PALAVRA
DE DEUS (Sb 2,12-3,19)
3,1.Mas as almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os tocará. 2.Aparentemente estão mortos aos olhos dos insensatos: seu desenlace é julgado como uma desgraça. 3.E sua morte como uma destruição, quando na verdade estão na paz! 4.Se aos olhos dos homens suportaram uma correção, a esperança deles era portadora de imortalidade, 5.e por terem sofrido um pouco, receberão grandes bens, porque Deus, que os provou, achou-os dignos de si. 6.Ele os provou como ouro na fornalha, e os acolheu como holocausto. 7.No dia de sua visita, eles se reanimarão, e correrão como centelhas na palha. 8.Eles julgarão as nações e dominarão os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre. 9.Os que põem sua confiança nele compreenderão a verdade, e os que são fiéis habitarão com ele no amor: porque seus eleitos são dignos de favor e misericórdia. 10.Mas os ímpios terão o castigo que merecem seus pensamentos, uma vez que desprezaram o justo e se separaram do Senhor: e desgraçado é aquele que rejeita a sabedoria e a disciplina! 11.A esperança deles é vã, seus sofrimentos sem proveito, e as obras deles inúteis. 12.Suas mulheres são insensatas e seus filhos malvados; a raça deles é maldita. 13.Feliz a mulher estéril, mas pura de toda a mancha, a que não manchou seu tálamo: ela carregará seu fruto no dia da retribuição das almas. 14.Feliz o eunuco cuja mão não cometeu o mal, que não concebeu iniqüidade contra o Senhor, porque ele receberá pela sua fidelidade uma graça de escol, e no templo do Senhor uma parte muito honrosa, 15.porque é esplêndido o fruto de bons trabalhos, e a raiz da sabedoria é sempre fértil. 16.Quanto aos filhos dos adúlteros, a nada chegarão, e a raça que descende do pecado será aniquilada. 17.Ainda que vivam muito tempo, serão tidos por nada e, finalmente, sua velhice será sem honra. 18.Caso morram cedo, não terão esperança alguma, e no dia do julgamento não encontrarão nenhuma piedade: 19.porque é lamentável o fim de uma raça injusta.
A justificação (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, 1987 - 1995)
A graça do Espírito Santo tem o poder de nos justificar,
isto é, de nos lavar dos nossos pecados e de nos comunicar «a justiça de Deus
pela fé em Jesus Cristo» e pelo Batismo:
«Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos,
sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não morre: a morte já
não tem domínio sobre Ele. Porque, na morte que sofreu, Cristo morreu para o
pecado de uma vez para sempre: mas a sua vida é uma vida para Deus. Assim vós
também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo
Jesus» (Rm 6, 8- l l ).
Pelo poder do Espírito Santo, nós tomamos parte na paixão de Cristo,
morrendo para o pecado, e na sua ressurreição, nascendo para uma vida nova.
Somos os membros do seu corpo, que é a Igreja, os sarmentos enxertados na
videira, que é Ele próprio:
«É pelo Espírito que nós temos parte em Deus. [...] Pela participação no
Espírito, tornamo-nos participantes da natureza divina [...]. É por isso que
aqueles em quem habita o Espírito são divinizados».
A primeira obra da graça do Espírito Santo é a conversão, que
opera a justificação, segundo a mensagem de Jesus no princípio do Evangelho:
«Convertei-vos, que está perto o Reino dos céus» (Mt 4,
17). Sob a moção da graça, o homem volta-se para Deus e desvia-se do pecado,
acolhendo assim o perdão e a justiça do Alto. «A justificação comporta,
portanto, a remissão dos pecados, a santificação e a renovação do homem
interior».
A justificação desliga o homem do pecado, que está em
contradição com o amor de Deus, e purifica-lhe o coração. A justificação
continua a iniciativa da misericórdia de Deus, que oferece o perdão; reconcilia
o homem com Deus; liberta-o da escravidão do pecado e cura-o.
A justificação é, ao mesmo tempo, acolhimento da justiça de
Deus pela fé em Jesus Cristo. Justiça designa, aqui, a retidão do amor
divino. Com a justificação, são difundidas nos nossos corações a fé, a
esperança e a caridade, e é-nos concedida a obediência à vontade divina.
A justificação foi-nos merecida pela paixão de Cristo, que
na cruz Se ofereceu como hóstia viva, santa e agradável a Deus, e cujo sangue
se tornou instrumento de propiciação pelos pecados de todos os homens. A
justificação é concedida pelo Baptismo, sacramento da fé. Conforma-nos com a
justiça de Deus que nos torna interiormente justos pelo poder da sua
misericórdia. E tem por fim a glória de Deus e de Cristo, e o dom da vida
eterna:
«Mas agora, foi sem a Lei que se manifestou a justiça de Deus, atestada
pela Lei e pelos Profetas: a justiça que vem para todos os crentes, mediante a
fé em Jesus Cristo. É que não há diferença alguma: todos pecaram e estão
privados da glória de Deus. Sem o merecerem, são justificados pela sua graça,
em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus. Deus ofereceu-o para, nele,
pelo seu sangue, se realizar a expiação que actua mediante a fé: foi assim que
Ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os pecados cometidos outrora, no tempo da
divina paciência. Deus mostra assim a sua justiça no tempo presente, porque Ele
é justo e justifica quem tem fé em Jesus» (Rm 3, 21-26).
A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e
a liberdade do homem. Do lado do homem, exprime-se no assentimento da
fé à Palavra de Deus que convida à conversão, e na cooperação da caridade com o
impulso do Espírito Santo que se lhe adianta e o guarda:
«Quando Deus move o coração do homem pela iluminação do Espírito Santo o
homem não fica sem fazer nada ao receber esta inspiração, que, aliás, pode
rejeitar: no entanto, também não pode, sem a graça de Deus, caminhar, por sua
livre vontade, para a justiça na sua presença».
A justificação é a obra mais excelente do amor de Deus manifestado
em Cristo Jesus e concedido pelo Espírito Santo. Santo Agostinho pensa que «a
justificação do ímpio é obra maior que a criação do céu e da terra»; porque «o
céu e a terra passarão, ao passo que a justificação e a salvação dos eleitos
permanecerão». Pensa mesmo que a justificação dos pecadores é mais importante
que a criação dos anjos em justiça, pelo tacto de testemunhar uma maior
misericórdia.
O Espírito Santo é o mestre interior. Fazendo nascer o «homem interior»
a justificação implica a santificação de todo o ser:
«Pois, como pusestes os vossos membros ao serviço da impureza e do mal
para cometer a iniquidade, assim ponde agora os vossos membros ao serviço da
justiça para chegar à santidade. [...] Mas agora, libertos do pecado e feitos
servos de Deus, tendes por fruto a santidade: e o termo é a vida eterna» (Rm 6,
19-22).
NOSSA CAPA:
O Presidente eleito Jair Messias
Bolsonaro assinou um Termo de Compromisso com a defesa da vida e da família.
Com toda razão, em sua campanha
afirmou que defenderia a família e que vetaria o aborto se porventura viesse a ser
aprovado pelo legislativo. Mas para honrar plenamente o compromisso deve deixar
de lado antigos projetos de controle de natalidade. Sabemos que os
anticoncepcionais em geral nem sempre conseguem impedir a concepção, mas
frequentemente ela ocorre seguida de aborto imperceptível nos primeiros dias de
vida do ser humano concebido devido a alterações no interior do útero causadas
pelos contraceptivos. Mas mesmo que nenhum aborto ocorresse, ainda assim o
controle de natalidade artificial não deixa de ser uma falta grave, como
podemos conferir na encíclica Humanae Vitae do Papa São Paulo VI, descrita
neste informativo. Que Jair Bolsonaro possa governar nosso país iluminado pela
graça de Deus, que certamente lhe será derramada em abundância!
Deus e Senhor nosso, protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros.
Derramai as vossas bênçãos sobre o nosso Santo Padre, o papa, sobre o nosso bispo, sobre o nosso pároco e todo o clero, sobre o chefe da nação e do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com justiça.
Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa.
Favorecei com os efeitos contínuos de vossa bondade o Brasil, este (arce)bispado, a paróquia em que habitamos, cada um de nós em particular e todas as pessoas por quem somos obrigados a rezar ou que se recomendaram às nossas orações.
Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o descanso e a luz eterna.
Pai nosso…
Ave, Maria…
Glória ao Pai…
JOSÉ MOSCATI (16 de novembro)
Médico e Santo de Nápoles
1880-1927
Giuseppe Moscati foi um leigo, médico,
professor universitário, pesquisador, que se tornou santo através do exercício
mesmo da sua profissão. Via os pacientes como irmãos que dele esperavam não
somente o alívio do corpo, mas também o incentivo espiritual.
Dedicava-se-lhes
nos Hospitais e em seu consultório, procurando estar sempre em dia com a
ciência a fim de melhor servir aos enfermos. Desprendido de bens materiais e de
seus interesses particulares, não raro dava também dinheiro aos clientes mais
necessitados, de modo que morreu pobre. Deixou notas pessoais e cartas várias,
que revelam o segredo de sua nobreza de caráter ou a sua profunda vida de
oração e união com Deus.
A vida
dos Santos é sempre um sinal que fala eloquentemente à humanidade, pois eles
traduzem em termos concretos e vivenciais o que os livros apresentam em teoria;
assim mostram que os mais belos ideais são viáveis e encontram, mesmo em época
de materialismo, quem os ponha em prática com a graça do Senhor Jesus. Por isto
os mestres de espiritualidade recomendam a todos os cristãos que periodicamente
se voltem para a figura dos Santos, a fim de aprender deles, de modo vivencial,
a arte da perfeição espiritual (que é também a plena humanização do indivíduo).
Cada Santo tem suas peculiaridades, evidenciando que, com qualquer temperamento
e em qualquer vocação dados por Deus, a pessoa pode chegar à plenitude das suas
virtualidades; na verdade, ninguém é chamado ao meio-termo ou à mediocridade.
Tal foi
o caso, entre outros, de Giuseppe Moscati, médico, professor universitário e
pesquisador, que o Papa Paulo VI proclamou Bem-aventurado aos 16/11/1975 e João
Paulo II canonizou aos 25/10/1987 (durante o Sínodo Mundial dos Bispos que
tratava dos Leigos na Igreja).
Segue-se
um perfil da vida e da personalidade deste Santo.
1. Dados biográficos
Giuseppe
Moscati, nasceu aos 25//07/1880 em Benevento (Itália), de família íntegra; o
pai, Francesco Moscati, era jurista, que chegou a ser Presidente do tribunal de
Benevento e Conselheiro do Tribunal de Recursos de Nápoles. A Sra. Rosa De Luca
Moscati era, no dizer do filho Giuseppe, a mulher forte de que fala a S.
Escritura em Provérbios 31,10-31.
Desde
1884 a família morou em Nápoles, onde também Giuseppe viveu e morreu. Fez os
estudos de Humanidades em Nápoles, onde entrou para a Faculdade de Medicina em
outubro de 1897, com dezessete anos de idade.
Dedicou-se
ardorosamente ao estudo e à prática da Medicina, procurando sempre atualizar os
seus conhecimentos. Conseguiu o Doutorado em Medicina aos 4/08/1903. Poucos
meses depois, prestou concurso para trabalhar nos Hospitais de Nápoles; já o
seu saber científico surpreendia os examinadores.
Em 1908
foi nomeado Assistente Ordinário no Instituto de Química Fisiológica. Conseguiu
a Livre Docência desta matéria em 1911, e a de Clínica Médica Geral em 1921. Em
1919 foi promovido a Diretor de Sala nos Hospitais Reunidos de Nápoles.
Dedicou-se
à pesquisa, em laboratório, sobre a ação dos amidos e da glicose no organismo
humano. Publicou os resultados deste estudos em cerca de trinta relatórios e
comunicações editados na Itália e no estrangeiro. Estes trabalhos o tornaram
famoso e estimado tanto na sua pátria como fora desta. A convite do Governo
italiano, viajou para diversos países da Europa a fim de participar de
Congressos: em 1911, por exemplo, esteve em Viena (Áustria) como membro do
Congresso Internacional de Fisiologia; em 19923, foi a Edimburgo (Escócia),
tomando parte no Congresso Internacional de Fisiopatologia.
Morreu
com a fama de sábio e santo aos 12/041927. Com efeito; aos 12 de abril de 1927,
após a S. Missa e a Comunhão, o Prof. Moscati voltou à casa e preparou-se para
seguir para o Hospital. Depois de fatigosa manhã de trabalho, dispôs-se a
enfrentar a habitual fila de clientes em seu ambulatório. Mas às 15 horas
retirou-se para um quarto, dizendo: “Estou-me sentindo mal”. Sentou-se numa
poltrona, cruzou os braços sobre o peito, reclinou a cabeça, e, sem uma
palavra, expirou. Tinha 47 anos de idade.
2. A figura do médico
Giuseppe
Moscati era um apaixonado da Medicina; para ele, o contato diário com os
doentes era uma necessidade. Logo que se formou, começou a servir no Hospital
dos Incuráveis, que ele não deixou de frequentar até o fim da sua vida. Em suas
notas pessoais, encontra-se o seguinte depoimento:
“Quando
rapaz, eu olhava com interesse para o Hospital dos Incuráveis, que meu pai
apontava à distância, ou seja, do terraço de casa; isto me inspirava
sentimentos de compaixão pela indizível dor dos enfermos, que naquele recinto
procuravam alívio. Uma salutar perturbação me acometia e eu começava a pensar
na caducidade de todas as coisas e as ilusões se dissipavam, como caíam as
flores dos laranjais que me cercavam”.
Como às
flores sucedem os frutos, assim também na vida de Moscati a perda de ilusões
levou-o a um empenho realista e fecundo em favor dos seus irmãos sofredores. O
papel do médico, Moscati o descreveu em carta dirigida a um seu aluno
recém-formado:
“Lembra-te
de que, segundo a Medicina, assumiste a responsabilidade de uma sublime missão.
Persevera, com Deus no coração…, com amor e compaixão para com os que são
abandonados, com fé e entusiasmo, surdo aos louvores e às críticas, insensíveis
à inveja, disposto unicamente à prática do bem”.
Vê-se
que Moscati considerava o exercício da sua profissão como a resposta a uma
vocação; ele queria dedicar-se a esta com fé e amor, inspirado pelas mais puras
intenções. Passava longas horas do dia e da noite no laboratório para descobrir
as causas das doenças e definir os respectivos remédios; queria assim servir,…
e servir do melhor modo possível. A sua vida tornou-se uma resposta a Deus, que
o colocou no mundo para agir segundo os planos do Criador; era também uma
resposta às necessidades e aos sofrimentos dos homens. Assim escreveu ele num
pedaço de papel encontrado entre outros documentos:
“Seja a
dor considerada não como uma oscilação ou uma contração muscular, e sim como o
grito de uma alma, de um irmão, ao qual outro irmão, o médico acode com o calor
do amor ou a caridade”.
