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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

jornal ami janeiro 2015

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ACTO DE VENERAÇÃO À IMACULADA CONCEIÇÃO
ORAÇÃO DO PAPA FRANCISCO
 8 de Dezembro de 2014
Ó Maria, nossa Mãe,
hoje o povo de Deus em festa
venera-te Imaculada, desde sempre
preservada do contágio do pecado.
Acolhe a homenagem que te
oferecemos em nome da Igreja
que está em Roma e no mundo inteiro.
Saber que tu, que és nossa Mãe,
estás totalmente livre do pecado
dá-nos grande conforto.
Saber que sobre ti o mal não tem
poder, enche-nos de esperança
e de fortaleza na luta diária
que devemos fazer contra as ameaças
do maligno.
Mas nesta luta não estamos
sozinhos, não somos órfãos, porque
Jesus, antes de morrer na cruz, te deu a
nós como Mãe.
Portanto nós, apesar de sermos
pecadores, somos teus filhos,
filhos da Imaculada, chamados àquela
santidade que emti resplandece por
graça de Deus desde o início.
Animados por esta esperança, nós hoje
invocamos a tua materna
protecção para nós, para as nossas
famílias, para esta Cidade,
para o mundo inteiro.
O poder do amor de Deus, que te
preservou do pecado original, pela tua
intercessão liberte a humanidade
de qualquer escravidão espiritual
e material, e faça vencer nos corações
e nos acontecimentos, o desígnio
de salvação de Deus.
Faz com que também em nós, teus
filhos, a graça prevaleça sobre o
orgulho e possamos tornar-nos
misericordiosos como é misericordioso
o nosso Pai celeste.
Neste tempo que nos conduz à festa
do Natal de Jesus, ensina-nos a ir
contracorrente: a despojar-nos, a
abaixar-nos, a doarmo-nos, a ouvir,
a fazer silêncio, a descentralizar-nos de
nós mesmos, para dar espaço à beleza
de Deus, fonte da verdadeira alegria.
Ó Mãe nossa Imaculada, intercede por nós!
Fonte: http://vatican.va




TESTEMUNHO
"Se você quer nos matar por causa da nossa fé, então estamos preparados..."
 Victória
Quando os moradores cristãos da cidade iraquiana de Caramles fugiram do avanço das forças do Estado Islâmico (EI), Victória, de 80 anos de idade, estava entre uma dúzia dos que eram incapazes de fugir. A viúva, uma católica do rito caldeu, não sabia nada sobre a evacuação repentina que, de repente, esvaziou esta antiga vila que tinha conhecido há muito tempo.
Na manhã seguinte, ela foi à igreja – a de Santo Addai – como fazia todos os dias. Ela encontrou o lugar trancado; as ruas desertas. Ela soube então que o EI tinha chegado.
Nós conhecemos Victória na nossa primeira noite em Erbil, no início de uma viagem de averiguação e avaliação dos possíveis projetos que a AIS* poderia realizar naquele local. Ela queria nos contar a história de como ela e sua amiga e vizinha Gazella sobreviveram.
Durante quatro dias, eles se trancaram em suas casas, sem se atrever a se aventurar. "A oração nos sustenta", disse Victória. Mas além do alimento para a alma, eles precisavam de alimento para o corpo e, quando os suprimentos ficaram escassos, foram em busca de água e outras coisas básicas.
Inevitavelmente eles encontraram as forças do EI. Explicando a situação, pediram ajuda e, para sua surpresa eles lhe deram água, mesmo depois que se recusaram a um pedido para abandonar a fé cristã. Conseguiram um primeiro milagre. Passado alguns dias, o EI encontraram eles, e os cercaram no santuário de Santa Bárbara, nos arredores de Caramles. Lá estavam os últimos doze habitantes cristãos remanescentes da aldeia.
"Você deve se converter," disseram as forças do Estado Islâmico. "Nossa fé pode lhes garantir o paraíso", acrescentaram.
Victória e Gazella responderam: "Nós acreditamos que, se demonstrarmos amor e bondade, perdão e misericórdia, nós podemos trazer o reino de Deus à Terra assim como é no céu. O Paraíso tem a ver com o amor. Se você quer nos matar por causa da nossa fé, então estamos preparados para morrer aqui e agora."
As forças do EI não tinham resposta. Os doze cristãos, maioria idosos e doentes, foram soltos. Um deles tinha um carro batido. Conseguiram também outros meios de transporte e fizeram o percurso até Erbil com segurança.
Victória e Gazelle ainda são vizinhas, embora já não vivam em duas casas lado a lado, mas em dois colchões em um quarto que alugaram com a ajuda da Igreja de Ainkawa, perto de Erbil, capital da região curda do norte do Iraque.
Lá nos colchões elas contaram sua história. Completando a trama, Victória tinha lágrimas em seus olhos. "Ebony", disse ela, estendendo os braços para mim. Depois de um caloroso abraço, seu bispo, Amel Nona de Mossul - ele mesmo um refugiado também - me disse que "Ebony" é o árabe para "meu filho". Fui embora pensando que eu era realmente uma criança sentada aos pés de mulheres de grande coragem, fé e amizade.
John Pontifex, 08 Outubro 2014
*Ajuda à Igreja que Sofre
Fonte: http://ais.org.br/noticias/item/768

NOTICIAS RECENTES

24/10 - Um oficial da polícia apresentou-se à porta da família Martens em Eslohe, pequeno município da Renânia Setentrional, Vestfalia, na Alemanha. Enquanto abria a porta, Eugen já sabia a finalidade daquela visita: a prisão da esposa e mãe dos seus nove filhos, Luise. Sabia tudo de antemão porque pelo mesmo motivo ele próprio já tinha sido preso em 8 de agosto de 2013.
O que fizeram de tão grave os dois cônjuges de 37 anos de modo a merecerem a prisão? Não mataram, não roubaram nem causaram dano a ninguém. Sua única culpa é a de serem pai e mãe de uma menina que se recusou a participar duas vezes das aulas de educação sexual previstas pelas escolas primárias. No ano passado Luise não foi levada à prisão com o marido porque estava grávida. Neste ano, o oficial da polícia não a “levou à força como deveria” porque está ainda amamentando o último filho. “Infelizmente, porém, não termina aqui. A procuradoria fará aplicar a decisão do juiz”, afirma o policial...
“Muitíssimas famílias estão nessa mesma situação do casal Martens na Alemanha, declara Matias Ebert, casado, com quatro filhos, que depois de tomar conhecimento da história dos Martens, decidiu fundar em Colônia a associação “Besorgte Eltern” (“Pais preocupados”). O movimento já organizou diversas manifestações na Alemanha com milhares de participantes a fim de que “se discuta publicamente esse escândalo gigantesco e se impeça a corrupção de nossos filhos”, que a partir de seis anos devem participar de cursos de educação sexual onde se propugna a ideologia de gênero. www.providaanapolis.org

6/12 - Papa Francisco em mensagem de vídeo a refugiados cristãos: "Peço com força uma maior convergência internacional para resolver os conflitos que ensangüentam as suas terras de origem, para enfrentar as outras razões que fazem as pessoas a abandonarem suas pátrias e para promover as condições para que elas possam permanecer ou retornar. Desejo que vocês possam retornar", disse o Pontífice, dirigindo-se aos refugiados.

Francisco ainda afirmou que gostaria de estar ao lado dos cristãos em Irbil (Iraque) e lamentou o fato de não poder viajar à região para ficar mais próximo aos fiéis. "Parece que ali não querem que existam cristãos, mas vocês dão o testemunho de Cristo. Por causa de um grupo extremista e fundamentalista, comunidades inteiras, especialmente de cristãos e yazidis, partiram e até agora sofrem violências desumanas", acrescentou. www.catolicismoromano.com.br


23/12 - O sumo pontífice escreveu uma carta aos cristãos perseguidos do médio oriente em que exprime sua proximidade e os encoraja. Despede-se assim: “A Virgem Maria, a Toda Santa Mãe de Deus e nossa Mãe, vos acompanhe e proteja sempre com a sua ternura. A todos vós e às vossas famílias envio a Bênção Apostólica, com votos de que vivais o Santo Natal no amor e na paz de Cristo Salvador.” A carta pode ser lida na íntegra em:  http: //www.news.va/pt/news/sem-medo-e-vergonha-de-ser-cristao-afirma-o-papa-a


Sobre o Sínodo das Famílias:  
O papa Francisco garantiu que "Ninguém colocou em dúvida a doutrina da Igreja sobre os temas familiares, como a indissolubilidade, a fidelidade, a abertura à vida. Isso não foi tocado". Apesar de elogiar a quantidade de matérias sobre o Sínodo na imprensa, ele comentou que "frequentemente a mídia adota o estilo de crônica esportiva, como se fosse um confronto entre dois times, conservadores e progressistas". www.catolicismoromano.com.br
Aniversários:
Em dezembro o papa Francisco fez 3 aniversários: de ordenação sacerdotal no dia 13, de nascimento no dia 17 e de batismo no dia 25 (Natal).

 
13/12: "Hoje é o aniversário da minha ordenação sacerdotal. Peço para rezarem por mim e por todos os sacerdotes", escreveu o Pontífice, em sua conta oficial no Twitter, o @Pontifex.

​17/12: O Papa festejou o aniversário natalício na praça de São Pedro, com oito pobres de Roma que lhe ofereceram o presente mais apreciado: um ramo de gira-sóis que compraram porque «olham para o sol e assim nunca perdem a esperança». Quem entregou a homenagem floreal foi Ominiabons, um jovem nigeriano. Emocionado, o Papa por sua vez ofereceu uma prenda a cada um deles com um abraço especial a um jovem muçulmano que também festejava no mesmo dia seu aniversário.
Particularmente apreciado pelo Papa também o presente que veio da Coreia: um pacote de biscoitos, preparado e confeccionado por jovens deficientes da Aldeia das flores que Francisco teve ocasião de encontrar, em Agosto, na sua viagem à Ásia. Fez de intermediário para este significativo dom a jornalista Hwang Soo Kyung, da Korean broadcasting system, que trouxe um vídeo com muitas mensagens de agradecimento ao Pontífice pela sua visita.
Outros presentes apreciados foram o bolo com as cores da Argentina, com as velas, apresentado por um grupo de legionários de Cristo, durante o passeio de jipe. E também a presença festiva de três mil bailarinos de tango, que, precisamente em honra do Papa, no final da audiência dançaram na praça Pio XII. Recebeu também 800Kg de carne de frango para as refeições para os pobres, oferecidos pela cooperativa Coren. A idéia foi de uma criança, filho de um dos responsáveis. www.news.va
Certamente outro “presente” muito apreciado foi o reatamento de relações diplomáticas  entre Estados Unidos e Cuba, acontecimento este em que o papa  teve grande influencia.

18/12 Papa Francisco doou centenas de sacos de dormir para mendigos.
27/12 Na Catedral-Basílica Nossa Senhora da Luz dos Pinhais e na praça Tiradentes, celebrando a Sagrada Família e recordando os Santos Inocentes foi realizado com o apoio da casa pró-vida Mãe Imaculada e do movimento pró-vida Nossa Senhora Protetora dos Nascituros um manifesto em defesa da vida e da família.
O Pe. Sílvio MIC, alertou sobre várias ameaças contra a vida e a família, entre elas, projetos da ONU que defendem “direitos reprodutivos das crianças e adolescentes” que traduzindo em linguagem clara consiste em assegurar aos menores o “direito” à prostituição, à promiscuidade, conforme ideologia de “gênero” (optar se quer ser homem, mulher, travesti...) e conseqüente “direito ao aborto” sem que seus pais tenham o direito de impedi-los. Alertou também sobre a distribuição de cartilhas nessa linha de pensamento nas escolas além da presença de máquinas de “camisinhas”.
Advertiu para que os cristãos não tenham medo, mas “acordem”, rezem, defendam a vida e a família; assim ninguém conseguirá implantar a cultura da morte.
“SE ALGUÉM FIZER CAIR EM PECADO UM DESTES PEQUENOS QUE CRÊEM EM MIM, MELOR FORA QUE LHE ATASSEM AO PESCOÇO A MÓ DE UM MOINHO E O LANÇASSEM NO FUNDO DO MAR.” (Mt 18,6)



25-27/12 Ativista seminua do Femen que tentou atacar presépio no Vaticano após audiência geral do papa foi detida, presa e libertada, porém proibida de entrar mais no Vaticano e em terras extraterritoriais da Santa Sé. www.catollicismoromano.com.br
28/12  Francisco,  após ter recebido em audiência cerca de sete mil membros de famílias numerosas na Sala Paulo VI, do Vaticano, disse que “maternidade e paternidade são um dom de Deus” e que cada filho é uma “criatura única que nunca mais se vai repetir na história da humanidade”, elogiando o “milagre” de cada novo ser humano.
“Um filho é um milagre que muda a vida”, insistiu.
Dirigindo-se aos membros da Confederação Europeia das Famílias Numerosas, o Papa sublinhou que “os filhos e filhas de uma família numerosa são mais capazes de comunhão fraterna desde a primeira infância”.
“Num mundo marcado, muitas vezes, pelo egoísmo, a família numerosa é uma escola de solidariedade e de partilha e esta atitude vai depois beneficiar toda a sociedade”, precisou.
“A nossa solidariedade concreta não falte, especialmente, diante das famílias que estão a viver situações mais difíceis por causa das doenças, da falta de trabalho, das discriminações, da necessidade de emigrar”, declarou no mesmo dia, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus. www.agencia.ecclesia.pt


Aparições de Nossa Senhora em Banneux
As aparições e mensagens de Nossa Senhora em Banneux foram reconhecidas pela Igreja em 1949. Apenas 12 dias após o término das aparições em Beauraing, Nossa Senhora começou a aparecer em Banneux, outra pequena cidade da Bélgica. Banneux se pronuncia "banô". No fim de uma rua, vivia a família Beco, sendo casal Julian e Louise e mais os 7 filhos. Mariette Beco era a menina mais velha, tendo 11 anos na ocasião das aparições. Os pais não davam muita importância para a religião e não iam muito à Missa. Mariette faltava muito no Catecismo, mas rezava antes de dormir. Ela tinha uma imagem de Nossa Senhora no quarto e um Terço achado na estrada próxima de sua casa. As aparições aconteceram durante o inverno de 1933, com muita neve e frio, sempre pelas sete horas da noite.

Primeira aparição – 15 de janeiro de 1933: Nessa noite escura e fria, pelas sete horas da noite, Mariette estava sentada perto da janela da sala esperando seu irmão Julian voltar da casa de um amigo. De repente, Mariette vê uma bela moça no jardim de sua casa. Ela parecia ter uns 18 ou 19 anos. Ela tinha um vestido branco como a neve, que sobe até o pescoço. E pela cintura passa-lhe uma faixa azul, duas pontas caem pela frente do vestido. A cabeça está coberta pelo véu, que lhe cobre também os ombros e os braços. O pé direito está descoberto, onde repousa uma rosa de ouro. No braço direito está pendurado um Terço. A Virgem sorri para a menina. Mariette chama a mãe, que depois de muita insistência, vê uma silhueta luminosa de uma senhora envolta em um véu. A mãe pensa que é uma feiticeira. Mariette pensa que é Nossa Senhora, pois ela sorri amorosamente. Ela pegou seu Terço e rezou enquanto via a Senhora no jardim. Depois, a Senhora levantou sua mão direita e acenou para Mariette pedindo que saísse. A menina disse à mãe que a Senhora a chamava. Mas a mãe fecha a porta com a chave. Mariette olha novamente na janela, mas a Senhora já havia desaparecido. Logo em seguida o seu irmão Julien chegou em casa. Na manhã seguinte, Mariette contou o ocorrido ao seu pai, que não acreditou. Na segunda-feira, 16 de janeiro, Mariette foi à escola e contou para a sua melhor amiga Josefina Leonard. A amiga achou que o padre Jamin deveria saber e contou a ele. Ele não acreditou, mas viu que poderia ser verdade e informou ao bispo. Mariette voltou a freqüentar o Catecismo na quarta-feira, muito animada sendo que antes era a mais desinteressada da classe.

Segunda aparição – 18 de janeiro de 1933: Nessa noite, fazia muito frio. Pelas sete horas da noite, Mariette sai da casa e ajoelha-se no jardim. O pai a observa de dentro da casa. A menina rezava baixo e olhava para o lugar onde tinha visto a bela Senhora. De repente, Mariette estende os braços. Nossa Senhora vem do céu, passando entre os pinheiros do bosque cobertos de neve, em frente à sua casa. Mariette continua rezando o Terço e olhando a bela moça sorridente. Esta aparição em pleno inverno dura uns 20 minutos. O pai vê que algo realmente pode estar acontecendo. Ele sai de casa e fala com a filha, mas ela não responde e parece não sentir frio. Ele chama um vizinho para ajudá-lo, mas Mariette sai andando olhando para cima em direção à estrada. Ela pára e se ajoelha três vezes, rezando. Levanta-se e pára em frente uma fonte que havia na estrada. Nossa Senhora lhe diz: "Ponha suas mãos na água. Esta fonte está reservada para mim. Boa noite. Até logo.” Em seguida, Nossa Senhora sobe até o céu e desaparece. O pai, após testemunhar esta longa aparição, fala com o padre Jamin e pede para se confessar e comungar, coisas que não fazia desde menino.

Terceira aparição – 19 de janeiro de 1933: Nessa noite, Mariette sai de casa acompanhada por seu pai. Ela se ajoelha na neve e começa o Terço. De repente, estende os braços e pergunta: “Quem sois, bela Senhora?”A Senhora sorridente responde: “Eu sou a Virgem dos Pobres.” A menina volta a sair andando durante a aparição até a fonte, onde se ajoelha e pergunta: “A Senhora disse ontem: Esta Fonte está reservada para mim.’ Por que para mim?” A Virgem responde: “Esta fonte é reservada para todas as nações, para aliviar os doentes.” A menina diz humildemente: “Obrigada, obrigada!” Nossa Senhora disse:“Eu rezarei por você. Até breve.” E subiu ao céu como no dia anterior.

Quarta aparição – 20 de janeiro de 1933: Mariette se ajoelha no jardim. Minutos depois, pergunta: “O que deseja, bela Senhora?” Ela responde: “Eu desejo uma pequena capela.” Nossa Senhora abre as mãos e as estende. Com a mão direita, faz o Sinal da Cruz para abençoar a menina e desaparece.

Quinta aparição – 11 de fevereiro de 1933: Mariette rezou todas as noites no jardim, apesar do frio intenso, mas Nossa Senhora só voltou em 11 de fevereiro, dia da aparição de Lourdes. Durante a aparição, ela vai novamente andando até a fonte. Lá se ajoelha, põe a mão na água e se benze com o Terço. Nossa Senhora diz: “Vim aliviar o sofrimento.” Mariette avisa aos presentes que não sabia o que significa aliviar, mas acha que é algo bom, pois Nossa Senhora sorriu enquanto dizia isso.

Sexta aparição – 15 de fevereiro de 1933: Mariette diz: “Santa Virgem, o vigário lhe pediu para nos dar um sinal.” Nossa Senhora respondeu: “Acreditem em mim. Eu acreditarei em vocês.” Nossa Senhora confiou um segredo à menina e disse: “Rezem muito. Até breve.”

Sétima aparição – 20 de fevereiro de 1933: Ajoelhada na neve e enfrentando o forte frio, Mariette reza com mais fervor. A Bela Senhora conduziu a menina até a fonte. Ela se ajoelhou nos mesmos lugares das noites anteriores e chorou porque Nossa Senhora ia rápido demais. Ela disse sorridente na fonte: “Querida menina, reza muito.” Ficando mais séria, despediu-se: “Até breve!”

Oitava e última aparição – 2 de março de 1933: Caía uma chuva muito forte nesse dia. No terceiro Terço, a chuva pára. De repente, Mariette se cala e estende os braços olhando para cima. Nossa Senhora, que sempre veio sorridente, estava séria nesta noite e disse: “Eu sou a Mãe do Salvador, a Mãe de Deus. Rezem muito.” Antes de partir, Nossa Senhora pôs as Mãos na menina e se despediu dizendo: “Adeus.”Mariette chorou muito, pois entendeu que esta era a última vinda da Senhora.

Muitas pessoas começaram a ir a Banneux e beber a água da fonte. Muitas curas milagrosas aconteceram e as aparições foram reconhecidas pelo bispo diocesano em 1949. Mariette Beco casou-se e teve filhos. Sempre atendeu os peregrinos com boa vontade, mas era discreta e humilde. Ela ia ao local das aparições rezar, mas sem dizer ao povo que ela era a vidente. Ela morreu em 2 de dezembro de 2011, aos 90 anos. Em 2008, Mariette disse: "Eu não era mais que um carteiro que entrega a carta. Uma vez que isso foi feito, o carteiro não tem mais nenhuma importância." Ela faleceu sem nunca revelar o segredo que Nossa Senhora lhe contou.
Patricia Silva      http://sagradafacejesus.blogspot.com.br/

Papa João Paulo II em visita ao santuário em Banneux.



Marietta Beco




capela das aparições










DA PRUDÊNCIA NAS AÇÕES
1. Não se há de dar crédito a toda palavra nem a qualquer impressão, mas cautelosa e naturalmente se deve, diante de Deus, ponderar as coisas. Mas, ai! Que mais facilmente acreditamos e dizemos dos outros o mal que o bem, tal é a nossa fraqueza. As almas perfeitas, porém, não crêem levianamente em qualquer coisa que se lhes conta, pois conhecem a fraqueza humana inclinada ao mal e fácil de pecar por palavras.
2. Grande sabedoria é não ser precipitado nas ações, nem aferrado obstinadamente à sua própria opinião; sabedoria é
também não acreditar em tudo que nos dizem, nem comunicar logo a outros o que ouvimos ou suspeitamos. Toma conselho com um varão sábio e consciencioso, e procura antes ser instruído por outrem, melhor que tu, que seguir teu próprio parecer. A vida virtuosa faz o homem sábio diante de Deus e entendido em muitas coisas. Quanto mais humilde for cada um em si e mais sujeito a Deus, tanto mais prudente será e calmo em tudo. Fonte: Imitação de Cristo.


MENSAGENS DE MEDJUGORJE
25 de dezembro de 2014
Queridos filhos!
Hoje, neste dia de graça, eu desejo que cada um de seus corações se torne um pequeno estábulo de Belém, no qual o Salvador do mundo nasceu. Eu sou a sua mãe que os ama infinitamente e que se preocupa com cada um de vocês. Portanto, meus filhos, abandonem-se à mãe, para que ela possa colocar cada um de seus corações e vidas diante de Jesus; porque somente desta maneira, meus filhos, seus corações serão testemunhas do nascimento diário de Deus em vocês. Permitam que Deus ilumine suas vidas com a luz e os seus corações com alegria, de modo que vocês possam, diariamente, iluminar o caminho e ser um exemplo de verdadeira alegria para os outros que vivem na escuridão e não estão abertos a Deus e Suas graças.
Obrigada por terem respondido ao meu chamado."

25 de dezembro de 2014
"Queridos filhos!
Também hoje, em meus braços Eu estou levando o meu Filho Jesus a vocês e eu estou pedindo Dele, paz para vocês e paz entre vocês. Rezem ao meu Filho e O adorem, para que a Sua paz e alegria entrem em seus corações. Eu estou rezando para que vocês sejam ainda mais abertos à oração.
Obrigada por terem respondido ao meu chamado."

2 de dezembro de 2014
" Queridos filhos!
Lembrem-se - que eu estou dizendo a vocês que o amor vencerá. Eu sei que muitos de vocês estão perdendo a esperança, porque ao seu redor, vocês veem o sofrimento, a dor, o ciúme, a inveja... Mas, eu sou sua mãe. Eu estou no Reino, mas também estou aqui com vocês. Meu filho está me enviando novamente para ajudá-los. Portanto, não percam a esperança, em vez disso, sigam-me - porque a vitória do meu coração é em nome de Deus. Meu Filho amado está pensando em vocês como Ele sempre pensou. Creiam nEle e vivam-nO. Ele é a Vida do mundo. Meus filhos, viver o meu Filho significa viver o Evangelho. Isto não é fácil. Isso significa amor, perdão e sacrifício. Isso purifica e abre o Reino. A oração sincera, que não é apenas palavras, mas é uma oração na qual o coração fala, irá ajudá-los. Da mesma forma, o jejum (irá ajudá-los), porque ele é ainda mais amor, perdão e sacrifício. Portanto, não percam a esperança, mas, sigam-me. Eu estou suplicando-lhes de novo a rezarem pelos seus pastores para que eles possam sempre olhar para o meu Filho que foi o primeiro pastor do mundo e cuja família era o mundo inteiro. Obrigada."
www.queridosfilhos.com.br

