino dos céus» (Mt 4, 17). Sob a moção da graça, o homem volta-se para Deus e desvia-se do pecado, acolhendo assim o perdão e a justiça do Alto. «A justificação comporta, portanto, a remissão dos pecados, a santificação e a renovação do homem interior».
A justificação desliga o homem do pecado, que está em contradição com o amor de Deus, e purifica-lhe o coração. A justificação continua a iniciativa da misericórdia de Deus, que oferece o perdão; reconcilia o homem com Deus; liberta-o da escravidão do pecado e cura-o.
A justificação é, ao mesmo tempo, acolhimento da justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo. Justiça designa, aqui, a retidão do amor divino. Com a justificação, são difundidas nos nossos corações a fé, a esperança e a caridade, e é-nos concedida a obediência à vontade divina.
A justificação foi-nos merecida pela paixão de Cristo, que na cruz Se ofereceu como hóstia viva, santa e agradável a Deus, e cujo sangue se tornou instrumento de propiciação pelos pecados de todos os homens. A justificação é concedida pelo Baptismo, sacramento da fé. Conforma-nos com a justiça de Deus que nos torna interiormente justos pelo poder da sua misericórdia. E tem por fim a glória de Deus e de Cristo, e o dom da vida eterna:
«Mas agora, foi sem a Lei que se manifestou a justiça de Deus, atestada pela Lei e pelos Profetas: a justiça que vem para todos os crentes, mediante a fé em Jesus Cristo. É que não há diferença alguma: todos pecaram e estão privados da glória de Deus. Sem o merecerem, são justificados pela sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus. Deus ofereceu-o para, nele, pelo seu sangue, se realizar a expiação que actua mediante a fé: foi assim que Ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os pecados cometidos outrora, no tempo da divina paciência. Deus mostra assim a sua justiça no tempo presente, porque Ele é justo e justifica quem tem fé em Jesus» (Rm 3, 21-26).
A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e a liberdade do homem. Do lado do homem, exprime-se no assentimento da fé à Palavra de Deus que convida à conversão, e na cooperação da caridade com o impulso do Espírito Santo que se lhe adianta e o guarda:
«Quando Deus move o coração do homem pela iluminação do Espírito Santo o homem não fica sem fazer nada ao receber esta inspiração, que, aliás, pode rejeitar: no entanto, também não pode, sem a graça de Deus, caminhar, por sua livre vontade, para a justiça na sua presença».
A justificação é a obra mais excelente do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus e concedido pelo Espírito Santo. Santo Agostinho pensa que «a justificação do ímpio é obra maior que a criação do céu e da terra»; porque «o céu e a terra passarão, ao passo que a justificação e a salvação dos eleitos permanecerão». Pensa mesmo que a justificação dos pecadores é mais importante que a criação dos anjos em justiça, pelo tacto de testemunhar uma maior misericórdia.
O Espírito Santo é o mestre interior. Fazendo nascer o «homem interior» a justificação implica a santificação de todo o ser:
«Pois, como pusestes os vossos membros ao serviço da impureza e do mal para cometer a iniquidade, assim ponde agora os vossos membros ao serviço da justiça para chegar à santidade. [...] Mas agora, libertos do pecado e feitos servos de Deus, tendes por fruto a santidade: e o termo é a vida eterna» (Rm 6, 19-22).



NOSSA CAPA:
O Presidente eleito Jair Messias Bolsonaro assinou um Termo de Compromisso com a defesa da vida e da família.
Com toda razão, em sua campanha afirmou que defenderia a família e que vetaria o aborto se porventura viesse a ser aprovado pelo legislativo. Mas para honrar plenamente o compromisso deve deixar de lado antigos projetos de controle de natalidade. Sabemos que os anticoncepcionais em geral nem sempre conseguem impedir a concepção, mas frequentemente ela ocorre seguida de aborto imperceptível nos primeiros dias de vida do ser humano concebido devido a alterações no interior do útero causadas pelos contraceptivos. Mas mesmo que nenhum aborto ocorresse, ainda assim o controle de natalidade artificial não deixa de ser uma falta grave, como podemos conferir na encíclica Humanae Vitae do Papa São Paulo VI, descrita neste informativo. Que Jair Bolsonaro possa governar nosso país iluminado pela graça de Deus, que certamente lhe será derramada em abundância!   


ORAÇÃO pela Igreja e pela Pátria
Deus e Senhor nosso, protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros.
Derramai as vossas bênçãos sobre o nosso Santo Padre, o papa, sobre o nosso bispo, sobre o nosso pároco e todo o clero, sobre o chefe da nação e do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com justiça.
Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa.
Favorecei com os efeitos contínuos de vossa bondade o Brasil, este (arce)bispado, a paróquia em que habitamos, cada um de nós em particular e todas as pessoas por quem somos obrigados a rezar ou que se recomendaram às nossas orações.
Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o descanso e a luz eterna.
Pai nosso…
Ave, Maria…
Glória ao Pai…