Em carta
escrita a um médico, seu ex-aluno, pode-se ler:
“Recorda-te
de que te deves ocupar não apenas com o corpo, mas também com as almas”.
Com
estas palavras, Moscati revelava seu zelo pela pessoa do enfermo, que
freqüentemente deseja encontrar no médico mais do que um profissional ou um
técnico, e sim também um estímulo e reconforto. É o que aparece em outro
escrito de Moscati:
“O
médico acha-se em posição privilegiada, pois freqüentemente está diante de
pessoas que, apesar dos seus erros passados, estão dispostos a voltar aos bons
princípios herdados de seus antepassados; estão ansiosas por encontrar apoio
premidas pela dor. Feliz o médico que sabe compreender o mistério desses
corações e inflamá-los novamente!”
“Felizes
nós, médicos, muitas vezes incapazes de debelar uma doença! Felizes nós, se nos
lembramos de que, além dos corpos, temos diante de nós almas imortais,… em
relação às quais urge o preceito evangélico de amá-las como a nós mesmos”.
“Os
doentes são a imagem de Jesus Cristo e aos atribulados são os diletos e
preferidos de Deus”.
O seu
amor pelos doentes não lhe deixava tréguas: durante o dia estava nos Hospitais,
na cátedra universitária, em visita aos doentes, especialmente aos mais
miseráveis; e de noite dedicava bom espaço de tempo ao estudo, a fim de sempre
oferecer aos pacientes e alunos o melhor que pudesse saber e adquirir. Mesmo
durante o dia, quando o Prof. Moscati voltava dos Hospitais para casa,
encontrava a sua residência cheia de pacientes à espera.
3. O homem de Deus
Tal
dedicação não era interesseira. Muito pelo contrário. Praticava o desapego dos
bens materiais. Quando julgava os emolumentos elevados demais, restituía a
metade, ou mais do que isto, aos seus clientes. Do mais necessitados não
cobrava honorários, dizendo que o importante era curá-los. Na sala de espera do
seu consultório havia um cesto onde os clientes podiam depositar o preço da
consulta. Certo dia, pouco após a guerra de 1914-18, apareceu-lhe um homem que
estivera na frente de batalha. Após o atendimento, perguntou o paciente ao
médico: “Quanto lhe devo, professor?” O doutor sorriu: “Pensa, antes do mais,
em ficar bom. Se podes, coloca no cesto o que queres, mas, se precisas, tira
aquilo que te é necessário”. Não raro era Moscati quem pagava aos seus doentes:
alguns destes encontravam uma quantia em notas debaixo do travesseiro; outros,
dentro do envelope portador da receita… Eram proverbiais as suas iniciativas
neste particular, de modo que Moscati morreu pobre.
Os seus
costumes irrepreensíveis e a sua piedade valiam-lhe zombarias de muitos, que o
acusavam de louco de “maníaco religioso”, pois não o podiam atacar no plano
científico e profissional. Moscati não fazia caso disso. Encontra-se mesmo em
suas Notas particulares a seguinte norma:
“Ama a
Verdade. Mostra-te como és, sem disfarces e sem fingimento. E, se a Verdade te
custar a perseguição, aceita-a; e, se te acarretar tormentos suporta-os. E, se
por causa da Verdade tivesses que sacrificar a ti e a tua vida, sê forte no
sacrifício” (17/10/1922).
Moscati
conhecia as intrigas, as rivalidades, os comprometimentos usuais entre colegas
para chegar a posições vantajosas na carreira médica. Lutou, porém, para acabar
com práticas e costumes pouco honestos nos Hospitais, não somente porque
degradam a figura do médico, mas também porque prejudicam a formação dos
estudantes, futuros médicos, e causam danos aos próprios pacientes. Combatia,
pois, o nepotismo, o proteccionismo e o favoritismo nos concursos e nas
promoções de carreira, que muitas vezes redundam em baixa de nível profissional
e, indiretamente, em detrimento dos enfermos.
A essa
retidão de costumes o médico e professor sabia associar profunda humildade;
dizia que “o Senhor lhe concedera a graça de compreender que Ele é tudo e eu
nada sou”. Tinha consciência de sua absoluta dependência em relação ao Senhor
da vida.
O
segredo dessa nobreza de caráter era a vida interior ou a união com Deus
cultivadas por Moscati. Começava o dia dirigindo-se, muito cedo, à igreja de
Gesù Nuovo, onde recebia a S. Eucaristia. As suas Notas pessoais revelam que
ele sabia falar a Cristo com a simplicidade de uma criança, exprimindo-lhe
quanto experimentava em sua alma. Quando tinha um pouco de lazer, passava muito
tempo na igreja em oração e adoração.
Como se
vê, Giuseppe Moscati abraçou, à luz da fé, “a sublime profissão de médico”, que
ele considerava um serviço de amor apostólico e um culto prestado a Deus na
pessoa dos irmãos sofredores. Durante a sua breve existência terrestre, cuidou
de milhares de pessoas, para as quais foi instrumento de recuperação da saúde;
os seus contemporâneos pareciam entrever em sua pessoa e em seu modo de agir um
aceno à bondade do próprio Deus. Daí a palavra que de boca se propagava, quando
faleceu aos 47 anos de idade: “Morreu o professor santo!”
Leigo
médico, cientista e santo. Estas palavras resumem uma existência, delineiam um
ideal e abrem um caminho, suscitando a imitação de quantos se achem hoje em
circunstâncias de vida semelhantes.
A
propósito pode-se consultar o artigo “II Médico Santo: Giuseppe Moscati”, de
Paolo Molinari S. J. em “La Civiltà Cattolica” n.º 3297, 07/11/87, pp. 236-248.
Destas páginas foram transcritos os textos de Moscati citados; nas mesmas é
indicada ampla bibliografia.
D. Estevão Bettencourt, OSB
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS” Nº 315. cleofas.com.br
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS” Nº 315. cleofas.com.br
OS SETE SANTOS CANONIZADOS EM OUTUBRO PASSADO.
1. Paulo VI
O
Beato Paulo VI é o Papa da Encíclica Humanae
Vitae, a visionária encíclica sobre a defesa da vida e da família na qual advertiu sobre
os problemas que o mundo de hoje sofre por causa da mentalidade anticonceptiva.
Este
Pontífice foi também quem levou à conclusão o Concílio Vaticano II, iniciado em
1962 por São João XXIII.
Giovanni
Battista Montini nasceu na Lombardia (Itália), em 26 de setembro de 1897. Foi
eleito Papa em 21 de junho de 1963. Depois de 15 anos de pontificado, faleceu
em Castel Gandolfo, em 6 de agosto de 1978.
2. Dom Romero
O
Arcebispo de San Salvador nasceu em Ciudad de Barrios (El Salvador), em 15 de
agosto de 1917 e morreu mártir por ódio à fé em 24 de março de 1980,
assassinado quando celebrava a Missa em meio a uma
nascente guerra civil entre a guerrilha de esquerda e o governo ditatorial de
direita.
Segunda
as investigações, a autoria do assassinato aponta para um grupo de aniquilação
vinculada à ditadura militar, que acreditava que Dom Romero era próximo da
guerrilhar marxista devido à sua preocupação pelos pobres, uma acusação longe
da realidade.
Em
sua luta pelos mais pobres e em suas denúncias contra a ditadura, o futuro
santo esteve respaldado pelos Papas Paulo VI e São João Paulo II.
3. Nazaria Ignacia de Santa Teresa de Jesus
Nasceu
em 10 de janeiro de 1889, em Madri (Espanha). Depois de alguns anos nas Irmãs
dos Idosos Desamparados, fundou em 1927 uma nova congregação: as Irmãs
Missionárias Cruzadas da Igreja, com a qual serviu aos mais necessitados e às
mulheres na Bolívia.
Em
1938, chegou à Argentina, onde promoveu várias instituições a favor dos jovens
e dos pobres. Morreu em Buenos Aires, em 1943. Será a primeira santa da
Bolívia.
4. Pe. Vincenzo Romano
Vincenzo
Romano foi sacerdote diocesano, nasceu em 3 de junho de 1751, em Torre del
Greco (Itália). Recebeu a ordenação sacerdotal em 1775.
Trabalhou
na reconstrução de Torre del Greco, cidade que ficou quase totalmente destruída
depois da erupção do vulcão Vesúvio, em 1794. Além disso, inventou a
“rastreadora”, uma estratégia missionária para reunir, com o crucifixo na mão,
grupos de pessoas ou transeuntes, improvisar uma pregação e, em seguida,
acompanha-los à igreja ou oratório mais próximo para rezar juntos.
Muitas
vezes se tornou um mediador entre os donos dos corais e os marinheiros que
enfrentavam os riscos e o cansaço da pesca. Morreu em 20 de dezembro de 1831.
5. Maria Catarina Kasper
Nasceu
em 26 de maio de 1820. Em 1845 começou sua vida religiosa junto com alguns
colegas e, em 1848, no dia da Assunção, abriu seu lar para os pobres do país. À
nova associação deu o nome de Escravas Pobres de Jesus Cristo.
A
Madre Maria Catarina acompanhou a formação das noviças e a abertura de novas
casas, inclusive no exterior, para ajudar os imigrantes alemães. Morreu em 2 de
fevereiro de 1898.
6. Francesco Spinelli
Nasceu
em Milão em 14 de abril de 1853, foi ordenado sacerdote em 1875, começou o seu
apostolado com os pobres da paróquia do seu tio Pe. Pietro. Em 1882, conheceu
Catarina Comensoli, que desejava se tornar religiosa de uma congregação cujo
propósito era a Adoração Eucarística.
Entre
milhares de vicissitudes ocorre a fundação de um instituto que deveria se
dividir. A Madre Comensoli estabeleceu a Congregação das Irmãs Sacramentinas e
Francesco, a Congregação das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento.
Cuidou
dos marginalizados, rechaçados e criou escolas, oratórios, ofereceu assistência
aos enfermos ou idosos solitários. Morreu em 6 de fevereiro de 1913.
7. Nunzio Sulprizio
Inicialmente,
estavam programadas seis canonizações para o dia 14 de outubro, segundo
anunciou o Vaticano em 19 de maio deste ano.
Entretanto,
em 19 de julho, o Papa Francisco decidiu que Nunzio Sulprizio, falecido aos 19
anos, também seja declarado santo no marco do Sínodo dos jovens que acontece no
Vaticano até o dia 28 de outubro.
Nunzio
Sulprizio nasceu em Pescosansonesco (Itália), em 13 de abril de 1817. Durante
sua infância, sofreu as consequências da pobreza, da doença e dos maus-tratos,
especialmente de seu tio materno.
Desde
que seus pais faleceram, seu tio o obrigou a trabalhar como ferreiro em
condições desumanas, as quais teriam lhe provocado o tumor ósseo que o levou à
morte em 5 de maio de 1836.
Fonte: www.acidigital.com
Trechos da HUMANAE
VITAE, do PAPA SÃO PAULO VI
sobre a regulação da natalidade
sobre a regulação da natalidade
A transmissão da vida
1. O gravíssimo dever de transmitir a vida humana,
pelo qual os esposos são os colaboradores livres e responsáveis de Deus
Criador, foi sempre para eles fonte de grandes alegrias, se bem que, algumas vezes,
acompanhadas de não poucas dificuldades e angústias.
O amor conjugal
8. O amor conjugal exprime a sua
verdadeira natureza e nobreza, quando se considera na sua fonte suprema, Deus
que é Amor, "o Pai, do qual toda a paternidade nos céus e na terra toma o
nome".
O matrimônio não é, portanto, fruto do acaso, ou
produto de forças naturais inconscientes: é uma instituição sapiente do
Criador, para realizar na humanidade o seu desígnio de amor. Mediante a doação
pessoal recíproca, que lhes é própria e exclusiva, os esposos tendem para a
comunhão dos seus seres, em vista de um aperfeiçoamento mútuo pessoal, para
colaborarem com Deus na geração e educação de novas vidas.
AS CARACTERÍSTICAS DO
AMOR CONJUGAL
9. É, antes de mais, um amor plenamente humano,
quer dizer, ao mesmo tempo espiritual e sensível. Não é, portanto, um simples
ímpeto do instinto ou do sentimento; mas é também, e principalmente, ato da
vontade livre, destinado a manter-se e a crescer, mediante as alegrias e as
dores da vida cotidiana, de tal modo que os esposos se tornem um só coração e
uma só alma e alcancem juntos a sua perfeição humana.
É depois, um amor total, quer dizer, uma forma muito especial de amizade
pessoal, em que os esposos generosamente compartilham todas as coisas, sem reservas
indevidas e sem cálculos egoístas. Quem ama verdadeiramente o próprio consorte,
não o ama somente por aquilo que dele recebe, mas por ele mesmo, por poder
enriquecê-lo com o dom de si próprio.
É, ainda, amor fiel e exclusivo,
até à morte. Assim o concebem, efetivamente, o esposo e a esposa no dia em que
assumem, livremente e com plena consciência, o compromisso do vínculo
matrimonial. Fidelidade que por vezes pode ser difícil; mas que é sempre nobre
e meritória, ninguém o pode negar. O exemplo de tantos esposos, através dos
séculos, demonstra não só que ela é consentânea com a natureza do matrimônio,
mas que é dela, como de fonte, que flui uma felicidade íntima e duradoura.
É, finalmente, amor fecundo que não se esgota na comunhão entre os cônjuges, mas
que está destinado a continuar-se, suscitando novas vidas. "O matrimônio e
o amor conjugal estão por si mesmos ordenados para a procriação e educação dos
filhos. Sem dúvida, os filhos são o dom mais excelente do matrimônio e
contribuem grandemente para o bem dos pais".
Em relação às tendências do instinto e
das paixões, a paternidade responsável significa o necessário domínio que a
razão e a vontade devem exercer sobre elas.
Em relação às condições físicas, econômicas,
psicológicas e sociais, a paternidade responsável exerce-se tanto com a
deliberação ponderada e generosa de fazer crescer uma família numerosa, como
com a decisão, tomada por motivos graves e com respeito pela lei moral, de
evitar temporariamente, ou mesmo por tempo indeterminado, um novo nascimento.
Paternidade responsável comporta ainda,
e principalmente, uma relação mais profunda com a ordem moral objetiva,
estabelecida por Deus, de que a consciência reta é intérprete fiel.
Na missão de transmitir a vida, eles não são,
portanto, livres para procederem a seu próprio bel-prazer, como se pudessem
determinar, de maneira absolutamente autônoma, as vias honestas a seguir, mas
devem, sim, conformar o seu agir com a intenção criadora de Deus, expressa na
própria natureza do matrimônio e dos seus atos e manifestada pelo ensino
constante da Igreja.
Inseparáveis os dois aspectos: união e procriação
12. Esta doutrina, muitas vezes exposta
pelo Magistério, está fundada sobre a conexão inseparável que Deus quis e que o
homem não pode alterar por sua iniciativa, entre os dois significados do ato
conjugal: o significado unitivo e o significado procriador.