São Gregório de Nanzianzo Por Papa Bento XVI (AGOSTO, 2007)
Fonte: Vaticano/Zenit
Queridos irmãos e irmãs!
Na passada quarta-feira falei de um grande mestre da fé, o Padre da Igreja São Basílio. Hoje gostaria de falar do seu amigo Gregório de Nazianzo, também ele, como Basílio, originário da Capadócia. Teólogo ilustre, orador e defensor da fé cristã no século IV, foi célebre pela sua eloquência, e teve também, como poeta, uma alma requintada e sensível.
Gregório nasceu de uma família nobre. A mãe consagrou-o a Deus desde o nascimento, que aconteceu por volta de 330. Depois da primeira educação familiar, frequentou as mais célebres escolas da sua época: primeiro foi a Cesareia da Capadócia, onde estreitou amizade com Basílio, futuro Bispo daquela cidade, e deteve-se em seguida noutras metrópoles do mundo antigo, como Alexandria do Egipto e sobretudo Atenas, onde encontrou de novo Basílio (cf. Oratio 14-24: SC 384, 146-180). Reevocando a sua amizade, Gregório escreverá mais tarde: “Então não só eu me sentia cheio de veneração pelo meu grande Basílio devido à seriedade dos seus costumes e à maturidade e sabedoria dos seus discursos, mas induzia a fazer o mesmo também a outros, que ainda não o conheciam… Guiava-nos a mesma ansiedade de saber… Esta era a nossa competição: não quem era o primeiro, mas quem permitisse ao outro de o ser. Parecia que tínhamos uma só alma em dois corpos” (Oratio 43, 16.20: SC 384, 154-156.164). São palavras que representam um pouco o auto-retrato desta alma nobre. Mas também se pode imaginar que este homem, que estava fortemente projectado para além dos valores terrenos, tenha sofrido muito pelas coisas deste mundo.
Tendo regressado a casa, Gregório recebeu o Baptismo e orientou-se para uma vida monástica: a solidão, a meditação filosófica e espiritual fascinavam-no. Ele mesmo escreverá: “Nada me parece maior do que isto: fazer calar os próprios sentidos, sair da carne do mundo, recolher-se em si mesmo, não se ocupar mais das coisas humanas, a não ser das que são estritamente necessárias; falar consigo mesmo e com Deus, levar uma vida que transcende as coisas visíveis; levar na alma imagens divinas sempre puras, sem misturar formas terrenas e erróneas; ser verdadeiramente um espelho imaculado de Deus e das coisas divinas, e tornar-se tal cada vez mais, tirando luz da luz…; gozar, na esperança presente, o bem futuro, e conversar com os anjos; ter já deixado a terra, mesmo estando na terra, transportado para o alto com o espírito” (Oratio 2, 7: SC 247, 96).
Como escreve na sua autobiografia (cf. Carmina [historica] 2, 1, 11 De vita sua 340-349: PG 37, 1053), recebeu a ordenação presbiteral com uma certa resistência, porque sabia que depois teria que ser Pastor, ocupar-se dos outros, das suas coisas, e portanto já não podia recolher-se só na meditação. Contudo aceitou depois esta vocação e assumiu o ministério pastoral em total obediência, aceitando, como com frequência lhe aconteceu na sua vida, ser guiado pela Providência aonde não queria ir (cf. Jo 21, 18). Em 371 o seu amigo Basílio, Bispo de Cesareia, contra o desejo do próprio Gregório, quis consagrá-lo Bispo de Sasima, uma Cidade extremamente importante da Capadócia. Mas ele, devido a várias dificuldades, nunca tomou posse dela e permaneceu na cidade de Nazianzo.
Por volta de 379, Gregório foi chamado a Constantinopla, a capital, para guiar a pequena comunidade católica fiel ao Concílio de Niceia e à fé trinitária. A maioria aderia ao contrário ao arianismo, que era “politicamente correcto” e considerado pelos imperadores útil sob o ponto de vista político. Deste modo ele encontrou-se em condições de minoria, circundado por hostilidades.
Na pequena igreja de Anastasis pronunciou cinco Discursos teológicos (Orationes 27-31: SC 250, 70-343) precisamente para defender e tornar também inteligível a fé trinitária, a habilidade do raciocínio, que faz compreender realmente que esta é a lógica divina. E também o esplendor da forma os torna hoje fascinantes. Gregório recebeu, devido a estes discursos, o apelativo de “teólogo”. Assim é chamado na Igreja ortodoxa: o “teólogo”. E isto porque para ele a teologia não é uma reflexão meramente humana, ou muito menos apenas o fruto de especulações complicadas, mas deriva de uma vida de oração e de santidade, de um diálogo assíduo com Deus. E precisamente assim mostra à nossa razão a realidade de Deus, o mistério trinitário. No silêncio contemplativo, imbuído de admiração diante das maravilhas do mistério revelado, a alma acolhe a beleza e a glória divina.
Enquanto participava no segundo Concílio Ecuménico de 381, Gregório foi eleito Bispo de Constantinopla, e assumiu a presidência do Concílio. Mas desencadeou-se imediatamente contra ele uma grande oposição, e a situação tornou-se insustentável. Para uma alma tão sensível estas inimizades eram insuportáveis. Repetia-se o que Gregório já tinha lamentado anteriormente com palavras ardentes: “Dividimos Cristo, nós que tanto amávamos Deus e Cristo! Mentimos uns aos outros devido à Verdade, alimentámos sentimentos de ódio devido ao Amor, dividimo-nos uns dos outros!” (Oratio 6, 3: SC 405, 128). Chega-se assim, num clima de tensão, à sua demissão. Na catedral apinhada Gregório pronunciou um discurso de despedida com grande afecto e dignidade (cf Oratio 42: SC 384, 48-114). Concluía a sua fervorosa intervenção com estas palavras: “Adeus, grande cidade, amada por Cristo… Meus filhos, suplico-vos, guardai o depósito [da fé] que vos foi confiado (cf. 1 Tm 6, 20), recordai-vos dos meus sofrimentos (cf. Cl 4, 18). Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vós” (cf. Oratio 42, 27: SC 384, 112-114).
Regressou a Nazianzo, e por cerca de dois anos dedicou-se ao cuidado pastoral daquela comunidade cristã. Depois retirou-se definitivamente em solidão na vizinha Arianzo, a sua terra natal, dedicando-se ao estudo e à vida ascética. Nesse período compôs a maior parte da sua obra poética, sobretudo autobiográfica: o De vita sua, uma releitura em versos do próprio caminho humano e espiritual, um caminho exemplar de um cristão sofredor, de um homem de grande interioridade num mundo cheio de conflitos. É um homem que nos faz sentir a primazia de Deus e por isso fala também a nós, a este nosso mundo: sem Deus o homem perde a sua grandeza, sem Deus não há verdadeiro humanismo. Por isso, ouçamos esta voz e procuremos conhecer também nós o rosto de Deus. Numa das suas poesias escrevera, dirigindo-se a Deus: “Sê benigno, Tu, o Além de tudo” (Carmina [dogmatica] 1, 1, 29: PG 37, 508). E em 390 Deus acolheu nos seus braços este servo fiel, que com inteligência perspicaz tinha defendido nos escritos, e com tanto amor o tinha cantado nas suas poesias.
Alguns de seus ensinamentos.
Refletindo sobre a missão que Deus lhe havia confiado, São Gregório Nazianzeno concluía: «Fui criado para ascender até Deus com minhas ações» («Oratio 14, 6 de pauperum amore»: PG 35, 865). De fato, pôs ao serviço de Deus e da Igreja seu talento de escritor e orador. Escreveu numerosos discursos, homilias e panegíricos, muitas cartas e obras poéticas (quase 18.000 versos): uma atividade verdadeiramente prodigiosa. Havia compreendido qual era a missão que Deus lhe havia confiado: «Servo da Palavra, oferece minha adesão ao ministério da Palavra, que nunca me permita descuidar desse bem. Eu aprecio e me alegro com esta vocação; ela me dá mais alegria que todo o resto» («Oratio 6,5»: SC 405, 134; cf. também «Oratio 4, 10»).
O nazianzeno era um homem manso, e em sua vida sempre procurou promover a paz na Igreja de seu tempo, dilacerada por discórdias e heresias. Com audácia evangélica, ele se esforçou por superar sua própria timidez para proclamar a verdade da fé. Sentia profundamente o anseio de aproximar-se de Deus, de unir-se a Ele. Ele mesmo o expressa em uma poesia, na qual escreve: «grandes correntes do mar da vida, agitado daqui para lá por impetuosos ventos… Havia só uma coisa que queria, minha única riqueza, consolo e esquecimento dos cansaços, a luz da santa Trindade» («Carmina [histórica]» 2,1,15: PG 37, 1250ss.).
Gregório fez resplandecer a luz da Trindade, defendendo a fé proclamada no Concílio de Nicéia: um só Deus em três Pessoas iguais e distintas – Pai, Filho e Espírito Santo –, «tripla luz que se une em um único esplendor» («Hino vespertino: Carmina [histórica]» 2, 1, 32:PG 37, 512). Deste modo, Gregório, seguindo São Paulo (1 Coríntios 8, 6), afirma: «para nós há um Deus, o Pai, do qual procedem todas as coisas; um Senhor, Jesus Cristo, por quem são todas as coisas, e um Espírito Santo, no qual estão todas as coisas» («Oratio 39», 12: SC 358, 172).
Gregório destacou muito a plena humanidade de Cristo: para redimir o homem em sua totalidade de corpo, alma e espírito, Cristo assumiu todos os componentes da natureza humana, do contrário o homem não teria sido salvo. Contra a heresia de Apolinário, que assegurava que Jesus Cristo não havia assumido uma alma racional, Gregório enfrenta o problema à luz do mistério da salvação: «O que não foi assumido não foi curado» (Epístola 101», 32: SC 208, 50), e se Cristo não tivesse tido «intelecto racional, como teria podido ser homem?» («Epístola 101», 34: SC 208, 50). Precisamente nosso intelecto, nossa razão, tinha necessidade da relação, do encontro com Deus em Cristo. Ao fazer-se homem, Cristo nos deu a possibilidade de chegar a ser como Ele. O nazianzeno exorta: «Procuremos ser como Cristo, pois também Cristo se fez como nós: ser como deuses por meio d’Ele, pois Ele mesmo se fez homem por nós. Carregou o pior para dar-nos o melhor» («Oratio 1,5»: SC 247, 78).
Maria, que deu a natureza humana a Cristo, é verdadeira Mãe de Deus («Theotókos»: cf. «Epístola 101», 16: SC 208, 42), e de cara a sua elevadíssima missão foi «pré-purificada» («Oratio 38», 13: SC 358, 132, apresentando uma espécie de distante prelúdio do dogma da Imaculada Conceição). Propõe Maria como modelo dos cristãos, sobretudo às virgens, e como auxílio que é preciso invocar nas necessidades (cf. «Oratio 24», 11: SC 282, 60-64).
Gregório nos recorda que, como pessoas humanas, temos de ser solidários uns com os outros. Escreve: «‘Nós, sendo muitos, não formulamos mais que um só corpo em Cristo’ (cf. Romanos 12, 5), ricos e pobres, escravos e livres, sadios e enfermos: e única é a cabeça da qual tudo deriva: Jesus Cristo. E como acontece com os membros de um só corpo, cada um se ocupa de cada um, e todos de todos».
Depois, referindo-se aos enfermos e às pessoas que atravessam dificuldades, conclui: «Esta é a única salvação para nossa carne e nossa alma: a caridade para com eles» («Oratio 14, 8 de pauperum amore»: PG 35, 868ab).
Gregório sublinha que o homem tem de imitar a bondade e o amor de Deus e, portanto, recomenda: «Se estás sadio e és rico, alivia a necessidade de quem está enfermo e é pobre; se não caíste, ajuda quem caiu e vive no sofrimento; se estás contente, consola quem está triste; se és afortunado, ajuda quem foi mordido pela desventura. Dá a Deus uma prova de reconhecimento para que sejas um dos que podem fazer o bem, e não dos que têm de ser ajudados… Não sejas rico de bens, mas de piedade; não só de ouro, mas de virtudes, ou melhor, só desta. Supera a fama de teu próximo sendo melhor bom que todos; converte-se em Deus para o desventurado, imitando a misericórdia de Deus» («Oratio 14, 26 de pauperum amore»: PG 35, 892bc).
Gregório nos ensina, antes de tudo, a importância da necessidade da oração. Afirma que «é necessário se lembrar de Deus com mais freqüência do que respiramos» («Oratio 27», 4: PG 250, 78), pois a oração é o encontro da sede de Deus com nossa sede. Deus tem sede de que tenhamos sede d’Ele (cf. «Oratio 40», 27: SC 358, 260). Na oração, temos que dirigir nosso coração a Deus para entregar-nos a Ele como oferenda que deve ser purificada e transformada. Na oração, vemos tudo à luz de Cristo, deixamos cair nossas máscaras e nos submergimos na verdade e na escuta de Deus, alimentando o fogo do amor.
Em uma poesia, que ao mesmo tempo é meditação sobre o sentido da vida e invocação implícita de Deus, Gregório escreve: «Alma minha, tens uma tarefa, se queres, uma grande tarefa. Escruta seriamente em teu interior, teu ser, teu destino; de onde vens e para onde irás, procura saber se é vida a que vives ou se há algo mais. Alma minha, tens uma tarefa, purifica, portanto, tua vida: considera, por favor, Deus e seus mistérios, indaga no que havia antes deste universo, e o que é para ti, de onde procede e qual será seu destino. Esta é tua tarefa, alma minha, portanto, purifica tua vida» («Carmina [histórica] 2», 1,78: PG 37, 1425-1426).
O santo bispo pede continuamente ajuda a Cristo para elevar-se e reiniciar o caminho: «Decepcionou-me, Cristo meu, minha exagerada presunção: das alturas caí muito baixo. Mas, volta a levantar-me novamente agora, pois vejo que enganei a mim mesmo; se volto a confiar demais em mim mesmo, voltarei a cair imediatamente, e a queda será fatal» («Carmina [histórica] 2», 1, 67: PG 37, 1408).
Gregório, portanto, sentiu necessidade de aproximar-se de Deus para superar o cansaço de seu próprio eu. Experimentou o impulso da alma, a vivacidade de um espírito sensível e a instabilidade da felicidade efêmera. Para ele, no drama de uma vida sobre a qual pesava a consciência de sua própria fraqueza e de sua própria miséria, sempre foi mais forte a experiência do amor de Deus.
Tens uma tarefa – diz São Gregório também a nós –, a tarefa de encontrar a verdadeira luz, de encontrar a verdadeira altura de tua vida. E tua vida consiste em encontrar-te com Deus, de quem temos sede.


HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana
24 de Dezembro de 2014
«O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles» (Is 9, 1). «Um anjo do Senhor apareceu [aos pastores], e a glória do Senhor refulgiu em volta deles» (Lc 2, 9). É assim que a Liturgia desta santa noite de Natal nos apresenta o nascimento do Salvador: como luz que penetra e dissolve a mais densa escuridão. A presença do Senhor no meio do seu povo cancela o peso da derrota e a tristeza da escravidão e restabelece o júbilo e a alegria.
Também nós, nesta noite abençoada, viemos à casa de Deus atravessando as trevas que envolvem a terra, mas guiados pela chama da fé que ilumina os nossos passos e animados pela esperança de encontrar a «grande luz». Abrindo o nosso coração, temos, também nós, a possibilidade de contemplar o milagre daquele menino-sol que, surgindo do alto, ilumina o horizonte.
A origem das trevas que envolvem o mundo perde-se na noite dos tempos. Pensemos no obscuro momento em que foi cometido o primeiro crime da humanidade, quando a mão de Caim, cego pela inveja, feriu de morte o irmão Abel (cf. Gn 4, 8). Assim, o curso dos séculos tem sido marcado por violências, guerras, ódio, prepotência. Mas Deus, que havia posto suas expectativas no homem feito à sua imagem e semelhança, esperava. Deus esperava. O tempo de espera fez-se tão longo que a certo momento, quiçá, deveria renunciar; mas Ele não podia renunciar, não podia negar-Se a Si mesmo (cf. 2 Tm 2, 13). Por isso, continuou a esperar pacientemente face à corrupção de homens e povos. A paciência de Deus... Como é difícil compreender isto: a paciência de Deus para connosco!
Ao longo do caminho da história, a luz que rasga a escuridão revela-nos que Deus é Pai e que a sua paciente fidelidade é mais forte do que as trevas e do que a corrupção. Nisto consiste o anúncio da noite de Natal. Deus não conhece a explosão de ira nem a impaciência; permanece lá, como o pai da parábola do filho pródigo, à espera de vislumbrar ao longe o regresso do filho perdido; e todos os dias, com paciência. A paciência de Deus!
A profecia de Isaías anuncia a aurora duma luz imensa que rasga a escuridão. Ela nasce em Belém e é acolhida pelas mãos amorosas de Maria, pelo afecto de José, pela maravilha dos pastores. Quando os anjos anunciaram aos pastores o nascimento do Redentor, fizeram-no com estas palavras: «Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura» (Lc 2, 12). O «sinal» é precisamente a humildade de Deus, a humildade de Deus levada ao extremo; é o amor com que Ele, naquela noite, assumiu a nossa fragilidade, o nosso sofrimento, as nossas angústias, os nossos desejos e as nossas limitações. A mensagem que todos esperavam, que todos procuravam nas profundezas da própria alma, mais não era que a ternura de Deus: Deus que nos fixa com olhos cheios de afecto, que aceita a nossa miséria, Deus enamorado da nossa pequenez.
Nesta noite santa, ao mesmo tempo que contemplamos o Menino Jesus recém-nascido e reclinado numa manjedoura, somos convidados a reflectir. Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me alcançar por Ele, deixo-me abraçar, ou impeço-Lhe de aproximar-Se? «Oh não, eu procuro o Senhor!» – poderíamos replicar. Porém a coisa mais importante não é procurá-Lo, mas deixar que seja Ele a procurar-me, a encontrar-me e a cobrir-me amorosamente das suas carícias. Esta é a pergunta que o Menino nos coloca com a sua mera presença: permito a Deus que me queira bem?
E ainda: temos a coragem de acolher, com ternura, as situações difíceis e os problemas de quem vive ao nosso lado, ou preferimos as soluções impessoais, talvez eficientes mas desprovidas do calor do Evangelho? Quão grande é a necessidade que o mundo tem hoje de ternura! Paciência de Deus, proximidade de Deus, ternura de Deus.
A resposta do cristão não pode ser diferente da que Deus dá à nossa pequenez. A vida deve ser enfrentada com bondade, com mansidão. Quando nos damos conta de que Deus Se enamorou da nossa pequenez, de que Ele mesmo Se faz pequeno para melhor nos encontrar, não podemos deixar de Lhe abrir o nosso coração pedindo-Lhe: «Senhor, ajudai-me a ser como Vós, concedei-me a graça da ternura nas circunstâncias mais duras da vida, dai-me a graça de me aproximar ao ver qualquer necessidade, a graça da mansidão em qualquer conflito».
Queridos irmãos e irmãs, nesta noite santa, contemplamos o presépio: nele, «o povo que andava nas trevas viu uma grande luz» ( Is 9, 1). Viram-na as pessoas simples, as pessoas dispostas a acolher o dom de Deus. Pelo contrário, não a viram os arrogantes, os soberbos, aqueles que estabelecem as leis segundo os próprios critérios pessoais, aqueles que assumem atitudes de fechamento. Contemplemos o presépio e façamos este pedido à Virgem Mãe: «Ó Maria, mostrai-nos Jesus!»
Fonte:www.vatican.va



Natal: a salvação vem de uma gravidez "não planejada"
"Maria, porém, disse ao Anjo: ‘Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?’" (Lc 1,34)
Deus nos escolheu antes da criação do mundo (cf. Ef 1,4). Portanto, para ele, não há vida humana que não esteja no seu plano. Também a vinda de seu Filho ao mundo estava obviamente no seu plano.
E Maria, como todos os israelitas, ansiava pela vinda do Messias. Mas não estava absolutamente no plano da Virgem de Nazaré que fosse ela a mãe do Messias. Sua gravidez, planejada por Deus desde toda a eternidade, não havia sido "planejada" por ela. Surpreendida pelo anúncio do anjo, ela pergunta: "Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?" (Lc 1,34). Aliviada com a resposta do anjo de que ela conceberia por obra do Espírito Santo, sem perder a virgindade, responde: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" (Lc 1,38).
Assim, graças a uma gravidez "não planejada", mas aceita com amor, é que a salvação chegou ao mundo.
* * *
A expressão "planejamento familiar" — que a Igreja sempre tem evitado usar — dá a entender que o casal tem autonomia absoluta para escolher o número de seus filhos e o espaçamento entre eles. Essa idéia é falsa.
Na verdade, quem escolhe é Deus. Só ele é o Senhor da Vida. O que o casal pode e deve fazer é ficar atento aos sinais de Deus para descobrir qual é sua vontade, e pô-la em prática.
Dentro do matrimônio, a regra é gerar filhos. Não gerá-los é a exceção. É o que se conclui da seguinte passagem da histórica encíclica Humanae Vitae (1968), do Papa Paulo VI, falando sobre a paternidade responsável:
Em relação às condições físicas, econômicas, psicológicas e sociais, a paternidade responsável exerce-se tanto com a deliberação ponderada e generosa de fazer crescer uma família numerosa, como com a decisão, tomada por motivos graves e com respeito pela lei moral, de evitar temporariamente, ou mesmo por tempo indeterminado, um novo nascimento.(Humanae Vitae, n. 10)
Note-se como a Igreja elogia a família numerosa e como, ao mesmo tempo, só admite evitar um novo nascimento "por motivos graves" e com respeito pela lei moral. Jorge Scala, em seu livro "IPPF: a multinacional da morte", adverte para a mudança de mentalidade que veio com a pílula anticoncepcional:
A partir de 1965, e como conseqüência da entrada no mercado das pílulas anticoncepcionais, a fecundidade humana modifica-se radicalmente: antes da pílula existiam alguns métodos de regular eficácia para limitar os nascimentos; depois da pílula, requer-se uma decisão positiva para ter filhos... (1)
Nos dias de hoje, até entre os cristãos, gerar filhos tornou-se algo de excepcional na vida conjugal. Gerá-los, só depois de um cuidadoso "planejamento".
Jorge Scala, em seu mesmo livro, cita Pierre Chaunu, que fala, em tom de poesia, sobre o valor da surpresa e do imprevisto na vida conjugal:
"Nenhuma sociedade pode contentar-se com os filhos desejados; necessita primeiro e sobretudo dos filhos aceitados. O filho desejado não é o filho mais amado. Não se deseja um filho como se deseja um automóvel, uma roupa, um artefato; por uma razão muito simples: ninguém se separa de um filho como de um objeto. A relação que nos liga a ele durará por toda a vida. Sabe-se que a vida consta de muitos riscos. Isso é o que lhe dá seu sabor. Uma vida em que cada instante se desenvolve segundo o projeto do começo, seria mais triste que a morte. Na realidade, seria uma morte eterna. O risco de viver inclui o risco de transmitir a vida e isso requer a aceitação do risco... Ora, no filho que vai nascer, tudo é novo; é um pouco de si mesmo, um pouco da pessoa que se ama e um ser totalmente diferente [...], como ele mesmo, uma centelha de eternidade" (2)
* * *
Continência periódica é a abstenção do ato conjugal durante os períodos férteis com o fim de evitar, por razões graves, uma nova gravidez. É vulgarmente conhecida como "método natural" de regulação da procriação. No entanto, ela não é só um "método", mas sobretudo uma virtude. Significa autodomínio e renúncia. Não pode ser vista como um meio eficiente de se evitar uma coisa indesejável chamada "filho". Não pode ser empregada com o mesmo espírito com que se usa um método anticoncepcional. Sobre isso, assim se exprimia o então Cardeal Karol Wojtyla, futuro Papa João Paulo II, em sua obra Amor e Responsabilidade:
"A continência interesseira, ‘calculada’ desperta dúvidas. Ela, como qualquer outra virtude, deve ser desinteressada, concentrada na ‘retidão’ em si, não só na ‘utilidade’. [...] Se a continência deve ser virtude e não só ‘método’, no sentido utilitarista, não pode contribuir para a destruição da disponibilidade procriativa daqueles que convivem ‘maritalmente’ como esposos. [...] E por isso não se pode falar da continência como virtude quando os esposos aproveitam os períodos de infertilidade biológica unicamente para não ter filhos, e convivem só e exclusivamente nestes períodos para o próprio conforto. Proceder assim equivale a aplicar o ‘método natural’ em contradição com a sua natureza. Opõem-se tanto à ordem objetiva da natureza, como à essência do amor".(3)
Nas palavras de Dom Rafael Llano Cifuentes, (4) "já que o matrimônio se ordena, por sua própria natureza, aos filhos, esta decisão [de praticar a continência periódica] só se justifica em circunstâncias graves, de ordem médica, psicológica, econômica ou social".(5)
Segundo ele, as razões médicas "poderiam reduzir-se a duas:
1º) perigo real e certo de que uma nova gravidez poria em risco a saúde da mãe;
2º) perigo real e certo de transmitir aos filhos doenças hereditárias".(6)
"As razões psicológicas estão constituídas por determinados estados de angústia ou ansiedade anômalas ou patológicas da mãe diante da possibilidade de uma nova gravidez".(7)
"As razões econômicas e sociais são aquelas situações problemáticas nas quais os cônjuges não podem suportar a carga econômica de um novo filho; a falta de moradia adequada ou a sua reduzida dimensão, etc.
Estas razões são difíceis de avaliar, porque o padrão mental é muito variado e porque se introduzem também no julgamento outros motivos como o comodismo, a mentalidade consumista, a visão hipertrofiada dos próprios problemas, o egoísmo, etc."(8)
Para evitar que o casal decida valer-se da continência periódica por motivos egoísticos, a Igreja dá aos confessores a seguinte orientação: "... será conveniente [para o confessor] averiguar a solidez dos motivos que se têm para a limitação da paternidade ou maternidade e a liceidade dos métodos escolhidos para distanciar e evitar uma nova concepção".(9)
Quem se casa, casa-se não apenas para ter filho, mas para ter filhos. O casal não pode ser mesquinho ao continuar a obra da Criação através da procriação. Sobre isso, assim se exprimiu Karol Wojtyla, na mesma obra acima citada:
"A família é na realidade uma instituição educadora, portanto é necessário que ela conte, se for possível, vários filhos, porque para que o novo homem forme sua personalidade é muito importante que não seja único, mas que esteja inserido numa sociedade natural. Às vezes fala-se que é ‘mais fácil educar muitos filhos do que um filho único’. Também diz-se que ‘dois não são ainda uma sociedade; eles são dois filhos únicos’".(10)
Para refletir
Santa Gianna Beretta Molla, a médica italiana que em 1962 deu a vida heroicamente pela sua quarta filhinha, foi a décima filha de Maria Micheli e Alberto Beretta. Que teria acontecido se esse casal tivesse decidido "evitar filhos" a partir do segundo ou terceiro nascimento?
Anápolis, 18 de dezembro de 2006.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
N.R.: As referencias bibliográficas podem ser conferidas na Fonte: http://www.providaanapolis.org.br/index.php/todos-os-artigos/item/47-natal-a-salva%C3%A7%C3%A3o-vem-de-uma-gravidez-n%C3%A3o-planejada


DOGMAS MARIANOS: THEOTOKOS: MÃE DE DEUS


Maria Mãe de Deus


Padre Wiremberg Silva wiremberg@yahoo.com.br
PRESBÍTERO DA ARQUIDIOCESE DE BELÉM. GRADUADO EM PEDAGOGIA, TEOLOGIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO. PÁROCO DE SÃO JOSÉ (BELÉM).
Diversos Padres da Igreja nos três primeiros séculos defendem Maria como a Theotokos, dentre eles; Orígenes (254), Dionísio (250), Atanásio (330), Gregório (370), João Crisóstomo (400) e Agostinho de Hipona (430). O hino "À vossa compaixão" (em grego: Sob sua Sean efsplanchnian), datado do século III, retrata Maria como «Santíssima Theotokos, salvai-nos.». Daí rezar com os gregos Mãe do Cristo Deus, salvai-nos!
O uso do termo Theotokos foi formalmente afirmado como dogma no Terceiro Concílio Ecumênico realizado em Éfeso, em 431. A visão contrária, defendida pelo patriarca de Constantinopla Nestório era que Maria devia ser chamada de Christotokos, que significa "Mãe de Cristo", para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da sua natureza divina.
Os adversários de Nestório, liderados por Cirilo de Alexandria, consideravam isto inaceitável, pois Nestório estava destruindo a união perfeita e inseparável da natureza divina e humana em Jesus Cristo, uma vez que em Cristo "O Verbo se fez carne" (João 1,14), ou seja o Verbo (que é Deus - João 1,1) é a carne; e a carne é o Verbo, Maria foi a mãe da carne de Cristo e por consequencia do Verbo. Cirilo escreveu que "Surpreende-me que há alguns que duvidam que a Virgem santa deve ser chamada ou não de Theotokos. Pois, se Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus, e a Virgem santa deu-o à luz, ela não se tornou a [Theotokos]?" A doutrina de Nestório foi considerada uma falsificação da Encarnação de Cristo, e por consequência, da salvação da humanidade. O Concílio aceitou a argumentação de Cirilo, afirmou como dogma o título de Theotókos de Maria, e anamatizou Nestório, considerando sua doutrina (Nestorianismo) como uma heresia.
Maria é frequentemente chamada de Theotokos nos hinos das Igrejas Ortodoxas, e Católicas Orientais. O mais comum é o Axion Estin, que é usado em quase todos as formas de liturgia. Outros exemplos incluem o Sub tuum praesidium (À vossa proteção) que data do século III, a Ave Maria, e o Magnificat.
Na Igreja Católica, a solenidade da Theotokos é comemorado em 01 de janeiro, juntamente com o Dia Mundial da Paz. Esta solenidade data cerca de 500 D.C e foi originalmente comemorado nas Igrejas Orientais.
A justificação da Maternidade de Maria em relação à Igreja é vista de tudo pela cooperação da Vigem na obra do Filho: como afirmamos acima intercedente e intercessora cooperante. Ao conceber Cristo, gerá-lo, nutri-lo, apresenta-o ao Pai no templo, sofrer com ele agonizante na cruz, coopera de modo todo especial na obra do Salvador, mediante a obediência da fé, a esperança e ardente radicada caridade, para restaurar a vida sobrenatural nas almas. Por isso ela é mãe para nós na ordem da Graça. E essa maternidade na ordem da graça continua sem cessar, por que o seu consentimento dado na fé no momento da Anunciação, além de se repetir por toda sua vida terrena esta mantido até a perpétua coroação de todos os eleitos. De fato, elevada ao céu, continua, com a sua múltipla intercessão, a obter-nos os dons da Salvação eterna até o fim dos tempos. Mas é na perspectiva trinitária que se aprende plenamente o sentido do título de Mãe da Igreja. Quando fez de Maria a Mãe de Jesus, o Pai, por pura graça, tornou Maria de certo modo, participante de sua fecundidade em relação ao Filho. Assim, Ele a tornou participante também de sua relação com aqueles que se tornaram Filhos no Filho, ou seja, somos filhos adotivos, fomos adotados em Cristo por Deus, os Batizados, a Igreja. Assim Maria tem com a Igreja do Filho, relação de maternidade, fundada no Mistério de sua eleição e de sua relação peculiar com Deus Pai. Assim, podemos dizer que o título de Mãe da Igreja não é apenas um elogio ou méritos pessoais longe disso, mas se funda na eleição divina de Maria à Maternidade, plasmada exclusivamente pela graça divina.
Fonte: http://www.fundacaonazare.com.br