JOSÉ MOSCATI (16 de novembro)
Médico e Santo de Nápoles
1880-1927

Giuseppe Moscati foi um leigo, médico, professor universitário, pesquisador, que se tornou santo através do exercício mesmo da sua profissão. Via os pacientes como irmãos que dele esperavam não somente o alívio do corpo, mas também o incentivo espiritual.
Dedicava-se-lhes nos Hospitais e em seu consultório, procurando estar sempre em dia com a ciência a fim de melhor servir aos enfermos. Desprendido de bens materiais e de seus interesses particulares, não raro dava também dinheiro aos clientes mais necessitados, de modo que morreu pobre. Deixou notas pessoais e cartas várias, que revelam o segredo de sua nobreza de caráter ou a sua profunda vida de oração e união com Deus.
A vida dos Santos é sempre um sinal que fala eloquentemente à humanidade, pois eles traduzem em termos concretos e vivenciais o que os livros apresentam em teoria; assim mostram que os mais belos ideais são viáveis e encontram, mesmo em época de materialismo, quem os ponha em prática com a graça do Senhor Jesus. Por isto os mestres de espiritualidade recomendam a todos os cristãos que periodicamente se voltem para a figura dos Santos, a fim de aprender deles, de modo vivencial, a arte da perfeição espiritual (que é também a plena humanização do indivíduo). Cada Santo tem suas peculiaridades, evidenciando que, com qualquer temperamento e em qualquer vocação dados por Deus, a pessoa pode chegar à plenitude das suas virtualidades; na verdade, ninguém é chamado ao meio-termo ou à mediocridade.
Tal foi o caso, entre outros, de Giuseppe Moscati, médico, professor universitário e pesquisador, que o Papa Paulo VI proclamou Bem-aventurado aos 16/11/1975 e João Paulo II canonizou aos 25/10/1987 (durante o Sínodo Mundial dos Bispos que tratava dos Leigos na Igreja).
Segue-se um perfil da vida e da personalidade deste Santo.
1. Dados biográficos
Giuseppe Moscati, nasceu aos 25//07/1880 em Benevento (Itália), de família íntegra; o pai, Francesco Moscati, era jurista, que chegou a ser Presidente do tribunal de Benevento e Conselheiro do Tribunal de Recursos de Nápoles. A Sra. Rosa De Luca Moscati era, no dizer do filho Giuseppe, a mulher forte de que fala a S. Escritura em Provérbios 31,10-31.
Desde 1884 a família morou em Nápoles, onde também Giuseppe viveu e morreu. Fez os estudos de Humanidades em Nápoles, onde entrou para a Faculdade de Medicina em outubro de 1897, com dezessete anos de idade.
Dedicou-se ardorosamente ao estudo e à prática da Medicina, procurando sempre atualizar os seus conhecimentos. Conseguiu o Doutorado em Medicina aos 4/08/1903. Poucos meses depois, prestou concurso para trabalhar nos Hospitais de Nápoles; já o seu saber científico surpreendia os examinadores.
Em 1908 foi nomeado Assistente Ordinário no Instituto de Química Fisiológica. Conseguiu a Livre Docência desta matéria em 1911, e a de Clínica Médica Geral em 1921. Em 1919 foi promovido a Diretor de Sala nos Hospitais Reunidos de Nápoles.
Dedicou-se à pesquisa, em laboratório, sobre a ação dos amidos e da glicose no organismo humano. Publicou os resultados deste estudos em cerca de trinta relatórios e comunicações editados na Itália e no estrangeiro. Estes trabalhos o tornaram famoso e estimado tanto na sua pátria como fora desta. A convite do Governo italiano, viajou para diversos países da Europa a fim de participar de Congressos: em 1911, por exemplo, esteve em Viena (Áustria) como membro do Congresso Internacional de Fisiologia; em 19923, foi a Edimburgo (Escócia), tomando parte no Congresso Internacional de Fisiopatologia.
Morreu com a fama de sábio e santo aos 12/041927. Com efeito; aos 12 de abril de 1927, após a S. Missa e a Comunhão, o Prof. Moscati voltou à casa e preparou-se para seguir para o Hospital. Depois de fatigosa manhã de trabalho, dispôs-se a enfrentar a habitual fila de clientes em seu ambulatório. Mas às 15 horas retirou-se para um quarto, dizendo: “Estou-me sentindo mal”. Sentou-se numa poltrona, cruzou os braços sobre o peito, reclinou a cabeça, e, sem uma palavra, expirou. Tinha 47 anos de idade.
2. A figura do médico
Giuseppe Moscati era um apaixonado da Medicina; para ele, o contato diário com os doentes era uma necessidade. Logo que se formou, começou a servir no Hospital dos Incuráveis, que ele não deixou de frequentar até o fim da sua vida. Em suas notas pessoais, encontra-se o seguinte depoimento:
“Quando rapaz, eu olhava com interesse para o Hospital dos Incuráveis, que meu pai apontava à distância, ou seja, do terraço de casa; isto me inspirava sentimentos de compaixão pela indizível dor dos enfermos, que naquele recinto procuravam alívio. Uma salutar perturbação me acometia e eu começava a pensar na caducidade de todas as coisas e as ilusões se dissipavam, como caíam as flores dos laranjais que me cercavam”.
Como às flores sucedem os frutos, assim também na vida de Moscati a perda de ilusões levou-o a um empenho realista e fecundo em favor dos seus irmãos sofredores. O papel do médico, Moscati o descreveu em carta dirigida a um seu aluno recém-formado:
“Lembra-te de que, segundo a Medicina, assumiste a responsabilidade de uma sublime missão. Persevera, com Deus no coração…, com amor e compaixão para com os que são abandonados, com fé e entusiasmo, surdo aos louvores e às críticas, insensíveis à inveja, disposto unicamente à prática do bem”.
Vê-se que Moscati considerava o exercício da sua profissão como a resposta a uma vocação; ele queria dedicar-se a esta com fé e amor, inspirado pelas mais puras intenções. Passava longas horas do dia e da noite no laboratório para descobrir as causas das doenças e definir os respectivos remédios; queria assim servir,… e servir do melhor modo possível. A sua vida tornou-se uma resposta a Deus, que o colocou no mundo para agir segundo os planos do Criador; era também uma resposta às necessidades e aos sofrimentos dos homens. Assim escreveu ele num pedaço de papel encontrado entre outros documentos:
“Seja a dor considerada não como uma oscilação ou uma contração muscular, e sim como o grito de uma alma, de um irmão, ao qual outro irmão, o médico acode com o calor do amor ou a caridade”.
Em carta escrita a um médico, seu ex-aluno, pode-se ler:
“Recorda-te de que te deves ocupar não apenas com o corpo, mas também com as almas”.
Com estas palavras, Moscati revelava seu zelo pela pessoa do enfermo, que freqüentemente deseja encontrar no médico mais do que um profissional ou um técnico, e sim também um estímulo e reconforto. É o que aparece em outro escrito de Moscati:
“O médico acha-se em posição privilegiada, pois freqüentemente está diante de pessoas que, apesar dos seus erros passados, estão dispostos a voltar aos bons princípios herdados de seus antepassados; estão ansiosas por encontrar apoio premidas pela dor. Feliz o médico que sabe compreender o mistério desses corações e inflamá-los novamente!”
“Felizes nós, médicos, muitas vezes incapazes de debelar uma doença! Felizes nós, se nos lembramos de que, além dos corpos, temos diante de nós almas imortais,… em relação às quais urge o preceito evangélico de amá-las como a nós mesmos”.
“Os doentes são a imagem de Jesus Cristo e aos atribulados são os diletos e preferidos de Deus”.
O seu amor pelos doentes não lhe deixava tréguas: durante o dia estava nos Hospitais, na cátedra universitária, em visita aos doentes, especialmente aos mais miseráveis; e de noite dedicava bom espaço de tempo ao estudo, a fim de sempre oferecer aos pacientes e alunos o melhor que pudesse saber e adquirir. Mesmo durante o dia, quando o Prof. Moscati voltava dos Hospitais para casa, encontrava a sua residência cheia de pacientes à espera.
3. O homem de Deus
Tal dedicação não era interesseira. Muito pelo contrário. Praticava o desapego dos bens materiais. Quando julgava os emolumentos elevados demais, restituía a metade, ou mais do que isto, aos seus clientes. Do mais necessitados não cobrava honorários, dizendo que o importante era curá-los. Na sala de espera do seu consultório havia um cesto onde os clientes podiam depositar o preço da consulta. Certo dia, pouco após a guerra de 1914-18, apareceu-lhe um homem que estivera na frente de batalha. Após o atendimento, perguntou o paciente ao médico: “Quanto lhe devo, professor?” O doutor sorriu: “Pensa, antes do mais, em ficar bom. Se podes, coloca no cesto o que queres, mas, se precisas, tira aquilo que te é necessário”. Não raro era Moscati quem pagava aos seus doentes: alguns destes encontravam uma quantia em notas debaixo do travesseiro; outros, dentro do envelope portador da receita… Eram proverbiais as suas iniciativas neste particular, de modo que Moscati morreu pobre.
Os seus costumes irrepreensíveis e a sua piedade valiam-lhe zombarias de muitos, que o acusavam de louco de “maníaco religioso”, pois não o podiam atacar no plano científico e profissional. Moscati não fazia caso disso. Encontra-se mesmo em suas Notas particulares a seguinte norma:
“Ama a Verdade. Mostra-te como és, sem disfarces e sem fingimento. E, se a Verdade te custar a perseguição, aceita-a; e, se te acarretar tormentos suporta-os. E, se por causa da Verdade tivesses que sacrificar a ti e a tua vida, sê forte no sacrifício” (17/10/1922).
Moscati conhecia as intrigas, as rivalidades, os comprometimentos usuais entre colegas para chegar a posições vantajosas na carreira médica. Lutou, porém, para acabar com práticas e costumes pouco honestos nos Hospitais, não somente porque degradam a figura do médico, mas também porque prejudicam a formação dos estudantes, futuros médicos, e causam danos aos próprios pacientes. Combatia, pois, o nepotismo, o proteccionismo e o favoritismo nos concursos e nas promoções de carreira, que muitas vezes redundam em baixa de nível profissional e, indiretamente, em detrimento dos enfermos.
A essa retidão de costumes o médico e professor sabia associar profunda humildade; dizia que “o Senhor lhe concedera a graça de compreender que Ele é tudo e eu nada sou”. Tinha consciência de sua absoluta dependência em relação ao Senhor da vida.
O segredo dessa nobreza de caráter era a vida interior ou a união com Deus cultivadas por Moscati. Começava o dia dirigindo-se, muito cedo, à igreja de Gesù Nuovo, onde recebia a S. Eucaristia. As suas Notas pessoais revelam que ele sabia falar a Cristo com a simplicidade de uma criança, exprimindo-lhe quanto experimentava em sua alma. Quando tinha um pouco de lazer, passava muito tempo na igreja em oração e adoração.
Como se vê, Giuseppe Moscati abraçou, à luz da fé, “a sublime profissão de médico”, que ele considerava um serviço de amor apostólico e um culto prestado a Deus na pessoa dos irmãos sofredores. Durante a sua breve existência terrestre, cuidou de milhares de pessoas, para as quais foi instrumento de recuperação da saúde; os seus contemporâneos pareciam entrever em sua pessoa e em seu modo de agir um aceno à bondade do próprio Deus. Daí a palavra que de boca se propagava, quando faleceu aos 47 anos de idade: “Morreu o professor santo!”
Leigo médico, cientista e santo. Estas palavras resumem uma existência, delineiam um ideal e abrem um caminho, suscitando a imitação de quantos se achem hoje em circunstâncias de vida semelhantes.
A propósito pode-se consultar o artigo “II Médico Santo: Giuseppe Moscati”, de Paolo Molinari S. J. em “La Civiltà Cattolica” n.º 3297, 07/11/87, pp. 236-248. Destas páginas foram transcritos os textos de Moscati citados; nas mesmas é indicada ampla bibliografia.
D. Estevão Bettencourt, OSB
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS” Nº 315. cleofas.com.br