Na verdade, pela sua estrutura íntima, o ato
conjugal, ao mesmo tempo que une profundamente os esposos, torna-os aptos para
a geração de novas vidas, segundo leis inscritas no próprio ser do homem e da
mulher. Salvaguardando estes dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o
ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e a
sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade.
13. "A vida humana é sagrada, recordava João
XXIII; desde o seu alvorecer compromete diretamente a ação criadora de
Deus".
Vias ilícitas para a regulação dos
nascimentos
14. Em conformidade com estes pontos essenciais da
visão humana e cristã do matrimônio, devemos, uma vez mais, declarar que é
absolutamente de excluir, como via legítima para a regulação dos nascimentos, a
interrupção direta do processo generativo já iniciado, e, sobretudo, o aborto
querido diretamente e procurado, mesmo por razões terapêuticas.
É de excluir de igual modo, como o
Magistério da Igreja repetidamente declarou, a esterilização direta, quer
perpétua quer temporária, tanto do homem como da mulher.
É, ainda, de excluir toda a ação que, ou em
previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o
desenvolvimento das suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como
meio, tornar impossível a procriação.
Não se podem invocar, como razões
válidas, para a justificação dos atos conjugais tornados intencionalmente
infecundos, o mal menor, ou o fato de que tais atos constituiriam um todo com os
atos fecundos, que foram realizados ou que depois se sucederam, e que,
portanto, compartilhariam da única e idêntica bondade moral dos mesmos. Na
verdade, se é lícito, algumas vezes, tolerar o mal menor para evitar um mal
maior, ou para promover um bem superior, nunca é lícito, nem sequer por razões
gravíssimas, fazer o mal, para que daí provenha o bem; isto é, ter como objeto
de um ato positivo da vontade aquilo que é intrinsecamente desordenado e,
portanto, indigno da pessoa humana, mesmo se for praticado com intenção de
salvaguardar ou promover bens individuais, familiares, ou sociais. É um erro,
por conseguinte, pensar que um ato conjugal, tornado voluntariamente infecundo,
e por isso intrinsecamente desonesto, possa ser coonestado pelo conjunto de uma
vida conjugal fecunda.
Liceidade do recurso aos períodos infecundos
16. Se,
portanto, existem motivos sérios para distanciar os nascimentos, que derivem ou
das condições físicas ou psicológicas dos cônjuges, ou de circunstâncias
exteriores, a Igreja ensina que então é lícito ter em conta os ritmos naturais
imanentes às funções geradoras, para usar do matrimônio só nos períodos
infecundos e, deste modo, regular a natalidade, sem ofender os princípios
morais que acabamos de recordar.
A Igreja é coerente consigo própria,
quando assim considera lícito o recurso aos períodos infecundos, ao mesmo tempo
que condena sempre como ilícito o uso dos meios diretamente contrários à
fecundação, mesmo que tal uso seja inspirado em razões que podem aparecer
honestas e sérias. Na realidade, entre os dois casos existe uma diferença
essencial: no primeiro, os cônjuges usufruem legitimamente de uma disposição
natural; enquanto que no segundo, eles impedem o desenvolvimento dos processos
naturais. É verdade que em ambos os casos os cônjuges estão de acordo na
vontade positiva de evitar a prole, por razões plausíveis, procurando ter a
segurança de que ela não virá; mas, é verdade também que, somente no primeiro
caso eles sabem renunciar ao uso do matrimônio nos períodos fecundos, quando,
por motivos justos, a procriação não é desejável, dele usando depois nos
períodos agenésicos, como manifestação de afeto e como salvaguarda da
fidelidade mútua.
Procedendo assim, eles dão prova de amor verdadeira
e integralmente honesto.
Graves conseqüências dos métodos de
regulação artificial da natalidade
17. Os homens retos poderão convencer-se ainda mais
da fundamentação da doutrina da Igreja neste campo, se quiserem refletir nas
conseqüências dos métodos da regulação artificial da natalidade. Considerem,
antes de mais, o caminho amplo e fácil que tais métodos abririam à infidelidade
conjugal e à degradação da moralidade. Não é preciso ter muita experiência para
conhecer a fraqueza humana e para compreender que os homens - os jovens
especialmente, tão vulneráveis neste ponto - precisam de estímulo para serem
fiéis à lei moral e não se lhes deve proporcionar qualquer meio fácil para eles
eludirem a sua observância. É ainda de recear que o homem, habituando-se ao uso
das práticas anticoncepcionais, acabe por perder o respeito pela mulher e, sem
se preocupar mais com o equilíbrio físico e psicológico dela, chegue a
considerá-la como simples instrumento de prazer egoísta e não mais como a sua
companheira, respeitada e amada.
Pense-se ainda seriamente na arma
perigosa que se viria a pôr nas mãos de autoridades públicas, pouco preocupadas
com exigências morais. Quem poderia reprovar a um governo o fato de ele aplicar
à solução dos problemas da coletividade aquilo que viesse a ser reconhecido
como lícito aos cônjuges para a solução de um problema familiar? Quem impediria
os governantes de favorecerem e até mesmo de imporem às suas populações, se o
julgassem necessário, o método de contracepção que eles reputassem mais eficaz?
Deste modo, os homens, querendo evitar dificuldades individuais, familiares, ou
sociais, que se verificam na observância da lei divina, acabariam por deixar à
mercê da intervenção das autoridades públicas o setor mais pessoal e mais
reservado da intimidade conjugal.
Portanto, se não se quer expor ao arbítrio dos
homens a missão de gerar a vida, devem-se reconhecer necessariamente limites
intransponíveis no domínio do homem sobre o próprio corpo e as suas funções;
limites que a nenhum homem, seja ele simples cidadão privado, ou investido de
autoridade, é lícito ultrapassar. E esses mesmos limites não podem ser
determinados senão pelo respeito devido à integridade do organismo humano e das
suas funções naturais, segundo os princípios acima recordados e segundo a reta
inteligência do "princípio de totalidade", ilustrado pelo nosso
predecessor Pio XII.
Criar um ambiente favorável à castidade
22. Queremos nesta altura chamar a
atenção dos educadores e de todos aqueles que desempenham tarefas de
responsabilidade em ordem ao bem comum da convivência humana, para a
necessidade de criar um clima favorável à educação para a castidade, isto é, ao
triunfo da liberdade sã sobre a licenciosidade, mediante o respeito da ordem
moral.
Tudo aquilo que nos modernos meios de comunicação
social leva à excitação dos sentidos, ao desregramento dos costumes, bem como
todas as formas de pornografia ou de espetáculos licenciosos, devem suscitar a
reação franca e unanime de todas as pessoas solícitas pelo progresso da
civilização e pela defesa dos bens do espírito humano. Em vão se procurará
justificar estas depravações, com pretensas exigências artísticas ou
científicas, ou tirar partido, para argumentar,
da liberdade deixada neste campo por parte das autoridades públicas.
APELO AOS GOVERNANTES
23. Nós queremos dizer aos governantes, que são os
principais responsáveis pelo bem comum e que dispõem de tantas possibilidades
para salvaguardar os costumes morais: não permitais que se degrade a moralidade
das vossas populações; não admitais que se introduzam legalmente, naquela
célula fundamental que é a família, práticas contrárias à lei natural e divina.
Existe uma outra via, pela qual os Poderes públicos podem e devem contribuir
para a solução do problema demográfico: é a via de uma política familiar
providente, de uma sábia educação das populações, que respeite a lei moral e a
liberdade dos cidadãos.
Estamos absolutamente cônscios das
graves dificuldades em que se encontram os Poderes públicos a este respeito,
especialmente nos países em vias de desenvolvimento. Dedicamos mesmo às suas
preocupações legítimas a nossa Encíclica Populorum Progressio. Mas, com o nosso
predecessor João XXIII, repetimos: "...Estas dificuldades não se podem
vencer recorrendo a métodos e meios que são indignos do homem e que só
encontram a sua explicação num conceito estritamente materialista do mesmo
homem e da vida. A verdadeira solução encontra-se somente num progresso
econômico e social que respeite e fomente os genuínos valores humanos,
individuais e sociais". Nem se poderá, ainda, sem injustiça grave,
tornar a Providência divina responsável por aquilo que, bem ao contrário,
depende de menos sensatez de governo, de um insuficiente sentido da justiça
social, de monopólios egoístas, ou também de reprovável indolência no enfrentar
os esforços e os sacrifícios necessários para garantir a elevação do nível de
vida de uma população e de todos os seus membros.
(curiosa semelhança
entre Jair Messias Bolsonaro e Ciro, rei dos persas)
O capítulo 45 de Isaías começa com
oráculo real de entronização. Ciro, rei dos persas, recebe o título de “ungido
do Senhor”, que era reservado aos reis de Israel e que se tornou o título do
rei-salvador esperado.
1Assim diz o Senhor ao
seu ungido, a Ciro, que tomei pela destra...
2Eu mesmo irei na tua
frente e aplainarei lugares montanhosos...
[...]
4Foi por causa do meu
servo Jacó, por causa de Israel, o meu escolhido, que eu te chamei pelo nome, e
te dei um nome ilustre, embora não me conhecesses.
5Eu sou o Senhor e não
há outro, fora de mim não há Deus. Embora não me conheças, eu te cinjo (Is 45,1.2.4-5).
Embora não fosse judeu e “não
conhecesse o Senhor”, Ciro foi “tomado pela mão” e chamado “pelo nome” por
causa de Israel, o povo eleito. A missão de Ciro foi libertar os judeus, que
estavam no cativeiro. Em 539 a. C. seu exército conquistou a Babilônia e em 538
a.C. foi publicado o célebre “edito de Ciro”, concedendo a liberdade aos judeus
e determinando a reconstrução do Templo de Jerusalém (Esd 1,2-4).
No atual momento, a ascensão de Jair
Messias Bolsonaro, aclamado pelas multidões como favorito para a Presidência da
República, tem algumas notáveis semelhanças com o que ocorreu com Ciro, rei dos
persas.
Ciro, ungido do
Senhor
Curiosamente, Bolsonaro traz o nome de
“Messias”, palavra de origem aramaica que se traduz por “ungido”, o mesmo
título que a Bíblia deu a Ciro.
Ciro não conhecia o
Senhor.
Bolsonaro não conhecia o Senhor.
Batizado na Igreja Católica, não viveu o matrimônio indissolúvel. Separando-se
da esposa Rogéria Nantes Nunes Braga, com quem teve três filhos, uniu-se com
Ana Cristina Valle (com quem teve um filho) e, por último, com Michelle de
Paula Firmo Reinaldo (com quem teve uma filha). Seu “casamento” com Michelle
realizou-se na presença do pastor Silas Malafaia, em 2013. Quanto à sua
religião, Bolsonaro diz: “Sou um católico que, por 10 anos, frequentou a
Igreja Batista”.
Em 2002, como deputado federal, ele
apresentou à Câmara a PEC 584/2002, que pretendia obrigar o Estado a oferecer
vasectomia e laqueadura tubária para maiores de 21 anos! Fez isso porque não
conseguiu libertar-se da enganosa mentalidade antinatalista, segundo a qual o
crescimento da população gera pobreza. Além disso, não percebeu que a
esterilização direta é sempre gravemente imoral, quaisquer que sejam as circunstâncias.
Quanto ao aborto, em 23/04/1996 ele foi
um dos 351 deputados que votou “não” à PEC 25/1995, que pretendia acrescentar
as palavras “desde a concepção” ao caput do artigo 5º, logo após a “inviolabilidade do direito à vida”.
Provavelmente ele, como tantos outros, deixou-se levar pela falsa compaixão às
vítimas de estupro. Pois, segundo falaciosa propaganda abortista da época, a
lei dava à mulher violentada o “direito” de matar o próprio filho e aquela
emenda à Constituição, se aprovada, iria abolir tal suposto “direito”.
No entanto, em 2013, Bolsonaro foi um
dos autores do Projeto de Lei 6055/2013, que pretende revogar a Lei
12.845/2013, a famosa lei Cavalo de Tróia, que obriga as delegacias de polícia
a informar às supostas vítimas de estupro onde elas podem fazer aborto. Isso
parece indicar que a posição do deputado mudou, talvez pela boa influência
recebida do Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior.
Ciro foi chamado pelo
Senhor
Bolsonaro considera que o
extraordinário apoio popular dado a alguém tão insignificante como ele é sinal
de uma missão de Deus:
Eu sou cristão. Olha
só a situação que eu cheguei. Sou do baixíssimo clero, não sou ninguém na
política, não sou nada. E tenho o apoio popular que está aí. Não é inimaginável
o que está acontecendo? Como eu consegui isso?
Vamos em frente. Essa
é uma missão de Deus para cada um de nós. E junto nós podemos vencer esse
inimigo.
A popularidade de Bolsonaro cresceu
sobretudo no combate ao “kit gay”, um material produzido em 2011 pelo
Ministério da Educação e Cultura, na época dirigido pelo Ministro Fernando Haddad, em parceria com a Associação Brasileira de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), que seria
distribuído nas escolas no segundo semestre daquele ano. Denominado pelo
governo “kit anti-homofobia”, o material era uma autêntica apologia do
homossexualismo e uma doutrinação na ideologia de gênero. Com tanto vigor
Bolsonaro atacou o governo petista pela produção daquele material de corrupção
infanto-juvenil, que despertou para o combate a bancada católica e evangélica
da Câmara. Como consequência, em 25 de maio de 2011, a presidente Dilma
resolveu suspender a distribuição do “kit”.
Em 2014, o deputado também esteve
presente, junto aos militantes pró-vida e pró-família, no combate à inclusão da
ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação (PNE), luta esta que resultou
vitoriosa.
Talvez ele não imaginasse que seu
empenho em favor da família lhe renderia tanta popularidade. O partido ao qual
se filiou como candidato à presidência da República (PSL) tem apenas dez
segundos de propaganda eleitoral na televisão. No entanto, mesmo sem outros
recursos de divulgação além das redes sociais, suas ideias são aplaudidas pela
multidão. O que ele defende é espantosamente óbvio: o matrimônio entre um só
homem e uma só mulher, crianças livres da ideologia de gênero nas escolas, pais
e professores com autoridade para educar, cidadãos com direito à legítima
defesa, bebês com direito de nascer, o STF sem ativismo judicial, a sociedade
livre das drogas. O óbvio, porém, assusta, talvez porque quase ninguém ousa
defendê-lo. Os jornais, revistas e emissoras de televisão têm feito uma
campanha cerrada contra o “mito Bolsonaro”. No dia 6 de setembro, durante uma
campanha em Juiz de Fora (MG), o candidato recebeu uma facada no abdômen. A
tentativa de homicídio não teve êxito, mas obrigou-o a ficar internado por 22
dias.
Conclusão
É espantoso que o defensor da família
natural seja alguém que se divorciou e se “recasou” duas vezes. É espantoso que
o único candidato que ousou dizer que vetará qualquer lei
do aborto vinda do Congresso (!) seja alguém que
ainda não entendeu a gravidade do pecado da esterilização.