 Natal no Cazaquistão: “Eis na lapa Jesus, nosso bem...” Foto: Ajuda á Igreja que Sofre

informativo ami novembro 2015

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1. Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. 2. Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo: 3. Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! 4. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! 5. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! 6. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! 7. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! 8. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! 9. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! 10. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! 11. Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. 12. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós. Do Sermão sobre as Bem-aventuranças, de São Leão Magno. A sabedoria cristã Em seguida diz o Senhor: Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados (Mt 5,6). Esta fome nada tem de corpóreo. Esta sede não busca nada de terreno. Mas deseja ser saciada com a justiça e, introduzida no segredo mais oculto, anseia por ser repleta do próprio Senhor. Feliz espírito, faminto do pão da justiça e que arde por tal bebida. Na verdade não teria disso nenhuma cobiça, se não lhe houvesse provado a doçura. Ouvindo o espírito profético que lhe diz: Provai e vede como é suave o Senhor (Sl 33,9), tomou uma porção da altíssima doçura e inflamou-se pelo amor das castíssimas delícias. Abandonando todo o criado, acendeu-se-lhe o desejo de comer e beber a justiça e experimentou a verdade do primeiro mandamento:Amarás o Senhor Deus de todo o teu coração, com toda a tua mente, com todas as tuas forças (Dt 6,5; cf. Mt 22,37). Porque não são coisas diferentes amar a Deus e amar a justiça. Por fim, como o interesse pelo próximo se une ao amor de Deus, também aqui o desejo da justiça é acompanhado pela virtude da misericórdia, e se diz: Bem-aventurados os misericordiosos porque deles terá Deus misericórdia (Mt 5,7). Reconhece, ó cristão, a dignidade de tua sabedoria e entende de que modo engenhoso foste chamado ao prêmio. A misericórdia te quer misericordioso, a justiça, justo, para que em sua criatura transpareça o Criador e no espelho do coração do homem refulja a imagem de Deus expressa pelas linhas da imitação. Firme é a fé dos que assim agem, teus desejos te acompanham e daquilo que amas gozarás sem fim. Já que pela esmola tudo se faz puro para ti, chegas à bem-aventurança que é prometida como consequência. Diz o Senhor:Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus (Mt 5,8). Imensa felicidade, caríssimos, para quem se prepara tão grande prêmio. Que é, então, ter o coração puro? Entregar-se às virtudes acima descritas. Que inteligência poderá conceber e que língua proclamar quão grande seja a felicidade de ver a Deus? E, no entanto, isto acontecerá quando a natureza humana for transformada, de sorte que não mais em espelho ou enigma, mas face a face (1Cor 13,12), verá aquela Divindade que homem algum pôde ver tal qual é. E obterá o que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem subiu ao coração do homem (1Cor 2,9), pelo gáudio indizível da eterna contemplação. Grande paz para os que amam a tua lei Com razão a bem-aventurança de ver a Deus é prometida aos corações puros. Pois os olhos imundos não podem ver o esplendor da verdadeira luz; será alegria das almas límpidas aquilo mesmo que será castigo dos corações impuros. Para longe então a fuligem das vaidades terrenas. Limpemos de toda iniquidade suja os olhos interiores, e o olhar sereno se sacie de tão maravilhosa visão de Deus. Merecer tal coisa, penso eu, é o fito do que se segue: Bem-aventurados os pacíficos porque serão chamados filhos de Deus(Mt 5,9). Esta bem-aventurança, caríssimos, não consiste em um acordo qualquer nem em qualquer concórdia. É aquela de que fala o Apóstolo: Tende paz com Deus (Rm 5,1) e o profeta: Grande paz para os que amam tua lei e para eles não há tropeço (Sl 118,165). Mesmo os mais estreitos laços de amizade e uma igualdade sem falha dos espíritos não podem, na verdade, reivindicar para si esta paz, se não concordarem com a vontade de Deus. Estão fora da dignidade desta paz a semelhança na cobiça dos maus, as alianças pecaminosas, os pactos para o vício. O amor do mundo não combina com o amor de Deus, nem passa para a sociedade dos filhos de Deus quem não se separa da vida carnal. Quem sempre com Deus tem em mente guardar com solicitude a unidade do espírito no vínculo da paz (Ef 4,3), jamais discorda da lei eterna, repetindo a oração da fé: Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu (Mt 6,10). São estes os pacíficos, estes os unânimes no bem, santamente concordes, que receberão o nome eterno de filhos de Deus, co-herdeiros de Cristo (cf. Rm 8,17). Porque o amor de Deus e o do próximo lhes obterão não mais sentir adversidades, não mais temer escândalo algum. Mas terminado o combate de todas as tentações, repousarão na tranquila paz de Deus, por nosso Senhor que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém. (Sermo 95,6-9: PL 54,464-466) Leão Magno é considerado pelo papa Bento XVI: "verdadeiramente um dos maiores Pontífices que honraram a Sé Romana, contribuindo muito para reforçar sua autoridade e prestígio. (...) [Ele] soube ser próximo ao povo e aos fiéis com a ação pastoral e a pregação. (...) ensinou aos seus fiéis – e ainda hoje suas palavras valem para nós – que a liturgia cristã não é recordação dos acontecimentos passados mas atualização das realidades invisíveis que agem na vida de cada um." (Bento XVI, audiência geral, 5/03/2008) http://regnumchristi-sp.blogspot.com.br/ Termina o ano litúrgico e no Santo Sacrifício do Altar renovamos ao Pai o oferecimento da Vítima, Cristo, Rei de santidade e de graça, Rei de justiça, de amor e de paz, como leremos dentro em pouco no Prefácio (...regnum santitatis et gratiae, regnum iustitiae, amoris et pacis – Prefácio da Missa). Todos sentis nas vossas almas uma alegria imensa, ao considerar a santa Humanidade de Nosso Senhor: um Rei com coração de carne, como o nosso; que é autor do universo e de cada uma das criaturas e que não se impõe dominando, mendiga um pouco de amor, mostrando-nos, em silêncio, as suas mãos chagadas. Então porque é que tantos O ignoram? Porque é que se ouve, ainda esse protesto cruel: nolumus hunc regnare super nos, não queremos que este reine sobre nós? Na terra há milhões de homens que se enfrentam assim com Jesus Cristo ou, melhor dito, com a sombra de Jesus Cristo, porque a Cristo não o conhecem, nem viram a beleza do Seu rosto, nem conhecem a maravilha da Sua doutrina. Diante desse triste espectáculo, sinto-me inclinado a desagravar o Senhor. Ao escutar esse clamor que não cessa e que, mais do que de vozes, é feito de obras pouco nobres, experimento a necessidade de gritar alto: oportet illum regnare! (1 Cor XV, 25.), convém que Ele reine. Oposição a Cristo Muitos não suportam que Cristo reine. Opõem-se-Lhe de mil maneiras, quer nos planos gerais de governo do mundo e da convivência humana, quer nos costumes, quer na arte ou na ciência. Até na própria Igreja! Eu não falo – escreve Santo Agostinho – dos malvados que blasfemam de Cristo. São raros, efectivamente, os que O blasfemam com a língua, mas são muitos os que O blasfemam com a própria conduta. Para alguns é molesta a própria expressão Cristo Rei, talvez por uma superficial questão de palavras como se o reinado de Cristo pudesse confundir-se com fórmulas políticas, ou porque a confissão da realeza do Senhor os levaria a admitir uma lei. E não toleram a lei, mesmo a do amável preceito da caridade, visto que não querem aproximar-se do amor de Deus. São os que só ambicionam servir o seu próprio egoísmo. O Senhor levou-me a repetir, desde há muito tempo, um grito calado: Serviam! Servirei! Que Ele nos aumente essas ânsias de entrega, de fidelidade ao seu chamamento divino – com naturalidade, sem aparato, sem barulho – no meio da rua. Demos-Lhe graças do fundo do coração. Dirijamos-Lhe uma oração de súbditos, de filhos! - e a língua e o paladar encher-se-nos-ão de doçura com tal intensidade, que tratar do Reino de Deus nos saberá como a favo de mel, porque se trata dum Reino de liberdade, da liberdade que Ele ganhou para nós. Cristo, Senhor do mundo Gostaria de considerar convosco como esse Cristo, que – terna criança – vimos nascer em Belém, é o Senhor do mundo. Eis as razões: por Ele foram criados todos os seres nos céus e na Terra; Ele reconciliou com o Pai todas as coisas, restabelecendo a paz entre o Céu e a Terra, por meio do sangue que derramou na Cruz. Hoje Cristo reina, à direita do Pai; aqueles dois anjos de vestes brancas declararam aos discípulos que, atónitos, estavam a contemplar as nuvens, depois da Ascensão do Senhor: Homens da Galileia, porque estais assim a olhar para o Céu? Esse Jesus, que vos foi arrebatado para o Céu, virá da mesma maneira, como agora O vistes partir para o Céu). Por Ele reinam os reis, com a diferença de que os reis, as autoridades humanas, passam e o reino de Cristo permanecerá por toda a eternidade, o seu reino é um reino eterno e o seu domínio perdurará de geração em geração. O reino de Cristo não é um modo de dizer, nem uma imagem de retórica. Cristo vive, também como homem, com aquele mesmo corpo que assumiu na Encarnação, que ressuscitou depois da Cruz e subsiste glorificado na Pessoa do Verbo juntamente com a sua alma humana. Cristo, Deus e Homem verdadeiro, vive e reina e é o Senhor do mundo. Só por Ele se mantém na vida tudo o que vive. Mas então porque é que não aparece agora em toda a sua glória? Porque o seu reino não é deste mundo, ainda que esteja no mundo. Replicou Jesus a Pilatos: Eu sou Rei! Para isto nasci, e para isso vim ao mundo, para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. Aqueles que esperavam do Messias um poderio temporal visível, enganavam-se: porque o Reino de Deus não consiste em comer e beber, mas em paz, justiça e alegria no Espírito Santo. Verdade e justiça, paz e júbilo no Espírito Santo. Esse é o reino de Cristo. A acção divina que salva os homens culminará com o fim da história, quando o Senhor, que Se senta no mais alto do paraíso, vier julgar definitivamente os homens. Quando Cristo inicia a sua pregação na Terra, não oferece um programa político, mas diz: fazei penitência, porque está perto o reino dos Céus. Encarrega os seus discípulos de anunciar esta boa nova e ensina a pedir, na oração, a chegada do reino, isto é, o reino dos Céus e a sua justiça, uma vida santa, aquilo que temos de procurar em primeiro lugar, a única coisa verdadeiramente necessária. A salvação pregada por Nosso Senhor Jesus Cristo é um convite dirigido a todos: o reino dos céus é semelhante a um rei, que fez as núpcias do seu filho. E mandou os seus servos chamar convidados para as núpcias. Por isso, o Senhor revela que o reino dos Céus está no meio de vós. Ninguém se encontra excluído da salvação se adere livremente às exigências amorosas de Cristo: nascer de novo, fazer-se como menino, na simplicidade de espírito; afastar o coração de tudo aquilo que aparte de Deus. Jesus quer factos; não só palavras; e um esforço, denodado, porque apenas aqueles que lutam serão merecedores da herança eterna. A perfeição do reino – o juízo definitivo de salvação ou de condenação – não se dará na Terra. Agora o reino é como uma semente, como o crescimento do grão de mostarda. O seu fim será como a rede que apanhava toda a espécie de peixes, donde – depois de trazida para a areia – serão extraídos, para destinos diferentes, os que praticaram a justiça e os que fizeram a iniquidade. Mas, enquanto aqui vivemos, o reino assemelha-se à levedura que uma mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até que toda a massa ficou fermentada. Quem compreender o reino que Cristo propõe, reconhece que vale a pena jogar tudo para o conseguir; é a pérola que o mercador adquire à custa de vender tudo o que possui, é o tesoiro encontrado no campo. O reino dos céus é uma conquista difícil e ninguém tem a certeza de o alcançar, embora o clamor humilde do homem arrependido consiga que se abram as suas portas de par em par. Um dos ladrões que foram crucificados com Jesus suplica-Lhe: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E Jesus disse-lhe: Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no paraíso. O reino na alma Como, és grande, Senhor, Nosso Deus! Tu és quem dá à nossa vida sentido sobrenatural e eficácia divina. Tu és a causa de que, por amor de Teu Filho, com todas as forças do nosso ser, com a alma e com o corpo, possamos repetir: oportet illum regnare!, enquanto ressoa o eco da nossa debilidade, porque sabes que somos criaturas – e que criaturas! – feitas de barro, dos pésà cabeça, sem esquecer o coração. Perante o divino, vibraremos exclusivamente por Ti. Cristo deve reinar, em primeiro lugar, na nossa alma. Mas como Lhe responderíamos, se Ele nos perguntasse: como é que tu Me deixas reinar em ti? Eu responder-Lhe-ia que para que Ele reine em mim, preciso da sua graça abundante, pois só assim é que o mais imperceptível pulsar do meu coração, a menor respiração, o olhar menos intenso, a palavra mais corrente, a sensação mais elementar se traduzirão num hossana ao meu Cristo Rei. Se pretendemos que Cristo reine, temos de ser coerentes, começando por Lhe entregar o nosso coração. Se não o fizéssemos, falar do reino de Cristo seria vozearia sem substância cristã, manifestação exterior de uma fé inexistente, utilização fraudulenta do nome de Deus para compromissos humanos. Se a condição para que Jesus reinasse na minha alma, na tua alma, fosse contar previamente em nós com um lugar perfeito, teríamos razão para desesperar. Mas não temas, filha de Sião; eis que o teu Rei vem montado num jumentinho. Vedes? Jesus contenta-se com um pobre animal por trono. Não sei o que se passa convosco, mas a mim não me humilha reconhecer-me aos olhos do Senhor como um jumento: fui diante de ti como um jumento. Porém, estarei sempre contigo: tomaste-me pela minha mão direita, tu és quem me leva pela arreata. Pensai nas características dum jumento, agora que vão ficando tão poucos. Não falo dum burro velho e teimoso, rancoroso, que se vinga com um coice traiçoeiro, mas dum burriquito jovem, com as orelhas tesas como antenas, austero na comida, duro no trabalho, com o trote decidido e alegre. Há centenas de animais mais formosos, mais hábeis e mais cruéis. Mas Cristo preferiu este para se apresentar como rei diante do povo que O aclamava, porque Jesus não sabe que fazer da astúcia calculadora, da crueldade dos corações frios, da formosura vistosa mas vã. Nosso Senhor ama a alegria dum coração moço, o passo simples, a voz sem falsete, os olhos limpos, o ouvido atento à sua palavra de carinho. E é assim que reina na alma. Reinar servindo Se deixarmos que Cristo reine na nossa alma, não nos tornaremos dominadores; seremos servidores de todos os homens. Serviço. Como gosto desta palavra! Servir o meu Rei e, por Ele, todos os que foram redimidos com o seu sangue. Se os cristãos soubessem servir! Vamos confiar ao Senhor a nossa decisão de aprender a realizar esta tarefa de serviço, porque só servindo é que poderemos conhecer e amar Cristo e dá-Lo a conhecer e conseguir que os outros O amem mais. Como o mostraremos às almas? Com o exemplo: que sejamos testemunho Seu, com a nossa voluntária servidão a Jesus Cristo em todas as nossas actividades, porque é o Senhor de todas as realidades da nossa vida, porque é a única e a última razão da nossa existência. Depois, quando já tivermos prestado esse testemunho do exemplo, seremos capazes de instruir com a palavra, com a doutrina. Assim procedeu Cristo: coepit facere et docere, primeiro ensinou com obras e só depois com a sua pregação divina. Servir os outros, por Cristo, exige que sejamos muito humanos. Se a nossa vida é desumana, Deus nada edificará nela, porque habitualmente não constrói sobre a desordem, sobre o egoísmo, sobre a prepotência. Precisamos de compreender todas as pessoas, temos de conviver com todos, temos de desculpar todos, temos de perdoar a todos. Não diremos que o injusto é justo, que a ofensa a Deus não é ofensa a Deus, que o mau é bom. Todavia, perante o mal, não responderemos com outro mal, mas com a doutrina clara e com a boa acção; afogando o mal em abundância de bem. Assim Cristo reinará na nossa alma e nas almas dos que nos rodeiam. Alguns procuram construir a paz no mundo sem porem amor de Deus nos seus corações, sem servirem por amor de Deus as criaturas. Como será possível realizar desse modo uma missão de paz? A paz de Cristo é a paz do reino de Cristo; e o reino de Nosso Senhor há-de alicerçar-se no desejo de santidade, na disposição humilde para receber a graça, numa, esforçada acção de justiça, num divino derramamento de amor. www.opusdei.pt Roma, 25 de outubro de 1999 Comentário sobre a Palavra de Vida: Felizes os puros no coração porque verão a Deus (Mt 5,8). A pregação de Jesus tem início com o sermão da montanha. Numa colina próxima de Cafarnaum, às margens do lago de Tiberíades, sentado, como era costume entre os mestres, Jesus anuncia às multidões o homem das bem-aventuranças.  No Antigo Testamento, frequentemente se usava a palavra “bem-aventurado”, “feliz”, para exaltar a pessoa que cumpria, dos modos mais variados, a Palavra do Senhor. Nas bem-aventuranças que Jesus anunciava, ressoavam, em parte, aquelas que os discípulos já conheciam; no entanto, pela primeira vez, eles ouviam dizer que os puros de coração não só eram dignos de subir ao monte do Senhor, como cantava o Salmo (cf. Sl 24[23],3-4), mas também podiam até mesmo ver a Deus.  Qual seria, então, esta pureza tão sublime a ponto de merecer tanto? Jesus explicaria isso várias vezes no decorrer de sua pregação. Vamos procurar segui-lo para chegar à fonte da autêntica pureza. Felizes os puros no coração porque verão a Deus. Para Jesus, antes de mais nada, existe um meio excelente de purificação: “Vós já estais limpos por causa da palavra que vos falei” (Jo 15,3). Não são tanto as práticas de rituais que purificam a alma, mas a sua Palavra. A Palavra de Jesus não é como as palavras humanas. Cristo está presente nela, assim como, embora de outro modo, está presente na Eucaristia. Pela Palavra, Cristo entra em nós e, na medida em que a deixamos agir, torna-nos livres do pecado e, consequentemente, puros de coração. A pureza, portanto, é fruto da Palavra vivida, de todas aquelas Palavras de Jesus que nos libertam dos chamados apegos, nos quais invariavelmente caímos, se não temos o coração fixo em Deus e nos seus ensinamentos. Podem ser apegos às coisas, às criaturas ou a nós mesmos. Mas se o coração está voltado somente para Deus, todo o resto perde interesse. Para obter êxito nessa tarefa, pode ser útil repetir a Jesus, a Deus, durante o dia, a invocação do Salmo: “És tu, Senhor, o meu único bem” (cf. Sl 16[15],2). Experimentemos repeti-la frequentemente e, sobretudo, quando os diversos apegos ameaçarem arrastar o nosso coração para aquelas imagens, sentimentos e paixões que podem ofuscar a visão do bem e nos tirar a liberdade. Somos levados a olhar certas publicidades, a assistir certos programas de televisão? Não. Digamos: “És tu, Senhor, o meu único bem”, e este será o primeiro passo que nos fará sair de nós mesmos, ao redeclararmos o nosso amor a Deus. Desse modo teremos crescido em pureza. Percebemos, às vezes, que uma pessoa ou uma atividade se interpõe, como um obstáculo, entre nós e Deus, poluindo o nosso relacionamento com Ele? É o momento de repetir-lhe: “És tu, Senhor, o meu único bem”. Isso nos ajudará a purificar as nossas intenções e a reencontrar a liberdade interior. Felizes os puros no coração porque verão a Deus. A Palavra vivida nos torna livres e puros porque é amor. É o amor que purifica, com o seu fogo divino, as nossas intenções e todo o nosso íntimo, pois na linguagem bíblica, o “coração” é a sede mais profunda da inteligência e da vontade. Mas, existe um amor que é um mandamento de Jesus e que nos permite viver esta bem-aventurança. É o amor mútuo entre pessoas que estão prontas a dar a vida pelos outros, a exemplo de Jesus. Esse amor – pela presença de Deus, o único que pode criar em nós um coração puro (cf. Sl 51[50],12) – cria uma corrente, um intercâmbio, uma atmosfera cuja nota dominante é justamente a transparência, a pureza. É vivendo o amor recíproco que a Palavra age com seus efeitos de purificação e de santificação.  A pessoa isolada não é capaz de resistir por muito tempo às solicitações do mundo, enquanto que, no amor mútuo, ela encontra o ambiente sadio, capaz de proteger a sua pureza e toda a sua autêntica existência cristã. Felizes os puros no coração porque verão a Deus. E é este o fruto dessa pureza, sempre reconquistada: pode-se “ver” a Deus, isto é, pode-se entender a sua ação na nossa vida e na história, ouvir a sua voz no coração, reconhecer a sua presença lá onde ela se encontra: nos pobres, na Eucaristia, na sua Palavra, na comunhão fraterna, na Igreja. É saborear antecipadamente a presença de Deus, que já começa nesta vida, “caminhando pela fé e não pela visão” (2Cor 5,7), até o dia em que “veremos face a face” (1Cor 13,12) por toda a eternidade. Chiara Lubich Nascido em 21 de julho de 1515, em San Pier Gattolino, próximo à cidade de Florença (Firenze, em italiano), Pippo il Buono, como era chamado, cresceu durante um período em que a Igreja fora atingida por uma forte mentalidade pagã. A corrupção do poder político não poupara nem o trono de São Pedro, desolado pela eleição de um sucessor impiedoso e indigno da herança apostólica: o Papa Alexandre VI († 1503). Como reação a esses abusos, surgiu na região um frade dominicano de nome Girolamo Savonarola († 1498), cuja pregação inflamada contra o Papa e a poderosa família Médici rendeu-lhe uma excomunhão e a condenação à morte na forca. Apesar do fim trágico, Savonarola conquistou muitos adeptos na região de Florença, entre os quais estava a família de Felipe Neri. O "santo da alegria" sempre admirou o religioso dominicano, chegando a tê-lo como um santo, ainda que sua personalidade fosse muito distinta da dele. (De fato, enquanto Savonarola, para reformar a Igreja, trilhou o caminho da denúncia e da contestação na pregação, Felipe se serviu da via da doçura e da direção espiritual através do sacramento da Penitência.) Tendo ido à região de Monte Cassino, ao sul de Roma, para administrar os negócios de um parente, Felipe é influenciado pelos monges beneditinos e passa por sua "conversão" de jovem rico (cf. Mt 19, 16-30), pela qual decide largar tudo e entregar-se a Deus. Ainda como leigo, ele viaja à Cidade Eterna, começando a viver como eremita, com orações, penitências e constantes peregrinações. Foi ele quem deu início ao hábito conhecido como Giro delle Sette Chiese – a "Peregrinação das Sete Igrejas" –, entre as quais a sua preferida era a Basílica de São Sebastião das Catacumbas. Acolhido no seio de uma família romana, ele ajudou-a a criar os seus dois filhos homens, que depois se tornaram sacerdotes. Leigo de intensa contemplação e vida ascética, Felipe comparava a sua vida à dos santos padres do deserto, pois, assim como São Bento escreve em sua Regra [1], tinha tomado "como que de assalto" (arripiunt) a vida espiritual, fazendo violência para alcançar o Reino dos céus. Na radicalidade do seguimento evangélico que passou a viver, ele dizia coisas como "Quem deseja outra coisa que não seja Cristo, não sabe aquilo que deseja", "Quem trabalha a não ser por Cristo, não sabe aquilo que faz", "Quanto mais amor se põe nas criaturas, tanto se tira de Deus" etc [2]. Só a partir dessas suas máximas se pode compreender integralmente a sua vida e missão. Todo o bem social que fez no cuidados dos doentes e peregrinos de Roma só pode ser explicado a partir do seu profundo amor a Jesus Cristo, a Quem ele intentava servir quando servia ao seu próximo. Em 1544, com quase 30 anos, Felipe tem uma experiência extraordinária na vigília de Pentecostes. Enquanto reza nas catacumbas de São Sebastião, ele recebe uma grande efusão do Espírito Santo: vê entrar dentro de sua boca uma bola de fogo, a qual faz arder o seu coração e aumentá-lo consideravelmente de tamanho. De fato, uma autópsia de seu corpo revelou que o seu músculo cardíaco era maior do que o comum, tendo chegado a deslocar duas costelas para acomodar-se. Quem convivia com o santo florentino atestava uma protuberância no lugar do seu órgão vital e testemunhava que, quando ele, sentado, começava a ensinar aos filhos do seu Oratório, tal era o seu entusiasmo, que o seu coração tremia a ponto de o banco em que estava trepidar e a sala em que se reuniam tremer. Mesmo sendo celibatário, o humilde Felipe não aspirava ao sacerdócio, pois o considerava um ministério muito grande para si. Todavia, obediente a seu confessor, o padre Persiano Rosa, Felipe recebeu em 1551 o sacramento da Ordem, transferindo-se, desde então, à igreja romana de San Girolamo della Carità ("São Jerônimo da Caridade"), onde deu início aos primeiros Oratórios. Diferentemente do que é posto no filme Preferisco il Paradiso, os Oratórios não começaram com crianças, mas eram feitos em sua maioria com adultos. As reuniões de espiritualidade conduzidas pelo santo não eram "anti-intelectualistas" ou avessas ao estudo, como pinta a produção italiana, mas continham reflexões sérias e profundas, extraídas da própria sabedoria que ele adquiriu ao longo de sua vida, bem como de seus estudos universitários e do conhecimento que tinha da Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino, a qual ele folheava com certa frequência. A trilha sonora do filme também não corresponde exatamente às músicas tocadas nas reuniões do Oratório, as quais estão mais ligadas à beleza de uma Missa Papae Marceli, a famosa composição de Giovanni Pierluigi de Palestrina. A fervorosa vida sacerdotal de Felipe deu-lhe o epíteto de "apóstolo de Roma". Tendo o hábito de celebrar a Santa Missa por volta do meio-dia, o santo ficava em jejum desde a meia-noite do dia anterior, para que pudesse comungar [3]. Sempre disponível para atender as confissões de seus filhos, pouco a pouco Felipe foi transformando a devassa e paganizada cidade de Roma e contribuindo para a restauração da Igreja. Tendo entrado em contato com Santo Inácio de Loyola, Felipe chegou a sondar a possibilidade de entrar para a Companhia de Jesus e evangelizar a região das Índias. Um monge cisterciense, porém, recebeu uma revelação de Deus, na qual Ele dizia que a sua Índia era mesmo a Cidade Eterna. Ali, o seu trabalho de evangelização começou a engendrar vocações. Uma delas foi a do piedoso César Barônio († 1607), sobre o qual escreve Daniel-Rops: "Também cardeal, era oratoriano, filho espiritual de São Filipe Neri, que lhe propôs que refutasse as ideias protestantes no campo histórico. Os seus Anais Eclesiásticos, em que tratou do desenrolar do passado cristão, empenhando-se em fixar com exatidão a data de todos os fatos essenciais, estabelecendo os acontecimentos com base em documentos incontestáveis, constituíram uma obra monumental que demorou cerca de trina anos a ser escrita e à qual a História deve gratidão. Profundamente honesto, este antepassado da crítica histórica pensava que se presta 'mais serviço à Igreja sepultando no silêncio fatos supostamente gloriosos para ela, mas não comprovados, do que sustentando fatos inexatos ou falsos'; as suas pesquisas nos arquivos pontifícios mostram-se muito adiantadas em relação aos métodos da época. Barônio pode ter-se enganado em muitos pontos, mas a sua honestidade tem valor de exemplo, e a sua obra fornece também aos católicos um completo e pacífico arsenal de argumentos e de refutações." [4] Além dos três usuais votos religiosos, o padre Barônio tinha professado um quarto: o de humildade. Laureado in utroque iure – isto é, em direito civil e canônico – ainda como leigo, em um ato de grande desprezo, ele tomou o seu diploma, cortou-o em vários pedaços e passou a usá-los como marcadores de páginas. Para mortificar a sua vaidade, Felipe impunha-lhe inúmeras humilhações, as quais, no dizer do beato Paulo VI, teriam sido suficientes para fazê-lo santo. Quando os Annales de Barônio começaram a fazer sucesso, por exemplo, Felipe dava-lhe uma penitência por cada exemplar seu que era vendido. Após a morte