OS SETE SANTOS CANONIZADOS EM OUTUBRO PASSADO.
1. Paulo VI
O Beato Paulo VI é o Papa da Encíclica Humanae Vitae, a visionária encíclica sobre a defesa da vida e da família na qual advertiu sobre os problemas que o mundo de hoje sofre por causa da mentalidade anticonceptiva.
Este Pontífice foi também quem levou à conclusão o Concílio Vaticano II, iniciado em 1962 por São João XXIII.
Giovanni Battista Montini nasceu na Lombardia (Itália), em 26 de setembro de 1897. Foi eleito Papa em 21 de junho de 1963. Depois de 15 anos de pontificado, faleceu em Castel Gandolfo, em 6 de agosto de 1978.
2. Dom Romero
O Arcebispo de San Salvador nasceu em Ciudad de Barrios (El Salvador), em 15 de agosto de 1917 e morreu mártir por ódio à fé em 24 de março de 1980, assassinado quando celebrava a Missa em meio a uma nascente guerra civil entre a guerrilha de esquerda e o governo ditatorial de direita.
Segunda as investigações, a autoria do assassinato aponta para um grupo de aniquilação vinculada à ditadura militar, que acreditava que Dom Romero era próximo da guerrilhar marxista devido à sua preocupação pelos pobres, uma acusação longe da realidade.
Em sua luta pelos mais pobres e em suas denúncias contra a ditadura, o futuro santo esteve respaldado pelos Papas Paulo VI e São João Paulo II.
3. Nazaria Ignacia de Santa Teresa de Jesus
Nasceu em 10 de janeiro de 1889, em Madri (Espanha). Depois de alguns anos nas Irmãs dos Idosos Desamparados, fundou em 1927 uma nova congregação: as Irmãs Missionárias Cruzadas da Igreja, com a qual serviu aos mais necessitados e às mulheres na Bolívia.
Em 1938, chegou à Argentina, onde promoveu várias instituições a favor dos jovens e dos pobres. Morreu em Buenos Aires, em 1943. Será a primeira santa da Bolívia.
4. Pe. Vincenzo Romano
Vincenzo Romano foi sacerdote diocesano, nasceu em 3 de junho de 1751, em Torre del Greco (Itália). Recebeu a ordenação sacerdotal em 1775.
Trabalhou na reconstrução de Torre del Greco, cidade que ficou quase totalmente destruída depois da erupção do vulcão Vesúvio, em 1794. Além disso, inventou a “rastreadora”, uma estratégia missionária para reunir, com o crucifixo na mão, grupos de pessoas ou transeuntes, improvisar uma pregação e, em seguida, acompanha-los à igreja ou oratório mais próximo para rezar juntos.
Muitas vezes se tornou um mediador entre os donos dos corais e os marinheiros que enfrentavam os riscos e o cansaço da pesca. Morreu em 20 de dezembro de 1831.
5. Maria Catarina Kasper
Nasceu em 26 de maio de 1820. Em 1845 começou sua vida religiosa junto com alguns colegas e, em 1848, no dia da Assunção, abriu seu lar para os pobres do país. À nova associação deu o nome de Escravas Pobres de Jesus Cristo.
A Madre Maria Catarina acompanhou a formação das noviças e a abertura de novas casas, inclusive no exterior, para ajudar os imigrantes alemães. Morreu em 2 de fevereiro de 1898.
6. Francesco Spinelli
Nasceu em Milão em 14 de abril de 1853, foi ordenado sacerdote em 1875, começou o seu apostolado com os pobres da paróquia do seu tio Pe. Pietro. Em 1882, conheceu Catarina Comensoli, que desejava se tornar religiosa de uma congregação cujo propósito era a Adoração Eucarística.
Entre milhares de vicissitudes ocorre a fundação de um instituto que deveria se dividir. A Madre Comensoli estabeleceu a Congregação das Irmãs Sacramentinas e Francesco, a Congregação das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento.
Cuidou dos marginalizados, rechaçados e criou escolas, oratórios, ofereceu assistência aos enfermos ou idosos solitários. Morreu em 6 de fevereiro de 1913.
7. Nunzio Sulprizio
Inicialmente, estavam programadas seis canonizações para o dia 14 de outubro, segundo anunciou o Vaticano em 19 de maio deste ano.
Entretanto, em 19 de julho, o Papa Francisco decidiu que Nunzio Sulprizio, falecido aos 19 anos, também seja declarado santo no marco do Sínodo dos jovens que acontece no Vaticano até o dia 28 de outubro.
Nunzio Sulprizio nasceu em Pescosansonesco (Itália), em 13 de abril de 1817. Durante sua infância, sofreu as consequências da pobreza, da doença e dos maus-tratos, especialmente de seu tio materno.
Desde que seus pais faleceram, seu tio o obrigou a trabalhar como ferreiro em condições desumanas, as quais teriam lhe provocado o tumor ósseo que o levou à morte em 5 de maio de 1836.