A Providência Divina é soberanamente
livre para escolher seus instrumentos. “Ao Senhor nosso Deus a justiça, mas
a nós a vergonha no rosto” (Br 2,15). Vergonhoso para nós não é a ascensão
de Bolsonaro. Vergonhoso é que entre os que professam a fé católica não se
tenha encontrado nenhum outro político com a coragem dele. Enfim, em tudo Deus
seja louvado.
Anápolis, 5 de outubro de 2018.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
MARIA SIMMA E AS ALMAS DO PURGATÓRIO
Sabemos que as revelações
particulares não são dogmas de fé, ninguém precisa crer nelas. Porém é certo
que Deus pode permitir tais revelações a pessoas escolhidas. Creio que assim
aconteceu com Maria Simma (1915 – 2004).
PRIMEIRAS APARIÇÕES
“Desde a infância
tive grande amor pelas almas do purgatório. E minha mãe também lhes dava muito
valor e nos repetia sempre:
‘Quando tiverem um
pedido importante, dirijam-se às almas, são as ajudantes mais reconhecidas’.
No ano de 1940,
pela primeira vez, me apareceu uma alma.
Acordei à noite com
alguém indo e vindo em meu quarto. Olhei para ver quem poderia estar ali. Nunca
fui medrosa. Seria mais fácil pular em cima de uma pessoa do que ter medo. Vi
então, em meu quarto, um estranho andando lentamente de um lado para o outro.
Tratei-o com dureza: ‘Como entrou aqui, o que está procurando?’
Fez como se nada
tivesse ouvido e continuou andando de um lado para o outro. ‘Quem é você?’,
perguntei, e como não obtivesse resposta, pulei da cama e quis agarrá-lo.
Peguei o ar, nada mais havia ali.
Fui para a cama e
novamente o vi e ouvi, andando de um lado para o outro. ‘Agora estou bem
acordada’, pensei, ‘vejo e ouço esse homem, por que não posso
agarrá-lo?’ Mais uma vez levantei-me; aproximei-me lentamente dele, quis
pegá-lo e novamente peguei no vazio. Não havia simplesmente nada ali. Dessa
vez, comecei a sentir uma certa inquietação. Deitei-me de novo, eram mais ou
menos 4 horas da manhã; não voltou mais, mas não consegui mais pegar no sono.
Depois da missa,
fui falar com meu diretor espiritual e contei-lhe tudo.
‘Se isso lhe
acontecer novamente’, instruiu-me em poucas palavras, ‘não pergunte quem
é você, mas o que quer de mim?’. Na noite seguinte, ele
voltou: era o mesmo homem da véspera. Perguntei então: ‘O que quer de mim?’.
Dessa vez, respondeu: ‘Mande celebrar três missas por mim e estarei salvo!’
Percebi então que devia ser uma alma do purgatório. Contei ao meu confessor,
que o confirmou. De 1940 a 1953 vieram duas a três almas por ano,
principalmente no mês de novembro. Não vi nisso nenhuma missão especial. Contei
ao vigário da região, Alfonse Matt, que também era meu diretor espiritual. Ele
me aconselhou a nunca rejeitar uma alma e tudo aceitar de boa vontade.
EXPIAR POR OUTRAS ALMAS
Finalmente, as
almas me pediram para sofrer por elas. Foram sofrimentos pesados. Quando vem
uma alma, acorda-me batendo na porta, chamando-me ou puxando-me, e assim por
diante. Pergunto-lhe imediatamente: ‘O que quer?’ ou ‘O que devo fazer por
você?’. Só então pode explicar-me o que lhe falta.
Assim perguntou-me
uma alma: ‘Você poderia sofrer por mim?’ Pareceu-me estranho, pois até então
nenhuma alma me havia pedido tal coisa. Perguntei-lhe então: ‘Sim, mas o que
devo fazer?’ Respondeu: ‘Durante três horas sentirá fortes dores no corpo
inteiro, porém, depois dessas três horas, pode levantar-se e continuar seu
trabalho como se nada tivesse acontecido. Você pode assim poupar-me 20 anos de
purgatório’. Portanto, aceitei. Abateram-se sobre mim tais dores que quase não
sabia mais onde estava, embora continuasse consciente de ter aceitado expiação
por uma alma e de que esses sofrimentos deviam durar três horas. Parecia-me que
essas horas há muito já haviam passado e que, na verdade, tratavam-se de mais
de três dias, se não de três semanas. Quando tudo terminou, verifiquei que
realmente haviam sido três horas. Muitas vezes tive que sofrer apenas cinco
minutos, mas como esse tempo me pareceu longo!”
A VIRGEM
MARIA E AS ALMAS DO PURGATÓRIO
Para as almas do Purgatório, Maria
é a Mãe da misericórdia. Quando seu nome ecoa no Purgatório, as almas sentem
uma grande alegria. Uma alma disse que Maria pedira a Jesus para libertar todas
as almas que se encontravam no Purgatório por ocasião da sua morte e assunção,
e que Jesus atendera ao pedido de sua Mãe. Naquele dia as almas acompanharam
Maria ao céu, porque ela fora coroada Mãe de misericórdia e Mãe da divina
graça. No Purgatório Maria distribui as graças segundo a vontade divina: ela
passa com frequência pelo Purgatório.
Algumas advertências
dadas pelas almas:
● Não precisa lamentar-se dos tempos que atravessamos. É necessário
dizer aos pais que eles são os principais responsáveis. Eles não podem prestar
pior serviço aos seus filhos que atender a todos os seus desejos, dando-lhes
tudo o que querem, simplesmente para que fiquem contentes e não gritem. Assim,
o orgulho forma raiz no coração da criança.
● Mais tarde, quando a criança começa a frequentar a escola, não
saberá sequer rezar um Pai-nosso, nem fazer o sinal da cruz. De Deus, às vezes,
não sabe coisa alguma. Os pais se desculpam dizendo que isso é o dever do
catequista e dos professores de religião.
● Onde o ensino religioso não é dado, a partir da infância, mais
tarde a religião será fraca. Ensinem a renúncia às crianças! Por que há hoje
esta indiferença religiosa e esta decadência moral? Porque as crianças não
aprenderam a renunciar. Mais tarde tornam-se descontentes e pessoas sem
discrição que fazem tudo e querem ter tudo em profusão. Isso provoca desvios
sexuais, práticas anticoncepcionais e aborto. Todos estes atos pedem vingança
ao Céu!
● Quem não aprendeu de criança a renunciar, torna-se egoísta, sem
amor, tirânico. Por este motivo há tanto ódio e falta de caridade. Queremos ver
tempos melhores? Comece-se a partir da educação das crianças.
● Peca-se de modo assustador contra o amor ao próximo, sobretudo com
a maledicência, a enganação e a calúnia. Onde começa? No pensamento. É preciso
aprender estas coisas desde a infância e procurar afastar imediatamente os
pensamentos contrários à caridade. Tais pensamentos sejam combatidos e assim,
não se julgará os outros sem caridade.
● O apostolado é um dever para todo católico. Alguns o exercem com a
profissão e outros com o bom exemplo. Lamenta-se que muitos são corrompidos
pelas conversas contra a moral ou contra a religião. Por que os outros se
calam? Os bons devem defender suas convicções e declarar-se cristãos. No curso
da história da Igreja a salvação das almas e da civilidade cristã não foram,
para os leigos, um dever mais urgente e mais imperioso que em nossos dias? Todo
cristão deveria buscar o Reino de Deus e fazê-lo progredir; caso contrário, os
homens não serão mais capazes de reconhecer o governo da Providência.
● A preocupação da alma não deve ser sufocada pela preocupação
exagerada com o corpo.
INDULGÊNCIAS
Lembramos que a cada dia do ano é
possível receber indulgência plenária e oferecê-la por alguma alma do
purgatório.
Para se lucrar uma indulgência
plenária são necessárias todas as seguintes condições:
- A execução da obra enriquecida de
indulgência plenária (pode ser meia hora de leitura bíblica; ou adoração ao
santíssimo sacramento; ou o terço em família ou na igreja com os cinco
mistérios juntos...);
- A recitação de ao menos um Pai-Nosso
e Ave-Maria nas intenções do papa;
- A comunhão eucarística;
- Confissão recente (não precisa ser
uma confissão para cada indulgência, desde que esteja em estado de graça ao realizar
a obra). O fiel deve também estar desapegado de todo pecado.
Fontes: “Maria Simma, Segredos revelados pelas almas do Purgatório”,
Associação Maria Porta do Céu, Edições Loyola.
Bolsonaro recebe visita de Ironi, Flavinho
e Eros.
O missionário Ironi Spuldaro, o deputado
Eros Biondini e o compositor Flavinho estiveram na casa de Jair em 19/10 e
oraram por ele.
Bancada católica reunida com Jair Bolsonaro.
Ironi abriu a bíblia dizendo:
Foi esta a Palavra que me fez vir aqui
hoje:
"5.Não vos lembrais
de que vos dizia estas coisas, quando estava ainda convosco? 6.Agora, sabeis
perfeitamente que algo o detém, de modo que ele só se manifestará a seu tempo.
7.Porque o mistério da iniqüidade já está em ação, apenas esperando o
desaparecimento daquele que o detém. 8.Então o tal ímpio se manifestará. Mas o
Senhor Jesus o destruirá com o sopro de sua boca e o aniquilará com o
resplendor da sua vinda. 9.A manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao
poder de Satanás, de toda a sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores.
10.Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem, por não
terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar. 11.Por isso, Deus
lhes enviará um poder que os enganará e os induzirá a acreditar no erro.
12.Desse modo, serão julgados e condenados todos os que não deram crédito à
verdade, mas consentiram no mal.”
(II
Tessalonicenses, 2,5-12)
E continuou: “conhecereis a verdade e
sereis verdadeiramente livres” é o slogan que o senhor usou em sua campanha.
É nessa Verdade que estamos aqui, não por
nós, mas por um povo.
E espontaneamente, inspirado pelo Espírito
Santo, orou:
Que o Bom Deus, amado Deus, derrame sobre
este lugar, sobre este homem e daqui se espalhe sobre toda a nação, uma unção
sobrenatural de levantamento.
Senhor, que pelo poder do Teu Nome Jesus,
pelo poder de cada uma de tuas santas chagas sofridas, dolorosas, pelo Teu caminho
Senhor, e o caminho doloroso que esta nação tem feito, Tu levantes Jesus, um
exército de homens e mulheres, uma milícia que venha “lutar”. E por isso nós
queremos pedir, abençoe este filho Senhor, que neste tempo Tu escolheu como
escolheu a Moisés, Tu o escolheu como escolheu a Davi, Tu o escolheu como
escolheu a José e tantos outros, para estar a frente do teu povo; então derrama
sobre ele uma unção de proteção, uma unção de autoridade, de conhecimento,
Senhor, e até de potência do Teu Espírito com carismas sobrenaturais. Que ele
muitas vezes fique sem entender o que está fazendo mas saiba que é um Deus que
está movendo a vida dele em prol de um povo, em prol de uma nação.
Senhor, nós levantamos o estandarte
sangrento do madeiro da cruz sobre a vida dele, e ao levantarmos sobre ele,
levantamos sobre a nação brasileira e declaramos que seja rompida toda a ação
do mal, todo o trabalho de bastidores que estão sendo feitos agora, Senhor,
tudo aquilo que as trevas prepararam para este tempo, que elas sejam
aniquiladas, mas a tua graça seja manifestada.
“Eis que estou à frente, eis que marcho
convosco. Não tema, não tema. Ficai alerta e vigiai porque a fúria do mal está
em ação, mas Eu, o Senhor, te darei a graça da minha vitória. A minha vitória
será a vossa, será a vitória de um povo que clama, não é mais por você, mas é
pelo povo que clama com você.”
Desfaz Jesus, tudo aquilo que já está
preparado, traz o livramento da morte Senhor, traz Senhor, o livramento das
guerrilhas nesta nação, Senhor, traz o livramento, Jesus, de tudo aquilo que já
foi projetado e programado, que caia por terra o mistério da iniqüidade e se
levante o mistério da graça. Usa de compaixão e Misericórdia para com esta
nação Senhor, e deste líder ressuscita a esperança no coração e na vida de todo
esse povo Senhor, Nós consagramos este dia da eleição, nós pedimos que os teus
anjos agora sejam a segurança de cada urna eletrônica, de cada voto nessa nação
porque sabemos que este é o grande instrumento de batalha pelo qual o mal será derrotado
Senhor, então zela Senhor, para que nenhum voto, para que nenhuma ação do bem
venha ser desviada, mas tudo canalize na tua graça e na tua vontade.
Com este óleo santo, Senhor, nós queremos
ungir e abençoar a vida deste teu filho Senhor, e que esta vida agora seja a
Tua graça, uma fonte de milagres para todos aqueles que estão sofrendo nas
ruas, sofrendo o desemprego, sofrendo pela ação de toda miséria e de todo mal.
Que tu possas Senhor, livrá-lo de toda
insídia de homens e de mulheres maus e de toda insídia de satanás. Que tu
possas dar a ele e à casa dele cem vezes mais em Bençãos, em graças, em
prodígios, em milagres nesta vida e o direito e a garantia da vida eterna por
terem se colocado à disposição do teu projeto e do teu plano. “conhecereis a
verdade e sereis verdadeiramente livres”. Senhor, nós juntamos esta frase à
frase que ele tem usado como verdade para vencer toda mentira que se levantou
Senhor, e caia por terra todo o império da iniqüidade e que por ele toda a
nação se levante Senhor. Muito obrigado Senhor.
Eros:
Vamos pedir a intercessão de Nossa
Senhora.
Pedimos à Maria, aquela que pisa a cabeça
da serpente, aquela mulher do apocalipse e do Gênesis, aquela que esteve aos
pés da cruz com toda a coragem, ela e o discípulo que Jesus amava, pedindo que
ela peça a Jesus por nossa nação para que o vinho da alegria volte.
E depois de rezarem uma Ave-Maria, o Flavinho
ligou o áudio de sua composição “nas asas do Senhor”.
Bolsonaro, visivelmente emocionado,
agradeceu e afirmou que acredita neles, que eles acreditam no Brasil, e que
acima de todos está o Todo-Poderoso, que não escolhe os capacitados mas
capacita os escolhidos. Disse que não governará sozinho, mas em união com a
bancada católica e para o bem do povo, o qual não merece todo este sofrimento
que está passando.
Veja o vídeo em www.youtube.com/watch?v=1s_wpaCB72o&t=184s
ACONTECEU
NA CHAMI
ANIVERSÁRIO DA AMI
No dia 20 de outubro comemoramos o aniversário da comunidade. A
missa foi celebrada por D. Peruzzo.