de seu pai espiritual, ofereceram a Barônio a honra do cardinalato. Sabendo que, por humildade, aquele filho de Felipe certamente recusaria a púrpura, o Papa Clemente VIII obrigou-o a aceitar o chapéu cardinalício, sob pena de excomunhão. Fê-lo porque conhecia o espírito de desapego do fundador dos oratorianos, o qual, tendo encontrado por duas vezes a ocasião de tornar-se cardeal, recusou terminantemente esse ofício. "Preferisco il paradiso – Eu prefiro o paraíso", teria respondido Felipe ao Sumo Pontífice, indicando que é preciso antepor o Céu a todas e quaisquer honras humanas. Frequentemente assaltado por arroubos místicos, Felipe Neri sempre chamava alguém para rezar consigo a Liturgia das Horas, para que não entrasse em êxtase. De profunda espiritualidade eucarística, celebrava a sua Missa com notável piedade. Era também um homem de grande pureza de coração. Vários de seus confidentes dão testemunho de sua virgindade, fruto de uma luta ferrenha contra todas as ocasiões de pecado, pois, dizia ele, em matéria de pureza, só vence quem é "velhaco", ou seja, quem foge [5]. Ele próprio transmitia essa força na luta contra a impureza a seus filhos: tão logo eles repousavam a cabeça em seu peito e entravam em contato com o seu amoroso coração, passavam meses sem tentações sexuais. Durante o pontificado de São Pio V, por sua fama de santidade, Felipe teve que lidar com desafetos dentro da própria Igreja. Um famoso cardeal da ilha de Ísquia, Virgilio Rosario, investigava o sacerdote florentino e lançava-lhe toda sorte de calúnias. Felipe, por sua vez, via na perseguição um instrumento da providência divina para crescer em humildade e santidade. De fato, Deus operava inúmeros prodígios pelas mãos de Seu servo. De todos os milagres que fez, o maior de todos foi a ressurreição do jovem Paolo Massimo. O rapaz, filho de uma importante família italiana, padecia há muito de uma grave enfermidade. No dia 16 de março de 1583, o padre Felipe – que tinha manifestado o desejo de assisti-lo à hora de sua morte – acabou chegando tarde. Como quem levanta de uma noite de sono, no entanto, tão logo Felipe chamou o seu nome, Paolo despertou e, depois de receber os últimos Sacramentos, voltou a morrer. A 26 de maio, a santa alma de Felipe Neri também encontrou o seu descanso, na solenidade de Corpus Domini de 1595. A sua canonização não demorou muito para acontecer: em 1622, juntamente com Santa Teresa de Ávila e Santo Inácio de Loyola, o sacerdote italiano foi elevado à honra dos altares. Sua obra, humanamente falando, não foi esplendorosa como a da Companhia de Jesus, mas o bem espiritual que fez foi tão grande, que seu minúsculo Oratório pode muito bem ser chamado de "fábrica de santos". A grande mensagem da vida de São Felipe Neri é, sem dúvida, a sua pregação pela santidade e por um amor sem medidas a Deus [6]. Dizia ele que "não é soberba o querer passar em santidade os Santos: porque o desejar ser santo é um desejo de querer amar e honrar a Deus sobre todas as coisas, e esse desejo, se fosse possível, dever-se-ia estender até o infinito, porque Deus é digno de uma honra infinita" [7]. A exemplo de São Felipe, portanto, tomemos de assalto a vida espiritual e amemos desmesuradamente a Deus, de todo o coração, com toda a nossa alma e com todas as nossas forças (cf. Dt 6, 5). Que, do Céu, ele nos ajude a alcançar "a estatura do Cristo em sua plenitude" (Ef 4, 13). Nossa Senhora das Dores de Kibeho Publicado em: 28/11/2014 Nossa Senhora das Dores apareceu a três jovens, Afonsina Mumureke, Natália Mukamazimpaka e Maria Clara Mukangango entre 1981 e 1982, em Kibeho, Ruanda, centro da África. Foi a primeira aparição da Virgem Maria no continente africano reconhecida por autoridades da Igreja Católica. No final de 1981, Kibeho era apenas uma das pequenas aldeias pertencentes à diocese de Gikongoro. Nela havia um colégio fundado e dirigido por três Irmãs católicas, onde jovens ruandesas estudavam para serem secretárias ou professoras primárias. Como não se tratava de colégio para formação de religiosas, alí não se vivia um clima particular de devoção, pois sequer possuía uma capela. Podemos entender aí o fundamento das aparições de Maria. No almoço do dia 28 de novembro deste ano, Afonsina, de dezesseis anos, estava servindo suas colegas no refeitório quando ouviu nitidamente uma voz que a chamava: “Minha filha, venha até aqui”. A voz procedia do corredor, no fundo da sala de refeições. Afonsina foi até lá e viu, pela primeira vez, a Senhora. Assustada, Afonsina, pediu à desconhecida que fosse embora. A Santíssima Virgem então se apresentou no dialeto ruandês: “Ndi Nyina Wa Jambo”, isto é “Eu sou a Mãe do Verbo”. A estudante contou todo o ocorrido às religiosas e às colegas, mas ninguém lhe deu crédito. Como as aparições continuaram, Afonsina acabou passando por histérica. Sofrendo com essa situação, numa das visões ela pediu à Mãe que aparecesse ao menos às suas amigas, Natália e Maria Clara. Assim no dia 12 de janeiro de 1982, a Virgem apareceu para Natália que tinha dezessete anos. Depois para a Maria Clara, esta com vinte e um anos e a mais descrente. Só então as mensagens foram aceitas. Elas pediam a verdadeira conversão dos cristãos, através de muita oração, penitência e jejum. Mas foi a descrição da última aparição, em 15 de agosto de 1982, que possibilitou verificar sua autenticidade, pois depois se confirmou como terrível realidade. Nesta, Maria apareceu para as três videntes juntas e lhes mostrou cenas impressionantes que enchiam de dor seu imaculado coração. Era um verdadeiro mar de sangue, pessoas que se matavam entre si, cadáveres abandonados sem sepultura… As imagens eram a antecipação da guerra civil deflagrada entre abril e julho de 1994, quando Ruanda viveu seu próprio genocídio. Depois de vários anos de estudos, por parte da comissão médica e teológica, no final de junho de 2001, as aparições foram reconhecidas oficialmente pela autoridade eclesiástica local. No dia 31 de maio de 2003, às dez horas da manhã, estava o Prefeito da Congregação para a evangelização dos povos, enviado do Papa, formalizando a consagração do Santuário à Nossa Senhora das Dores de Kibeho, através da missa solene realizada com a presença de todos os Bispos ruandeses, quando diante de todos os fiéis se repetiu o fenômeno da dança do sol, como em Fátima, no dia 13 de outubro de 1913. Ele durou oito minutos e foi filmado e fotografado por repórteres profissionais e amadores. Informado e depois de ver todos os documentos, o Papa João Paulo II declarou: “Nossa Senhora das Dores de Kibeho é a Fátima do coração da África”. Fonte: Paulinas As aparições de Kibeho Nossa Senhora apareceu em Kibeho pela primeira vez em 28 de novembro de 1981 a Alphonsine Mumureke, uma estudante que na época tinha 16 anos. Ela descreveu Nossa Senhora como um mulher de beleza incomparável, da cor da pele não bem definida. A jovem vê Nossa Senhora enquanto servia as mesas de suas companheiras no refeitório do colégio. As testemunhas do episódio ouvem a vidente falar em francês, inglês, Kinyarwanda e outras línguas desconhecidas. Nossa Senhora se apresenta dizendo "Ndi Nyina wa Jambo "("Eu sou a Mãe do Verbo") Em 29 de novembro de 1981 Nossa Senhora apareceu novamente a Alphonsine. Em dezembro daquele ano, o fenômeno se repetiu quase todos os sábados. No início, Alphonsine foi objeto de desconfiança e gozação por parte das companheiras, mas, a seguir, pessoas fora da escola começaram a se interessar pelo caso. Assim, a partir de 16 de janeiro de 1982 as aparições continuaram em duas maneiras: públicas, no pátio da escola, e privadas, reservadas somente à vidente e às alunas, no dormitório. A última aparição a Alphonsine foi em 1989. Em 12 de janeiro de 1982 Nossa Senhora apareceu a Anathalie Mukamazimpaka, outra estudante que tinha 17 anos. Nossa Senhora apareceu pela última vez em dezembro de 1983. Mas a aparição mais surpreendente foi a de 2 de março de 1982. Naquele dia, com efeito, Nossa Senhora se manifestou a Marie-Claire Mukangango (21 anos na época), uma das alunas mais céticas. Suas aparições duraram seis meses. Durante as visões, as 3 jovens receberam diversas mensagens. Em 15 de agosto de 1982, as videntes assistem ao que foi interpretado como a prefiguração do genocídio ruandês; Nossa Senhora aparece, chorando, e as moças vêem “um rio de sangue, pessoas que se matavam, cadáveres abandonados sem ser enterrados, uma árvore de fogo, um monstro e cabeças decapitadas”. Em outras visões, porém, Nossa Senhora aparece sorridente e convida os homens a amá-la como mãe cuidadosa de seus filhos. (“Não se deve ter medo das mães” - diz Maria). Os homens são chamados à conversão, à oração (sobretudo à oração do Terço), à humildade e ao amor ao próximo. As videntes viram também o Inferno, o Purgatório, e o Paraíso. Estas aparições foram aprovadas pelo Bispo de Gikongoro, Dom Augustin Misago, em cuja diocese se encontra Kibeho, com uma declaração publicada em 29 de junho de 2001. Outras 4 videntes (um jovem e 3 moças), declararam ter visto aparições de Nossa Senhora e de Jesus, mas suas visões não foram reconhecidas. Desde 1982, sucederam-se peregrinações, curas e conversões em Kibeho. “Nossa Senhora me ensinou a rezar com a coroa do Terço das 7 dores porque dizia que se estava preparando para uma tragédia em Ruanda”. Assim, Nathalie Mukamazimpaka, uma das três videntes dei Kibeho, em Ruanda, recorda a advertência dirigida por Nossa Senhora, em suas aparições. “Nossa Senhora nos pediu para mudarmos nosso estilo de vida, amarmos os sacramentos, fazer penitências, rezar incessantemente o Terço das 7 dores pela conversão daqueles que se afastaram de Deus, e de ser humildes, pedindo perdão e perdoando” - acrescenta Nathalie. “O perdão é um elemento central da mensagem evangélica” - comenta à Fides Dom Augustine Misago, Bispo de Gikongoro. “Sem o perdão, de fato, não se pode construir uma sociedade baseada no Evangelho. Aliás, sem o perdão não pode existir uma sociedade saudável, mas apenas uma sociedade ferida”. Dom Misago recorda a surpresa e a inquietude geradas com o narrado pelas videntes. “Agora podemos dizer que houve uma predição do drama ruandês, mas recordo que em 15 de agosto de 1982, na festividade da Assunção, os videntes, ao invés de verem Nossa Senhora repleta de alegria, foram testemunhas de visões terríveis, cadáveres dos quais emergiam espirros de sangue, abandonados, sem sepultura, nas colinas. Ninguém sabia o que estas terríveis imagens significavam. Hoje, podemos fazer uma leitura sobre os eventos e pensar que podiam ser uma visão do que aconteceria em Ruanda, e em toda a região dos Grandes Lagos, onde o sangue escorre em Burundi, em Uganda e na República Democrática do Congo”. O Bispo de Gikongoro acrescenta que a mensagem da Virgem em Kibeho se refere a toda a humanidade. “É preciso uma conversão dos corações para obter mais justiça. Vivemos em uma situação de desequilíbrio mundial, onde os ricos continuam a se enriquecer e os pobres a empobrecer. É uma situação vergonhosa, que devemos todos avaliar, segundo nossa consciência”. FIDES Aparições de Nossa Senhora em Kibeho Estas aparições, ocorridas de 1981 a 1989, foram reconhecidas oficialmente pela Igreja em junho de 2001. Todas as mensagens de Nossa Senhora em Kibeho são muito importantes. Nem todas foram públicas, algumas foram apenas para os presentes. Mas outras são muito urgentes e fortes. As aparições aconteceram em Kibeho, pequeno povoado de Ruanda, um dos países mais pobres da África, numa escola para estudantes para a estudante Alphonsine Mumureke, 17 anos na ocasião. Em 12 de janeiro de 1982, Anathalie Mukamazimpaka, 18 anos, também passou a ter aparições de Nossa Senhora na escola até 3 de dezembro de 1983. Em 2 de março de 1982, Nossa Senhora começou a aparecer também para Marie Claire Mukangango, de 21 anos. Todos ficaram muito surpresos, pois Marie Claire era uma das que não acreditavam e zombava de Alphonsine. Marie Claire teve aparições de 2 de março a 15 de setembro 1982, dia de Nossa Senhora das Dores. Essas são as três videntes reconhecidas pela Igreja, pois nelas se achou maior número de detalhes inexplicáveis nas aparições. Nossa Senhora tinha incomparável beleza. Ela estava descalça, vestido branco luminoso e véu azul cabeça, mãos estavam postas. Além de sinais no céu, no sol e curas milagrosas, as videntes ficavam em êxtase total. Enquanto as estudantes viam Nossa Senhora, as pessoas presentes tentavam balançá-las, chamá-las, mas não reagiam nem se incomodavam. Fortes flashes de luzes foram colocados nos olhos das videntes durante as aparições e suas pupilas não se moveram. Nenhum olho humano consegue olhar fixamente o céu ensolarado ou nublado durante muitos minutos. Várias aparições foram à tarde, enquanto as videntes olhavam para o céu no pátio durante mais de 1 hora de aparição, algo inexplicável diante de todos os presentes. Nossa Senhora deu muitas mensagens e mostrou muitas coisas como o Céu, Inferno, Purgatório, Paixão de Jesus, vida espiritual do mundo e futuro para as videntes. Primeira aparição em 28/11/1981 para Alphonsine: Ela estava no refeitório com as colegas pelo meio dia quando ouviu uma voz chamando-a: “Minha filha.” E ela respondeu: “Estou aqui. Quem é a Senhora?” A Senhora respondeu: “Eu sou a Mãe do Verbo. O que você mais gosta na religião?” Respondeu a estudante: “Eu amo a Deus e a sua Mãe, que nos deu seu Filho para nos salvar.” A Senhora respondeu: “É por isso que estou aqui. Vim para te consolar, porque ouvi as suas preces. Eu gostaria que seus amigos tivessem mais fé, pois eles não têm o suficiente." A aparição voltou no dia seguinte, 29 de novembro e em vários dias de dezembro. Os outros videntes de Kibeho foram: Agnes Kamagaju, 22, que teve aparições de 1º de agosto de 1982 a 25 de setembro de 1983. Emanuel Segatashya, 15 anos, teve aparições de 2 de julho de 1982 a 3 de julho de 1983. Vestine Salima, 22 anos, teve aparições de 15 de setembro a 24 de dezembro de 1982. Stephanie Mukamurenzi, 14 anos, teve aparições de 25 de maio a 15 de dezembro de 1982. Alphonsine foi a que mais teve aparições, freqüentes de 28 de novembro de 1981 em diante e anuais, de 1984 a 1989, sempre em 28 de novembro. As aparições aconteciam no pátio da escola ou no dormitório dos estudantes. Mensagem de 12/1/1982 para Anathalie: "Filha, estou triste. E o que me deixa triste é que eu mandei uma mensagem e vocês não a recebem do jeito que eu desejaria." Mensagem de 1982 a Alphonsine: “Embora eu seja a Mãe de Deus, sou simples e humilde. Sempre estou no lugar onde vocês estão. Amo vocês como são. Eu nunca rejeito meus filhos. Quando um filho está sem receio diante de sua Mãe, ele conta tudo o que está em seu coração. Sou grata pelo filho que se alegra comigo. A alegria é um sinal da mais bela confiança e amor. Poucos compreendem os mistérios do amor de Deus. Deixem sua Mãe abraçar todos os seus filhos com amor, para que possam ter confiança em seus anseios mais profundos. Saibam que levo todos os seus desejos para o meu Filho Jesus, seu Irmão.” Mensagem de 16/1/1982: Nossa Senhora convidou Alphonsine a caminhar com ela num belo campo com muitas flores diferentes. Algumas flores estavam murchas ou mortas. Nossa Senhora disse: "Algumas podem se tornar exuberantes se alguém regar." As flores significam as pessoas em sua situação espiritual. Mensagem de 13/3/1982 a Anathalie: "Meu desejo é que vocês orem sem cessar, com todo o seu coração, e para que queiram chamar-me. Então, vocês realmente se tornarão meus filhos." Mensagem de 20/3/1982, Nossa Senhora mostrou à Alphonsine um lugar com pessoas em desespero e luta, outro com pessoas apenas na tristeza e outro com pessoas em felicidade, numa bela paisagem cheia de luz. Nossa Senhora explicou: “Este é o lugar daqueles que têm um coração cheio de luz. O lugar onde as pessoas sofrem, mas olham piedosamente para cima é daqueles que serão contados entre os eleitos. No entanto, quando você viu as pessoas que lutam, são aqueles que experimentarão os tormentos eternos, sem a esperança de obter o perdão. Agora que viu estas três categorias, espero que agora você faça o melhor possível para atrair pessoas para o caminho certo. Além disso, eu mostrei para que você aprenda que uma melhor vida está por vir, depois que o homem deixa a Terra. E na verdade, viver confortavelmente nesta vida sem se preocupar com o Criador e sua vontade, é uma perda de tempo." Mensagem de 27/3/1982 a Marie-Claire: “Quem me procura, me encontra! Eu me revelo onde quero, quando quero e a quem eu quero. Eu não venho somente para a paróquia de Kibeho, ou para Ruanda, ou para toda a África, mas para o mundo inteiro.” Mensagem de 2/4/1982, a Marie Claire: “Arrependam-se, arrependam-se, arrependam-se! Quando falo isso, não peço apenas para você, mas para todos. Hoje, as pessoas estão vazias e tem se preocupado com coisas sem sentido. Elas cometem faltas e não reconhecem que estão erradas. Rezem o Terço das Sete Dores para obterem a contrição de suas faltas.” Mensagem de 15/4/1982, Nossa Senhora disse chorando à Anathalie: “O mundo vai mal. Se não fizerem nada para se arrepender e renunciar seus pecados, ai de vocês! É exatamente isto que continua a me fazer mal, pois desejo salvá-los de um abismo, para que não caiam. Mas vocês se recusam. Por isso, redobrem o zelo pela oração em favor do mundo para que os pecados diminuam e sejam perdoados para aqueles que desejarem. Como posso ficar contente quando vejo meus filhos brincarem a ponto de caírem num abismo e se perderem? Venho até vocês para lhes comunicar uma mensagem que os chama novamente àquilo que esqueceram, mas recusam acolhê-la. Neste momento eu sofro muito, mas suporto tudo com paciência.” Mensagem de 31/5/1982 a Marie Claire: “O que eu peço para vocês é o arrependimento. Se vocês rezarem meditando isto na capela, terão uma forte contrição. Hoje, muitos não conhecem nenhuma maneira de obter o perdão dos pecados. Eles pregam novamente o Filho de Deus na Cruz. Por isso, procurei vir e tenho pedido isso a vocês, especialmente aqui em Ruanda, pois aqui ainda existem pessoas humildes e pobres que não estão apegadas à riqueza nem ao dinheiro. Meditem a Paixão de Jesus e minhas Sete Dores, especialmente nas sextas-feiras, dia da Crucifixão de Jesus, em 14 de setembro, dia da festa da Santa Cruz e em 15 de setembro, festa de minhas Sete Dores.” Mensagem de 25/6/1982: Nossa Senhora apareceu cheia de dor e lágrimas a Alphonsine: “Se choro é porque as pessoas estão num estado crítico que eu não posso conter as lágrimas de compaixão por vocês. Eu abri a porta, mas as pessoas não têm vontade de entrar. Vi que o mundo estava quase moribundo, e quando venho em seu socorro, vocês se recusam. Não se preocupe, minha filha! Eles desejarão sentir aquilo que te digo para dizer a eles quando for muito tarde e não terão nada para se salvar. E todos aqueles que não tratam de escutar a mensagem que eu transmito, o que ainda aguardam? O que aguardam? Não se dão conta que o tempo é breve?” Mensagem de 15/5/1982 a Anathalie: "O caminho para o Céu passa sempre através do sofrimento. Um verdadeiro filho de Maria não pode ser separado do sofrimento. Aceitar as cruzes é andar de mãos dadas com a paciência, a coragem, a humildade e a docilidade, e também, com o amor e a alegria.” Mensagem de 5/8/1982 a Anathalie: “Eu falo a vocês, mas não dão ouvido. Eu quero levantá-los, mas continuam caídos. Eu os chamo, mas tapam os ouvidos. Quando farão o que eu lhes peço? Vocês ficam indiferentes a todos os meus apelos. Quando irão compreendê-los? Quando vocês terão interesse em fazer o que peço? Eu dou sinais, mas continuam incrédulos. Por quanto tempo ainda permanecerão desanimados para os meus apelos?” Mensagem de 15/8/1982: "O mundo vai mal. O mundo corre em direção a sua ruína. Ele está para cair em um abismo. O mundo está em rebelião contra Deus, cometendo muitos pecados. Não existe mais amor nem paz. Se não se arrependerem e converterem seus corações, cairão todos em um abismo." Mensagem de 1982 a Alphonsine: “O mundo está para chegar ao fim. A volta de Jesus está muito próxima. Venho aconselhá-los para se prepararem para a vinda de meu Filho. Vocês devem sofrer com Jesus, rezar e serem apóstolos para prepararem sua vinda.” Mensagem de 1982: “Vim preparar o caminho do meu Filho para o bem de vocês, e não querem compreender. O tempo que resta é pouco, e vocês estão distraídos e ausentes. Vocês estão concentrados nas coisas mundanas que são passageiras. Vi muitos filhos se perderem e vim mostrar o caminho verdadeiro.” Mensagem de 1982 a Marie-Claire. A jovem caiu em espinhos e Nossa Senhora lhe disse: “Seus corações estão endurecidos. O mundo vai mal, meus filhos. É preciso que se mortifiquem para ajudar Jesus a salvar o mundo.” Mensagem de 19/8/1982: Nossa Senhora apareceu chorando e mostrou “um rio de sangue, pessoas que matavam umas às outras, cadáveres abandonados sem sepulturas, árvores em chamas, corpos sem cabeças.” E disse: "Virá um tempo em que desejarão rezar, se arrepender e obedecer sem a possibilidade de fazê-lo, a menos que comecem a fazê-lo agora neste momento, arrependendo-se e fazendo tudo aquilo que peço.” Mensagem de 15/9/1982 a Marie Claire: "Por que alguns não acreditam que eu vim para converter o mundo? Estou pedindo-lhes para se corrigir, mas eles se recusam a fazê-lo.” Mensagem de 6/12/1982 a Alphonsine: "A fé e a apostasia não serão notadas." Mensagem de 2/3/1983, Nossa Senhora diz à Anathalie: “Vocês precisam ser fervorosos na fé com uma oração sincera e perseverante. Satanás não ataca àqueles que não são verdadeiros cristãos e que não me amam. Ele se enfurece contra vocês porque ele se dá conta que em sua comunidade existem muitos que me amam. Mas não tenham medo, porque Eu estou com vocês para protegê-los.” Mensagem de 2/4/1983 a Anathalie: “Cada vez que te faço ver as flores, saiba que estou querendo falar das pessoas. Estas flores multicoloridas que vê agora, são como as pessoas. Isto significa que todos as pessoas são diferentes segundo as suas obras. Cada um segue o seu próprio caminho e tem uma cruz para levar. Naturalmente, todos são guiados por Jesus e por mim. Saiba que quando morrem, as almas que agiram bem se unem, mas se distinguem umas das outras pelo caminho que seguiram sobre a Terra. Por isso, eu te mostrei as flores de várias cores, que vivem no jardim de meu Filho. Você deve, portanto, amar o caminho no qual te conduzo, porque será este que te levará até aquele campo de flores, a fim de que se torne uma delas. Freqüentemente te mostro como aparece o lugar onde descansam aqueles que agiram bem e o lugar onde estarão aqueles que agirem mal. A vocês cabem escolher!” Mensagem de 6/7/1983 a Anathalie: “Eu faço aquilo que quero e como quero! Cada um será recompensado segundo as suas obras. Se você acolhe sempre a minha vontade, você será recompensada e se alegrará mais do que os outros! Para os restantes, cada um tem uma recompensa que lhes reservei. Portanto, reze muito pelo mundo, porque ele está morrendo. Reze sem cessar. Este é o trabalho que te confio na sua condição de sofrimento. Você deve rezar três Terços por dia. Enquanto você estiver sobre a Terra, você deve contribuir pela salvação de muitos pessoas caídas no abismo. Eu te encarrego de tirá-las de lá, colaborando comigo.” Mensagem de 1982: “O mundo vive atualmente numa péssima situação moral. Os homens não rezam o bastante e daqueles que rezam, muitos não rezam como deveriam. É preciso rezar para que se convertam, para que mudem de vida e recorram aos Sacramentos, em particular ao Sacramento da Confissão. Que se desapeguem dos bens da Terra e procurem os bens do Céu. Que se humilhem diante de Deus e que entre vocês reine a paz, a misericórdia e a caridade fraterna.” Mensagem de 28/11/1989 a Alphonsine: “Meus filhos! Vocês que vieram de tão longe, transmitam esta mensagem. Maria não abandonará aqueles que vierem aqui. O filho de Maria não se separará da cruz, mas a conservará no seu coração como eu conservei o sofrimento no meu Coração. Rezem, rezem, rezem! Não se preocupem com aqueles que dizem que perdem seu tempo e que são preguiçosos. Vocês que rezam, um dia terão a recompensa. Serão felizes! Sigam o Evangelho do meu Filho, entristecido com aqueles que o desprezam. O Meu Filho sofreu, perseguiram-no e feriram-no. Mas isto não o impediu de ser o Rei do Céu e da Terra. Meus filhos, eu abençôo todos vocês como são. Dou minha benção, não apenas para aqueles que vieram a Kibeho, mas para ao mundo inteiro. Vocês doentes, com diversas doenças incuráveis não devem esquecer que a cura da alma é a mais importante. Jesus sofreu muito na Cruz. É preciso sofrer. Um bom coração vale mais que todo o resto. Não existe riqueza maior do que um coração puro. Não existe nada mais belo do que um coração puro que oferece seus sofrimentos a Deus. Ofereçam, ofereçam seus corações. Que o corpo não os faça esquecer a vida espiritual. Vocês que têm todo o tipo de dificuldades na vida. Aqui não é o lugar no qual repararão as dificuldades. Se elas persistem, é necessário saber apresentá-las como oferecimento. Um sacrifício é pedido a cada cristão. Vocês que encontram dificuldades em suas famílias, pensem na Sagrada Família de Nazaré que viveu em uma extrema pobreza. Sem se beneficiar da atenção das pessoas em suas penas diárias, coloquem a Sagrada Família como sua padroeira. Deus é maior do que todo o mal do mundo. Não se esqueçam disso. Sua vida é importantíssima. Vivam-na no meio das dificuldades do mundo atual fiéis aos seus compromissos. Vocês consagrados a Deus,: esta condição de vida é sempre exigente e árdua. Vocês precisam ser fiéis a ela. Vocês sacerdotes, ofereçam a si mesmos, vocês que oferecem o Sacrifício de Jesus. Eu os amo, eu os amo, eu os amo muito. Nunca se esqueçam que o amor que tenho por vocês me fez vir entre vocês. Vocês jovens, levem a vida a sério. Vocês são o futuro. Não estraguem o seu futuro. Vocês, jovens que rezam, um dia terão sua recompensa. Rezem, rezem, rezem e sigam o Evangelho do meu Filho, entristecido com aqueles que zombam Dele. Todos vocês governantes têm o poder de representar tantas pessoas. Não matem, mas salvem. Não sejam cobiçosos, saibam dividir com os outros. Não sejam infiéis à palavra dada, traindo aqueles que os apoiaram. Meus filhos, na verdade não pretendo permanecer com vocês longamente como de costume, porque já lhes comuniquei o essencial daquilo que espero de vocês. Como lhes disse, desejo repetir mais uma vez que estou contente com vocês! Estou contente com os frutos que se produzem pouco a pouco desde que vim a Ruanda. Quanto às desgraças que se abatem sobre vocês, não se preocupem, porque nada é mais forte que o próprio Deus. O importante é saber aceitar sem se lamentar. Agora, meus filhos, também escuto todas as suas orações. Sei que vocês se preocupam em fazer longas viagens vindo até mim. Então, neste breve momento em que estamos juntos, digam todas as suas necessidades para mim. Meus filhos, estou para lhes dizer adeus. Eu os amo, amo, amo muito! Mas ai de quem se mostra indiferente a este amor que agora lhes prometi e expressei. Vim por vocês! Porque vocês tinham necessidade disto. Adeus.” Em 1994, começou a guerra civil em Ruanda. Os povos tutsis e hutus, lutaram um contra o outro, causando a morte de oitocentas mil pessoas. Muitas foram decapitadas e atirados ao rio Kagera que se tingiu de sangue. Milhares de pessoas ficaram mutiladas. A vidente Vestine morreu de problemas cardíacos em 1994. Emanuel também morreu na guerra enquanto fugia de Kigali. Agnes reside em Ruanda. Marie Claire se casou em 22 agosto de 1987 e vivia em Kigali com o marido, mas não tiveram filhos. Em Byumba, durante o genocídio de 1994, Marie Claire foi assassinada junto a outras pessoas ao tentar defender seu marido. Alphonsine entrou para a Ordem de Santa Clara em Abidjan, Costa do Marfim, onde mora atualmente. Anathalie mora ainda em Kibeho e atende aos peregrinos com muita delicadeza e humildade. Postado por Patricia Silva às 20:36 http://sagradafacejesus.blogspot.com.br/ Kibeho: Nossa Senhora nos fala na África Após o inicio das aparições em Medjugorje, Nossa Senhora apareceu de 28/11/1981 até 28/11/1989 a três jovens em Kibeho, Ruanda, África. É a única aparição ocorrida no continente africano. Estas aparições, já reconhecidas pela Igreja Católica em 29/06/2001, demonstram a urgência do tempo em que vivemos e o infinito amor de Nossa Mãe Celestial por cada um de nós. Em 