Trechos da HUMANAE VITAE, do PAPA SÃO PAULO VI
sobre a regulação da natalidade

A transmissão da vida
1. O gravíssimo dever de transmitir a vida humana, pelo qual os esposos são os colaboradores livres e responsáveis de Deus Criador, foi sempre para eles fonte de grandes alegrias, se bem que, algumas vezes, acompanhadas de não poucas dificuldades e angústias.

O amor conjugal
8. O amor conjugal exprime a sua verdadeira natureza e nobreza, quando se considera na sua fonte suprema, Deus que é Amor, "o Pai, do qual toda a paternidade nos céus e na terra toma o nome".
O matrimônio não é, portanto, fruto do acaso, ou produto de forças naturais inconscientes: é uma instituição sapiente do Criador, para realizar na humanidade o seu desígnio de amor. Mediante a doação pessoal recíproca, que lhes é própria e exclusiva, os esposos tendem para a comunhão dos seus seres, em vista de um aperfeiçoamento mútuo pessoal, para colaborarem com Deus na geração e educação de novas vidas.
AS CARACTERÍSTICAS DO AMOR CONJUGAL
9. É, antes de mais, um amor plenamente humano, quer dizer, ao mesmo tempo espiritual e sensível. Não é, portanto, um simples ímpeto do instinto ou do sentimento; mas é também, e principalmente, ato da vontade livre, destinado a manter-se e a crescer, mediante as alegrias e as dores da vida cotidiana, de tal modo que os esposos se tornem um só coração e uma só alma e alcancem juntos a sua perfeição humana.
É depois, um amor total, quer dizer, uma forma muito especial de amizade pessoal, em que os esposos generosamente compartilham todas as coisas, sem reservas indevidas e sem cálculos egoístas. Quem ama verdadeiramente o próprio consorte, não o ama somente por aquilo que dele recebe, mas por ele mesmo, por poder enriquecê-lo com o dom de si próprio.
É, ainda, amor fiel e exclusivo, até à morte. Assim o concebem, efetivamente, o esposo e a esposa no dia em que assumem, livremente e com plena consciência, o compromisso do vínculo matrimonial. Fidelidade que por vezes pode ser difícil; mas que é sempre nobre e meritória, ninguém o pode negar. O exemplo de tantos esposos, através dos séculos, demonstra não só que ela é consentânea com a natureza do matrimônio, mas que é dela, como de fonte, que flui uma felicidade íntima e duradoura.
É, finalmente, amor fecundo que não se esgota na comunhão entre os cônjuges, mas que está destinado a continuar-se, suscitando novas vidas. "O matrimônio e o amor conjugal estão por si mesmos ordenados para a procriação e educação dos filhos. Sem dúvida, os filhos são o dom mais excelente do matrimônio e contribuem grandemente para o bem dos pais". 
Em relação às tendências do instinto e das paixões, a paternidade responsável significa o necessário domínio que a razão e a vontade devem exercer sobre elas.
Em relação às condições físicas, econômicas, psicológicas e sociais, a paternidade responsável exerce-se tanto com a deliberação ponderada e generosa de fazer crescer uma família numerosa, como com a decisão, tomada por motivos graves e com respeito pela lei moral, de evitar temporariamente, ou mesmo por tempo indeterminado, um novo nascimento.
Paternidade responsável comporta ainda, e principalmente, uma relação mais profunda com a ordem moral objetiva, estabelecida por Deus, de que a consciência reta é intérprete fiel.
Na missão de transmitir a vida, eles não são, portanto, livres para procederem a seu próprio bel-prazer, como se pudessem determinar, de maneira absolutamente autônoma, as vias honestas a seguir, mas devem, sim, conformar o seu agir com a intenção criadora de Deus, expressa na própria natureza do matrimônio e dos seus atos e manifestada pelo ensino constante da Igreja.