RETIRO DO PADRE MARKUS PRIM
QUER RECEBER NOSSO INFORMATIVO PELO CORREIO? Ligue : 41 3657-4285
PALAVRA
DE DEUS (Sb 2,12-3,19)
3,1.Mas as almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os tocará. 2.Aparentemente estão mortos aos olhos dos insensatos: seu desenlace é julgado como uma desgraça. 3.E sua morte como uma destruição, quando na verdade estão na paz! 4.Se aos olhos dos homens suportaram uma correção, a esperança deles era portadora de imortalidade, 5.e por terem sofrido um pouco, receberão grandes bens, porque Deus, que os provou, achou-os dignos de si. 6.Ele os provou como ouro na fornalha, e os acolheu como holocausto. 7.No dia de sua visita, eles se reanimarão, e correrão como centelhas na palha. 8.Eles julgarão as nações e dominarão os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre. 9.Os que põem sua confiança nele compreenderão a verdade, e os que são fiéis habitarão com ele no amor: porque seus eleitos são dignos de favor e misericórdia. 10.Mas os ímpios terão o castigo que merecem seus pensamentos, uma vez que desprezaram o justo e se separaram do Senhor: e desgraçado é aquele que rejeita a sabedoria e a disciplina! 11.A esperança deles é vã, seus sofrimentos sem proveito, e as obras deles inúteis. 12.Suas mulheres são insensatas e seus filhos malvados; a raça deles é maldita. 13.Feliz a mulher estéril, mas pura de toda a mancha, a que não manchou seu tálamo: ela carregará seu fruto no dia da retribuição das almas. 14.Feliz o eunuco cuja mão não cometeu o mal, que não concebeu iniqüidade contra o Senhor, porque ele receberá pela sua fidelidade uma graça de escol, e no templo do Senhor uma parte muito honrosa, 15.porque é esplêndido o fruto de bons trabalhos, e a raiz da sabedoria é sempre fértil. 16.Quanto aos filhos dos adúlteros, a nada chegarão, e a raça que descende do pecado será aniquilada. 17.Ainda que vivam muito tempo, serão tidos por nada e, finalmente, sua velhice será sem honra. 18.Caso morram cedo, não terão esperança alguma, e no dia do julgamento não encontrarão nenhuma piedade: 19.porque é lamentável o fim de uma raça injusta.
A justificação (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, 1987 - 1995)
A graça do Espírito Santo tem o poder de nos justificar,
isto é, de nos lavar dos nossos pecados e de nos comunicar «a justiça de Deus
pela fé em Jesus Cristo» e pelo Batismo:
«Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos,
sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não morre: a morte já
não tem domínio sobre Ele. Porque, na morte que sofreu, Cristo morreu para o
pecado de uma vez para sempre: mas a sua vida é uma vida para Deus. Assim vós
também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo
Jesus» (Rm 6, 8- l l ).
Pelo poder do Espírito Santo, nós tomamos parte na paixão de Cristo,
morrendo para o pecado, e na sua ressurreição, nascendo para uma vida nova.
Somos os membros do seu corpo, que é a Igreja, os sarmentos enxertados na
videira, que é Ele próprio:
«É pelo Espírito que nós temos parte em Deus. [...] Pela participação no
Espírito, tornamo-nos participantes da natureza divina [...]. É por isso que
aqueles em quem habita o Espírito são divinizados».
A primeira obra da graça do Espírito Santo é a conversão, que
opera a justificação, segundo a mensagem de Jesus no princípio do Evangelho:
«Convertei-vos, que está perto o Reino dos céus» (Mt 4,
17). Sob a moção da graça, o homem volta-se para Deus e desvia-se do pecado,
acolhendo assim o perdão e a justiça do Alto. «A justificação comporta,
portanto, a remissão dos pecados, a santificação e a renovação do homem
interior».
A justificação desliga o homem do pecado, que está em
contradição com o amor de Deus, e purifica-lhe o coração. A justificação
continua a iniciativa da misericórdia de Deus, que oferece o perdão; reconcilia
o homem com Deus; liberta-o da escravidão do pecado e cura-o.
A justificação é, ao mesmo tempo, acolhimento da justiça de
Deus pela fé em Jesus Cristo. Justiça designa, aqui, a retidão do amor
divino. Com a justificação, são difundidas nos nossos corações a fé, a
esperança e a caridade, e é-nos concedida a obediência à vontade divina.
A justificação foi-nos merecida pela paixão de Cristo, que
na cruz Se ofereceu como hóstia viva, santa e agradável a Deus, e cujo sangue
se tornou instrumento de propiciação pelos pecados de todos os homens. A
justificação é concedida pelo Baptismo, sacramento da fé. Conforma-nos com a
justiça de Deus que nos torna interiormente justos pelo poder da sua
misericórdia. E tem por fim a glória de Deus e de Cristo, e o dom da vida
eterna:
«Mas agora, foi sem a Lei que se manifestou a justiça de Deus, atestada
pela Lei e pelos Profetas: a justiça que vem para todos os crentes, mediante a
fé em Jesus Cristo. É que não há diferença alguma: todos pecaram e estão
privados da glória de Deus. Sem o merecerem, são justificados pela sua graça,
em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus. Deus ofereceu-o para, nele,
pelo seu sangue, se realizar a expiação que actua mediante a fé: foi assim que
Ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os pecados cometidos outrora, no tempo da
divina paciência. Deus mostra assim a sua justiça no tempo presente, porque Ele
é justo e justifica quem tem fé em Jesus» (Rm 3, 21-26).
A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e
a liberdade do homem. Do lado do homem, exprime-se no assentimento da
fé à Palavra de Deus que convida à conversão, e na cooperação da caridade com o
impulso do Espírito Santo que se lhe adianta e o guarda:
«Quando Deus move o coração do homem pela iluminação do Espírito Santo o
homem não fica sem fazer nada ao receber esta inspiração, que, aliás, pode
rejeitar: no entanto, também não pode, sem a graça de Deus, caminhar, por sua
livre vontade, para a justiça na sua presença».
A justificação é a obra mais excelente do amor de Deus manifestado
em Cristo Jesus e concedido pelo Espírito Santo. Santo Agostinho pensa que «a
justificação do ímpio é obra maior que a criação do céu e da terra»; porque «o
céu e a terra passarão, ao passo que a justificação e a salvação dos eleitos
permanecerão». Pensa mesmo que a justificação dos pecadores é mais importante
que a criação dos anjos em justiça, pelo tacto de testemunhar uma maior
misericórdia.
O Espírito Santo é o mestre interior. Fazendo nascer o «homem interior»
a justificação implica a santificação de todo o ser:
«Pois, como pusestes os vossos membros ao serviço da impureza e do mal
para cometer a iniquidade, assim ponde agora os vossos membros ao serviço da
justiça para chegar à santidade. [...] Mas agora, libertos do pecado e feitos
servos de Deus, tendes por fruto a santidade: e o termo é a vida eterna» (Rm 6,
19-22).
NOSSA CAPA:
O Presidente eleito Jair Messias
Bolsonaro assinou um Termo de Compromisso com a defesa da vida e da família.
Com toda razão, em sua campanha
afirmou que defenderia a família e que vetaria o aborto se porventura viesse a ser
aprovado pelo legislativo. Mas para honrar plenamente o compromisso deve deixar
de lado antigos projetos de controle de natalidade. Sabemos que os
anticoncepcionais em geral nem sempre conseguem impedir a concepção, mas
frequentemente ela ocorre seguida de aborto imperceptível nos primeiros dias de
vida do ser humano concebido devido a alterações no interior do útero causadas
pelos contraceptivos. Mas mesmo que nenhum aborto ocorresse, ainda assim o
controle de natalidade artificial não deixa de ser uma falta grave, como
podemos conferir na encíclica Humanae Vitae do Papa São Paulo VI, descrita
neste informativo. Que Jair Bolsonaro possa governar nosso país iluminado pela
graça de Deus, que certamente lhe será derramada em abundância!
Deus e Senhor nosso, protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros.
Derramai as vossas bênçãos sobre o nosso Santo Padre, o papa, sobre o nosso bispo, sobre o nosso pároco e todo o clero, sobre o chefe da nação e do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com justiça.
Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa.
Favorecei com os efeitos contínuos de vossa bondade o Brasil, este (arce)bispado, a paróquia em que habitamos, cada um de nós em particular e todas as pessoas por quem somos obrigados a rezar ou que se recomendaram às nossas orações.
Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o descanso e a luz eterna.
Pai nosso…
Ave, Maria…
Glória ao Pai…
JOSÉ MOSCATI (16 de novembro)
Médico e Santo de Nápoles
1880-1927
Giuseppe Moscati foi um leigo, médico,
professor universitário, pesquisador, que se tornou santo através do exercício
mesmo da sua profissão. Via os pacientes como irmãos que dele esperavam não
somente o alívio do corpo, mas também o incentivo espiritual.
Dedicava-se-lhes
nos Hospitais e em seu consultório, procurando estar sempre em dia com a
ciência a fim de melhor servir aos enfermos. Desprendido de bens materiais e de
seus interesses particulares, não raro dava também dinheiro aos clientes mais
necessitados, de modo que morreu pobre. Deixou notas pessoais e cartas várias,
que revelam o segredo de sua nobreza de caráter ou a sua profunda vida de
oração e união com Deus.
A vida
dos Santos é sempre um sinal que fala eloquentemente à humanidade, pois eles
traduzem em termos concretos e vivenciais o que os livros apresentam em teoria;
assim mostram que os mais belos ideais são viáveis e encontram, mesmo em época
de materialismo, quem os ponha em prática com a graça do Senhor Jesus. Por isto
os mestres de espiritualidade recomendam a todos os cristãos que periodicamente
se voltem para a figura dos Santos, a fim de aprender deles, de modo vivencial,
a arte da perfeição espiritual (que é também a plena humanização do indivíduo).
Cada Santo tem suas peculiaridades, evidenciando que, com qualquer temperamento
e em qualquer vocação dados por Deus, a pessoa pode chegar à plenitude das suas
virtualidades; na verdade, ninguém é chamado ao meio-termo ou à mediocridade.
Tal foi
o caso, entre outros, de Giuseppe Moscati, médico, professor universitário e
pesquisador, que o Papa Paulo VI proclamou Bem-aventurado aos 16/11/1975 e João
Paulo II canonizou aos 25/10/1987 (durante o Sínodo Mundial dos Bispos que
tratava dos Leigos na Igreja).
Segue-se
um perfil da vida e da personalidade deste Santo.
1. Dados biográficos
Giuseppe
Moscati, nasceu aos 25//07/1880 em Benevento (Itália), de família íntegra; o
pai, Francesco Moscati, era jurista, que chegou a ser Presidente do tribunal de
Benevento e Conselheiro do Tribunal de Recursos de Nápoles. A Sra. Rosa De Luca
Moscati era, no dizer do filho Giuseppe, a mulher forte de que fala a S.
Escritura em Provérbios 31,10-31.
Desde
1884 a família morou em Nápoles, onde também Giuseppe viveu e morreu. Fez os
estudos de Humanidades em Nápoles, onde entrou para a Faculdade de Medicina em
outubro de 1897, com dezessete anos de idade.
Dedicou-se
ardorosamente ao estudo e à prática da Medicina, procurando sempre atualizar os
seus conhecimentos. Conseguiu o Doutorado em Medicina aos 4/08/1903. Poucos
meses depois, prestou concurso para trabalhar nos Hospitais de Nápoles; já o
seu saber científico surpreendia os examinadores.
Em 1908
foi nomeado Assistente Ordinário no Instituto de Química Fisiológica. Conseguiu
a Livre Docência desta matéria em 1911, e a de Clínica Médica Geral em 1921. Em
1919 foi promovido a Diretor de Sala nos Hospitais Reunidos de Nápoles.
Dedicou-se
à pesquisa, em laboratório, sobre a ação dos amidos e da glicose no organismo
humano. Publicou os resultados deste estudos em cerca de trinta relatórios e
comunicações editados na Itália e no estrangeiro. Estes trabalhos o tornaram
famoso e estimado tanto na sua pátria como fora desta. A convite do Governo
italiano, viajou para diversos países da Europa a fim de participar de
Congressos: em 1911, por exemplo, esteve em Viena (Áustria) como membro do
Congresso Internacional de Fisiologia; em 19923, foi a Edimburgo (Escócia),
tomando parte no Congresso Internacional de Fisiopatologia.
Morreu
com a fama de sábio e santo aos 12/041927. Com efeito; aos 12 de abril de 1927,
após a S. Missa e a Comunhão, o Prof. Moscati voltou à casa e preparou-se para
seguir para o Hospital. Depois de fatigosa manhã de trabalho, dispôs-se a
enfrentar a habitual fila de clientes em seu ambulatório. Mas às 15 horas
retirou-se para um quarto, dizendo: “Estou-me sentindo mal”. Sentou-se numa
poltrona, cruzou os braços sobre o peito, reclinou a cabeça, e, sem uma
palavra, expirou. Tinha 47 anos de idade.
2. A figura do médico
Giuseppe
Moscati era um apaixonado da Medicina; para ele, o contato diário com os
doentes era uma necessidade. Logo que se formou, começou a servir no Hospital
dos Incuráveis, que ele não deixou de frequentar até o fim da sua vida. Em suas
notas pessoais, encontra-se o seguinte depoimento:
“Quando
rapaz, eu olhava com interesse para o Hospital dos Incuráveis, que meu pai
apontava à distância, ou seja, do terraço de casa; isto me inspirava
sentimentos de compaixão pela indizível dor dos enfermos, que naquele recinto
procuravam alívio. Uma salutar perturbação me acometia e eu começava a pensar
na caducidade de todas as coisas e as ilusões se dissipavam, como caíam as
flores dos laranjais que me cercavam”.
Como às
flores sucedem os frutos, assim também na vida de Moscati a perda de ilusões
levou-o a um empenho realista e fecundo em favor dos seus irmãos sofredores. O
papel do médico, Moscati o descreveu em carta dirigida a um seu aluno
recém-formado:
“Lembra-te
de que, segundo a Medicina, assumiste a responsabilidade de uma sublime missão.
Persevera, com Deus no coração…, com amor e compaixão para com os que são
abandonados, com fé e entusiasmo, surdo aos louvores e às críticas, insensíveis
à inveja, disposto unicamente à prática do bem”.
Vê-se
que Moscati considerava o exercício da sua profissão como a resposta a uma
vocação; ele queria dedicar-se a esta com fé e amor, inspirado pelas mais puras
intenções. Passava longas horas do dia e da noite no laboratório para descobrir
as causas das doenças e definir os respectivos remédios; queria assim servir,…
e servir do melhor modo possível. A sua vida tornou-se uma resposta a Deus, que
o colocou no mundo para agir segundo os planos do Criador; era também uma
resposta às necessidades e aos sofrimentos dos homens. Assim escreveu ele num
pedaço de papel encontrado entre outros documentos:
“Seja a
dor considerada não como uma oscilação ou uma contração muscular, e sim como o
grito de uma alma, de um irmão, ao qual outro irmão, o médico acode com o calor
do amor ou a caridade”.