24/04/1982, Nossa Senhora aparece a uma criança de nome Alphonsine Mumureke e se identifica como A MÃE DO VERBO (Nyina wa Jambo, na língua ruandese). A outras duas videntes são Nathalie Mukamazimpaka e Marie-Claire Mukangango. Sua primeira mensagem, dada a 15/08/1982: “O mundo vai mal.. o mundo corre em direção à sua ruína, está para cair em um abismo... O mundo está em rebelião contra Deus, se cometem muitos pecados, não existe nem amor, nem paz... Se vocês não se arrependerem e não converterem os vossos corações, vocês cairão todos em um abismo”. No dia 15/08/1982, a Mãe do Verbo nos alerta: “Virá o tempo em que vocês desejarão rezar, arrepender-se e obedecer, sem ter mais a possibilidade de fazê-lo, a menos que comecem a fazê-lo agora mesmo, arrependendo-se e fazendo tudo aquilo que peço a vocês”. Em 15/08/1982, Nossa Senhora mostra as videntes: “rios de sangue, pessoas que se matavam umas as outras, fogo por todos os lados, cadáveres abandonados sem ninguém para sepultá-los, corpos decapitados”. A profecia se cumpre em abril de 1994 com o massacre de mais de 10.000 pessoas refugiadas na paróquia de Kibeho. Os que estavam dentro da igreja, foram queimados vivos. Um ano depois se segue outro massacre de 8.000 pessoas na mesma praça das aparições. A vidente Marie Claire morre assassinada no genocídio de 1994. Na missa concelebrada em 15/09/2001, na primeira peregrinação oficial da Igreja Católica em Kibeho, o bispo Frédéric Rubjwejaanga, presidente da comissão teológica da aparição, afirmou que Maria, como Mãe, está sempre aos pés da Cruz, não somente a de Seu Filho Jesus, mas também naquela de todos os seus filhos. Em Kibeho é enfatizada a mensagem da cruz e da necessidade da penitência e da oferta do sofrimento em expiação; porque não somente no mundo está em uma devastante mentalidade hedonista, mas também porque na Igreja os valores da penitência e do jejum caíram em desuso ou deixada em segundo plano, distanciando-se assim do Evangelho. Na aparição de 27/03/1982, Nossa Senhora diz a vidente Marie-Claire: “Quando Me faço ver a qualquer um para falar-lhe, desejo dirigir-me ao mundo inteiro. Se agora venho na paróquia de Kibeho, Eu para a diocese de Brutare, ou até mesmo para Ruanda, ou para toda a África, Eu me dirijo ao mundo inteiro”. Em 15/04/1982, durante uma longuíssima aparição, Nossa Senhora apareceu cheia de aflição e em prantos. A vidente Nathalie, claramente dolorida, cai várias vezes no chão. Quando perguntada pelo motivo de tamanha aflição, Nossa Senhora afirma: “O mundo vai mal e se vocês não fazem nada para arrepender-se e para renunciar aos vossos pecados, ai de vocês! É exatamente isto que continua a Me fazer mal; porque desejo salvá-los de um abismo, para que não caiam, mas vocês se recusam. Redobrem, portanto, o zelo, filha minha, pela oração em favor do mundo a fim de que os pecados diminuam e sejam perdoados para aqueles que o desejarem. Como posso Eu estar contente quando vejo os Meus filhos brincarem Comigo e estão a ponto de cair em um abismo e se perderem ? Venho até vocês para comunicar-lhes uma mensagem que os chama novamente àquilo que haveis esquecido, mas vocês se recusam em acolhê-lo. Neste momento Eu sofro muito, mas suporto tudo com paciência”. Para a vidente Marie-Claire, que foi vista cair em meio a uma touceira de espinhos: “Por isto caístes sete vezes entre os espinhos, a fim de que Eu possa escolher os seus corações endurecidos. O mundo vai mal, Meus filhos; necessita que se mortifiquem para ajudar Jesus a salvar o mundo”. Em 25 de junho de 1982, Nossa Senhora se mostrou a vidente Alphonsine cheia de lágrimas e de tristeza por causa da incredulidade e da indiferença dos homens. Não queria que Alphonsine A olhasse assim, que Lhe falasse ou que cantasse os cantos que Ela mesmo havia ensinado. A Sua dor era incomensurável: “Se choro é porque vocês homens, estão em um estado crítico que Eu não posso conter as lágrimas de compaixão por vocês” “Filha minha, Eu abri a porta, mas os homens não tem vontade de entrar”. “Vi que o mundo estava quase moribundo, e quando venho em seu socorro, vocês recusam”. “Não se preocupe, minha filha! Eles desejarão sentir aquilo que digo a você para dizer a eles, quando for muito tarde e não terão nada para salvar”. “E todos aqueles que não tratam de escutar a mensagem que Eu transmito a eles, o que ainda aguardam ? O que aguardam ? O que aguardam ? O que aguardam ? Não se dão conta que o tempo se faz breve ?”. As palavras foram acompanhadas de uma tremenda visão: rios de sangue, incêndios, gente que se matava, cabeça de um homem decapitado e sangrando, cadáveres abandonados e sem sepultura. Em seu diário, em 15 de agosto de 1982, Alphonsine anota: “A Santa Virgem chora por causa de nossa conduta tão malvada. Nós não nos amamos; entre nós somos invejosos e outras coisas que revelam uma profunda malvadeza”. A última mensagem de Nossa Senhora à vidente Alphonsine, em 28 de novembro de 1989, começou as 16:00 e terminou as 17:30. Ao entrar em êxtase, Alphonsine rezou pelo mundo pelo mundo, por si mesma e pelos outros. Nossa Senhora recapitulou todas as mensagens, deixou recomendações particulares para os jovens, para as famílias, para os consagrados, para os jovens, para os doentes e para os peregrinos. “Meus filhos! O fato que vos digo adeus não significa que agora em diante esqueço a África e o mundo inteiro; isto não quer dizer também que esqueço os ruandeses. Alphonsine é somente Meu instrumento, não vosso Deus. Os recomendo de não esquecerem de tantas viagens até Ruanda (falando aos peregrinos estrangeiros). Meus filhos, rezem, rezem, rezem! Sigam o Evangelho de Meu Filho e o coloquem em prática; fazendo isto, serão certamente felizes em suas almas. Meu Filho sofreu, O perseguiram e O denegriram. Mas isto não O impediu de ser o Rei do Céu e da Terra. Ó, todos vocês que são considerados loucos porque amam rezar! Vocês que são tratados como egoístas e ociosos porque abraçaram um estado de vida no qual são consagradas a Deus. Bem, Eu os digo que um dia vocês serão plenos de alegria! Meus filhos, meus filhos! Os abençôo a todos como são ! A Minha benção não A dou somente àqueles que vieram a Kibeho, mas também A dou ao mundo inteiro! Vocês doentes, com diversas doenças incuráveis: um bom coração vale mais que todo o resto, não existe riqueza maior do que um coração que seja puro. Vocês que estão lidando com toda sorte de dificuldades na vossa vida: aqui não é o lugar no qual se reparará as dificuldades. Se elas persistem, é necessário saber apresentá-las como oferta. É pedido um sacrifício para cada cristão. Vocês que encontram dificuldades em suas famílias, pensem na Santa Familia que vivem em uma extrema pobreza, sem se beneficiar da atenção das pessoas e em suas penas diárias coloquem a Santa Familia como a vossa padroeira. Vocês consagrados a Deus: uma tal condição de vida é sempre exigente e árdua; necessita ser fiel ao vosso empenho, Vocês jovens: na vossa idade acreditam de serem capazes de tudo. É necessário então não cair de modo irreversível. Vocês todos os governantes: vocês têm o poder de representar tantos homens. Não matem, mas salvem. Não sejam cobiçosos, saibam dividir com os outros. Não sejam infiéis à palavra dada, traindo aqueles que o apoiaram. O digo e repito: quando também agistes desonestamente a qualquer pessoa por causa de seu amor pelos homens, de sua luta pela dignidade da pessoa humana, de seu cuidado pelo bem-estar dos outros, do zelo para o bem em si ou o seu ardor no amor de Deus, todas as medidas que tomarem contra eles não as farão desaparecer totalmente. Meus filhos, na verdade não pretendo permanecer com vocês longamente como de costume, porque já comuniquei a vocês o essencial e aquilo que espero ainda de vocês, os comuniquei. Como lhes disse, desejo simplesmente repetir ainda uma vez que estou contente por vocês! Estou contente dos frutos que se produzem pouco a pouco desde quando vim a Ruanda. Quanto às desgraças que se abatem sobre vocês, não se preocupem, porque nada é mais forte que Deus mesmo. Ainda uma vez os digo, filhos Meus, não é somente o Céu um local onde se defende das desgraças. O que importa é saber aceitar convenientemente, sem lamentar-se. Agora, Meus filhos, também se habitualmente escuto plenamente as vossas orações, considero o fato de que vocês se preocupam em fazer longas viagens vindo até Mim. Então, neste breve momento que estamos de acordo, digam-Me todas as vossas necessidades. Meus filhos, estou para dizer-lhes adeus. Eu os amo! Os amo! Os amo tanto! Mas ai de quem se mostra indiferente a este amor que agora vos prometi e expressei. Vim por vocês, vim por vocês, vim por vocês! Porque vejo que tinham necessidade disto!” Em 2 de março de 1982, a vidente Nathalie pergunta a Nossa Senhora o que fazer para acabar com o demônio. Nossa Senhora responde: “Necessita-se ser fervorosa na fé em uma oração sincera e perseverante no caminho da oração interior. Satanás não ataca àqueles que não são verdadeiros cristãos e que não Me amam. Ele se enfurece contra vocês porque ele se dá conta que em sua comunidade existem muitos que Me amam. Mas não tenham medo, porque Eu estou com vocês para protegê-los”. Na aparição de 24 de junho de 1982, Nathalie teve a visão de três lugares diferentes. O primeiro é o lugar onde se endireitam aqueles que se desviaram, o segundo é o local onde se reúnem os dispersos, enquanto o terceiro é o lugar do encontro da felicidade. Em 27 de novembro de 1982, Nathalie pergunta a Nossa Senhora porque durante as viagens místicas podia estar em Kibeho. Maria responde: “O seu corpo permaneceu na Terra e qualquer pessoa o pode ver. Eu levei somente a tua alma nesta viagem. Certo, você não pode se dar conta que tu estás separada do corpo, mas Eu sei que tu estás presente somente com tua alma; seu corpo não está conosco, ficou na Terra. Isto também explica porque quando Eu te quero mostrar os anjos e os santos, O faço revestindo-os de corpo, porque se te mostrasse as almas desencarnadas, tu não conseguiria vê-los, poderias apenas escutar as suas vozes”. Na segunda viagem ao além, em 1 de abril de 1983, ao qual foram testemunhas o abade Augustin Misago e os sacerdotes da paróquia de Kibeho. Nathalie entrou em um lugar todo escuro, no qual não se via nada nem mesmo a Virgem, depois passou em um outro lugar com um pouco de luz, uma luz nem do sol, nem de outra fonte luminosa conhecida, mas especial e agradável. Depois desta visão, Nossa Senhora explicou: “Tu deves percorrer estas três partes. Até agora você percorreu duas. No lugar onde você não encontrou nada além de escuridão e você não sabia onde se encontrava, Eu quis recordar-lhe que antes de seu nascimento, quando estavas ainda no seio de sua mãe, você era ignorante de tudo, nem a respeito da realidade da terra nem da realidade do céu. Qualquer um que não tenha nascido não sabe nada e não vê nada porque está em um lugar no qual não penetra nenhuma luz. No local onde penetra uma luz débil onde começastes a ver-Me e a falar-Me, desejo relembrar o momento em que nasceste, onde vistes as coisas que estão sobre a terra, onde começaste a escolher entre o bem e o mal e onde tu mesma começou a me pedir explicações a respeito daquilo que não compreendias. Finalmente o lugar onde chegamos, onde reina uma luz abundante e deliciosa, é lá que permaneces de entrar e de morar. Tu deves pois dar-te o que fazer, porque esta zona de grande comprimento superior as outras duas se tornará um dia a sua morada. Eu te desejo muito. Tu irás estabelecer a sua morada neste local se tu podes observar tudo aquilo que te peço de fazer e ensinar os outros a fazer o mesmo. Cada um que faz a Minha vontade pode entrar neste local”. Ao término desta visão, Nossa Senhora mostrou a vidente um imenso campo de flores belíssimas: brancas, vermelhas, amarelas e de outras cores. No meio estava uma árvore gigante que ali dominava. Nossa Senhora explicou a Nathalie ao final da terceira viagem mística em 2 de abril de 1983: “Cada vez que Eu te faço ver as flores, saiba que estou querendo falar dos homens. Estas flores multicoloridas que tu vês agora, são igualmente os homens. Isto significa que todos os homens são diferentes segundo as suas obras; cada um segue o próprio caminho e tem uma cruz para levar, naturalmente que tudo ao fim guiado por nós (Jesus e Maria). Saiba pois que, quando se morre, as almas que agiram bem se unem, mas se distinguem umas das outras pelo caminho que seguiram sobre a Terra. Por isto te mostrei as flores de várias cores, que vivem no jardim de Meu Filho. Tu deves, portanto, amar o caminho no qual te conduzo, porque será este que te levará até aquele campo de flores, a fim de que torne-se uma delas. Frequentemente te mostro como aparece o lugar onde descansam aqueles que agiram bem e o lugar onde estarão aqueles que agiram mal. A ti escolhes!” Na aparição de 6 de julho de 1982, Nossa Senhora demonstra Suas intenções a respeito de Nathalie. De fato, a vidente estava um pouco triste e se lamentava com Nossa Senhora pelos muitos sofrimentos que estava experimentando, diferentemente das outras duas videntes. Nossa Senhora lhe disse: “Não! Faço aquilo que quero e como quero! Cada um será recompensado segundo as suas obras. Se você acolhe sempre a Minha vontade, você será recompensada e te alegrarás mais do que os outros! Para os restantes, cada um tem uma recompensa que lhes reservei. Reza, portanto, muito pelo mundo, porque está morrendo. Reza ininterruptamente. Este é o trabalho que te confio na sua condição de sofrimento. Você deve rezar três rosários por dia. Enquanto você estiver sobre a terra, você deve contribuir pela salvação de muitos homens caídos no abismo. Te encarrego de tirá-los de lá, colaborando comigo”. Os relatos dos videntes podem ser resumidos nos seguintes pontos essenciais (tradução das páginas 366 a 369 – Capítulo I FATTI - Livro LE APPARIZIONE DELLA MADONNA IN AFRICA: KIBEHO – Editora Shalom - 2004): · Nossa Senhora se apresentou com o nome de MÂE DO VERBO. Ela explicou que equivale a dizer Mãe de Deus. Os videntes afirmam de vê-la com as mãos juntas. · Ela pede aos jovens de rezarem muito pela conversão do mundo: “O mundo, diz, vive atualmente em uma péssima situação moral. Os homens não rezam o bastante e daqueles que rezam, muitos não rezam como se deve. Necessita-se rezar para que se convertam, para que mudem de vida e recorram aos sacramentos, em particular ao sacramento da confissão. Que se desapeguem dos bens da terra e procurem os bens do Céu. Que se humilhem diante de Deus e que entre nós reine a paz, a misericórdia e a caridade fraterna”. · Ela recordou que existem muitos modos de rezar e convidou uma vidente a aprender a recitar a “coroinha das sete dores”. Ela também pediu que se ensinasse esta coroinha às suas colegas de escola e as pessoas que moravam próximo de sua casa natal. A Virgem deseja que esta coroinha seja conhecida não somente em Ruanda mas também em outros lugares. Ela tinha dito que a Sua mensagem não se limita as videntes, mas a todo o mundo. Ela estava triste que sua mensagem seja aceita com tanta dificuldade. · Ela convidou as videntes a aceitarem o sofrimento na fé e na alegria para a salvação do mundo. Ensinou a elas suportar o sofrimento interior, a privar-se dos prazeres, a mortificar-se para colaborar com a salvação do mundo. Durante a quaresma de 1983, convidou a jejuar e a rezar por alguns dias em recordação do jejum e da oração de Jesus no deserto. · Pediu a construção de uma capela em recordação de sua visita em Kibeho, Ruanda, África. · Segundo as videntes, também Jesus insistiu na conversão, com uma comunicação de urgência por causa de estar próximo o fim do mundo e pela Sua indignação com a licenciosidade dos costumes. Se dirige a todas as categorias de pessoas, mas sobretudo aos jovens e àqueles que tem como tarefa toda especial o anúncio do Evangelho. Um documentário em vídeo sobre os êxtases pode ser encontrado nos links abaixo: http://video.on.ais.org.br/index.jsp?auto_band=x&rf=sv&fr_story=5c90c7d1a28f8d9bbf7fd72b2f7537c9c0287106 e http://www.youtube.com/watch?v=sfTtIl_MXaU Fonte: livro LE APPARIZIONE DELLA MADONNA IN AFRICA: KIBEHO – Padre Gianni Sgreva - Editrice SHALOM – Itália - 2004 Traduzido do italiano por Gabriel Paulino webmaster WWW.MEDJUGORJEBRASIL.COM Da meditação da morte 1. Mui depressa chegará teu fim neste mundo; vê, pois, como te preparas: hoje está vivo o homem, e amanhã já não existe. Entretanto, logo que se perdeu de vista, também se perderá da memória. Ó cegueira e dureza do coração humano, que só cuida do presente, sem olhar para o futuro! De tal modo te deves haver em todas as tuas obras e pensamentos, como se fosse já a hora da morte. Se tivesses boa consciência não temerias muito a morte. Melhor fora evitar o pecado que fugir da morte. Se não estás preparado hoje, como o estarás amanhã? O dia de amanhã é incerto, e quem sabe se te será concedido? 2. Que nos aproveita vivermos muito tempo, quando tão pouco nos emendamos? Oh! nem sempre traz emenda a longa vida, senão que aumenta, muitas vezes, a culpa. Oxalá tivéssemos, um dia sequer, vivido bem neste mundo! Muitos contam os anos decorridos desde a sua conversão; freqüentemente, porém, é pouco o fruto da emenda. Se for tanto para temer o morrer, talvez seja ainda mais perigoso o viver muito. Bem-aventurado aquele que medita sempre sobre a hora da morte, e para ela se dispõe cada dia. Se já viste alguém morrer, reflete que também tu passarás pelo mesmo caminho. 3. Pela manhã, pensa que não chegarás à noite, e à noite não te prometas o dia seguinte. Por isso anda sempre preparado e vive de tal modo que te não encontre a morte desprevenido. Muitos morrem repentina e inesperadamente; pois na hora em que menos se pensa, virá o Filho do Homem (Lc 12,40). Quando vier àquela hora derradeira, começarás a julgar mui diferentemente toda a tua vida passada, e doer-te-á muito teres sido tão negligente e remisso. 4. Quão feliz e prudente é aquele que procura ser em vida como deseja que o ache a morte. Pois o que dará grande confiança de morte abençoada é o perfeito desprezo do mundo, o desejo ardente do progresso na virtude, o amor à disciplina, o rigor na penitência, a prontidão na obediência, a renúncia de si mesmo e a paciência em sofrer, por amor de Cristo, qualquer adversidade. Mui fácil é praticar o bem enquanto estás são; mas, quando enfermo, não sei o que poderás. Poucos melhoram com a enfermidade; raro também se santificam os que andam em muitas peregrinações. 5. Não confies em parentes e amigos, nem proteles para mais tarde o negócio de tua salvação, porque mais depressa do que pensas te esquecerão os homens. Melhor é providenciar agora e fazer algo de bem, do que esperar pelo socorro dos outros. Se não cuidas de ti no presente, quem cuidará de ti no futuro? Mui precioso é o tempo presente: agora são os dias de salvação, agora é o tempo favorável (2Cor 6,2). Mas, ai! Que melhor não aproveitas o meio pelo qual podes merecer viver eternamente! Tempo virá de desejares, um dia, uma hora sequer, para a tua emenda, e não sei se a alcançarás. 6. Olha, meu caro irmão, de quantos perigos te poderias livrar e de quantos terrores fugir, se sempre andasses temeroso e desconfiado da morte. Procura agora de tal modo viver, que na hora da morte te possas antes alegrar que temer. Aprende agora a desprezar tudo, para então poderes voar livremente a Cristo. Castiga agora teu corpo pela penitência, para que possas então ter legítima confiança. 7. Ó louco, que pensas viver muito tempo, quando não tens seguro nem um só dia! Quantos têm sido logrados e, de improviso, arrancados ao corpo! Quantas vezes ouviste contar: morreu este a espada; afogou-se aquele; este outro, caindo do alto, quebrou a cabeça; um morreu comendo, outro expirou jogando. Estes se terminaram pelo fogo, aqueles pelo ferro, uns pela peste, outros pelas mãos dos ladrões, e de todos é o fim a morte, e, depressa, qual sombra, acaba a vida do homem (Sl 143,4). 8. Quem se lembrará de ti depois da morte? E quem rogará por ti? Faze já, irmão caríssimo, quanto puderes; pois não sabes, quando morrerás nem o que te sucederá depois da morte. Enquanto tens tempo, ajunta riquezas imortais. Só cuida em tua salvação, ocupa-te só nas coisas de Deus. Granjeia agora amigos, venerando os santos de Deus e imitando suas obras, para que, ao saíres desta vida, te recebam nas eternas moradas (Lc 16,9). 9. Considera-te como hóspede e peregrino neste mundo, como se nada tivesses com os negócios da terra. Conserva livre teu coração, e erguido a Deus, porque não tens aqui morada permanente. Para lá dirige tuas preces e gemidos, cada dia, com lágrimas, a fim de que mereça tua alma, depois da morte, passar venturosamente ao Senhor. Amém. IMITAÇÃO DE CRISTO Mensagem de 25 de Outubro de 2015 "Queridos filhos! A minha oração hoje também é por todos vocês, sobretudo por aqueles que se tornaram duros de coração ao Meu chamado. Vocês vivem dias de graça e não são conscientes dos dons que Deus lhes dá através da minha presença. Filhinhos, decidam hoje também pela santidade, tomem o exemplo dos santos desses tempos e irão ver que a santidade é realidade por todos vocês. Filhinhos, alegre-se no amor porque,aos olhos de Deus, vocês são irrepetíveis e insubstituíveis, porque vocês são a alegria de Deus nesse mundo. Testemunhem a paz, a oração e o amor. Muito obrigada por terem respondido ao Meu chamado." No livro do Eclesiastes, se lê esta frase: 'Lembra-te que és pó. E ao pó retornarás'. Além de lembrar ao homem sua condição perecível e transitória, esta sentença recorda a aniquilação física, a decomposição do organismo, após a morte. A realidade é constatada quase universalmente. Digo quase universalmente, por se darem exceções, embora raríssimas, de não decomposição física. Exceção esta conhecida pelo nome de Incorrupção. Incorrupção é a preservação do corpo humano da deteriorização que comumente afeta todo organismo poucos dias após a morte. É evidente que são excluídas as mumificações, as saponificações e outros processos químicos de preservação dos corpos dos mortos; pois seriam incorrupções artificiais. Parece que estão apenas dormindo mas já foram chamados para a Glória de Deus Pai... A Ciência não consegue explicar o incrível milagre da incorrupção dos corpos santos. A Igreja Catolica tem mais de 2.000 corpos incorruptos! Um corpo é considerado incorrupto quando não se deteriora depois da morte como habitualmente acontece com os demais corpos poucos dias depois da morte. Evidentemente exclui-se qualquer processo de incorrupção artificial como as mumificações, as saponificações e outros processos químicos de preservação. A preservação acontece milagrosamente sem qualquer intervenção. Alguns até cheiram a rosas... Cientistas, médicos e cirurgiões analisaram alguns corpos incorruptos e declararam que a preservação é humanamente inexplicável, que não poderiam, em condições normais e naturais, serem encontrados em tão perfeito estado de conservação depois de tanto tempo. Um exemplo das análises feitas por peritos e médicos: "A beata Maria Ana de Jesus, terciária da ordem de Nossa Senhora da Redenção, nascida em Madrid e falecida na mesma cidade em 1642; teve o corpo preservado da decomposição. Pouco depois de sua morte, o Cardeal Treso, Bispo de Málaga e presidente da Castela; que a conhecera pessoalmente em vida, no processo de beatificação, declara ter estado presente na primeira exumação e afirma: "Eu ví e me assombrei ao presenciar que o corpo morto há anos, sem que tivessem sido retiradas as vísceras ou embalsamado, pudesse estar tão perfeitamente conservado que nem sequer o abdômen e nem as faces oferecessem sinal de deteriorização, com exceção de uma mancha nos lábios, embora esta já a tivesse em vida". Em 1731, tendo já transcorridos 107 anos da morte da Serva de Deus, teve lugar uma inspecção oficial e mais completa, por ordem das autoridades eclesiásticas interessadas na causa da Beatificação. Os restos mortais se apresentavam suaves, flexíveis e elásticos ao tacto. Esta investigação teve lugar em Madrid, tendo sido fácil reunir médicos e peritos. Nove professores de medicina e cirurgia tomaram parte nas investigações e depuseram como testemunhas. Foram feitas incisões na parte carnosa e no peito; foram estudados os orifícios naturais por onde poderiam ter sido introduzidos preservativos contra a putrefacção. Foi uma verdadeira dissecação. Após completar as investigações, os médicos declararam: " Os órgãos internos, as vísceras e os tecidos carnosos, estavam todos eles intactos, sãos, húmidos e elásticos". Apesar da constante evolução da ciência esse fenômeno continua inexplicável, porque são de ordem sobrenatural, logo milagrosa. Esse milagre é característico de catolicismo e somente dele. Não há registos históricos de que pessoas de outras religiões ou crenças tenham sido encontradas incorruptas ou com ausência de rigidez cadavérica. O milagre acontece somente no catolicismo e com pessoas que em vida transbordavam santidade, mas nem todos os grandes santos foram encontrados incorruptos, pois os milagres não têm regra fixa. Veja alguns exemplos de santos que tiveram seu corpo preservado: Beata Ana Maria Taigi (1769-1837) Beata Ana Maria Taigi Nasceu em Sena de Toscana. Viveu em humilde simplicidade, atendendo a um pobre lar com sete filho, vendo-se obrigada em várias ocasiões a sustentar a casa com seus trabalhos de costura, quando seu marido perdeu seu emprego. Foi uma mulher de luzes extraordinárias e rodeada de maravilhosos carismas e dons extraordinários. O cardeal Pedicini refere a sua declaração juramentada sobre os portentos que ele presenciou nessa mulher extraordinária, e que podem ser consultados no processo de sua beatificação. Diz o citado Cardeal que Ana Maria Taigi vinha os pensamentos mais secretos das pessoas presentes ou ausentes; os acontecimentos dos séculos passados, e a vida que levavam as mais importantes personagens. Poderia se dizer que este dom era onisciente, era conhecimentos de todas as coisas em Deus, na medida em que a inteligência humana é capaz de conhecê-lo nesta vida. E acrescenta o Cardeal: "Me sinto impotente para descobrir as maravilhas de quem fui confidente durante 30 anos". O decreto de beatificação a aponta como:"pródigo único nos fastos da Santidade". Ângela da Cruz (1846-1932) Angela da Cruz Nasceu nos arredores de Sevilha em 30 de Janeiro de 1846, tendo sido batizada no dia 2 de Fevereiro seguinte na paróquia de Santa Luzia. Pouco tempo teve de escola, aprendendo a escrever, algumas noções de aritmética e catecismo. Apesar da sua pobreza, desde pequena se habituou a partilhar os bens da sua casa com os mais pobres. Na família aprendeu a rezar o Terço e a celebrar o mês de Maio, dedicado à Virgem Maria. Manhã cedo, acompanhava seu pai para a oração do Terço; em 1854 fez a Primeira Comunhão e recebeu a Confirmação no ano seguinte. Começou a trabalhar aos doze anos numa sapataria, onde também se rezava o Terço, diariamente; ali começaram as suas experiências místicas. Começou a ensinar a sua profissão a outras meninas numa instituição chamada "As arrependidas", em Sevilha. O seu confessor ajudou-a a encontrar a sua vocação: ser monja. Por falta de saúde, não foi admitida no Carmelo fundado em Sevilha por Santa Teresa de Jesus, mas em 1868 entrou como Postulante nas Filhas da Caridade do Hospital central de Sevilha, de onde foi trasladada para Cuenca, com melhor clima para a sua saúde. Em 1870 teve de abandonar definitivamente a Instituição. Teve de viver como "monja sem convento", voltou ao seu trabalho, aceitou a orientação do seu diretor espiritual, escrevendo os seus pensamentos e desejos da alma, até descobrir a sua vocação perante uma Cruz:a fundação de um Instituto que, "por amor de Deus, abraçasse a maior pobreza, para poder ajudar os pobres". Com essa intuição, redigiu um projeto, com uma dimensão caritativa que a levasse a identificar-se com os menos afortunados: "fazer-se pobre com os pobres". Depois de participar na Santa Missa, instalou-se com outras três mulheres, num quarto alugado, onde tinham lugar principal um Crucifixo e um quadro da Virgem das Dores. Nasciam as Irmãs da Cruz. As casas da "Companhia" deviam ter um ambiente de limpeza, saudável alegria e contida beleza, com estilo simples para mulheres simples, afastadas da grandiosidade, mas com ar de doçura, de modo a que todas sentissem uma nova maneira de querer Deus e os pobres. Começaran a recolher