Inseparáveis os dois aspectos: união e procriação
12. Esta doutrina, muitas vezes exposta pelo Magistério, está fundada sobre a conexão inseparável que Deus quis e que o homem não pode alterar por sua iniciativa, entre os dois significados do ato conjugal: o significado unitivo e o significado procriador.
Na verdade, pela sua estrutura íntima, o ato conjugal, ao mesmo tempo que une profundamente os esposos, torna-os aptos para a geração de novas vidas, segundo leis inscritas no próprio ser do homem e da mulher. Salvaguardando estes dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e a sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade.
13. "A vida humana é sagrada, recordava João XXIII; desde o seu alvorecer compromete diretamente a ação criadora de Deus".
Vias ilícitas para a regulação dos nascimentos
14. Em conformidade com estes pontos essenciais da visão humana e cristã do matrimônio, devemos, uma vez mais, declarar que é absolutamente de excluir, como via legítima para a regulação dos nascimentos, a interrupção direta do processo generativo já iniciado, e, sobretudo, o aborto querido diretamente e procurado, mesmo por razões terapêuticas.
É de excluir de igual modo, como o Magistério da Igreja repetidamente declarou, a esterilização direta, quer perpétua quer temporária, tanto do homem como da mulher.
É, ainda, de excluir toda a ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação.
Não se podem invocar, como razões válidas, para a justificação dos atos conjugais tornados intencionalmente infecundos, o mal menor, ou o fato de que tais atos constituiriam um todo com os atos fecundos, que foram realizados ou que depois se sucederam, e que, portanto, compartilhariam da única e idêntica bondade moral dos mesmos. Na verdade, se é lícito, algumas vezes, tolerar o mal menor para evitar um mal maior, ou para promover um bem superior, nunca é lícito, nem sequer por razões gravíssimas, fazer o mal, para que daí provenha o bem; isto é, ter como objeto de um ato positivo da vontade aquilo que é intrinsecamente desordenado e, portanto, indigno da pessoa humana, mesmo se for praticado com intenção de salvaguardar ou promover bens individuais, familiares, ou sociais. É um erro, por conseguinte, pensar que um ato conjugal, tornado voluntariamente infecundo, e por isso intrinsecamente desonesto, possa ser coonestado pelo conjunto de uma vida conjugal fecunda.
Liceidade do recurso aos períodos infecundos
16. Se, portanto, existem motivos sérios para distanciar os nascimentos, que derivem ou das condições físicas ou psicológicas dos cônjuges, ou de circunstâncias exteriores, a Igreja ensina que então é lícito ter em conta os ritmos naturais imanentes às funções geradoras, para usar do matrimônio só nos períodos infecundos e, deste modo, regular a natalidade, sem ofender os princípios morais que acabamos de recordar.
A Igreja é coerente consigo própria, quando assim considera lícito o recurso aos períodos infecundos, ao mesmo tempo que condena sempre como ilícito o uso dos meios diretamente contrários à fecundação, mesmo que tal uso seja inspirado em razões que podem aparecer honestas e sérias. Na realidade, entre os dois casos existe uma diferença essencial: no primeiro, os cônjuges usufruem legitimamente de uma disposição natural; enquanto que no segundo, eles impedem o desenvolvimento dos processos naturais. É verdade que em ambos os casos os cônjuges estão de acordo na vontade positiva de evitar a prole, por razões plausíveis, procurando ter a segurança de que ela não virá; mas, é verdade também que, somente no primeiro caso eles sabem renunciar ao uso do matrimônio nos períodos fecundos, quando, por motivos justos, a procriação não é desejável, dele usando depois nos períodos agenésicos, como manifestação de afeto e como salvaguarda da fidelidade mútua.
Procedendo assim, eles dão prova de amor verdadeira e integralmente honesto.
Graves conseqüências dos métodos de regulação artificial da natalidade
17. Os homens retos poderão convencer-se ainda mais da fundamentação da doutrina da Igreja neste campo, se quiserem refletir nas conseqüências dos métodos da regulação artificial da natalidade. Considerem, antes de mais, o caminho amplo e fácil que tais métodos abririam à infidelidade conjugal e à degradação da moralidade. Não é preciso ter muita experiência para conhecer a fraqueza humana e para compreender que os homens - os jovens especialmente, tão vulneráveis neste ponto - precisam de estímulo para serem fiéis à lei moral e não se lhes deve proporcionar qualquer meio fácil para eles eludirem a sua observância. É ainda de recear que o homem, habituando-se ao uso das práticas anticoncepcionais, acabe por perder o respeito pela mulher e, sem se preocupar mais com o equilíbrio físico e psicológico dela, chegue a considerá-la como simples instrumento de prazer egoísta e não mais como a sua companheira, respeitada e amada.
Pense-se ainda seriamente na arma perigosa que se viria a pôr nas mãos de autoridades públicas, pouco preocupadas com exigências morais. Quem poderia reprovar a um governo o fato de ele aplicar à solução dos problemas da coletividade aquilo que viesse a ser reconhecido como lícito aos cônjuges para a solução de um problema familiar? Quem impediria os governantes de favorecerem e até mesmo de imporem às suas populações, se o julgassem necessário, o método de contracepção que eles reputassem mais eficaz? Deste modo, os homens, querendo evitar dificuldades individuais, familiares, ou sociais, que se verificam na observância da lei divina, acabariam por deixar à mercê da intervenção das autoridades públicas o setor mais pessoal e mais reservado da intimidade conjugal.
Portanto, se não se quer expor ao arbítrio dos homens a missão de gerar a vida, devem-se reconhecer necessariamente limites intransponíveis no domínio do homem sobre o próprio corpo e as suas funções; limites que a nenhum homem, seja ele simples cidadão privado, ou investido de autoridade, é lícito ultrapassar. E esses mesmos limites não podem ser determinados senão pelo respeito devido à integridade do organismo humano e das suas funções naturais, segundo os princípios acima recordados e segundo a reta inteligência do "princípio de totalidade", ilustrado pelo nosso predecessor Pio XII. 

Criar um ambiente favorável à castidade
22. Queremos nesta altura chamar a atenção dos educadores e de todos aqueles que desempenham tarefas de responsabilidade em ordem ao bem comum da convivência humana, para a necessidade de criar um clima favorável à educação para a castidade, isto é, ao triunfo da liberdade sã sobre a licenciosidade, mediante o respeito da ordem moral.
Tudo aquilo que nos modernos meios de comunicação social leva à excitação dos sentidos, ao desregramento dos costumes, bem como todas as formas de pornografia ou de espetáculos licenciosos, devem suscitar a reação franca e unanime de todas as pessoas solícitas pelo progresso da civilização e pela defesa dos bens do espírito humano. Em vão se procurará justificar estas depravações, com pretensas exigências artísticas ou científicas, ou tirar partido, para argumentar, da liberdade deixada neste campo por parte das autoridades públicas.
APELO AOS GOVERNANTES
23. Nós queremos dizer aos governantes, que são os principais responsáveis pelo bem comum e que dispõem de tantas possibilidades para salvaguardar os costumes morais: não permitais que se degrade a moralidade das vossas populações; não admitais que se introduzam legalmente, naquela célula fundamental que é a família, práticas contrárias à lei natural e divina. Existe uma outra via, pela qual os Poderes públicos podem e devem contribuir para a solução do problema demográfico: é a via de uma política familiar providente, de uma sábia educação das populações, que respeite a lei moral e a liberdade dos cidadãos.
Estamos absolutamente cônscios das graves dificuldades em que se encontram os Poderes públicos a este respeito, especialmente nos países em vias de desenvolvimento. Dedicamos mesmo às suas preocupações legítimas a nossa Encíclica Populorum Progressio. Mas, com o nosso predecessor João XXIII, repetimos: "...Estas dificuldades não se podem vencer recorrendo a métodos e meios que são indignos do homem e que só encontram a sua explicação num conceito estritamente materialista do mesmo homem e da vida. A verdadeira solução encontra-se somente num progresso econômico e social que respeite e fomente os genuínos valores humanos, individuais e sociais". Nem se poderá, ainda, sem injustiça grave, tornar a Providência divina responsável por aquilo que, bem ao contrário, depende de menos sensatez de governo, de um insuficiente sentido da justiça social, de monopólios egoístas, ou também de reprovável indolência no enfrentar os esforços e os sacrifícios necessários para garantir a elevação do nível de vida de uma população e de todos os seus membros. 