Em carta
escrita a um médico, seu ex-aluno, pode-se ler:
“Recorda-te
de que te deves ocupar não apenas com o corpo, mas também com as almas”.
Com
estas palavras, Moscati revelava seu zelo pela pessoa do enfermo, que
freqüentemente deseja encontrar no médico mais do que um profissional ou um
técnico, e sim também um estímulo e reconforto. É o que aparece em outro
escrito de Moscati:
“O
médico acha-se em posição privilegiada, pois freqüentemente está diante de
pessoas que, apesar dos seus erros passados, estão dispostos a voltar aos bons
princípios herdados de seus antepassados; estão ansiosas por encontrar apoio
premidas pela dor. Feliz o médico que sabe compreender o mistério desses
corações e inflamá-los novamente!”
“Felizes
nós, médicos, muitas vezes incapazes de debelar uma doença! Felizes nós, se nos
lembramos de que, além dos corpos, temos diante de nós almas imortais,… em
relação às quais urge o preceito evangélico de amá-las como a nós mesmos”.
“Os
doentes são a imagem de Jesus Cristo e aos atribulados são os diletos e
preferidos de Deus”.
O seu
amor pelos doentes não lhe deixava tréguas: durante o dia estava nos Hospitais,
na cátedra universitária, em visita aos doentes, especialmente aos mais
miseráveis; e de noite dedicava bom espaço de tempo ao estudo, a fim de sempre
oferecer aos pacientes e alunos o melhor que pudesse saber e adquirir. Mesmo
durante o dia, quando o Prof. Moscati voltava dos Hospitais para casa,
encontrava a sua residência cheia de pacientes à espera.
3. O homem de Deus
Tal
dedicação não era interesseira. Muito pelo contrário. Praticava o desapego dos
bens materiais. Quando julgava os emolumentos elevados demais, restituía a
metade, ou mais do que isto, aos seus clientes. Do mais necessitados não
cobrava honorários, dizendo que o importante era curá-los. Na sala de espera do
seu consultório havia um cesto onde os clientes podiam depositar o preço da
consulta. Certo dia, pouco após a guerra de 1914-18, apareceu-lhe um homem que
estivera na frente de batalha. Após o atendimento, perguntou o paciente ao
médico: “Quanto lhe devo, professor?” O doutor sorriu: “Pensa, antes do mais,
em ficar bom. Se podes, coloca no cesto o que queres, mas, se precisas, tira
aquilo que te é necessário”. Não raro era Moscati quem pagava aos seus doentes:
alguns destes encontravam uma quantia em notas debaixo do travesseiro; outros,
dentro do envelope portador da receita… Eram proverbiais as suas iniciativas
neste particular, de modo que Moscati morreu pobre.
Os seus
costumes irrepreensíveis e a sua piedade valiam-lhe zombarias de muitos, que o
acusavam de louco de “maníaco religioso”, pois não o podiam atacar no plano
científico e profissional. Moscati não fazia caso disso. Encontra-se mesmo em
suas Notas particulares a seguinte norma:
“Ama a
Verdade. Mostra-te como és, sem disfarces e sem fingimento. E, se a Verdade te
custar a perseguição, aceita-a; e, se te acarretar tormentos suporta-os. E, se
por causa da Verdade tivesses que sacrificar a ti e a tua vida, sê forte no
sacrifício” (17/10/1922).
Moscati
conhecia as intrigas, as rivalidades, os comprometimentos usuais entre colegas
para chegar a posições vantajosas na carreira médica. Lutou, porém, para acabar
com práticas e costumes pouco honestos nos Hospitais, não somente porque
degradam a figura do médico, mas também porque prejudicam a formação dos
estudantes, futuros médicos, e causam danos aos próprios pacientes. Combatia,
pois, o nepotismo, o proteccionismo e o favoritismo nos concursos e nas
promoções de carreira, que muitas vezes redundam em baixa de nível profissional
e, indiretamente, em detrimento dos enfermos.
A essa
retidão de costumes o médico e professor sabia associar profunda humildade;
dizia que “o Senhor lhe concedera a graça de compreender que Ele é tudo e eu
nada sou”. Tinha consciência de sua absoluta dependência em relação ao Senhor
da vida.
O
segredo dessa nobreza de caráter era a vida interior ou a união com Deus
cultivadas por Moscati. Começava o dia dirigindo-se, muito cedo, à igreja de
Gesù Nuovo, onde recebia a S. Eucaristia. As suas Notas pessoais revelam que
ele sabia falar a Cristo com a simplicidade de uma criança, exprimindo-lhe
quanto experimentava em sua alma. Quando tinha um pouco de lazer, passava muito
tempo na igreja em oração e adoração.
Como se
vê, Giuseppe Moscati abraçou, à luz da fé, “a sublime profissão de médico”, que
ele considerava um serviço de amor apostólico e um culto prestado a Deus na
pessoa dos irmãos sofredores. Durante a sua breve existência terrestre, cuidou
de milhares de pessoas, para as quais foi instrumento de recuperação da saúde;
os seus contemporâneos pareciam entrever em sua pessoa e em seu modo de agir um
aceno à bondade do próprio Deus. Daí a palavra que de boca se propagava, quando
faleceu aos 47 anos de idade: “Morreu o professor santo!”
Leigo
médico, cientista e santo. Estas palavras resumem uma existência, delineiam um
ideal e abrem um caminho, suscitando a imitação de quantos se achem hoje em
circunstâncias de vida semelhantes.
A
propósito pode-se consultar o artigo “II Médico Santo: Giuseppe Moscati”, de
Paolo Molinari S. J. em “La Civiltà Cattolica” n.º 3297, 07/11/87, pp. 236-248.
Destas páginas foram transcritos os textos de Moscati citados; nas mesmas é
indicada ampla bibliografia.
D. Estevão Bettencourt, OSB
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS” Nº 315. cleofas.com.br
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS” Nº 315. cleofas.com.br
OS SETE SANTOS CANONIZADOS EM OUTUBRO PASSADO.
1. Paulo VI
O
Beato Paulo VI é o Papa da Encíclica Humanae
Vitae, a visionária encíclica sobre a defesa da vida e da família na qual advertiu sobre
os problemas que o mundo de hoje sofre por causa da mentalidade anticonceptiva.
Este
Pontífice foi também quem levou à conclusão o Concílio Vaticano II, iniciado em
1962 por São João XXIII.
Giovanni
Battista Montini nasceu na Lombardia (Itália), em 26 de setembro de 1897. Foi
eleito Papa em 21 de junho de 1963. Depois de 15 anos de pontificado, faleceu
em Castel Gandolfo, em 6 de agosto de 1978.
2. Dom Romero
O
Arcebispo de San Salvador nasceu em Ciudad de Barrios (El Salvador), em 15 de
agosto de 1917 e morreu mártir por ódio à fé em 24 de março de 1980,
assassinado quando celebrava a Missa em meio a uma
nascente guerra civil entre a guerrilha de esquerda e o governo ditatorial de
direita.
Segunda
as investigações, a autoria do assassinato aponta para um grupo de aniquilação
vinculada à ditadura militar, que acreditava que Dom Romero era próximo da
guerrilhar marxista devido à sua preocupação pelos pobres, uma acusação longe
da realidade.
Em
sua luta pelos mais pobres e em suas denúncias contra a ditadura, o futuro
santo esteve respaldado pelos Papas Paulo VI e São João Paulo II.
3. Nazaria Ignacia de Santa Teresa de Jesus
Nasceu
em 10 de janeiro de 1889, em Madri (Espanha). Depois de alguns anos nas Irmãs
dos Idosos Desamparados, fundou em 1927 uma nova congregação: as Irmãs
Missionárias Cruzadas da Igreja, com a qual serviu aos mais necessitados e às
mulheres na Bolívia.
Em
1938, chegou à Argentina, onde promoveu várias instituições a favor dos jovens
e dos pobres. Morreu em Buenos Aires, em 1943. Será a primeira santa da
Bolívia.
4. Pe. Vincenzo Romano
Vincenzo
Romano foi sacerdote diocesano, nasceu em 3 de junho de 1751, em Torre del
Greco (Itália). Recebeu a ordenação sacerdotal em 1775.
Trabalhou
na reconstrução de Torre del Greco, cidade que ficou quase totalmente destruída
depois da erupção do vulcão Vesúvio, em 1794. Além disso, inventou a
“rastreadora”, uma estratégia missionária para reunir, com o crucifixo na mão,
grupos de pessoas ou transeuntes, improvisar uma pregação e, em seguida,
acompanha-los à igreja ou oratório mais próximo para rezar juntos.
Muitas
vezes se tornou um mediador entre os donos dos corais e os marinheiros que
enfrentavam os riscos e o cansaço da pesca. Morreu em 20 de dezembro de 1831.
5. Maria Catarina Kasper
Nasceu
em 26 de maio de 1820. Em 1845 começou sua vida religiosa junto com alguns
colegas e, em 1848, no dia da Assunção, abriu seu lar para os pobres do país. À
nova associação deu o nome de Escravas Pobres de Jesus Cristo.
A
Madre Maria Catarina acompanhou a formação das noviças e a abertura de novas
casas, inclusive no exterior, para ajudar os imigrantes alemães. Morreu em 2 de
fevereiro de 1898.
6. Francesco Spinelli
Nasceu
em Milão em 14 de abril de 1853, foi ordenado sacerdote em 1875, começou o seu
apostolado com os pobres da paróquia do seu tio Pe. Pietro. Em 1882, conheceu
Catarina Comensoli, que desejava se tornar religiosa de uma congregação cujo
propósito era a Adoração Eucarística.
Entre
milhares de vicissitudes ocorre a fundação de um instituto que deveria se
dividir. A Madre Comensoli estabeleceu a Congregação das Irmãs Sacramentinas e
Francesco, a Congregação das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento.
Cuidou
dos marginalizados, rechaçados e criou escolas, oratórios, ofereceu assistência
aos enfermos ou idosos solitários. Morreu em 6 de fevereiro de 1913.
7. Nunzio Sulprizio
Inicialmente,
estavam programadas seis canonizações para o dia 14 de outubro, segundo
anunciou o Vaticano em 19 de maio deste ano.
Entretanto,
em 19 de julho, o Papa Francisco decidiu que Nunzio Sulprizio, falecido aos 19
anos, também seja declarado santo no marco do Sínodo dos jovens que acontece no
Vaticano até o dia 28 de outubro.
Nunzio
Sulprizio nasceu em Pescosansonesco (Itália), em 13 de abril de 1817. Durante
sua infância, sofreu as consequências da pobreza, da doença e dos maus-tratos,
especialmente de seu tio materno.
Desde
que seus pais faleceram, seu tio o obrigou a trabalhar como ferreiro em
condições desumanas, as quais teriam lhe provocado o tumor ósseo que o levou à
morte em 5 de maio de 1836.
Fonte: www.acidigital.com
Trechos da HUMANAE
VITAE, do PAPA SÃO PAULO VI
sobre a regulação da natalidade
sobre a regulação da natalidade
A transmissão da vida
1. O gravíssimo dever de transmitir a vida humana,
pelo qual os esposos são os colaboradores livres e responsáveis de Deus
Criador, foi sempre para eles fonte de grandes alegrias, se bem que, algumas vezes,
acompanhadas de não poucas dificuldades e angústias.
O amor conjugal
8. O amor conjugal exprime a sua
verdadeira natureza e nobreza, quando se considera na sua fonte suprema, Deus
que é Amor, "o Pai, do qual toda a paternidade nos céus e na terra toma o
nome".
O matrimônio não é, portanto, fruto do acaso, ou
produto de forças naturais inconscientes: é uma instituição sapiente do
Criador, para realizar na humanidade o seu desígnio de amor. Mediante a doação
pessoal recíproca, que lhes é própria e exclusiva, os esposos tendem para a
comunhão dos seus seres, em vista de um aperfeiçoamento mútuo pessoal, para
colaborarem com Deus na geração e educação de novas vidas.
AS CARACTERÍSTICAS DO
AMOR CONJUGAL
9. É, antes de mais, um amor plenamente humano,
quer dizer, ao mesmo tempo espiritual e sensível. Não é, portanto, um simples
ímpeto do instinto ou do sentimento; mas é também, e principalmente, ato da
vontade livre, destinado a manter-se e a crescer, mediante as alegrias e as
dores da vida cotidiana, de tal modo que os esposos se tornem um só coração e
uma só alma e alcancem juntos a sua perfeição humana.
É depois, um amor total, quer dizer, uma forma muito especial de amizade
pessoal, em que os esposos generosamente compartilham todas as coisas, sem reservas
indevidas e sem cálculos egoístas. Quem ama verdadeiramente o próprio consorte,
não o ama somente por aquilo que dele recebe, mas por ele mesmo, por poder
enriquecê-lo com o dom de si próprio.
É, ainda, amor fiel e exclusivo,
até à morte. Assim o concebem, efetivamente, o esposo e a esposa no dia em que
assumem, livremente e com plena consciência, o compromisso do vínculo
matrimonial. Fidelidade que por vezes pode ser difícil; mas que é sempre nobre
e meritória, ninguém o pode negar. O exemplo de tantos esposos, através dos
séculos, demonstra não só que ela é consentânea com a natureza do matrimônio,
mas que é dela, como de fonte, que flui uma felicidade íntima e duradoura.
É, finalmente, amor fecundo que não se esgota na comunhão entre os cônjuges, mas
que está destinado a continuar-se, suscitando novas vidas. "O matrimônio e
o amor conjugal estão por si mesmos ordenados para a procriação e educação dos
filhos. Sem dúvida, os filhos são o dom mais excelente do matrimônio e
contribuem grandemente para o bem dos pais".
Em relação às tendências do instinto e
das paixões, a paternidade responsável significa o necessário domínio que a
razão e a vontade devem exercer sobre elas.
Em relação às condições físicas, econômicas,
psicológicas e sociais, a paternidade responsável exerce-se tanto com a
deliberação ponderada e generosa de fazer crescer uma família numerosa, como
com a decisão, tomada por motivos graves e com respeito pela lei moral, de
evitar temporariamente, ou mesmo por tempo indeterminado, um novo nascimento.
Paternidade responsável comporta ainda,
e principalmente, uma relação mais profunda com a ordem moral objetiva,
estabelecida por Deus, de que a consciência reta é intérprete fiel.
Na missão de transmitir a vida, eles não são,
portanto, livres para procederem a seu próprio bel-prazer, como se pudessem
determinar, de maneira absolutamente autônoma, as vias honestas a seguir, mas
devem, sim, conformar o seu agir com a intenção criadora de Deus, expressa na
própria natureza do matrimônio e dos seus atos e manifestada pelo ensino
constante da Igreja.
Inseparáveis os dois aspectos: união e procriação
12. Esta doutrina, muitas vezes exposta
pelo Magistério, está fundada sobre a conexão inseparável que Deus quis e que o
homem não pode alterar por sua iniciativa, entre os dois significados do ato
conjugal: o significado unitivo e o significado procriador.