meninas órfãs, as casas começaram a crescer, atendiam as pessoas na sua própria casa, pediam esmola com uma das mãos e distribuiam-na com a outra. Em 1879 foram aprovadas as primeiras Constituições pelo Bispo diocesano, tendo conmo carisma a oração, a austeridade, contemplação e alegria no serviço dos pobres. Depressa se estenderam por toda a Espanha, chegaram à Itália e à América. Madre Ângela encontrou-se com o Papa Leão XIII na beatificação de João de Ávila e de Frei Diogo de Cádiz, mas o assinatura do decreto de aprovação da Companhia só foi assinado por Pio X, em 1904. A Irmã Ângela foi nomeada Superiora-Geral, reeleita por quatro vezes, destacando-se pelas suas virtudes de naturalidade e simplicidade. Em 7 de Julho de 1931, foi atacada por uma trombose cerebral que a levaria à morte nove meses depois. Apesar de paralizada, mais procurava agradar do que incomodar. Faleceu em 2 de Março de 1932 e Sevilha passou durante três dias diante do seu cadáver. A Câmara Municipal celebrou uma Sessão extraordinária para elogiar a Irmã Ângela e deu o seu nome a uma rua da Cidade. Também ela foi beatificada por João Paulo II em 5 de Novembro de 1982, para ser, agora canonizada durante a viagem pastoral a Madrid. O seu corpo encontra-se incorrupto na Capela da Casa Mãe. Beato Gaetano Catanoso Beato Gaetano Catanoso O Beato Gaetano Catanoso nasceu a 14 de Fevereiro de 1879, em Chorio di San Lorenzo (Itália). Fundou as Irmãs Verónicas do Santo Rosto. Morreu em Reggio Calábria a 4 de Abril de 1963. Santa Bernardete - 16 de abril Santa Maria Bernadete Também conhecida como Santa Maria Bernadete e Santa Bernadete Soubirous. Ela nasceu no dia 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, na França. Era de família pobre e chegou a trabalhar como empregada doméstica e pastora de ovelhas. Santa Bernadete tinha constantes visões da Virgem Maria. Em uma delas, a Santa foi conduzida a uma fonte que curava. Ela entrou para o Convento das Irmãs de Nevers. Lá aprendeu a ler e a escrever. Tinha saúde frágil. Morreu no dia 16 de abril de 1879, em Nevers, na França, enquanto orava a Maria. Vivendo pobremente e por algum tempo empregada em tomar conta do gado, crescia sem alguma doutrina humana, mas em suavíssima simplicidade de costumes e admirável candura de espírito, querida por Deus e pela Santíssima Virgem Mãe. Maria observou a humildade de sua filha e dignou a inocente menina , entre 11 de fevereiro a 16 de julho de 1858, de 18 aparições e de celeste colóquio. Na época, o bispo local, que inicialmente duvidara da versão da inculta menina, que afirmava as aparições, pôs ela à prova e pediu para que, na próxima aparição, perguntasse à ela qual o seu nome. Bernardete, cumprindo o pedido do bispo, esclareceu à Virgem a indagação do bispo, no que Nossa Senhora respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição". Ao retornar, o bispo ouviu estupefato a resposta da menina, já que tratava-se de um dogma recém proclamado, o dogma da "Imaculada Conceição" firmado há menos de quatro anos por Pio IX (1854) que, pelas dificuldades de comunicação da época, estava restrito ao conhecimento ainda dos setores mais elevados da Igreja. Nesta, tão célebre aparição e ilustrada por Deus por tantos sinais, pode-se notar um tríplice carisma, conferido à piedosa jovem. Chamamo-la antes de tudo: Vidente, porque diante de numeroso povo, arrebatada em êxtase, foi maravilhosamente deliciada com o bondoso aspecto da Virgem. Chamamo-la de Mensageira da Virgem ao mundo, porque por ordem de Maria pregou penitência e oração ao povo; mandou aos sacerdotes, que naquele lugar construísse um Santuário; predisse a todos a glória, a santidade e os futuros benefícios do mesmo lugar. Por fim vemos nela a Testemunha da Verdade, porque a muitos contradizentes, com o máximo candor de simplicidade, junto com suprema prudência do mandamento confiado da Virgem, com admiração de todos os eclesiásticos e de juízes seculares. Todas estas coisas levadas ao termo por divino impulso por uma ignorante e inculta menina, Deus a leva longe para a solidão de um convento, e quase desprezada pelo mundo, preparou-se para coisas mais admiráveis, para que, pregada na cruz com Cristo e com ele quase sepultada, atingisse profundamente na humildade a vida interior sobrenatural e, um dia na luz da santidade ressurgindo ao mundo, com este estábil testemunho da santidade unisse nova glória ao Santuário de Lourdes. Por isto, obedecendo ao chamamento de Deus, em julho de 1867 se transferiu para Nevers, para iniciar a vida religiosa na Casa-Mãe das Irmãs da Caridade e instrução cristã. Terminado o noviciado no mesmo ano, fez os votos temporais e onze anos depois os perpétuos. Admiravelmente fulguraram nela as virtudes, mas sua alma virgem foi principalmente adornada daquelas que mais convinha à discípula predileta da Virgem Maria: Humildade profunda, terníssima pureza e ardente caridade. Provou-as e aumentou-as com as dores de uma longa enfermidade e angústias de espírito que a atormentaram suportando-as com suma paciência. Na mesma casa religiosa a humildíssima virgem ficou até a morte, que depois de recebidos os sacramentos da Igreja, invocando sua dulcíssima Mãe Maria, descansou santamente a 16 de abril de 1879, no trigésimo sexto ano de idade, e duodécimo de vida religiosa. Tendo ficado até este ponto como debaixo do alqueire da humildade, com a morte tornou-se resplandecente a todo o mundo. Debaixo do pontificado de Pio X, em 1923, foi iniciado o processo de sua beatificação. A 14 de julho de 1925 o Papa Pio XI lançou o nome da serva de Deus nos fatos dos bem-aventurados. Em contemplação aos grandes e inegáveis milagres, que Deus se dignou operar por sua serva, a causa foi reassumida em junho de 1926 e levada ao fim em 2 de julho de 1933. "Os acontecimentos que então se desenrolaram em Lourdes e cujas proporções espirituais melhor medimos hoje, são-vos bem conhecidos. Sabeis, caros filhos e veneráveis irmãos, em que condições estupendas, apesar de zombarias, de dúvidas e de oposições, a voz daquela menina, mensageira da Imaculada, se impôs ao mundo. Sabeis a firmeza e a pureza do testemunho, experimentado com sabedoria pela autoridade episcopal e por ela sancionado desde 1862. Já as multidões haviam acorrido e não têm cessado de precipitar-se para a gruta das aparições, para a fonte milagrosa, para o santuário elevado a pedido de Maria. É o comovente cortejo dos humildes, dos doentes e dos aflitos; é a imponente peregrinação de milhares de fiéis de uma diocese ou de uma nação; é a discreta diligência de uma alma inquieta que busca a verdade... Dizíamos nós: "Jamais num lugar da terra se viu semelhante cortejo de sofrimento, jamais semelhante irradiação de paz, de serenidade e de alegria!. E, poderíamos acrescentar, jamais se saberá a soma de benefícios de que o mundo é devedor à Virgem auxiliadora! "Ó gruta feliz, honrada pela presença da Mãe de Deus! Rocha digna de veneração, da qual brotaram abundantes as águas vivificadoras!" (...) Estes cem anos de culto mariano teceram, ademais, entre a Sé de Pedro e o santuário pirenaico laços estreitos, que nos apraz reconhecer. A própria virgem Maria não desejou essas aproximações? "O que em Roma, pelo seu magistério infalível, o sumo pontífice definia, a Virgem Imaculada Mãe de Deus, a bendita entre as mulheres, quis, ao que parece, confïrmá-lo por sua boca, quando pouco depois se manifestou por uma célebre aparição na gruta de Massabielle". Certamente, a palavra infalível do pontífice romano, intérprete autêntico da verdade revelada, não necessitava de nenhuma confirmação celeste para se impor à fé dos fiéis. Mas com que emoção e com que gratidão o povo cristão e seus pastores não recolheram dos lábios de Bernardete essa resposta vinda do céu: "Eu sou a Imaculada Conceição"! " (Trecho da Carta Encíclica do Papa Pio XI - durante o centenário das aparições da SS. Virgem em Lourdes - 02 de julho de 1957) São Carlos Sezze, Franciscano - 25 de setembro São Carlos Sezze Nasceu em 1620 no povo italiano de Sezze. Um dia um bando de aves espantou os bois que Carlos dirigia quando estava arando, e estes arremeteram contra ele com grave perigo de matá-lo. Quando sentiu que ia perecer no acidente, prometeu a Deus que se fosse salvo se tornaria religioso. E milagrosamente ficou ileso. Pediu então a uns religiosos franciscanos que o ajudassem a entrar em sua comunidade e eles o convidaram a que fosse a Roma para que fale com o superior da congregação. Assim o fez junto com três companheiros mais e após ser provados com na humildade tratando-os com muita dureza, o superior permitiu admiti-los. Diante do pedido de muitas pessoas que lhe pediam incessantemente que redigisse algumas normas para orar melhor e crescer em santidade, o santo publicou um folhetim lhe causando diversas difuculdades pelo que quase é expulso de sua comunidade. Humilhado se ajoelhou diante de um crucifixo para lhe contar suas angústias, e ouviu que Nosso Senhor lhe dizia: "Ânimo, que estas coisas não lhe vão impedir de entrar no paraíso". A petição mais freqüente do irmão Carlos a Deus era esta: "Senhor, me acenda em amor a Ti". E tanto a repetiu que um dia durante a elevação da Santa hóstia na Missa, sentiu que um raio de luz saía da Sagrada Forma e chegava a seu coração. Ao fim os superiores se convenceram de que este singelo religioso era um verdadeiro homem de Deus e lhe permitiram escrever sua autobiografia e publicar dois livros mais, um a respeito da oração e outro a respeito da meditação. O Papa João XXIII o declarou santo em 1959, porque sua vida é um exemplo de que ainda nos ofícios mais humildes e em meio de humilhações e incompreensões podemos chegar a um alto grau de santidade e ganhar a glória do céu. Santa Catarina Labouré Leia mais: http://www.afecatolica.com/products/santos-com-corpos-incorruptos/ Oração do Ano Jubilar Senhor Jesus Cristo, Vós que nos ensinastes a ser misericordiosos como o Pai celeste, e nos dissestes que quem Vos vê, vê a Ele. Mostrai-nos o Vosso rosto e seremos salvos. O Vosso olhar amoroso libertou Zaqueu e Mateus da escravidão do dinheiro; a adúltera e Madalena de colocar a felicidade apenas numa criatura; fez Pedro chorar depois da traição, e assegurou o Paraíso ao ladrão arrependido. Fazei que cada um de nós considere como dirigida a si mesmo as palavras que dissestes à mulher samaritana: Se tu conhecesses o dom de Deus! Vós sois o rosto visível do Pai invisível, do Deus que manifesta sua omnipotência sobretudo com o perdão e a misericórdia: fazei que a Igreja seja no mundo o rosto visível de Vós, seu Senhor, ressuscitado e na glória. Vós quisestes que os Vossos ministros fossem também eles revestidos de fraqueza para sentirem justa compaixão por aqueles que estão na ignorância e no erro: fazei que todos os que se aproximarem de cada um deles se sintam esperados, amados e perdoados por Deus. Enviai o Vosso Espírito e consagrai-nos a todos com a sua unção para que o Jubileu da Misericórdia seja um ano de graça do Senhor e a Vossa Igreja possa, com renovado entusiasmo, levar aos pobres a alegre mensagem proclamar aos cativos e oprimidos a libertação e aos cegos restaurar a vista. Nós Vo-lo pedimos por intercessão de Maria, Mãe de Misericórdia, a Vós que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém O PURGATÓRIO, O INFERNO E O CÉU Novembro/1935 – PURGATÓRIO Anoitecendo, vi o meu Anjo da Guarda que me mandou acompanhá-lo. Imediatamente me encontrei num lugar coberto de névoas, cheio de fogo, e, dentro deste fogo, uma multidão de almas sofredoras. Essas almas rezavam com muito fervor, mas sem qualquer resultado para elas mesmas. Isto porque, só nós podemos ajudá-las. Elas já viveram e escreveram a sua trajetória existencial, agora estão no Purgatório, se purificando de seus pecados para alcançar o Céu. As chamas que as queimavam não me tocavam. O meu Anjo da Guarda não se afastava de mim, nem por um momento. Perguntei as almas qual era o seu maior sofrimento. Responderam-me, unânimes, que o maior sofrimento era a saudade de DEUS. Vi NOSSA SENHORA que visitava e confortava as almas no Purgatório. As almas chamam nossa MÃE SANTÍSSIMA de “Estrela do Mar”. Ela lhes traz alívio. Queria conversar mais com as almas, mas o meu Anjo da Guarda me fez um sinal para sair. Saímos pela porta dessa prisão de sofrimento, enquanto interiormente ouvi uma voz que me disse: “A Minha Misericórdia não deseja isto, mas a Minha Justiça o exige”. A partir daquele momento, me encontro mais unida às almas sofredoras. (Diário parágrafo 20 – páginas 24/25) Ó Salvador do mundo, uno-me com a Vossa Misericórdia. Meu JESUS, eu uno todos os meus sofrimentos aos Vossos e deposito-os no tesouro da Igreja para proveito das almas. INFERNO Num dia de Outubro de 1936, fui conduzida por um Anjo às profundezas do Inferno. É um lugar de grande castigo, e como é grande a sua extensão! Os tipos de tormentos satânicos são diversos: a) O primeiro tormento que constitui o Inferno é a perda de DEUS; b) O segundo é o contínuo remorso de consciência; c) O terceiro é o fato de que aquele destino não mudará nunca; d) O quarto é o fogo permanente que atravessa a alma, mas não a destrói. É um tormento terrível por que é um fogo puramente espiritual, aceso pela ira de DEUS; e) O quinto é a contínua escuridão, com um horrível cheiro sufocante. Embora haja escuridão, os demônios e as almas condenadas vêem-se mutuamente e vêem também todo o mal dos outros e o seu, ou seja, o mal que praticaram; f) O sexto é a contínua companhia do demônio; g) O sétimo tormento é o terrível desespero, o ódio a DEUS por sua condenação, proferindo maldições e blasfêmias. Estes são tormentos que todos os condenados sofrem juntos, mas não é o fim dos tormentos. Existem tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos. Cada alma é atormentada de maneira horrível e indescritível com o que pecou, ou seja, com o sentido que usou para pecar. Existem também terríveis prisões subterrâneas, abismos de castigo, onde um tormento se distingue do outro. Eu teria morrido vendo esses abomináveis tormentos, se não me sustentasse a Onipotência de DEUS. Que o pecador saiba que será atormentado com o sentido que pecou, por toda eternidade. Estou escrevendo isso por ordem de DEUS, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há Inferno, ou que ninguém esteve lá e não sabe como é. Eu, Irmã Faustina, por ordem de DEUS, estive nos abismos do Inferno para falar às almas e testemunhar que ele existe. No momento só tenho ordem do SENHOR para deixar isto por escrito. Os demônios tinham grande ódio contra mim, mas, por ordem de DEUS, tinham que me obedecer. O que escrevi, dá apenas uma pálida imagem das coisas que eu vi. Percebi, no entanto, uma coisa: o maior número das almas que lá estão, é justamente aquelas que não acreditavam que o Inferno existisse. Quando voltei, não podia me refazer do terror de ver como as almas lá sofrem terrivelmente e, por isso, rezo com mais fervor ainda pela conversão dos pecadores. Incessantemente peço a misericórdia de DEUS para eles. “Ó meu JESUS, prefiro agonizar até o fim do mundo nos maiores suplícios a ter que Vos ofender com o menor pecado que seja”. (Diário parágrafo 741 – páginas 218 e 219) (É importante perceber, que nos diálogos da Irmã Faustina com JESUS, quando o SENHOR lhe orienta sobre o procedimento humano, aquilo que ELE exige dela que era a Sua escolhida, está naturalmente exigindo de nós ao longo de nossa existência). JESUS falou: “Minha filha, se por teu intermédio peço a humanidade o culto à Minha misericórdia, por tua vez deves ser a primeira a distinguir-te pela confiança na Minha misericórdia. Estou exigindo de ti atos de misericórdia, que devem decorrer do teu amor para COMIGO. Deves mostrar-te misericordiosa com os outros, sempre e em qualquer lugar. Tu não podes te omitir desculpar-te ou justificar-te. EU te indico três maneiras de praticar a misericórdia para com o próximo”: a) A primeira é a Ação; b) A segunda é a Palavra; c) A terceira é a Oração. “Nesses três graus repousa a plenitude da misericórdia, pois constituem uma prova irrefutável do amor por MIM. É deste modo que a alma glorifica e honra a Minha misericórdia. Sim, o primeiro Domingo depois da Páscoa é a Festa da Misericórdia, mas deve haver também ação, e estou exigindo o culto à Minha misericórdia pela solene celebração desta Festa e pela veneração da Imagem que foi pintada. Por meio desta Imagem concederei muitas graças às almas. Ela deve lembrar as exigências da Minha misericórdia, por que mesmo a fé mais forte de nada serve sem as obras”. (A exemplo da Irmã Faustina e através de seus escritos, JESUS nos convida individualmente a sermos misericordiosos, e cumprirmos as três maneiras para concretizar nossa boa ação em benefício do próximo) Ó meu JESUS, Vós Mesmo me ajuda em tudo, por que vê como sou pequenina. Conto unicamente com a Vossa bondade, ó DEUS. (Diário parágrafo 742 – página 219) O CÉU Uma vez, quando estava rezando aos Santos Jesuítas, vi o meu Anjo da Guarda que me conduziu ao Trono de DEUS (no Céu). Eu passei por grandes multidões de Santos e reconheci muitos que já conhecia a imagem. Vi muitos Jesuítas que me perguntavam de que Congregação eu era. Quando lhes respondi, perguntaram: “Quem é teu Diretor Espiritual”? Respondi que era Frei Andrasz. Quando quiseram falar mais, o meu Anjo da Guarda fez sinal de silêncio e fui para diante do Trono de DEUS. Vi uma claridade grande e inacessível. Vi o lugar que me estava destinado na proximidade de DEUS, mas não fiquei sabendo como era, por que uma nuvem cobriu tudo. Todavia, o meu Anjo da Guarda me disse: “Aqui está o teu lugar pela fidelidade no cumprimento da Vontade do SENHOR”. (Diário parágrafo 683 – página 207) (Aqui é necessário entender o motivo por que o Anjo de Faustina lhe solicitou silêncio, a fim de não continuar o diálogo com uma alma na eternidade feliz: ela vivia na Terra e não no Céu, apenas fazia uma visita para sentir aquela maravilhosa atmosfera de amor e poder transmitir, mesmo que modestamente, a alegria e a pureza daquele indescritível viver.) 27 de Novembro de 1936 – Hoje estive no Céu, em espírito, e vi as belezas inconcebíveis e a felicidade que nos espera depois da morte. Vi como todas as criaturas prestam incessantemente honra e glória a DEUS. Vi como é grande a felicidade em DEUS, que se derrama sobre todas as criaturas, tornando-as felizes, e então, toda honra e glória procedente da felicidade volta à sua fonte e penetram na profundeza de DEUS, contemplando a Sua Vida interior: o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO, a quem jamais poderemos compreender ou sondar. Essa fonte de felicidade é imutável em sua essência, mas está sempre nova, jorrando para a felicidade de todas as criaturas. Compreendo agora o dizer de São Paulo: “Nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais penetrou no coração do homem o que DEUS preparou para aqueles que O amam”. (1 Cor 2, 9)(Diário parágrafo 777 – página 228) O SENHOR me deu a conhecer uma única coisa que, a Seus olhos, tem valor infinito, que é o amor a DEUS. Amor, amor e sempre amor, nada pode ser comparado com um só ato de puro amor a DEUS. Ó, que inconcebíveis favores DEUS concede à alma que O ama sinceramente. Ó, feliz a alma que desfruta já aqui na Terra de Seus especiais favores, essas almas são as almas pequenas e humildes. (Diário parágrafo 778) Essa grande Majestade Divina, que conheci mais profundamente e que os Espíritos Celestes glorificam de acordo com o grau de graça e a hierarquia em que se dividem, não causou a minha alma nem terror nem medo, ao contemplar essa potência e admirável grandeza de DEUS, não, não, absolutamente não. A minha alma ficou repleta de paz e amor e, quanto mais conheço a grandeza de DEUS, tanto mais me alegro por ELE ser assim. E me alegro imensamente com Sua grandeza, e me alegro por eu ser tão pequenina, por que pelo fato de ser pequena ELE me toma nos Seus braços e me conserva perto do Seu CORAÇÃO. (Diário parágrafo 779) Ó meu DEUS, quanta pena tenho das pessoas que não crêem na vida eterna! Como rezo por elas para que também sejam envolvidas pelo raio da misericórdia e mereçam o abraço paterno do CRIADOR. (Diário parágrafo 780 – página 228) Os sonhos de São João Bosco: CÉU, INFERNO E PURGATÓRIO 1. Céu Na noite de 6/12/1876 foi o Santo levado a ver uma planície coberta de belíssimos jardins. Ouvia-se aí uma música celestial e percebia-se uma multidão de gente a cantar. De repente o padre observa outra multidão, essa de jovens, tendo à frente Domingos, discípulo de D. Boscofalecido em 1857. Há um diálogo entre o sacerdote e o jovem, que lhe afirma: "É impossível dizer-te de que gozamos no paraíso. Aquilo de que se goza no paraíso, nenhum homem mortal pode sabê-lo enquanto não deixar esta vida e se reunir ao seu Criador; basta dizer que se goza do próprio Deus". "Aquilo que o olho do homem jamais viu, o ouvido humano jamais apreendeu e o coração humano jamais concebeu" (1Cor 2, 9). 2. Inferno Dom Bosco é acompanhado por um guia (anjo), que o leva ao inferno. De novo é conduzido a um lugar donde se avista imensa planície. Chega ao fundo de precipício que termina num vale sombrio. Apareceu um enorme edifício. "Um calor sufocante me oprimia, uma densa fumaça esverdeada se elevava em torno das muralhas, marcadas por chamas cor de sangue" (p. 47). O texto fala da "ira de Deus" (p. 49), da "vingança de Deus" (p. 48). "A divina justiça, provocada, empurra os pecadores para dentro do fogo" (p. 56). Mais expressivas ainda são estas palavras: "Esta é a milésima parede antes de chegar ao verdadeiro fogo do inferno. Mil muralhas o rodeiam. Cada uma delas tem mil medidas de espessura, e essa é a distância entre cada uma delas; cada medida é de mil milhas, esta muralha dista pois um milhão de milhas do verdadeiro fogo do inferno. Encostei a mão na pedra daquela milésima muralha: naquele instante senti uma queimadura tão intensa e dolorosa que, saltando para trás e dando um fortíssimo grito, acordei" (p. 61).     O inferno é um estado de alma que começa na terra com um pecado grave consciente e voluntário e se desenvolve no Além, caso o pecador não se arrependa e reconcilie com Deus. 3. Purgatório A descrição do purgatório é mais breve. Conduzido por um guia amigo o santo avista um magnífico palácio. Encontra lá um Bispo majestosamente sentado em posição de quem se prepara para dar audiência. O santo estranha esse encontro. Propõe muitas perguntas ao Prelado, que recomenda a fidelidade à lei de Deus, a oração e as boas obras. O semblante do Bispo foi se tornando sempre mais triste e sofredor. Finalmente o prelado se retira "Parecia que expirava: Uma força invencível o arrastou dali para habitações mais interiores, de modo que desapareceu'. Sobre o purgatório: 2Mc 12, 38-45 e 1Cor 3, 10-15. Três visões absolutamente terríveis do inferno Santa Teresa de Ávila “A entrada pareceu-me semelhante a uma passagem estreita muito longa, como um forno baixo, escuro e constrangido; o chão pareceu-me consistir em água lamacenta, muito suja e de muito mau cheiro, com muitos parasitas e vermes imundos. No fim, havia um nicho na parede ao jeito de um pequeno armário; aí achei-me metida em muito estreito lugar. Tudo isso era nada, em comparação com que eu sentia: isto que eu descrevo está só mal expresso.” “O que senti, parece-me que não posso nem começar a exprimi-lo; nem pode ser entendido. Experimentei um fogo na alma, que eu não sei como descrevê-lo. As dores corpóreas tão insuportáveis, que embora as tenho sofrido penosas nesta vida e que, de acordo com o que os médicos dizem, das piores que podem ser sofridas na terra, pois todos os meus nervos estavam contraídos quando fiquei paralisada, e com mais muitos outros sofrimentos de muitas espécies que eu suportei, e ainda alguns, como disse, causados pelos demônios, todos estes eram nada em comparação com os que eu experimentei lá, e saber que haviam de ser sem fim e sem jamais cessar.” “Isto não era nada, porém, em comparação com o agoniar da alma: um apertamento, um afogamento, uma aflição tão agudamente sentida e com tal desesperada e afligida infelicidade que atormenta, que eu não sei como exprimir; porque parece estar-se sempre arrancando a alma que se rasga em pedaços." "O fato é que não sei como dar uma descrição suficientemente poderosa daquele fogo interior e aquela gravíssima desesperação sobre tão dolorosos tormentos e dores. Eu não vi quem me os infligia, mas, sentia-me queimar e espedaçar, ao que me parece, e repito que o pior era aquele fogo interior e aquele desespero." "Estando em tão fétido lugar, tão incapaz de esperar qualquer consolação, não há onde sentar-se ou deitar-se, nem há lugar, ainda que estava eu metida nessa espécie de buraco feito na parede, porque essas paredes apertam e tudo sufoca. Não há nenhuma luz, senão todo trevas escuríssimas.” “Depois, eu tive uma visão de coisas espantosas. De alguns vícios, o castigo. Porque não é nada o ouvi-lo dizer, nem eu ter meditado de outras vezes sobre diversos tormentos (embora poucas vezes o fizesse, pois que, por caminho de temor, não ia bem a minha alma), nem que os demônios atormentam, nem outros diferentes suplícios que tenho lido, nada é como esta pena, porque é outra coisa. Enfim, é tão diferente como a pintura o é da realidade, e o queimar-se aqui na terra é muito pouco em comparação com este fogo de lá. Eu fiquei tão aterrada, e ainda agora o estou ao escrever isto, apesar de haver já quase seis anos que de temor – parece-me, e assim é –, me falta o calor natural aqui onde estou.” “Daqui também cobrei a grandíssima pena que me dão as almas que se condenam (destes luteranos em especial, porque já eram, pelo Batismo, membros da Igreja), e os grandes ímpetos de salvar almas, que me parece certo que, para livrar uma só de tão gravíssimos tormentos, padeceria eu muitas mortes de muito boa vontade.” Cavernas horríveis, abismos de tormentos: Santa Maria Faustina Kowalska Santa Maria Faustina Kowalska, conhecida como Santa Faustina, foi uma religiosa polonesa que afirmou ter tido uma série de visões que incluíam Jesus, a Eucaristia, os anjos e vários santos. Das suas visões, registradas em seu "Diário", a Igreja recebeu a já popular devoção ao Terço da Divina Misericórdia. Em um trecho do seu diário, no final de outubro de 1936, ela descreve sua visão do inferno: “Hoje, conduzida por um Anjo, fui levada às profundezas do inferno, um lugar de grande castigo, e como é grande a sua extensão. Tipos de tormentos que vi: o primeiro tormento que constitui o inferno é a perda de Deus; o segundo, o contínuo remorso de consciência; o terceiro, o de que esse destino já não mudará nunca; o quarto tormento, é o fogo que atravessa a alma, mas não a destrói: é um tormento terrível, é um fogo puramente espiritual, aceso pela ira de Deus; o quinto é a contínua escuridão, o terrível cheiro sufocante e, embora haja escuridão, os demônios e as almas condenadas veem-se mutuamente e veem todo o mal dos outros e o seu. O sexto é a continua companhia do demônio; o sétimo tormento é o terrível desespero, ódio a Deus, maldições, blasfêmias.” “São tormentos que todos os condenados sofrem juntos. Mas não é ó fim dos tormentos. Existem tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos. Cada alma é atormentada com o que pecou, de maneira horrível e indescritível. Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de castigo, onde um tormento se distingue do outro. Eu teria morrido vendo esses terríveis tormentos, se não me sustentasse a onipotência de Deus. Que o pecador saiba que será atormentado com o sentido com que pecou, por toda a eternidade. Estou escrevendo por ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há inferno ou que ninguém esteve lá e não sabe como é." “Eu, Irmã Faustina, por ordem de Deus, estive nos abismos para falar às almas e testemunhar que o inferno existe. Sobre isso não posso falar agora, tenho ordem de Deus para deixar isso por escrito. Os demônios tinham grande ódio contra mim, mas, por ordem de Deus, tinham de me obedecer. O que eu escrevi dá apenas uma pálida imagem das coisas que vi." "Percebi, no entanto, uma coisa: o maior número das almas que lá estão é justamente daqueles que não acreditavam que o inferno existia. Quando voltei a mim, não podia me refazer do terror de ver como as almas sofrem terrivelmente ali e, por isso, rezo com mais fervor ainda pela conversão dos pecadores; incessantemente, peço a misericórdia de Deus para eles. Ó meu Jesus, prefiro agonizar até o fim do mundo nos maiores suplícios, a ter que vos ofender com o menor pecado que seja." Irmã Lúcia de Fátima "Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados nesse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas nos grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero, que horrorizava e fazia estremecer de pavor.” “Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, graças à nossa boa Mãe do céu, que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o céu (na primeira aparição)! Se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor.” Fonte: aleteia.org Hoje, conduzida por um Anjo, fui levada às profundezas do Inferno. É um lugar de grande castigo, e como é grande a sua extensão. Tipos de tormentos que vi: o primeiro tormento que constitui o Inferno é a perda de Deus; o segundo, o contínuo remorso de consciência; o terceiro, o de que esse destino já não mudará nunca; o quarto tormento, é o fogo, que atravessa a alma, mas não a destrói; é um tormento terrível, é um fogo puramente espiritual, aceso pela ira de Deus; o quinto é a contínua escuridão, um horrível cheiro sufocante e, embora haja escuridão, os demônios e as almas condenadas vêem-se mutuamente e vêem todo o mal dos outros e o seu; o sexto é a continua companhia do demônios; o sétimo tormento, o terrível desespero, ódio a Deus, maldições, blasfêmias. São tormentos que todos os condenados sofrem juntos, mas não é o flm dos tormentos. Existem tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos. Cada alma é atormentada com o que pecou, de maneira horrível e indescritível. Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de castigo, onde um tormento se distingue do outro. Eu teria morrido vendo esses terríveis tormentos, se não me sustentasse a onipotência de Deus. Que o pecador saiba que será atormentado com o sentido com que pecou, por toda a eternidade. Estou escrevendo isso por ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há Inferno, ou que ninguém esteve lá e não sabe como é. Eu, Irmã Faustina, por ordem de Deus, estive nos abismos do Inferno para falar às almas e testemunhar que o Inferno existe. Sobre isso não posso falar agora, tenho ordem de Deus para deixar isso por escrito. Os demônios tinham grande ódio contra mim, mas, por ordem de Deus, tinham que me obedecer. O que eu escrevi dá apenas uma pálida imagem das coisas que vi. Percebi, no entanto, uma coisa: o maior número das almas que lá estão, é justamente daqueles que não acreditavam que o Inferno existisse. Quando voltei a mim, não podia me refazer do terror de ver como as almas sofrem terrivelmente ali e, por isso, rezo com mais fervor ainda pela conversão dos pecadores; incessantemente, peço a misericórdia de Deus para eles. "Ó meu Jesus, prefiro agonizar até o fim do mundo nos maiores suplícios a ter que Vos ofender com o menor pecado que seja." Vi o Anjo da Guarda que me mandou acompanhá-lo. Imediatamente encontrei-me num lugar enevoado, cheio de fogo, e, den­tro deste, uma multidão de almas sofredoras. Essas almas reza­vam com muito fervor, mas sem resultado para si mesmas; ape­nas nós podemos ajudá-las. As chamas que as queimavam não me tocavam. O meu Anjo da Guarda não se afastava de mim nem por um momento. E perguntei a essas almas qual era o seu maior sofrimento. Responderam-me, unânimes, que o maior sofrimento delas era a saudade de Deus. Vi Nossa Senhora que visitava as almas no Purgatório. As almas chamam a Maria "Estrela do Mar." Ela lhes traz alívio. Queria conversar mais com elas, mas o meu Anjo da Guarda fez-me sinal para sair. Saímos pela poria dessa prisão de sofrimento. [Ouvi então uma voz interior] que me dizia: A Minha misericórdia não deseja isto, mas a justiça o exige. A partir desse momento, me encontro mais unida às almas sofredoras. Hoje estive no Céu, em espírito, e vi as belezas inconcebíveis e a felicidade que nos espera depois da morte. Vi como todas as criaturas prestam incessantemente honra e glória a Deus. Vi como é grande a felicidade em Deus, que se derrama sobre todas as criaturas, tomando-as felizes: e então toda a glória e honra procedente da felicidade voltam à sua fonte e penetram na profundeza de Deus, contemplando a Sua vida interior, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, a quem jamais compreenderão ou aprofundarão. Essa Fonte de felicidade é imutável em sua essência, mas sempre nova, jorrando para a felicidade de toda a criatura. Compreendo agora São Paulo, que disse: "Nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais penetrou no coração do homem o que Deus preparou para aqueles que O amam." E Deus deu-me a conhecer uma única coisa que, a Seus olhos, tem valor infinito, que é o amor a Deus; amor, amor, e mais uma vez amor — e nada pode ser comparado com um só ato de puro amor a Deus. Oh! que inconcebíveis favores Deus concede à alma que O ama sinceramente. Oh! feliz a alma que desfruta já aqui na Terra de Seus especiais favores, e essas almas são as almas pequenas e humildes. Essa grande majestade divina, que conheci mais profundamente e que os espíritos celestes glorificam de acordo com o grau de graça e a hierarquia em que se dividem, vendo essa potência e grandeza de Deus, não causou na minha alma nem terror nem medo; não, não — absolutamente não. A minha alma ficou repleta de paz e amor e, quanto mais conheço a grandeza de Deus, tanto mais me alegro por Ele ser assim. E alegro-me imensamente com Sua grandeza, e alegro-me por eu ser tão pequenina, porque por eu ser pequena Ele me toma nos Seus braços e me conserva perlo do Seu Coração. Ó meu Deus, quanta pena tenho das pessoas que não creem na vida eterna, como rezo por elas para que também elas sejam envolvidas pelo raio da misericórdia e mereçam o abraço paterno de Deus. Ó amor, ó rei! — O amor não conhece o temor, passa por todos os coros de anjos que estão de guarda diante do Seu Trono, Ele não terá medo de ninguém; ele atinge a Deus e mergulha n'Ele como em seu único tesouro. O próprio Querubim que vigia o Paraíso, empunhando a espada de fogo, não tem poder sobre ele. Ó puro amor de Deus, como és grande e incomparável. Oh! se as almas conhecessem o Vosso poder. O momento da morte Diário (1698) Muitas vezes, faco companhia a almas agonlzantes, e peco para elas conflanca na misericordia divina e suplico a Deus aquela grande abundancia da graca de Deus que sempre vence. A misericordia de Deus atinge as vezes o pecador no ultimo instante, de maneira surpreendente e misteriosa. Exteriormente vemos como se tudo estivesse perdido, mas nao e assim. A alma, iluminada pelo raio da forte graca de Deus extrema, dirigese a Deus no ultimo instante corn tanta forca de amor que imediatamente recebe de Deus [o perdao] das culpas e dos castigos, e exteriormente nao nos da nenhum sinal nem de arrependiinento nem de contricao, visto que ja nao reage a coisas exteriores. Oh! quao inconcebivel e a misericordia de Deus. Mas oh! horror — existem tambem almas que voluntaria e conscientemente afastam essa graca e a desprezam. Emboraja em meio a propria agonia, Deus misericordioso da a alma esse momento de luz interior corn que, se a alma quiser, tern a possibilidade de voltar a Deus. Mas, muitas vezes, as almas tern tamanha dureza de coracao que conscientemente escolhem o Inferno, anulam todas as oracoes que as outras almas fazem por elas a Deus, e ate os proprios esforcos de Deus... http://www.medjugorjeassisi.it/di%C3%A1rio-po.htm Do Diário de S.Faustina: Inferno, Purgatório, Paraíso Hoje, conduzida por um Anjo, fui levada às profundezas do Inferno. É um lugar de grande castigo, e como é grande a sua extensão. Tipos de tormentos que vi: o primeiro tormento que constitui o Inferno é a perda de Deus; o segundo, o contínuo remorso de consciência; o terceiro, o de que esse destino já não mudará nunca; o quarto tormento, é o fogo, que atravessa a alma, mas não a destrói; é um tormento terrível, é um fogo puramente espiritual, aceso pela ira de Deus; o quinto é a contínua escuridão, um horrível cheiro sufocante e, embora haja escuridão, os demônios e as almas condenadas vêem-se mutuamente e vêem todo o mal dos outros e o seu; o sexto é a continua companhia do demônios; o sétimo tormento, o terrível desespero, ódio a Deus, maldições, blasfêmias. São tormentos que todos os condenados sofrem juntos, mas não é o flm dos tormentos. Existem tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos. Cada alma é atormentada com o que pecou, de maneira horrível e indescritível. Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de castigo, onde um tormento se distingue do outro. Eu teria morrido vendo esses terríveis tormentos, se não me sustentasse a onipotência de Deus. Que o pecador saiba que será atormentado com o sentido com que pecou, por toda a eternidade. Estou escrevendo isso por ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há Inferno, ou que ninguém esteve lá e não sabe como é. Eu, Irmã Faustina, por ordem de Deus, estive nos abismos do Inferno para falar às almas e testemunhar que o Inferno existe. Sobre isso não posso falar agora, tenho ordem de Deus para deixar isso por escrito. Os demônios tinham grande ódio contra mim, mas, por ordem de Deus, tinham que me obedecer. O que eu escrevi dá apenas uma pálida imagem das coisas que vi. Percebi, no entanto, uma coisa: o maior número das almas que lá estão, é justamente daqueles que não acreditavam que o Inferno existisse. Quando voltei a mim, não podia me refazer do terror de ver como as almas sofrem terrivelmente ali e, por isso, rezo com mais fervor ainda pela conversão dos pecadores; incessantemente, peço a misericórdia de Deus para eles. "Ó meu Jesus, prefiro agonizar até o fim do mundo nos maiores suplícios a ter que Vos ofender com o menor pecado que seja." Vi o Anjo da Guarda que me mandou acompanhá-lo. Imedia­tamente encontrei-me num lugar enevoado, cheio de fogo, e, den­tro deste, uma multidão de almas sofredoras. Essas almas reza­vam com muito fervor, mas sem resultado para si mesmas; ape­nas nós podemos ajudá-las. As chamas que as queimavam não me tocavam. O meu Anjo da Guarda não se afastava de mim nem por um momento. E perguntei a essas almas qual era o seu maior sofrimento. Responderam-me, unânimes, que o maior sofrimento delas era a saudade de Deus. Vi Nossa Senhora que visitava as almas no Purgatório. As almas chamam a Maria "Estrela do Mar." Ela lhes traz alívio. Queria conversar mais com elas, mas o meu Anjo da Guarda fez-me sinal para sair. Saímos pela poria dessa prisão de sofrimento. [Ouvi então uma voz interior] que me dizia: A Minha misericórdia não deseja isto, mas a justiça o exige. A partir desse momento, me encontro mais unida às almas sofredoras. Hoje estive no Céu, em espírito, e vi as belezas inconcebíveis e a felicidade que nos espera depois da morte. Vi como todas as criaturas prestam incessantemente honra e glória a Deus. Vi como é grande a felicidade em Deus, que se derrama sobre todas as criaturas, tomando-as felizes: e então toda a glória e honra procedente da felicidade voltam à sua fonte e penetram na profundeza de Deus, contemplando a Sua vida interior, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, a quem jamais compreenderão ou aprofundarão. Essa Fonte de felicidade é imutável em sua essência, mas sempre nova, jorrando para a felicidade de toda a criatura. Compreendo agora São Paulo, que disse: "Nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais penetrou no coração do homem o que Deus preparou para aqueles que O amam." E Deus deu-me a conhecer uma única coisa que, a Seus olhos, tem valor infinito, que é o amor a Deus; amor, amor, e mais uma vez amor — e nada pode ser comparado com um só ato de puro amor a Deus. Oh! que inconcebíveis favores Deus concede à alma que O ama sinceramente. Oh! feliz a alma que desfruta já aqui na Terra de Seus especiais favores, e essas almas são as almas pequenas e humildes. Essa grande majestade divina, que conheci mais profundamente e que os espíritos celestes glorificam de acordo com o grau de graça e a hierarquia em que se dividem, vendo essa potência e grandeza de Deus, não causou na minha alma nem terror nem medo; não, não — absolutamente não. A minha alma ficou repleta de paz e amor e, quanto mais conheço a grandeza de Deus, tanto mais me alegro por Ele ser assim. E alegro-me imensamente com Sua grandeza, e alegro-me por eu ser tão pequenina, porque por eu ser pequena Ele me toma nos Seus braços e me conserva perlo do Seu Coração. Ó meu Deus, quanta pena tenho das pessoas que não creem na vida eterna, como rezo por elas para que também elas sejam envolvidas pelo raio da misericórdia e mereçam o abraço paterno de Deus. Ó amor, ó rei! — O amor não conhece o temor, passa por todos os coros de anjos que estão de guarda diante do Seu Trono, Ele não terá medo de ninguém; ele atinge a Deus e mergulha n'Ele como em seu único tesouro. O próprio Querubim que vigia o Paraíso, empunhando a espada de fogo, não tem poder sobre ele. Ó puro amor de Deus, como és grande e incomparável. Oh! se as almas conhecessem o Vosso poder. (Diário, 741, 20, 777-781) Amadas Beatitudes, Eminências, Excelências, Queridos irmãos e irmãs! Quero, antes de mais, agradecer ao Senhor por ter guiado o nosso caminho sinodal nestes anos através do Espírito Santo, que nunca deixa faltar à Igreja o seu apoio. Agradeço de todo o coração ao Cardeal Lorenzo Baldisseri, Secretário-Geral do Sínodo, a D. Fabio Fabene, Subsecretário e, juntamente com eles, agradeço ao Relator, o Cardeal Peter Erdö, e ao Secretário Especial, D. Bruno Forte, aos presidentes delegados, aos secretários, consultores, tradutores e todos aqueles que trabalharam de forma incansável e com total dedicação à Igreja: um cordial obrigado! Agradeço a todos vós, amados padres sinodais, delegados fraternos, auditores, auditoras e conselheiros, párocos e famílias pela vossa ativa e frutuosa participação. Agradeço ainda a todas as pessoas que se empenharam, de forma anónima e em silêncio, prestando a sua generosa contribuição para os trabalhos deste Sínodo. Estai certos de que a todos recordo na minha oração ao Senhor para que vos recompense com a abundância dos seus dons e graças! Enquanto acompanhava os trabalhos do Sínodo, pus-me esta pergunta: Que há-de significar, para a Igreja, encerrar este Sínodo dedicado à família? Certamente não significa que esgotamos todos os temas inerentes à família, mas que procuramos iluminá-los com a luz do Evangelho, da tradição e da história bimilenária da Igreja, infundindo neles a alegria da esperança, sem cair na fácil repetição do que é indiscutível ou já se disse. Seguramente não significa que encontramos soluções exaustivas para todas as dificuldades e dúvidas que desafiam e ameaçam a família, mas que colocamos tais dificuldades e dúvidas sob a luz da Fé, examinámo-las cuidadosamente, abordamo-las sem medo e sem esconder a cabeça na areia. Significa que solicitamos todos a compreender a importância da instituição da família e do Matrimônio entre homem e mulher, fundado sobre a unidade e a indissolubilidade e a apreciá-la como base fundamental da sociedade e da vida humana. Significa que escutamos e fizemos escutar as vozes das famílias e dos pastores da Igreja que vieram a Roma carregando sobre os ombros os fardos e as esperanças, as riquezas e os desafios das famílias do mundo inteiro. Significa que demos provas da vitalidade da Igreja Católica, que não tem medo de abalar as consciências anestesiadas ou sujar as mãos discutindo, animada e francamente, sobre a família. Significa que procuramos olhar e ler a realidade, melhor dito as realidades, de hoje com os olhos de Deus, para acender e iluminar, com a chama da fé, os corações dos homens, num período histórico de desânimo e de crise social, econômica, moral e de prevalecente negatividade. Significa que testemunhamos a todos que o Evangelho continua a ser, para a Igreja, a fonte viva de novidade eterna, contra aqueles que querem «endoutriná-lo» como pedras mortas para as jogar contra os outros. Significa também que espoliamos os corações fechados que, frequentemente, se escondem mesmo por detrás dos ensinamentos da Igreja ou das boas intenções para se sentar na cátedra de Moisés e julgar, às vezes com superioridade e superficialidade, os casos difíceis e as famílias feridas. Significa que afirmamos que a Igreja é Igreja dos pobres em espírito e dos pecadores à procura do perdão e não apenas dos justos e dos santos, ou melhor dos justos e dos santos quando se sentem pobres e pecadores. Significa que procuramos abrir os horizontes para superar toda a hermenêutica conspiradora ou perspectiva fechada, para defender e difundir a liberdade dos filhos de Deus, para transmitir a beleza da Novidade cristã, por vezes coberta pela ferrugem duma linguagem arcaica ou simplesmente incompreensível. No caminho deste Sínodo, as diferentes opiniões que se expressaram livremente – e às vezes, infelizmente, com métodos não inteiramente benévolos – enriqueceram e animaram certamente o diálogo, proporcionando a imagem viva duma Igreja que não usa «impressos prontos», mas que, da fonte inexaurível da sua fé, tira água viva para saciar os corações ressequidos.1 E vimos também – sem entrar nas questões dogmáticas, bem definidas pelo Magistério da Igreja – que aquilo que parece normal para um bispo de um continente, pode resultar estranho, quase um escândalo, para o bispo doutro continente; aquilo que se considera violação de um direito numa sociedade, pode ser preceito óbvio e intocável noutra; aquilo que para alguns é liberdade de consciência, para outros pode ser só confusão. Na realidade, as culturas são muito diferentes entre si e cada princípio geral, se quiser ser observado e aplicado, precisa de ser inculturado.2 O Sínodo de 1985, que comemorava o vigésimo aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II, falou da inculturação como da «íntima transformação dos autênticos valores culturais mediante a integração no cristianismo e a encarnação do cristianismo nas várias culturas humanas».3 A inculturação não debilita os valores verdadeiros, mas demonstra a sua verdadeira força e a sua autenticidade, já que eles adaptam-se sem se alterar, antes transformam pacífica e gradualmente as várias culturas.4 Vimos, inclusive através da riqueza da nossa diversidade, que o desafio que temos pela frente é sempre o mesmo: anunciar o Evangelho ao homem de hoje, defendendo a família de todos os ataques ideológicos e individualistas. E, sem nunca cair no perigo do relativismo ou de demonizar os outros, procuramos abraçar plena e corajosamente a bondade e a misericórdia de Deus, que ultrapassa os nossos cálculos humanos e nada mais quer senão que «todos os homens sejam salvos» (1 Tim 2, 4), para integrar e viver este Sínodo no contexto do Ano Extraordinário da Misericórdia que a Igreja está chamada a viver. Amados irmãos! A experiência do Sínodo fez-nos compreender melhor também que os verdadeiros defensores da doutrina não são os que defendem a letra, mas o espírito; não as ideias, mas o homem; não as fórmulas, mas a gratuidade do amor de Deus e do seu perdão. Isto não significa de forma alguma diminuir a importância das fórmulas, das leis e dos mandamentos divinos, mas exaltar a grandeza do verdadeiro Deus, que não nos trata segundo os nossos méritos nem segundo as nossas obras, mas unicamente segundo a generosidade sem limites da sua Misericórdia (cf. Rm 3, 21-30; Sal 129/130; Lc 11, 37-54). Significa vencer as tentações constantes do irmão mais velho (cf. Lc 15, 25-32) e dos trabalhadores invejosos (cf. Mt 20, 1-16). Antes, significa valorizar ainda mais as leis e os mandamentos, criados para o homem e não vice-versa (cf. Mc 2, 27). Neste sentido, o necessário arrependimento, as obras e os esforços humanos ganham um sentido mais profundo, não como preço da Salvação – que não se pode adquirir – realizada por Cristo gratuitamente na Cruz, mas como resposta Àquele que nos amou primeiro e salvou com o preço do seu sangue inocente, quando ainda éramos pecadores (cf. Rm 5, 6). O primeiro dever da Igreja não é aplicar condenações ou anátemas, mas proclamar a misericórdia de Deus, chamar à conversão e conduzir todos os homens à salvação do Senhor (cf. Jo 12, 44-50). Do Beato Paulo VI temos estas palavras estupendas: «Por conseguinte podemos pensar que cada um dos nossos pecados ou fugas de Deus acende n’Ele uma chama de amor mais intenso, um desejo de nos reaver e inserir de novo no seu plano de salvação (...). Deus, em Cristo, revela-Se infinitamente bom (...). Deus é bom. E não apenas em Si mesmo; Deus – dizemo-lo chorando – é bom para nós. Ele nos ama, procura, pensa, conhece, inspira e espera… Ele – se tal se pode dizer – será feliz no dia em que regressarmos e Lhe dissermos: Senhor, na vossa bondade, perdoai-me. Vemos, assim, o nosso arrependimento tornar-se a alegria de Deus».5 Por sua vez São João Paulo II afirmava que «a Igreja vive uma vida autêntica, quando professa e proclama a misericórdia, (...) e quando aproxima os homens das fontes da misericórdia do Salvador das quais ela é depositária e dispensadora».6 Também o Papa Bento XVI disse: «Na realidade, a misericórdia é o núcleo da mensagem evangélica, é o próprio nome de Deus (...). Tudo o que a Igreja diz e realiza, manifesta a misericórdia que Deus sente pelo homem, portanto, por nós. Quando a Igreja deve reafirmar uma verdade menosprezada, ou um bem traído, fá-lo sempre estimulada pelo amor misericordioso, para que os homens tenham vida e a tenham em abundância (cf. Jo 10, 10)».7 Sob esta luz e graça, neste tempo de graça que a Igreja viveu dialogando e discutindo sobre a família, sentimo-nos enriquecidos mutuamente; e muitos de nós experimentaram a ação do Espírito Santo, que é o verdadeiro protagonista e artífice do Sínodo. Para todos nós, a palavra «família» já não soa como antes, a ponto de encontrarmos nela o resumo da sua vocação e o significado de todo o caminho sinodal.8 Na verdade, para a Igreja, encerrar o Sínodo significa voltar realmente a «caminhar juntos» para levar a toda a parte do mundo, a cada diocese, a cada comunidade e a cada situação a luz do Evangelho, o abraço da Igreja e o apoio da misericórdia Deus! Obrigado! Ao Venerado Irmão D. Rino Fisichella Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização A proximidade do Jubileu Extraordinário da Misericórdia permite-me focar alguns pontos sobre os quais considero importante intervir para consentir que a celebração do Ano Santo seja para todos os crentes um verdadeiro momento de encontro com a misericórdia de Deus. Com efeito, desejo que o Jubileu seja uma experiência viva da proximidade do Pai, como se quiséssemos sentir pessoalmente a sua ternura, para que a fé de cada crente se revigore e assim o testemunho se torne cada vez mais eficaz. O meu pensamento dirige-se, em primeiro lugar, a todos os fiéis que em cada Diocese, ou como peregrinos em Roma, viverem a graça do Jubileu. Espero que a indulgência jubilar chegue a cada um como uma experiência genuína da misericórdia de Deus, a qual vai ao encontro de todos com o rosto do Pai que acolhe e perdoa, esquecendo completamente o pecado cometido. Para viver e obter a indulgência os fiéis são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta em cada Catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo Bispo diocesano, e nas quatro Basílicas Papais em Roma, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. Estabeleço igualmente que se possa obter a indulgência nos Santuários onde se abrir a Porta da Misericórdia e nas igrejas que tradicionalmente são identificadas como Jubilares. É importante que este momento esteja unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à celebração da santa Eucaristia com uma reflexão sobre a misericórdia. Será necessário acompanhar estas celebrações com a profissão de fé e com a oração por mim e pelas intenções que trago no coração para o bem da Igreja e do mundo inteiro. Penso também em quantos, por diversos motivos, estiverem impossibilitados de ir até à Porta Santa, sobretudo os doentes e as pessoas idosas e sós, que muitas vezes se encontram em condições de não poder sair de casa. Para eles será de grande ajuda viver a enfermidade e o sofrimento como experiência de proximidade ao Senhor que no mistério da sua paixão, morte e ressurreição indica a via mestra para dar sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança jubilosa este momento de provação, recebendo a comunhão ou participando na santa Missa e na oração comunitária, inclusive através dos vários meios de comunicação, será para eles o modo de obter a indulgência jubilar. O meu pensamento dirige-se também aos encarcerados, que experimentam a limitação da sua liberdade. O Jubileu constituiu sempre a oportunidade de uma grande amnistia, destinada a envolver muitas pessoas que, mesmo merecedoras de punição, todavia tomaram consciência da injustiça perpetrada e desejam sinceramente inserir-se de novo na sociedade, oferecendo o seu contributo honesto. A todos eles chegue concretamente a misericórdia do Pai que quer estar próximo de quem mais necessita do seu perdão. Nas capelas dos cárceres poderão obter a indulgência, e todas as vezes que passarem pela porta da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai, que este gesto signifique para eles a passagem pela Porta Santa, porque a misericórdia de Deus, capaz de mudar os corações, consegue também transformar as grades em experiência de liberdade. Eu pedi que a Igreja redescubra neste tempo jubilar a riqueza contida nas obras de misericórdia corporais e espirituais. De facto, a experiência da misericórdia torna-se visível no testemunho de sinais concretos como o próprio Jesus nos ensinou. Todas as vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras pessoalmente obterá sem dúvida a indulgência jubilar. Daqui o compromisso a viver de misericórdia para alcançar a graça do perdão completo e exaustivo pela força do amor do Pai que não exclui ninguém. Portanto, tratar-se-á de uma indulgência jubilar plena, fruto do próprio evento que é celebrado e vivido com fé, esperança e caridade. Enfim, a indulgência jubilar pode ser obtida também para quantos faleceram. A eles estamos unidos pelo testemunho de fé e caridade que nos deixaram. Assim como os recordamos na celebração eucarística, também podemos, no grande mistério da comunhão dos Santos, rezar por eles, para que o rosto misericordioso do Pai os liberte de qualquer resíduo de culpa e possa abraçá-los na beatitude sem fim. Um dos graves problemas do nosso tempo é certamente a alterada relação com a vida. Uma mentalidade muito difundida já fez perder a necessária sensibilidade pessoal e social pelo acolhimento de uma nova vida. O drama do aborto é vivido por alguns com uma consciência superficial, quase sem se dar conta do gravíssimo mal que um gesto semelhante comporta. Muitos outros, ao contrário, mesmo vivendo este momento como uma derrota, julgam que não têm outro caminho a percorrer. Penso, de maneira particular, em todas as mulheres que recorreram ao aborto. Conheço bem os condicionamentos que as levaram a tomar esta decisão. Sei que é um drama existencial e moral. Encontrei muitas mulheres que traziam no seu coração a cicatriz causada por esta escolha sofrida e dolorosa. O que aconteceu é profundamente injusto; contudo, só a sua verdadeira compreensão pode impedir que se perca a esperança. O perdão de Deus não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido, sobretudo quando com coração sincero se aproxima do Sacramento da Confissão para obter a reconciliação com o Pai. Também por este motivo, não obstante qualquer disposição em contrário, decidi conceder a todos os sacerdotes para o Ano Jubilar a faculdade de absolver do pecado de aborto quantos o cometeram e, arrependidos de coração, pedirem que lhes seja perdoado. Os sacerdotes se preparem para esta grande tarefa sabendo conjugar palavras de acolhimento genuíno com uma reflexão que ajude a compreender o pecado cometido, e indicar um percurso de conversão autêntica para conseguir entender o verdadeiro e generoso perdão do Pai, que tudo renova com a sua presença. Uma última consideração é dirigida aos fiéis que por diversos motivos sentem o desejo de frequentar as igrejas oficiadas pelos sacerdotes da Fraternidade São Pio X. Este Ano Jubilar da Misericórdia não exclui ninguém. De diversas partes, alguns irmãos Bispos referiram-me acerca