(curiosa semelhança entre Jair Messias Bolsonaro e Ciro, rei dos persas)
O capítulo 45 de Isaías começa com oráculo real de entronização. Ciro, rei dos persas, recebe o título de “ungido do Senhor”, que era reservado aos reis de Israel e que se tornou o título do rei-salvador esperado.
1Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, que tomei pela destra...
2Eu mesmo irei na tua frente e aplainarei lugares montanhosos...
[...]
4Foi por causa do meu servo Jacó, por causa de Israel, o meu escolhido, que eu te chamei pelo nome, e te dei um nome ilustre, embora não me conhecesses.
5Eu sou o Senhor e não há outro, fora de mim não há Deus. Embora não me conheças, eu te cinjo (Is 45,1.2.4-5).
Embora não fosse judeu e “não conhecesse o Senhor”, Ciro foi “tomado pela mão” e chamado “pelo nome” por causa de Israel, o povo eleito. A missão de Ciro foi libertar os judeus, que estavam no cativeiro. Em 539 a. C. seu exército conquistou a Babilônia e em 538 a.C. foi publicado o célebre “edito de Ciro”, concedendo a liberdade aos judeus e determinando a reconstrução do Templo de Jerusalém (Esd 1,2-4).
No atual momento, a ascensão de Jair Messias Bolsonaro, aclamado pelas multidões como favorito para a Presidência da República, tem algumas notáveis semelhanças com o que ocorreu com Ciro, rei dos persas.
Ciro, ungido do Senhor
Curiosamente, Bolsonaro traz o nome de “Messias”, palavra de origem aramaica que se traduz por “ungido”, o mesmo título que a Bíblia deu a Ciro.
Ciro não conhecia o Senhor.
Bolsonaro não conhecia o Senhor. Batizado na Igreja Católica, não viveu o matrimônio indissolúvel. Separando-se da esposa Rogéria Nantes Nunes Braga, com quem teve três filhos, uniu-se com Ana Cristina Valle (com quem teve um filho) e, por último, com Michelle de Paula Firmo Reinaldo (com quem teve uma filha). Seu “casamento” com Michelle realizou-se na presença do pastor Silas Malafaia, em 2013. Quanto à sua religião, Bolsonaro diz: “Sou um católico que, por 10 anos, frequentou a Igreja Batista”.
Em 2002, como deputado federal, ele apresentou à Câmara a PEC 584/2002, que pretendia obrigar o Estado a oferecer vasectomia e laqueadura tubária para maiores de 21 anos! Fez isso porque não conseguiu libertar-se da enganosa mentalidade antinatalista, segundo a qual o crescimento da população gera pobreza. Além disso, não percebeu que a esterilização direta é sempre gravemente imoral, quaisquer que sejam as circunstâncias.
Quanto ao aborto, em 23/04/1996 ele foi um dos 351 deputados que votou “não” à PEC 25/1995, que pretendia acrescentar as palavras “desde a concepção” ao caput do artigo 5º, logo após a “inviolabilidade do direito à vida”. Provavelmente ele, como tantos outros, deixou-se levar pela falsa compaixão às vítimas de estupro. Pois, segundo falaciosa propaganda abortista da época, a lei dava à mulher violentada o “direito” de matar o próprio filho e aquela emenda à Constituição, se aprovada, iria abolir tal suposto “direito”.
No entanto, em 2013, Bolsonaro foi um dos autores do Projeto de Lei 6055/2013, que pretende revogar a Lei 12.845/2013, a famosa lei Cavalo de Tróia, que obriga as delegacias de polícia a informar às supostas vítimas de estupro onde elas podem fazer aborto. Isso parece indicar que a posição do deputado mudou, talvez pela boa influência recebida do Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior.
Ciro foi chamado pelo Senhor
Bolsonaro considera que o extraordinário apoio popular dado a alguém tão insignificante como ele é sinal de uma missão de Deus:
Eu sou cristão. Olha só a situação que eu cheguei. Sou do baixíssimo clero, não sou ninguém na política, não sou nada. E tenho o apoio popular que está aí. Não é inimaginável o que está acontecendo? Como eu consegui isso?
Vamos em frente. Essa é uma missão de Deus para cada um de nós. E junto nós podemos vencer esse inimigo.
A popularidade de Bolsonaro cresceu sobretudo no combate ao “kit gay”, um material produzido em 2011 pelo Ministério da Educação e Cultura, na época dirigido pelo Ministro Fernando Haddad, em parceria com a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), que seria distribuído nas escolas no segundo semestre daquele ano. Denominado pelo governo “kit anti-homofobia”, o material era uma autêntica apologia do homossexualismo e uma doutrinação na ideologia de gênero. Com tanto vigor Bolsonaro atacou o governo petista pela produção daquele material de corrupção infanto-juvenil, que despertou para o combate a bancada católica e evangélica da Câmara. Como consequência, em 25 de maio de 2011, a presidente Dilma resolveu suspender a distribuição do “kit”.
Em 2014, o deputado também esteve presente, junto aos militantes pró-vida e pró-família, no combate à inclusão da ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação (PNE), luta esta que resultou vitoriosa.
Talvez ele não imaginasse que seu empenho em favor da família lhe renderia tanta popularidade. O partido ao qual se filiou como candidato à presidência da República (PSL) tem apenas dez segundos de propaganda eleitoral na televisão. No entanto, mesmo sem outros recursos de divulgação além das redes sociais, suas ideias são aplaudidas pela multidão. O que ele defende é espantosamente óbvio: o matrimônio entre um só homem e uma só mulher, crianças livres da ideologia de gênero nas escolas, pais e professores com autoridade para educar, cidadãos com direito à legítima defesa, bebês com direito de nascer, o STF sem ativismo judicial, a sociedade livre das drogas. O óbvio, porém, assusta, talvez porque quase ninguém ousa defendê-lo. Os jornais, revistas e emissoras de televisão têm feito uma campanha cerrada contra o “mito Bolsonaro”. No dia 6 de setembro, durante uma campanha em Juiz de Fora (MG), o candidato recebeu uma facada no abdômen. A tentativa de homicídio não teve êxito, mas obrigou-o a ficar internado por 22 dias.
Conclusão
É espantoso que o defensor da família natural seja alguém que se divorciou e se “recasou” duas vezes. É espantoso que o único candidato que ousou dizer que vetará qualquer lei do aborto vinda do Congresso (!) seja alguém que ainda não entendeu a gravidade do pecado da esterilização.
A Providência Divina é soberanamente livre para escolher seus instrumentos. “Ao Senhor nosso Deus a justiça, mas a nós a vergonha no rosto” (Br 2,15). Vergonhoso para nós não é a ascensão de Bolsonaro. Vergonhoso é que entre os que professam a fé católica não se tenha encontrado nenhum outro político com a coragem dele. Enfim, em tudo Deus seja louvado.
Anápolis, 5 de outubro de 2018.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis. (www.providaanapolis.org)









O Papa Francisco canonizou 7 Santos no dia de hoje.
Papa Paulo VI:
João Batista Montini nasceu em Concesio, província de Brescia, norte da Itália, em 26 de setembro de 1897. Foi ordenado sacerdote diocesano em 29 de maio de 1920. Em 1937, foi nomeado Substituto da Secretaria de Estado. Durante a Segunda Guerra Mundial, promoveu assistência caritativa e hospitalidade aos perseguidos pelo nazismo-fascismo, especialmente aos judeus.Montini foi pró-Secretário de Estado para Assuntos Ordinários da Igreja e, em 1954, foi nomeado arcebispo de Milão. Em 1958, foi criado Cardeal. Em 21 de junho de 1963, foi eleito Sucessor de Pedro, assumindo o nome Paulo VI. Entre as suas inúmeras ​​iniciativas, destacam-se: direção e aplicação do Concílio Vaticano II; viagens apostólicas; diálogo ecumênico e inter-religioso.Tendo sido acometido por uma doença muito breve, Paulo VI faleceu em Castel Gandolfo na noite de 6 de agosto de 1978. Foi beatificado em 2014 por Papa Francisco.

Oscar Arnulfo Romero:
 nasceu em 15 de agosto de 1917, em Ciudad Barrios, em El Salvador. Em 1942, recebeu a ordenação sacerdotal e, durante vinte anos, foi pároco na diocese de San Miguel. Em 1970 foi nomeado Auxiliar de San Salvador e, em 1977, arcebispo de San Salvador.Neste ínterim, uma grave crise política abateu-se sobre o país, que terminou com uma guerra civil. Ao constatar a onda de violência contra os mais fracos e a matança de padres e catequistas, Dom Oscar Romero sentiu o dever pastoral de adotar uma atitude de fortaleza e defesa do povo oprimido. Em 24 de março de 1980, foi assassinado enquanto celebrava Missa. Em 2015, foi beatificado pelo Papa Francisco.