Na verdade, pela sua estrutura íntima, o ato
conjugal, ao mesmo tempo que une profundamente os esposos, torna-os aptos para
a geração de novas vidas, segundo leis inscritas no próprio ser do homem e da
mulher. Salvaguardando estes dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o
ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e a
sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade.
13. "A vida humana é sagrada, recordava João
XXIII; desde o seu alvorecer compromete diretamente a ação criadora de
Deus".
Vias ilícitas para a regulação dos
nascimentos
14. Em conformidade com estes pontos essenciais da
visão humana e cristã do matrimônio, devemos, uma vez mais, declarar que é
absolutamente de excluir, como via legítima para a regulação dos nascimentos, a
interrupção direta do processo generativo já iniciado, e, sobretudo, o aborto
querido diretamente e procurado, mesmo por razões terapêuticas.
É de excluir de igual modo, como o
Magistério da Igreja repetidamente declarou, a esterilização direta, quer
perpétua quer temporária, tanto do homem como da mulher.
É, ainda, de excluir toda a ação que, ou em
previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o
desenvolvimento das suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como
meio, tornar impossível a procriação.
Não se podem invocar, como razões
válidas, para a justificação dos atos conjugais tornados intencionalmente
infecundos, o mal menor, ou o fato de que tais atos constituiriam um todo com os
atos fecundos, que foram realizados ou que depois se sucederam, e que,
portanto, compartilhariam da única e idêntica bondade moral dos mesmos. Na
verdade, se é lícito, algumas vezes, tolerar o mal menor para evitar um mal
maior, ou para promover um bem superior, nunca é lícito, nem sequer por razões
gravíssimas, fazer o mal, para que daí provenha o bem; isto é, ter como objeto
de um ato positivo da vontade aquilo que é intrinsecamente desordenado e,
portanto, indigno da pessoa humana, mesmo se for praticado com intenção de
salvaguardar ou promover bens individuais, familiares, ou sociais. É um erro,
por conseguinte, pensar que um ato conjugal, tornado voluntariamente infecundo,
e por isso intrinsecamente desonesto, possa ser coonestado pelo conjunto de uma
vida conjugal fecunda.
Liceidade do recurso aos períodos infecundos
16. Se,
portanto, existem motivos sérios para distanciar os nascimentos, que derivem ou
das condições físicas ou psicológicas dos cônjuges, ou de circunstâncias
exteriores, a Igreja ensina que então é lícito ter em conta os ritmos naturais
imanentes às funções geradoras, para usar do matrimônio só nos períodos
infecundos e, deste modo, regular a natalidade, sem ofender os princípios
morais que acabamos de recordar.
A Igreja é coerente consigo própria,
quando assim considera lícito o recurso aos períodos infecundos, ao mesmo tempo
que condena sempre como ilícito o uso dos meios diretamente contrários à
fecundação, mesmo que tal uso seja inspirado em razões que podem aparecer
honestas e sérias. Na realidade, entre os dois casos existe uma diferença
essencial: no primeiro, os cônjuges usufruem legitimamente de uma disposição
natural; enquanto que no segundo, eles impedem o desenvolvimento dos processos
naturais. É verdade que em ambos os casos os cônjuges estão de acordo na
vontade positiva de evitar a prole, por razões plausíveis, procurando ter a
segurança de que ela não virá; mas, é verdade também que, somente no primeiro
caso eles sabem renunciar ao uso do matrimônio nos períodos fecundos, quando,
por motivos justos, a procriação não é desejável, dele usando depois nos
períodos agenésicos, como manifestação de afeto e como salvaguarda da
fidelidade mútua.
Procedendo assim, eles dão prova de amor verdadeira
e integralmente honesto.
Graves conseqüências dos métodos de
regulação artificial da natalidade
17. Os homens retos poderão convencer-se ainda mais
da fundamentação da doutrina da Igreja neste campo, se quiserem refletir nas
conseqüências dos métodos da regulação artificial da natalidade. Considerem,
antes de mais, o caminho amplo e fácil que tais métodos abririam à infidelidade
conjugal e à degradação da moralidade. Não é preciso ter muita experiência para
conhecer a fraqueza humana e para compreender que os homens - os jovens
especialmente, tão vulneráveis neste ponto - precisam de estímulo para serem
fiéis à lei moral e não se lhes deve proporcionar qualquer meio fácil para eles
eludirem a sua observância. É ainda de recear que o homem, habituando-se ao uso
das práticas anticoncepcionais, acabe por perder o respeito pela mulher e, sem
se preocupar mais com o equilíbrio físico e psicológico dela, chegue a
considerá-la como simples instrumento de prazer egoísta e não mais como a sua
companheira, respeitada e amada.
Pense-se ainda seriamente na arma
perigosa que se viria a pôr nas mãos de autoridades públicas, pouco preocupadas
com exigências morais. Quem poderia reprovar a um governo o fato de ele aplicar
à solução dos problemas da coletividade aquilo que viesse a ser reconhecido
como lícito aos cônjuges para a solução de um problema familiar? Quem impediria
os governantes de favorecerem e até mesmo de imporem às suas populações, se o
julgassem necessário, o método de contracepção que eles reputassem mais eficaz?
Deste modo, os homens, querendo evitar dificuldades individuais, familiares, ou
sociais, que se verificam na observância da lei divina, acabariam por deixar à
mercê da intervenção das autoridades públicas o setor mais pessoal e mais
reservado da intimidade conjugal.
Portanto, se não se quer expor ao arbítrio dos
homens a missão de gerar a vida, devem-se reconhecer necessariamente limites
intransponíveis no domínio do homem sobre o próprio corpo e as suas funções;
limites que a nenhum homem, seja ele simples cidadão privado, ou investido de
autoridade, é lícito ultrapassar. E esses mesmos limites não podem ser
determinados senão pelo respeito devido à integridade do organismo humano e das
suas funções naturais, segundo os princípios acima recordados e segundo a reta
inteligência do "princípio de totalidade", ilustrado pelo nosso
predecessor Pio XII.
Criar um ambiente favorável à castidade
22. Queremos nesta altura chamar a
atenção dos educadores e de todos aqueles que desempenham tarefas de
responsabilidade em ordem ao bem comum da convivência humana, para a
necessidade de criar um clima favorável à educação para a castidade, isto é, ao
triunfo da liberdade sã sobre a licenciosidade, mediante o respeito da ordem
moral.
Tudo aquilo que nos modernos meios de comunicação
social leva à excitação dos sentidos, ao desregramento dos costumes, bem como
todas as formas de pornografia ou de espetáculos licenciosos, devem suscitar a
reação franca e unanime de todas as pessoas solícitas pelo progresso da
civilização e pela defesa dos bens do espírito humano. Em vão se procurará
justificar estas depravações, com pretensas exigências artísticas ou
científicas, ou tirar partido, para argumentar,
da liberdade deixada neste campo por parte das autoridades públicas.
APELO AOS GOVERNANTES
23. Nós queremos dizer aos governantes, que são os
principais responsáveis pelo bem comum e que dispõem de tantas possibilidades
para salvaguardar os costumes morais: não permitais que se degrade a moralidade
das vossas populações; não admitais que se introduzam legalmente, naquela
célula fundamental que é a família, práticas contrárias à lei natural e divina.
Existe uma outra via, pela qual os Poderes públicos podem e devem contribuir
para a solução do problema demográfico: é a via de uma política familiar
providente, de uma sábia educação das populações, que respeite a lei moral e a
liberdade dos cidadãos.
Estamos absolutamente cônscios das
graves dificuldades em que se encontram os Poderes públicos a este respeito,
especialmente nos países em vias de desenvolvimento. Dedicamos mesmo às suas
preocupações legítimas a nossa Encíclica Populorum Progressio. Mas, com o nosso
predecessor João XXIII, repetimos: "...Estas dificuldades não se podem
vencer recorrendo a métodos e meios que são indignos do homem e que só
encontram a sua explicação num conceito estritamente materialista do mesmo
homem e da vida. A verdadeira solução encontra-se somente num progresso
econômico e social que respeite e fomente os genuínos valores humanos,
individuais e sociais". Nem se poderá, ainda, sem injustiça grave,
tornar a Providência divina responsável por aquilo que, bem ao contrário,
depende de menos sensatez de governo, de um insuficiente sentido da justiça
social, de monopólios egoístas, ou também de reprovável indolência no enfrentar
os esforços e os sacrifícios necessários para garantir a elevação do nível de
vida de uma população e de todos os seus membros.
(curiosa semelhança
entre Jair Messias Bolsonaro e Ciro, rei dos persas)
O capítulo 45 de Isaías começa com
oráculo real de entronização. Ciro, rei dos persas, recebe o título de “ungido
do Senhor”, que era reservado aos reis de Israel e que se tornou o título do
rei-salvador esperado.
1Assim diz o Senhor ao
seu ungido, a Ciro, que tomei pela destra...
2Eu mesmo irei na tua
frente e aplainarei lugares montanhosos...
[...]
4Foi por causa do meu
servo Jacó, por causa de Israel, o meu escolhido, que eu te chamei pelo nome, e
te dei um nome ilustre, embora não me conhecesses.
5Eu sou o Senhor e não
há outro, fora de mim não há Deus. Embora não me conheças, eu te cinjo (Is 45,1.2.4-5).
Embora não fosse judeu e “não
conhecesse o Senhor”, Ciro foi “tomado pela mão” e chamado “pelo nome” por
causa de Israel, o povo eleito. A missão de Ciro foi libertar os judeus, que
estavam no cativeiro. Em 539 a. C. seu exército conquistou a Babilônia e em 538
a.C. foi publicado o célebre “edito de Ciro”, concedendo a liberdade aos judeus
e determinando a reconstrução do Templo de Jerusalém (Esd 1,2-4).
No atual momento, a ascensão de Jair
Messias Bolsonaro, aclamado pelas multidões como favorito para a Presidência da
República, tem algumas notáveis semelhanças com o que ocorreu com Ciro, rei dos
persas.
Ciro, ungido do
Senhor
Curiosamente, Bolsonaro traz o nome de
“Messias”, palavra de origem aramaica que se traduz por “ungido”, o mesmo
título que a Bíblia deu a Ciro.
Ciro não conhecia o
Senhor.
Bolsonaro não conhecia o Senhor.
Batizado na Igreja Católica, não viveu o matrimônio indissolúvel. Separando-se
da esposa Rogéria Nantes Nunes Braga, com quem teve três filhos, uniu-se com
Ana Cristina Valle (com quem teve um filho) e, por último, com Michelle de
Paula Firmo Reinaldo (com quem teve uma filha). Seu “casamento” com Michelle
realizou-se na presença do pastor Silas Malafaia, em 2013. Quanto à sua
religião, Bolsonaro diz: “Sou um católico que, por 10 anos, frequentou a
Igreja Batista”.
Em 2002, como deputado federal, ele
apresentou à Câmara a PEC 584/2002, que pretendia obrigar o Estado a oferecer
vasectomia e laqueadura tubária para maiores de 21 anos! Fez isso porque não
conseguiu libertar-se da enganosa mentalidade antinatalista, segundo a qual o
crescimento da população gera pobreza. Além disso, não percebeu que a
esterilização direta é sempre gravemente imoral, quaisquer que sejam as circunstâncias.
Quanto ao aborto, em 23/04/1996 ele foi
um dos 351 deputados que votou “não” à PEC 25/1995, que pretendia acrescentar
as palavras “desde a concepção” ao caput do artigo 5º, logo após a “inviolabilidade do direito à vida”.
Provavelmente ele, como tantos outros, deixou-se levar pela falsa compaixão às
vítimas de estupro. Pois, segundo falaciosa propaganda abortista da época, a
lei dava à mulher violentada o “direito” de matar o próprio filho e aquela
emenda à Constituição, se aprovada, iria abolir tal suposto “direito”.
No entanto, em 2013, Bolsonaro foi um
dos autores do Projeto de Lei 6055/2013, que pretende revogar a Lei
12.845/2013, a famosa lei Cavalo de Tróia, que obriga as delegacias de polícia
a informar às supostas vítimas de estupro onde elas podem fazer aborto. Isso
parece indicar que a posição do deputado mudou, talvez pela boa influência
recebida do Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior.
Ciro foi chamado pelo
Senhor
Bolsonaro considera que o
extraordinário apoio popular dado a alguém tão insignificante como ele é sinal
de uma missão de Deus:
Eu sou cristão. Olha
só a situação que eu cheguei. Sou do baixíssimo clero, não sou ninguém na
política, não sou nada. E tenho o apoio popular que está aí. Não é inimaginável
o que está acontecendo? Como eu consegui isso?
Vamos em frente. Essa
é uma missão de Deus para cada um de nós. E junto nós podemos vencer esse
inimigo.
A popularidade de Bolsonaro cresceu
sobretudo no combate ao “kit gay”, um material produzido em 2011 pelo
Ministério da Educação e Cultura, na época dirigido pelo Ministro Fernando Haddad, em parceria com a Associação Brasileira de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), que seria
distribuído nas escolas no segundo semestre daquele ano. Denominado pelo
governo “kit anti-homofobia”, o material era uma autêntica apologia do
homossexualismo e uma doutrinação na ideologia de gênero. Com tanto vigor
Bolsonaro atacou o governo petista pela produção daquele material de corrupção
infanto-juvenil, que despertou para o combate a bancada católica e evangélica
da Câmara. Como consequência, em 25 de maio de 2011, a presidente Dilma
resolveu suspender a distribuição do “kit”.
Em 2014, o deputado também esteve
presente, junto aos militantes pró-vida e pró-família, no combate à inclusão da
ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação (PNE), luta esta que resultou
vitoriosa.
Talvez ele não imaginasse que seu
empenho em favor da família lhe renderia tanta popularidade. O partido ao qual
se filiou como candidato à presidência da República (PSL) tem apenas dez
segundos de propaganda eleitoral na televisão. No entanto, mesmo sem outros
recursos de divulgação além das redes sociais, suas ideias são aplaudidas pela
multidão. O que ele defende é espantosamente óbvio: o matrimônio entre um só
homem e uma só mulher, crianças livres da ideologia de gênero nas escolas, pais
e professores com autoridade para educar, cidadãos com direito à legítima
defesa, bebês com direito de nascer, o STF sem ativismo judicial, a sociedade
livre das drogas. O óbvio, porém, assusta, talvez porque quase ninguém ousa
defendê-lo. Os jornais, revistas e emissoras de televisão têm feito uma
campanha cerrada contra o “mito Bolsonaro”. No dia 6 de setembro, durante uma
campanha em Juiz de Fora (MG), o candidato recebeu uma facada no abdômen. A
tentativa de homicídio não teve êxito, mas obrigou-o a ficar internado por 22
dias.
Conclusão
É espantoso que o defensor da família
natural seja alguém que se divorciou e se “recasou” duas vezes. É espantoso que
o único candidato que ousou dizer que vetará qualquer lei
do aborto vinda do Congresso (!) seja alguém que
ainda não entendeu a gravidade do pecado da esterilização.
A Providência Divina é soberanamente
livre para escolher seus instrumentos. “Ao Senhor nosso Deus a justiça, mas
a nós a vergonha no rosto” (Br 2,15). Vergonhoso para nós não é a ascensão
de Bolsonaro. Vergonhoso é que entre os que professam a fé católica não se
tenha encontrado nenhum outro político com a coragem dele. Enfim, em tudo Deus
seja louvado.
Anápolis, 5 de outubro de 2018.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
MARIA SIMMA E AS ALMAS DO PURGATÓRIO
Sabemos que as revelações
particulares não são dogmas de fé, ninguém precisa crer nelas. Porém é certo
que Deus pode permitir tais revelações a pessoas escolhidas. Creio que assim
aconteceu com Maria Simma (1915 – 2004).
PRIMEIRAS APARIÇÕES
“Desde a infância
tive grande amor pelas almas do purgatório. E minha mãe também lhes dava muito
valor e nos repetia sempre:
‘Quando tiverem um
pedido importante, dirijam-se às almas, são as ajudantes mais reconhecidas’.
No ano de 1940,
pela primeira vez, me apareceu uma alma.
Acordei à noite com
alguém indo e vindo em meu quarto. Olhei para ver quem poderia estar ali. Nunca
fui medrosa. Seria mais fácil pular em cima de uma pessoa do que ter medo. Vi
então, em meu quarto, um estranho andando lentamente de um lado para o outro.
Tratei-o com dureza: ‘Como entrou aqui, o que está procurando?’
Fez como se nada
tivesse ouvido e continuou andando de um lado para o outro. ‘Quem é você?’,
perguntei, e como não obtivesse resposta, pulei da cama e quis agarrá-lo.
Peguei o ar, nada mais havia ali.
Fui para a cama e
novamente o vi e ouvi, andando de um lado para o outro. ‘Agora estou bem
acordada’, pensei, ‘vejo e ouço esse homem, por que não posso
agarrá-lo?’ Mais uma vez levantei-me; aproximei-me lentamente dele, quis
pegá-lo e novamente peguei no vazio. Não havia simplesmente nada ali. Dessa
vez, comecei a sentir uma certa inquietação. Deitei-me de novo, eram mais ou
menos 4 horas da manhã; não voltou mais, mas não consegui mais pegar no sono.
Depois da missa,
fui falar com meu diretor espiritual e contei-lhe tudo.
‘Se isso lhe
acontecer novamente’, instruiu-me em poucas palavras, ‘não pergunte quem
é você, mas o que quer de mim?’. Na noite seguinte, ele
voltou: era o mesmo homem da véspera. Perguntei então: ‘O que quer de mim?’.
Dessa vez, respondeu: ‘Mande celebrar três missas por mim e estarei salvo!’
Percebi então que devia ser uma alma do purgatório. Contei ao meu confessor,
que o confirmou. De 1940 a 1953 vieram duas a três almas por ano,
principalmente no mês de novembro. Não vi nisso nenhuma missão especial. Contei
ao vigário da região, Alfonse Matt, que também era meu diretor espiritual. Ele
me aconselhou a nunca rejeitar uma alma e tudo aceitar de boa vontade.
EXPIAR POR OUTRAS ALMAS
Finalmente, as
almas me pediram para sofrer por elas. Foram sofrimentos pesados. Quando vem
uma alma, acorda-me batendo na porta, chamando-me ou puxando-me, e assim por
diante. Pergunto-lhe imediatamente: ‘O que quer?’ ou ‘O que devo fazer por
você?’. Só então pode explicar-me o que lhe falta.
Assim perguntou-me
uma alma: ‘Você poderia sofrer por mim?’ Pareceu-me estranho, pois até então
nenhuma alma me havia pedido tal coisa. Perguntei-lhe então: ‘Sim, mas o que
devo fazer?’ Respondeu: ‘Durante três horas sentirá fortes dores no corpo
inteiro, porém, depois dessas três horas, pode levantar-se e continuar seu
trabalho como se nada tivesse acontecido. Você pode assim poupar-me 20 anos de
purgatório’. Portanto, aceitei. Abateram-se sobre mim tais dores que quase não
sabia mais onde estava, embora continuasse consciente de ter aceitado expiação
por uma alma e de que esses sofrimentos deviam durar três horas. Parecia-me que
essas horas há muito já haviam passado e que, na verdade, tratavam-se de mais
de três dias, se não de três semanas. Quando tudo terminou, verifiquei que
realmente haviam sido três horas. Muitas vezes tive que sofrer apenas cinco
minutos, mas como esse tempo me pareceu longo!”
A VIRGEM
MARIA E AS ALMAS DO PURGATÓRIO
Para as almas do Purgatório, Maria
é a Mãe da misericórdia. Quando seu nome ecoa no Purgatório, as almas sentem
uma grande alegria. Uma alma disse que Maria pedira a Jesus para libertar todas
as almas que se encontravam no Purgatório por ocasião da sua morte e assunção,
e que Jesus atendera ao pedido de sua Mãe. Naquele dia as almas acompanharam
Maria ao céu, porque ela fora coroada Mãe de misericórdia e Mãe da divina
graça. No Purgatório Maria distribui as graças segundo a vontade divina: ela
passa com frequência pelo Purgatório.
Algumas advertências
dadas pelas almas:
● Não precisa lamentar-se dos tempos que atravessamos. É necessário
dizer aos pais que eles são os principais responsáveis. Eles não podem prestar
pior serviço aos seus filhos que atender a todos os seus desejos, dando-lhes
tudo o que querem, simplesmente para que fiquem contentes e não gritem. Assim,
o orgulho forma raiz no coração da criança.
● Mais tarde, quando a criança começa a frequentar a escola, não
saberá sequer rezar um Pai-nosso, nem fazer o sinal da cruz. De Deus, às vezes,
não sabe coisa alguma. Os pais se desculpam dizendo que isso é o dever do
catequista e dos professores de religião.
● Onde o ensino religioso não é dado, a partir da infância, mais
tarde a religião será fraca. Ensinem a renúncia às crianças! Por que há hoje
esta indiferença religiosa e esta decadência moral? Porque as crianças não
aprenderam a renunciar. Mais tarde tornam-se descontentes e pessoas sem
discrição que fazem tudo e querem ter tudo em profusão. Isso provoca desvios
sexuais, práticas anticoncepcionais e aborto. Todos estes atos pedem vingança
ao Céu!
● Quem não aprendeu de criança a renunciar, torna-se egoísta, sem
amor, tirânico. Por este motivo há tanto ódio e falta de caridade. Queremos ver
tempos melhores? Comece-se a partir da educação das crianças.
● Peca-se de modo assustador contra o amor ao próximo, sobretudo com
a maledicência, a enganação e a calúnia. Onde começa? No pensamento. É preciso
aprender estas coisas desde a infância e procurar afastar imediatamente os
pensamentos contrários à caridade. Tais pensamentos sejam combatidos e assim,
não se julgará os outros sem caridade.
● O apostolado é um dever para todo católico. Alguns o exercem com a
profissão e outros com o bom exemplo. Lamenta-se que muitos são corrompidos
pelas conversas contra a moral ou contra a religião. Por que os outros se
calam? Os bons devem defender suas convicções e declarar-se cristãos. No curso
da história da Igreja a salvação das almas e da civilidade cristã não foram,
para os leigos, um dever mais urgente e mais imperioso que em nossos dias? Todo
cristão deveria buscar o Reino de Deus e fazê-lo progredir; caso contrário, os
homens não serão mais capazes de reconhecer o governo da Providência.
● A preocupação da alma não deve ser sufocada pela preocupação
exagerada com o corpo.
INDULGÊNCIAS
Lembramos que a cada dia do ano é
possível receber indulgência plenária e oferecê-la por alguma alma do
purgatório.
Para se lucrar uma indulgência
plenária são necessárias todas as seguintes condições:
- A execução da obra enriquecida de
indulgência plenária (pode ser meia hora de leitura bíblica; ou adoração ao
santíssimo sacramento; ou o terço em família ou na igreja com os cinco
mistérios juntos...);
- A recitação de ao menos um Pai-Nosso
e Ave-Maria nas intenções do papa;
- A comunhão eucarística;
- Confissão recente (não precisa ser
uma confissão para cada indulgência, desde que esteja em estado de graça ao realizar
a obra). O fiel deve também estar desapegado de todo pecado.
Fontes: “Maria Simma, Segredos revelados pelas almas do Purgatório”,
Associação Maria Porta do Céu, Edições Loyola.
Bolsonaro recebe visita de Ironi, Flavinho
e Eros.
O missionário Ironi Spuldaro, o deputado
Eros Biondini e o compositor Flavinho estiveram na casa de Jair em 19/10 e
oraram por ele.
Bancada católica reunida com Jair Bolsonaro.
Ironi abriu a bíblia dizendo:
Foi esta a Palavra que me fez vir aqui
hoje:
"5.Não vos lembrais
de que vos dizia estas coisas, quando estava ainda convosco? 6.Agora, sabeis
perfeitamente que algo o detém, de modo que ele só se manifestará a seu tempo.
7.Porque o mistério da iniqüidade já está em ação, apenas esperando o
desaparecimento daquele que o detém. 8.Então o tal ímpio se manifestará. Mas o
Senhor Jesus o destruirá com o sopro de sua boca e o aniquilará com o
resplendor da sua vinda. 9.A manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao
poder de Satanás, de toda a sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores.
10.Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem, por não
terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar. 11.Por isso, Deus
lhes enviará um poder que os enganará e os induzirá a acreditar no erro.
12.Desse modo, serão julgados e condenados todos os que não deram crédito à
verdade, mas consentiram no mal.”
(II
Tessalonicenses, 2,5-12)
E continuou: “conhecereis a verdade e
sereis verdadeiramente livres” é o slogan que o senhor usou em sua campanha.
É nessa Verdade que estamos aqui, não por
nós, mas por um povo.
E espontaneamente, inspirado pelo Espírito
Santo, orou:
Que o Bom Deus, amado Deus, derrame sobre
este lugar, sobre este homem e daqui se espalhe sobre toda a nação, uma unção
sobrenatural de levantamento.
Senhor, que pelo poder do Teu Nome Jesus,
pelo poder de cada uma de tuas santas chagas sofridas, dolorosas, pelo Teu caminho
Senhor, e o caminho doloroso que esta nação tem feito, Tu levantes Jesus, um
exército de homens e mulheres, uma milícia que venha “lutar”. E por isso nós
queremos pedir, abençoe este filho Senhor, que neste tempo Tu escolheu como
escolheu a Moisés, Tu o escolheu como escolheu a Davi, Tu o escolheu como
escolheu a José e tantos outros, para estar a frente do teu povo; então derrama
sobre ele uma unção de proteção, uma unção de autoridade, de conhecimento,
Senhor, e até de potência do Teu Espírito com carismas sobrenaturais. Que ele
muitas vezes fique sem entender o que está fazendo mas saiba que é um Deus que
está movendo a vida dele em prol de um povo, em prol de uma nação.
Senhor, nós levantamos o estandarte
sangrento do madeiro da cruz sobre a vida dele, e ao levantarmos sobre ele,
levantamos sobre a nação brasileira e declaramos que seja rompida toda a ação
do mal, todo o trabalho de bastidores que estão sendo feitos agora, Senhor,
tudo aquilo que as trevas prepararam para este tempo, que elas sejam
aniquiladas, mas a tua graça seja manifestada.
“Eis que estou à frente, eis que marcho
convosco. Não tema, não tema. Ficai alerta e vigiai porque a fúria do mal está
em ação, mas Eu, o Senhor, te darei a graça da minha vitória. A minha vitória
será a vossa, será a vitória de um povo que clama, não é mais por você, mas é
pelo povo que clama com você.”
Desfaz Jesus, tudo aquilo que já está
preparado, traz o livramento da morte Senhor, traz Senhor, o livramento das
guerrilhas nesta nação, Senhor, traz o livramento, Jesus, de tudo aquilo que já
foi projetado e programado, que caia por terra o mistério da iniqüidade e se
levante o mistério da graça. Usa de compaixão e Misericórdia para com esta
nação Senhor, e deste líder ressuscita a esperança no coração e na vida de todo
esse povo Senhor, Nós consagramos este dia da eleição, nós pedimos que os teus
anjos agora sejam a segurança de cada urna eletrônica, de cada voto nessa nação
porque sabemos que este é o grande instrumento de batalha pelo qual o mal será derrotado
Senhor, então zela Senhor, para que nenhum voto, para que nenhuma ação do bem
venha ser desviada, mas tudo canalize na tua graça e na tua vontade.
Com este óleo santo, Senhor, nós queremos
ungir e abençoar a vida deste teu filho Senhor, e que esta vida agora seja a
Tua graça, uma fonte de milagres para todos aqueles que estão sofrendo nas
ruas, sofrendo o desemprego, sofrendo pela ação de toda miséria e de todo mal.
Que tu possas Senhor, livrá-lo de toda
insídia de homens e de mulheres maus e de toda insídia de satanás. Que tu
possas dar a ele e à casa dele cem vezes mais em Bençãos, em graças, em
prodígios, em milagres nesta vida e o direito e a garantia da vida eterna por
terem se colocado à disposição do teu projeto e do teu plano. “conhecereis a
verdade e sereis verdadeiramente livres”. Senhor, nós juntamos esta frase à
frase que ele tem usado como verdade para vencer toda mentira que se levantou
Senhor, e caia por terra todo o império da iniqüidade e que por ele toda a
nação se levante Senhor. Muito obrigado Senhor.
Eros:
Vamos pedir a intercessão de Nossa
Senhora.
Pedimos à Maria, aquela que pisa a cabeça
da serpente, aquela mulher do apocalipse e do Gênesis, aquela que esteve aos
pés da cruz com toda a coragem, ela e o discípulo que Jesus amava, pedindo que
ela peça a Jesus por nossa nação para que o vinho da alegria volte.
E depois de rezarem uma Ave-Maria, o Flavinho
ligou o áudio de sua composição “nas asas do Senhor”.
Bolsonaro, visivelmente emocionado,
agradeceu e afirmou que acredita neles, que eles acreditam no Brasil, e que
acima de todos está o Todo-Poderoso, que não escolhe os capacitados mas
capacita os escolhidos. Disse que não governará sozinho, mas em união com a
bancada católica e para o bem do povo, o qual não merece todo este sofrimento
que está passando.
Veja o vídeo em www.youtube.com/watch?v=1s_wpaCB72o&t=184s
ACONTECEU
NA CHAMI
ANIVERSÁRIO DA AMI
No dia 20 de outubro comemoramos o aniversário da comunidade. A
missa foi celebrada por D. Peruzzo.
RETIRO DO PADRE MARKUS PRIM
QUER RECEBER NOSSO INFORMATIVO PELO CORREIO? Ligue : 41 3657-4285