MARIA SIMMA E AS ALMAS DO PURGATÓRIO
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Sabemos que as revelações particulares não são dogmas de fé, ninguém precisa crer nelas. Porém é certo que Deus pode permitir tais revelações a pessoas escolhidas. Creio que assim aconteceu com Maria Simma (1915 – 2004).
PRIMEIRAS APARIÇÕES
“Desde a infância tive grande amor pelas almas do purgatório. E minha mãe também lhes dava muito valor e nos repetia sempre:
‘Quando tiverem um pedido importante, dirijam-se às almas, são as ajudantes mais reconhecidas’.
No ano de 1940, pela primeira vez, me apareceu uma alma.
Acordei à noite com alguém indo e vindo em meu quarto. Olhei para ver quem poderia estar ali. Nunca fui medrosa. Seria mais fácil pular em cima de uma pessoa do que ter medo. Vi então, em meu quarto, um estranho andando lentamente de um lado para o outro. Tratei-o com dureza: ‘Como entrou aqui, o que está procurando?’
Fez como se nada tivesse ouvido e continuou andando de um lado para o outro. ‘Quem é você?’, perguntei, e como não obtivesse resposta, pulei da cama e quis agarrá-lo. Peguei o ar, nada mais havia ali.
Fui para a cama e novamente o vi e ouvi, andando de um lado para o outro. ‘Agora estou bem acordada’, pensei, ‘vejo e ouço esse homem, por que não posso agarrá-lo?’ Mais uma vez levantei-me; aproximei-me lentamente dele, quis pegá-lo e novamente peguei no vazio. Não havia simplesmente nada ali. Dessa vez, comecei a sentir uma certa inquietação. Deitei-me de novo, eram mais ou menos 4 horas da manhã; não voltou mais, mas não consegui mais pegar no sono.
Depois da missa, fui falar com meu diretor espiritual e contei-lhe tudo.
‘Se isso lhe acontecer novamente’, instruiu-me em poucas palavras, ‘não pergunte quem é você, mas o que quer de mim?’. Na noite seguinte, ele voltou: era o mesmo homem da véspera. Perguntei então: ‘O que quer de mim?’. Dessa vez, respondeu: ‘Mande celebrar três missas por mim e estarei salvo!’ Percebi então que devia ser uma alma do purgatório. Contei ao meu confessor, que o confirmou. De 1940 a 1953 vieram duas a três almas por ano, principalmente no mês de novembro. Não vi nisso nenhuma missão especial. Contei ao vigário da região, Alfonse Matt, que também era meu diretor espiritual. Ele me aconselhou a nunca rejeitar uma alma e tudo aceitar de boa vontade.

EXPIAR POR OUTRAS ALMAS
Finalmente, as almas me pediram para sofrer por elas. Foram sofrimentos pesados. Quando vem uma alma, acorda-me batendo na porta, chamando-me ou puxando-me, e assim por diante. Pergunto-lhe imediatamente: ‘O que quer?’ ou ‘O que devo fazer por você?’. Só então pode explicar-me o que lhe falta.
Assim perguntou-me uma alma: ‘Você poderia sofrer por mim?’ Pareceu-me estranho, pois até então nenhuma alma me havia pedido tal coisa. Perguntei-lhe então: ‘Sim, mas o que devo fazer?’ Respondeu: ‘Durante três horas sentirá fortes dores no corpo inteiro, porém, depois dessas três horas, pode levantar-se e continuar seu trabalho como se nada tivesse acontecido. Você pode assim poupar-me 20 anos de purgatório’. Portanto, aceitei. Abateram-se sobre mim tais dores que quase não sabia mais onde estava, embora continuasse consciente de ter aceitado expiação por uma alma e de que esses sofrimentos deviam durar três horas. Parecia-me que essas horas há muito já haviam passado e que, na verdade, tratavam-se de mais de três dias, se não de três semanas. Quando tudo terminou, verifiquei que realmente haviam sido três horas. Muitas vezes tive que sofrer apenas cinco minutos, mas como esse tempo me pareceu longo!”

A VIRGEM MARIA E AS ALMAS DO PURGATÓRIO
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Para as almas do Purgatório, Maria é a Mãe da misericórdia. Quando seu nome ecoa no Purgatório, as almas sentem uma grande alegria. Uma alma disse que Maria pedira a Jesus para libertar todas as almas que se encontravam no Purgatório por ocasião da sua morte e assunção, e que Jesus atendera ao pedido de sua Mãe. Naquele dia as almas acompanharam Maria ao céu, porque ela fora coroada Mãe de misericórdia e Mãe da divina graça. No Purgatório Maria distribui as graças segundo a vontade divina: ela passa com frequência pelo Purgatório.

Algumas advertências dadas pelas almas:

 Não precisa lamentar-se dos tempos que atravessamos. É necessário dizer aos pais que eles são os principais responsáveis. Eles não podem prestar pior serviço aos seus filhos que atender a todos os seus desejos, dando-lhes tudo o que querem, simplesmente para que fiquem contentes e não gritem. Assim, o orgulho forma raiz no coração da criança.
 Mais tarde, quando a criança começa a frequentar a escola, não saberá sequer rezar um Pai-nosso, nem fazer o sinal da cruz. De Deus, às vezes, não sabe coisa alguma. Os pais se desculpam dizendo que isso é o dever do catequista e dos professores de religião.
 Onde o ensino religioso não é dado, a partir da infância, mais tarde a religião será fraca. Ensinem a renúncia às crianças! Por que há hoje esta indiferença religiosa e esta decadência moral? Porque as crianças não aprenderam a renunciar. Mais tarde tornam-se descontentes e pessoas sem discrição que fazem tudo e querem ter tudo em profusão. Isso provoca desvios sexuais, práticas anticoncepcionais e aborto. Todos estes atos pedem vingança ao Céu!
 Quem não aprendeu de criança a renunciar, torna-se egoísta, sem amor, tirânico. Por este motivo há tanto ódio e falta de caridade. Queremos ver tempos melhores? Comece-se a partir da educação das crianças.
 Peca-se de modo assustador contra o amor ao próximo, sobretudo com a maledicência, a enganação e a calúnia. Onde começa? No pensamento. É preciso aprender estas coisas desde a infância e procurar afastar imediatamente os pensamentos contrários à caridade. Tais pensamentos sejam combatidos e assim, não se julgará os outros sem caridade.
 O apostolado é um dever para todo católico. Alguns o exercem com a profissão e outros com o bom exemplo. Lamenta-se que muitos são corrompidos pelas conversas contra a moral ou contra a religião. Por que os outros se calam? Os bons devem defender suas convicções e declarar-se cristãos. No curso da história da Igreja a salvação das almas e da civilidade cristã não foram, para os leigos, um dever mais urgente e mais imperioso que em nossos dias? Todo cristão deveria buscar o Reino de Deus e fazê-lo progredir; caso contrário, os homens não serão mais capazes de reconhecer o governo da Providência.
 A preocupação da alma não deve ser sufocada pela preocupação exagerada com o corpo.

INDULGÊNCIAS
Lembramos que a cada dia do ano é possível receber indulgência plenária e oferecê-la por alguma alma do purgatório.
Para se lucrar uma indulgência plenária são necessárias todas as seguintes condições:
- A execução da obra enriquecida de indulgência plenária (pode ser meia hora de leitura bíblica; ou adoração ao santíssimo sacramento; ou o terço em família ou na igreja com os cinco mistérios juntos...);
- A recitação de ao menos um Pai-Nosso e Ave-Maria nas intenções do papa;
- A comunhão eucarística;
- Confissão recente (não precisa ser uma confissão para cada indulgência, desde que esteja em estado de graça ao realizar a obra). O fiel deve também estar desapegado de todo pecado.

Fontes: “Maria Simma, Segredos revelados pelas almas do Purgatório”, Associação Maria Porta do Céu, Edições Loyola.







Bolsonaro recebe visita de Ironi, Flavinho e Eros.

 

O missionário Ironi Spuldaro, o deputado Eros Biondini e o compositor Flavinho estiveram na casa de Jair em 19/10 e oraram por ele.

Bancada católica reunida com Jair Bolsonaro.
Bancada católica reunida com Jair Bolsonaro.

 

Ironi abriu a bíblia dizendo:

Foi esta a Palavra que me fez vir aqui hoje:

"5.Não vos lembrais de que vos dizia estas coisas, quando estava ainda convosco? 6.Agora, sabeis perfeitamente que algo o detém, de modo que ele só se manifestará a seu tempo. 7.Porque o mistério da iniqüidade já está em ação, apenas esperando o desaparecimento daquele que o detém. 8.Então o tal ímpio se manifestará. Mas o Senhor Jesus o destruirá com o sopro de sua boca e o aniquilará com o resplendor da sua vinda. 9.A manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda a sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores. 10.Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem, por não terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar. 11.Por isso, Deus lhes enviará um poder que os enganará e os induzirá a acreditar no erro. 12.Desse modo, serão julgados e condenados todos os que não deram crédito à verdade, mas consentiram no mal.” (II Tessalonicenses, 2,5-12) 

E continuou: “conhecereis a verdade e sereis verdadeiramente livres” é o slogan que o senhor usou em sua campanha.

É nessa Verdade que estamos aqui, não por nós, mas por um povo.

E espontaneamente, inspirado pelo Espírito Santo, orou:

Que o Bom Deus, amado Deus, derrame sobre este lugar, sobre este homem e daqui se espalhe sobre toda a nação, uma unção sobrenatural de levantamento.

Senhor, que pelo poder do Teu Nome Jesus, pelo poder de cada uma de tuas santas chagas sofridas, dolorosas, pelo Teu caminho Senhor, e o caminho doloroso que esta nação tem feito, Tu levantes Jesus, um exército de homens e mulheres, uma milícia que venha “lutar”. E por isso nós queremos pedir, abençoe este filho Senhor, que neste tempo Tu escolheu como escolheu a Moisés, Tu o escolheu como escolheu a Davi, Tu o escolheu como escolheu a José e tantos outros, para estar a frente do teu povo; então derrama sobre ele uma unção de proteção, uma unção de autoridade, de conhecimento, Senhor, e até de potência do Teu Espírito com carismas sobrenaturais. Que ele muitas vezes fique sem entender o que está fazendo mas saiba que é um Deus que está movendo a vida dele em prol de um povo, em prol de uma nação.

Senhor, nós levantamos o estandarte sangrento do madeiro da cruz sobre a vida dele, e ao levantarmos sobre ele, levantamos sobre a nação brasileira e declaramos que seja rompida toda a ação do mal, todo o trabalho de bastidores que estão sendo feitos agora, Senhor, tudo aquilo que as trevas prepararam para este tempo, que elas sejam aniquiladas, mas a tua graça seja manifestada.

“Eis que estou à frente, eis que marcho convosco. Não tema, não tema. Ficai alerta e vigiai porque a fúria do mal está em ação, mas Eu, o Senhor, te darei a graça da minha vitória. A minha vitória será a vossa, será a vitória de um povo que clama, não é mais por você, mas é pelo povo que clama com você.”

Desfaz Jesus, tudo aquilo que já está preparado, traz o livramento da morte Senhor, traz Senhor, o livramento das guerrilhas nesta nação, Senhor, traz o livramento, Jesus, de tudo aquilo que já foi projetado e programado, que caia por terra o mistério da iniqüidade e se levante o mistério da graça. Usa de compaixão e Misericórdia para com esta nação Senhor, e deste líder ressuscita a esperança no coração e na vida de todo esse povo Senhor, Nós consagramos este dia da eleição, nós pedimos que os teus anjos agora sejam a segurança de cada urna eletrônica, de cada voto nessa nação porque sabemos que este é o grande instrumento de batalha pelo qual o mal será derrotado Senhor, então zela Senhor, para que nenhum voto, para que nenhuma ação do bem venha ser desviada, mas tudo canalize na tua graça e na tua vontade.

Com este óleo santo, Senhor, nós queremos ungir e abençoar a vida deste teu filho Senhor, e que esta vida agora seja a Tua graça, uma fonte de milagres para todos aqueles que estão sofrendo nas ruas, sofrendo o desemprego, sofrendo pela ação de toda miséria e de todo mal.

Que tu possas Senhor, livrá-lo de toda insídia de homens e de mulheres maus e de toda insídia de satanás. Que tu possas dar a ele e à casa dele cem vezes mais em Bençãos, em graças, em prodígios, em milagres nesta vida e o direito e a garantia da vida eterna por terem se colocado à disposição do teu projeto e do teu plano. “conhecereis a verdade e sereis verdadeiramente livres”. Senhor, nós juntamos esta frase à frase que ele tem usado como verdade para vencer toda mentira que se levantou Senhor, e caia por terra todo o império da iniqüidade e que por ele toda a nação se levante Senhor. Muito obrigado Senhor.

Eros:

Vamos pedir a intercessão de Nossa Senhora.

Pedimos à Maria, aquela que pisa a cabeça da serpente, aquela mulher do apocalipse e do Gênesis, aquela que esteve aos pés da cruz com toda a coragem, ela e o discípulo que Jesus amava, pedindo que ela peça a Jesus por nossa nação para que o vinho da alegria volte.

E depois de rezarem uma Ave-Maria, o Flavinho ligou o áudio de sua composição “nas asas do Senhor”.

 

Bolsonaro, visivelmente emocionado, agradeceu e afirmou que acredita neles, que eles acreditam no Brasil, e que acima de todos está o Todo-Poderoso, que não escolhe os capacitados mas capacita os escolhidos. Disse que não governará sozinho, mas em união com a bancada católica e para o bem do povo, o qual não merece todo este sofrimento que está passando.

 

Veja o vídeo em www.youtube.com/watch?v=1s_wpaCB72o&t=184s

 

ACONTECEU NA CHAMI

 

ANIVERSÁRIO DA AMI
No dia 20 de outubro comemoramos o aniversário da comunidade. A missa foi celebrada por D. Peruzzo.

RETIRO DO PADRE MARKUS PRIM


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