da sua boa fé e prática sacramental, porém unida à dificuldade de viver uma condição pastoralmente árdua. Confio que no futuro próximo se possam encontrar soluções para recuperar a plena comunhão com os sacerdotes e os superiores da Fraternidade. Entretanto, movido pela exigência de corresponder ao bem destes fiéis, estabeleço por minha própria vontade que quantos, durante o Ano Santo da Misericórdia, se aproximarem para celebrar o Sacramento da Reconciliação junto dos sacerdotes da Fraternidade São Pio X, recebam validamente e licitamente a absolvição dos seus pecados. Confiando na intercessão da Mãe da Misericórdia, recomendo à sua protecção a preparação deste Jubileu Extraordinário. Vaticano, 1 de Setembro de 2015 Franciscus Corpos Incorruptos A Ciência não consegue explicar o incrível milagre da incorrupção dos corpos santos. A Igreja Catolica tem mais de 2.000 corpos incorruptos! Um corpo é considerado incorrupto quando não se deteriora depois da morte como habitualmente acontece com os demais corpos poucos dias depois da morte. Evidentemente exclui-se qualquer processo de incorrupção artificial como as mumificações, as saponificações e outros processos químicos de preservação. A preservação acontece milagrosamente sem qualquer intervenção. Alguns até cheiram a rosas... Cientistas, médicos e cirurgiões analisaram alguns corpos incorruptos e declararam que a preservação é humanamente inexplicável, que não poderiam, em condições normais e naturais, serem encontrados em tão perfeito estado de conservação depois de tanto tempo. Vejamos três exemplos das análises feitas por peritos e médicos: (Três dos dois mil confirmados pela ciencia e medicina) "A beata Maria Ana de Jesus, terciária da ordem de Nossa Senhora da Redenção, nascida em Madrid e falecida na mesma cidade em 1642; teve o corpo preservado da decomposição. Pouco depois de sua morte, o Cardeal Treso, Bispo de Málaga e presidente da Castela; que a conhecera pessoalmente em vida, no processo de beatificação, declara ter estado presente na primeira exumação e afirma: "Eu ví e me assombrei ao presenciar que o corpo morto há anos, sem que tivessem sido retiradas as vísceras ou embalsamado, pudesse estar tão perfeitamente conservado que nem sequer o abdômen e nem as faces oferecessem sinal de deteriorização, com exceção de uma mancha nos lábios, embora esta já a tivesse em vida". Em 1731, tendo já transcorridos 107 anos da morte da Serva de Deus, teve lugar uma inspecção oficial e mais completa, por ordem das autoridades eclesiásticas interessadas na causa da Beatificação. Os restos mortais se apresentavam suaves, flexíveis e elásticos ao tacto. Esta investigação teve lugar em Madrid, tendo sido fácil reunir médicos e peritos. Nove professores de medicina e cirurgia tomaram parte nas investigações e depuseram como testemunhas. Foram feitas incisões na parte carnosa e no peito; foram estudados os orifícios naturais por onde poderiam ter sido introduzidos preservativos contra a putrefacção. Foi uma verdadeira dissecação. Após completar as investigações, os médicos declararam: " Os órgãos internos, as vísceras e os tecidos carnosos, estavam todos eles intactos, sãos, húmidos e elásticos". Apesar da constante evolução da ciência esse fenómeno continua inexplicável, porque são de ordem sobrenatural, logo milagrosa. Esse milagre é característico de catolicismo e somente dele. Não há registos históricos de que pessoas de outras religiões ou crenças tenham sido encontradas incorruptas ou com ausência de rigidez cadavérica. O milagre acontece somente no catolicismo e com pessoas que em vida transbordavam santidade, mas nem todos os grandes santos foram encontrados incorruptos, pois os milagres não têm regra fixa. Deus preservou essas pessoas santas da corrupção em sinal de seu amor e para, através do exemplo delas, nos motivar a buscar a santidade. ------------------------------------------------------------------------------------------------------ San Giovanni Rotondo, Itália (Terça-feira, 25-06-2013, ) - A licença para a exposição contínua do Corpo incorrupto do Padre Pio foi dada pelo Prefeito da Congregação para a causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, durante uma solene celebração eucarística na Grande Igreja de São Pio, realizada em 1º de Junho. Agora a Igreja inferior de San Giovanni Rotondo, na Itália, expõe à veneração permanente o corpo de São Pio de Pietrelcina, um dos Santos mais famosos do século XX. padre_pio.jpg São Pio de Pieltricina tinha afirmado que "farei mais barulho morto que vivo" e a predição não deixou de se cumprir. Nos anos de 2008 e 2009 o seu corpo ficou exposto para veneração pública por 17 meses e, durante esse tempo, quase o mesmo número de peregrinos de Lourdes visitaram São Pio: cerca de 10 milhões, entre os quais o Papa Bento XVI. Segundo o Cardeal Angelo Amato "A dignidade das relíquias, daqueles que agora vivem no Paraíso, reside no fato de que sobre a Terra o seu corpo foi templo da graça divina e o instrumento dos seus méritos e da sua santificação com o exercício heróico da virtude ou com o seu martírio." (RMDC) Conteúdo sobre São Padre Pio publicado em gaudiumpress.org, --------------------------------------------------------------------------------------------- A incorruptibilidade do corpo de Santa Bernadette Soubirous é um dos casos mais assombrosos e estudados pela medicina. Desde 3 de agosto de 1925, o corpo intacto da Santa se encontra exposto numa urna de cristal na capela do convento de Saint-Gildard, na cidade de Nevers, França. A cidade fica na Borgonha, a 260 km ao sul-sudeste de Paris. O corpo de Santa Bernadette repousa nesta capela desde 3 de agosto de 1925. Assim informa uma inscrição ao lado do corpo da Santa na mesma capela: Tradução: "Ele está intacto e “como se estivesse petrificado” segundo foi reconhecido pelos médicos juramentados e pelas autoridades civis e religiosas por ocasião das exumações de 1909, 1919 e 1925. O rosto e as mãos, que escureceram no contato com o ar, foram recobertos com ligeiras camadas de cera, moldadas segundo os modelos recolhidos diretamente. A posição inclinada para o lado esquerdo foi assumida pelo corpo no túmulo.” Vejamos, entretanto, o que disseram os médicos responsáveis pelas perícias praticadas sobre o corpo da Santa nas diversas ocasiões mencionadas na inscrição. Primeira exumação Em 22 de setembro de 1909, trinta anos após o velório, seu cadáver foi exumado pela primeira vez e o corpo encontrado intacto. Os Drs. Ch. David e A. Jordan, que conduziram esta primeira exumação, escreveram no relatório da perícia: “O caixão foi aberto na presença do Bispo e do Prefeito de Nevers, seus principais representantes e diversos religiosos. “Não notamos nenhum odor. “O corpo estava vestido com o Hábito da Ordem a que pertencia Bernadette. O Hábito estava úmido. “Apenas a face, mãos e antebraços estavam descobertos. “A cabeça estava inclinada para a esquerda. A face estava lânguida e branca. A pele estava apegada aos músculos e estes apegados aos ossos. “As cavidades oculares estavam cobertas pelas pálpebras [...] “Nariz dilatado e enrugado. Boca levemente aberta e se podia ver os dentes no lugar. “As mãos, cruzadas sobre o peito, estavam perfeitamente preservadas, bem como suas unhas. As mãos seguravam um terço. Podia se observar as veias no antebraço. “Os pés estavam enrugados e as unhas intactas. “Quando o Hábito foi removido e o véu levantado de sua cabeça, pode se observar um corpo rígido, pele esticada [...] “Seu cabelo estava com um corte curto e bem preso à cabeça. As orelhas estavam em perfeito estado de conservação [...] “O abdome estava esticado, assim como o resto do corpo. Ao ser tocado, tinha um som como de papelão. “O joelho direito estava mais largo que o esquerdo. “As costelas e músculos se observavam sob a pele [...] “O corpo estava tão rígido que podia ser virado para um lado e para o outro [...] “Em testemunho de que temos corretamente escrito esta presente declaração, a qual representa a verdade em sua totalidade. Nevers, 22 de setembro de 1909, Drs. Ch. David, A. Jourdan.” Fonte em inglês -- Fonte em português Segunda exumação Em 1919, dez anos depois da primeira exumação, realizou-se uma segunda exumação do corpo de Santa Bernadette, conduzida desta vez pelos Doutores Talon e Comte, com a presença do Bispo da cidade de Nevers, bem como do Delegado de Polícia e representantes da Prefeitura e da Igreja. Santa Bernadette em seu velório, abril 1879, Nevers Santa Bernadette em seu velório, abril 1879, Nevers A situação encontrada foi exatamente a mesma da primeira exumação. Eis alguns excertos do relatório final do Dr. Comte, sobre esta segunda perícia: “Deste exame, concluo que permanece intacto o corpo da Venerável Bernadette, esqueleto completo, músculos atrofiados, mas bem preservados; apenas a pele, que estava enrugada, pelos efeitos da umidade do caixão.[...] “O corpo não estava em putrefação nem decomposição, o que seria esperado como normal, após quarenta anos de seu sepultamento. “Nevers, 3 de abril de 1919, Dr. Comte” Fonte em inglês -- Fonte em português Terceira exumação Por fim, a 18 de novembro de 1923, Sua Santidade o Papa Pio XI assinou decreto reconhecendo a heroicidade das virtudes de Bernadette. Após a beatificação da Santa, foi efetivada uma terceira exumação em 12 de Junho de 1925. O objetivo era a retirada de “relíquias” de seu corpo. A canonização viria oito anos mais tarde, em 1933. Sobre esta última exumação, escreveu o Dr. Comte em seu relatório, em termos forenses que por vezes espantam aos leigos, mas que nos permitem medir com exatidão o grau da incorruptibilidade do corpo da vidente de Lourdes: “Eu queria abrir o lado esquerdo do tórax para retirar algumas costelas e então remover o coração, o qual eu tinha certeza que estaria intacto. “Porém, como o tronco estava levemente apoiado no braço esquerdo, haveria dificuldade em ter acesso ao coração. “Como a Madre Superiora expressou o desejo de que o coração de Santa Bernadette não fosse retirado, bem como também este era o desejo do Bispo, mudei de ideia de abrir o lado esquerdo do tórax e apenas retirei duas costelas do lado direito, que estavam mais acessíveis. “O que mais me impressionou durante esta exumação foi o perfeito estado de conservação do esqueleto, tecidos fibrosos, musculatura flexível e firme, ligamentos e pele após quarenta e seis anos de sua morte. “Após tanto tempo, qualquer organismo morto tenderia a desintegra-se, a se decompor e adquirir uma consistência calcária. “Contudo, ao cortar, eu percebi uma consistência quase normal e macia. “Naquele momento, eu fiz esta observação a todos os presentes de que eu não via aquilo como um fenômeno natural.” Fonte em inglês -- Fonte em português Naquela época foi confeccionada a urna de cristal que guarda o corpo de Santa Bernadette. As freiras cobriram seu rosto e as mãos com uma camada fina de cera. Urna com o corpo de Santa Bernadette em Nevers Urna com o corpo de Santa Bernadette em Nevers A urna se encontra hoje numa bela capela fora da clausura para que possa ser visitada. O corpo milagrosamente preservado de Santa Bernadette encoraja os visitantes a imitarem a vida de Santa Bernadette e levarem a sério as mensagens transmitidas pela vidente da Imaculada Conceição. Texto em\; http://apologeticadafecatolica.blogspot.com.br/2013/03/a-igreja-catolica-tem-mais-de-2000.html A Igreja Catolica tem mais de 2.000 corpos incorruptos! 09:50 GEOVANI ALVES Apologética da Fé Católica No comments Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook A Ciência não consegue explicar o incrível milagre da incorrupção dos corpos santos. A Igreja Catolica tem mais de 2.000 corpos incorruptos! Um corpo é considerado incorrupto quando não se deteriora depois da morte como habitualmente acontece com os demais corpos poucos dias depois da morte. Evidentemente exclui-se qualquer processo de incorrupção artificial como as mumificações, as saponificações e outros processos químicos de preservação. A preservação acontece milagrosamente sem qualquer intervenção. Alguns até cheiram a rosas... Cientistas, médicos e cirurgiões analisaram alguns corpos incorruptos e declararam que a preservação é humanamente inexplicável, que não poderiam, em condições normais e naturais, serem encontrados em tão perfeito estado de conservação depois de tanto tempo. Vejamos três exemplos das análises feitas por peritos e médicos: (Três dos dois mil confirmados pela ciencia e medicina) "A beata Maria Ana de Jesus, terciária da ordem de Nossa Senhora da Redenção, nascida em Madrid e falecida na mesma cidade em 1642; teve o corpo preservado da decomposição. Pouco depois de sua morte, o Cardeal Treso, Bispo de Málaga e presidente da Castela; que a conhecera pessoalmente em vida, no processo de beatificação, declara ter estado presente na primeira exumação e afirma: "Eu ví e me assombrei ao presenciar que o corpo morto há anos, sem que tivessem sido retiradas as vísceras ou embalsamado, pudesse estar tão perfeitamente conservado que nem sequer o abdômen e nem as faces oferecessem sinal de deteriorização, com exceção de uma mancha nos lábios, embora esta já a tivesse em vida". Em 1731, tendo já transcorridos 107 anos da morte da Serva de Deus, teve lugar uma inspecção oficial e mais completa, por ordem das autoridades eclesiásticas interessadas na causa da Beatificação. Os restos mortais se apresentavam suaves, flexíveis e elásticos ao tacto. Esta investigação teve lugar em Madrid, tendo sido fácil reunir médicos e peritos. Nove professores de medicina e cirurgia tomaram parte nas investigações e depuseram como testemunhas. Foram feitas incisões na parte carnosa e no peito; foram estudados os orifícios naturais por onde poderiam ter sido introduzidos preservativos contra a putrefacção. Foi uma verdadeira dissecação. Após completar as investigações, os médicos declararam: " Os órgãos internos, as vísceras e os tecidos carnosos, estavam todos eles intactos, sãos, húmidos e elásticos". Apesar da constante evolução da ciência esse fenómeno continua inexplicável, porque são de ordem sobrenatural, logo milagrosa. Esse milagre é característico de catolicismo e somente dele. Não há registos históricos de que pessoas de outras religiões ou crenças tenham sido encontradas incorruptas ou com ausência de rigidez cadavérica. O milagre acontece somente no catolicismo e com pessoas que em vida transbordavam santidade, mas nem todos os grandes santos foram encontrados incorruptos, pois os milagres não têm regra fixa. Deus preservou essas pessoas santas da corrupção em sinal de seu amor e para, através do exemplo delas, nos motivar a buscar a santidade. ------------------------------------------------------------------------------------------------------ San Giovanni Rotondo, Itália (Terça-feira, 25-06-2013, ) - A licença para a exposição contínua do Corpo incorrupto do Padre Pio foi dada pelo Prefeito da Congregação para a causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, durante uma solene celebração eucarística na Grande Igreja de São Pio, realizada em 1º de Junho. Agora a Igreja inferior de San Giovanni Rotondo, na Itália, expõe à veneração permanente o corpo de São Pio de Pietrelcina, um dos Santos mais famosos do século XX. padre_pio.jpg São Pio de Pieltricina tinha afirmado que "farei mais barulho morto que vivo" e a predição não deixou de se cumprir. Nos anos de 2008 e 2009 o seu corpo ficou exposto para veneração pública por 17 meses e, durante esse tempo, quase o mesmo número de peregrinos de Lourdes visitaram São Pio: cerca de 10 milhões, entre os quais o Papa Bento XVI. Segundo o Cardeal Angelo Amato "A dignidade das relíquias, daqueles que agora vivem no Paraíso, reside no fato de que sobre a Terra o seu corpo foi templo da graça divina e o instrumento dos seus méritos e da sua santificação com o exercício heróico da virtude ou com o seu martírio." (RMDC) Conteúdo sobre São Padre Pio publicado em gaudiumpress.org, --------------------------------------------------------------------------------------------- A incorruptibilidade do corpo de Santa Bernadette Soubirous é um dos casos mais assombrosos e estudados pela medicina. Desde 3 de agosto de 1925, o corpo intacto da Santa se encontra exposto numa urna de cristal na capela do convento de Saint-Gildard, na cidade de Nevers, França. A cidade fica na Borgonha, a 260 km ao sul-sudeste de Paris. O corpo de Santa Bernadette repousa nesta capela desde 3 de agosto de 1925. Assim informa uma inscrição ao lado do corpo da Santa na mesma capela: Tradução: "Ele está intacto e “como se estivesse petrificado” segundo foi reconhecido pelos médicos juramentados e pelas autoridades civis e religiosas por ocasião das exumações de 1909, 1919 e 1925. O rosto e as mãos, que escureceram no contato com o ar, foram recobertos com ligeiras camadas de cera, moldadas segundo os modelos recolhidos diretamente. A posição inclinada para o lado esquerdo foi assumida pelo corpo no túmulo.” Vejamos, entretanto, o que disseram os médicos responsáveis pelas perícias praticadas sobre o corpo da Santa nas diversas ocasiões mencionadas na inscrição. Primeira exumação Em 22 de setembro de 1909, trinta anos após o velório, seu cadáver foi exumado pela primeira vez e o corpo encontrado intacto. Os Drs. Ch. David e A. Jordan, que conduziram esta primeira exumação, escreveram no relatório da perícia: “O caixão foi aberto na presença do Bispo e do Prefeito de Nevers, seus principais representantes e diversos religiosos. “Não notamos nenhum odor. “O corpo estava vestido com o Hábito da Ordem a que pertencia Bernadette. O Hábito estava úmido. “Apenas a face, mãos e antebraços estavam descobertos. “A cabeça estava inclinada para a esquerda. A face estava lânguida e branca. A pele estava apegada aos músculos e estes apegados aos ossos. “As cavidades oculares estavam cobertas pelas pálpebras [...] “Nariz dilatado e enrugado. Boca levemente aberta e se podia ver os dentes no lugar. “As mãos, cruzadas sobre o peito, estavam perfeitamente preservadas, bem como suas unhas. As mãos seguravam um terço. Podia se observar as veias no antebraço. “Os pés estavam enrugados e as unhas intactas. “Quando o Hábito foi removido e o véu levantado de sua cabeça, pode se observar um corpo rígido, pele esticada [...] “Seu cabelo estava com um corte curto e bem preso à cabeça. As orelhas estavam em perfeito estado de conservação [...] “O abdome estava esticado, assim como o resto do corpo. Ao ser tocado, tinha um som como de papelão. “O joelho direito estava mais largo que o esquerdo. “As costelas e músculos se observavam sob a pele [...] “O corpo estava tão rígido que podia ser virado para um lado e para o outro [...] “Em testemunho de que temos corretamente escrito esta presente declaração, a qual representa a verdade em sua totalidade. Nevers, 22 de setembro de 1909, Drs. Ch. David, A. Jourdan.” Fonte em inglês -- Fonte em português Segunda exumação Em 1919, dez anos depois da primeira exumação, realizou-se uma segunda exumação do corpo de Santa Bernadette, conduzida desta vez pelos Doutores Talon e Comte, com a presença do Bispo da cidade de Nevers, bem como do Delegado de Polícia e representantes da Prefeitura e da Igreja. Santa Bernadette em seu velório, abril 1879, Nevers Santa Bernadette em seu velório, abril 1879, Nevers A situação encontrada foi exatamente a mesma da primeira exumação. Eis alguns excertos do relatório final do Dr. Comte, sobre esta segunda perícia: “Deste exame, concluo que permanece intacto o corpo da Venerável Bernadette, esqueleto completo, músculos atrofiados, mas bem preservados; apenas a pele, que estava enrugada, pelos efeitos da umidade do caixão.[...] “O corpo não estava em putrefação nem decomposição, o que seria esperado como normal, após quarenta anos de seu sepultamento. “Nevers, 3 de abril de 1919, Dr. Comte” Fonte em inglês -- Fonte em português Terceira exumação Por fim, a 18 de novembro de 1923, Sua Santidade o Papa Pio XI assinou decreto reconhecendo a heroicidade das virtudes de Bernadette. Após a beatificação da Santa, foi efetivada uma terceira exumação em 12 de Junho de 1925. O objetivo era a retirada de “relíquias” de seu corpo. A canonização viria oito anos mais tarde, em 1933. Sobre esta última exumação, escreveu o Dr. Comte em seu relatório, em termos forenses que por vezes espantam aos leigos, mas que nos permitem medir com exatidão o grau da incorruptibilidade do corpo da vidente de Lourdes: “Eu queria abrir o lado esquerdo do tórax para retirar algumas costelas e então remover o coração, o qual eu tinha certeza que estaria intacto. “Porém, como o tronco estava levemente apoiado no braço esquerdo, haveria dificuldade em ter acesso ao coração. “Como a Madre Superiora expressou o desejo de que o coração de Santa Bernadette não fosse retirado, bem como também este era o desejo do Bispo, mudei de ideia de abrir o lado esquerdo do tórax e apenas retirei duas costelas do lado direito, que estavam mais acessíveis. “O que mais me impressionou durante esta exumação foi o perfeito estado de conservação do esqueleto, tecidos fibrosos, musculatura flexível e firme, ligamentos e pele após quarenta e seis anos de sua morte. “Após tanto tempo, qualquer organismo morto tenderia a desintegra-se, a se decompor e adquirir uma consistência calcária. “Contudo, ao cortar, eu percebi uma consistência quase normal e macia. “Naquele momento, eu fiz esta observação a todos os presentes de que eu não via aquilo como um fenômeno natural.” Fonte em inglês -- Fonte em português Naquela época foi confeccionada a urna de cristal que guarda o corpo de Santa Bernadette. As freiras cobriram seu rosto e as mãos com uma camada fina de cera. Urna com o corpo de Santa Bernadette em Nevers Urna com o corpo de Santa Bernadette em Nevers A urna se encontra hoje numa bela capela fora da clausura para que possa ser visitada. O corpo milagrosamente preservado de Santa Bernadette encoraja os visitantes a imitarem a vida de Santa Bernadette e levarem a sério as mensagens transmitidas pela vidente da Imaculada Conceição. Fontes: em inglês: http://www.catholicpilgrims.com/lourdes/bb_bernadette_body.htm e em português: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernadette_SoubirousA Igreja Catolica tem mais de 2.000 corpos incorruptos! 09:50 GEOVANI ALVES Apologética da Fé Católica No comments Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook A Ciência não consegue explicar o incrível milagre da incorrupção dos corpos santos. A Igreja Catolica tem mais de 2.000 corpos incorruptos! Um corpo é considerado incorrupto quando não se deteriora depois da morte como habitualmente acontece com os demais corpos poucos dias depois da morte. Evidentemente exclui-se qualquer processo de incorrupção artificial como as mumificações, as saponificações e outros processos químicos de preservação. A preservação acontece milagrosamente sem qualquer intervenção. Alguns até cheiram a rosas... Cientistas, médicos e cirurgiões analisaram alguns corpos incorruptos e declararam que a preservação é humanamente inexplicável, que não poderiam, em condições normais e naturais, serem encontrados em tão perfeito estado de conservação depois de tanto tempo. Vejamos três exemplos das análises feitas por peritos e médicos: (Três dos dois mil confirmados pela ciencia e medicina) "A beata Maria Ana de Jesus, terciária da ordem de Nossa Senhora da Redenção, nascida em Madrid e falecida na mesma cidade em 1642; teve o corpo preservado da decomposição. Pouco depois de sua morte, o Cardeal Treso, Bispo de Málaga e presidente da Castela; que a conhecera pessoalmente em vida, no processo de beatificação, declara ter estado presente na primeira exumação e afirma: "Eu ví e me assombrei ao presenciar que o corpo morto há anos, sem que tivessem sido retiradas as vísceras ou embalsamado, pudesse estar tão perfeitamente conservado que nem sequer o abdômen e nem as faces oferecessem sinal de deteriorização, com exceção de uma mancha nos lábios, embora esta já a tivesse em vida". Em 1731, tendo já transcorridos 107 anos da morte da Serva de Deus, teve lugar uma inspecção oficial e mais completa, por ordem das autoridades eclesiásticas interessadas na causa da Beatificação. Os restos mortais se apresentavam suaves, flexíveis e elásticos ao tacto. Esta investigação teve lugar em Madrid, tendo sido fácil reunir médicos e peritos. Nove professores de medicina e cirurgia tomaram parte nas investigações e depuseram como testemunhas. Foram feitas incisões na parte carnosa e no peito; foram estudados os orifícios naturais por onde poderiam ter sido introduzidos preservativos contra a putrefacção. Foi uma verdadeira dissecação. Após completar as investigações, os médicos declararam: " Os órgãos internos, as vísceras e os tecidos carnosos, estavam todos eles intactos, sãos, húmidos e elásticos". Apesar da constante evolução da ciência esse fenómeno continua inexplicável, porque são de ordem sobrenatural, logo milagrosa. Esse milagre é característico de catolicismo e somente dele. Não há registos históricos de que pessoas de outras religiões ou crenças tenham sido encontradas incorruptas ou com ausência de rigidez cadavérica. O milagre acontece somente no catolicismo e com pessoas que em vida transbordavam santidade, mas nem todos os grandes santos foram encontrados incorruptos, pois os milagres não têm regra fixa. Deus preservou essas pessoas santas da corrupção em sinal de seu amor e para, através do exemplo delas, nos motivar a buscar a santidade. ------------------------------------------------------------------------------------------------------ San Giovanni Rotondo, Itália (Terça-feira, 25-06-2013, ) - A licença para a exposição contínua do Corpo incorrupto do Padre Pio foi dada pelo Prefeito da Congregação para a causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, durante uma solene celebração eucarística na Grande Igreja de São Pio, realizada em 1º de Junho. Agora a Igreja inferior de San Giovanni Rotondo, na Itália, expõe à veneração permanente o corpo de São Pio de Pietrelcina, um dos Santos mais famosos do século XX. padre_pio.jpg São Pio de Pieltricina tinha afirmado que "farei mais barulho morto que vivo" e a predição não deixou de se cumprir. Nos anos de 2008 e 2009 o seu corpo ficou exposto para veneração pública por 17 meses e, durante esse tempo, quase o mesmo número de peregrinos de Lourdes visitaram São Pio: cerca de 10 milhões, entre os quais o Papa Bento XVI. Segundo o Cardeal Angelo Amato "A dignidade das relíquias, daqueles que agora vivem no Paraíso, reside no fato de que sobre a Terra o seu corpo foi templo da graça divina e o instrumento dos seus méritos e da sua santificação com o exercício heróico da virtude ou com o seu martírio." (RMDC) Conteúdo sobre São Padre Pio publicado em gaudiumpress.org, --------------------------------------------------------------------------------------------- A incorruptibilidade do corpo de Santa Bernadette Soubirous é um dos casos mais assombrosos e estudados pela medicina. Desde 3 de agosto de 1925, o corpo intacto da Santa se encontra exposto numa urna de cristal na capela do convento de Saint-Gildard, na cidade de Nevers, França. A cidade fica na Borgonha, a 260 km ao sul-sudeste de Paris. O corpo de Santa Bernadette repousa nesta capela desde 3 de agosto de 1925. Assim informa uma inscrição ao lado do corpo da Santa na mesma capela: Tradução: "Ele está intacto e “como se estivesse petrificado” segundo foi reconhecido pelos médicos juramentados e pelas autoridades civis e religiosas por ocasião das exumações de 1909, 1919 e 1925. O rosto e as mãos, que escureceram no contato com o ar, foram recobertos com ligeiras camadas de cera, moldadas segundo os modelos recolhidos diretamente. A posição inclinada para o lado esquerdo foi assumida pelo corpo no túmulo.” Vejamos, entretanto, o que disseram os médicos responsáveis pelas perícias praticadas sobre o corpo da Santa nas diversas ocasiões mencionadas na inscrição. Primeira exumação Em 22 de setembro de 1909, trinta anos após o velório, seu cadáver foi exumado pela primeira vez e o corpo encontrado intacto. Os Drs. Ch. David e A. Jordan, que conduziram esta primeira exumação, escreveram no relatório da perícia: “O caixão foi aberto na presença do Bispo e do Prefeito de Nevers, seus principais representantes e diversos religiosos. “Não notamos nenhum odor. “O corpo estava vestido com o Hábito da Ordem a que pertencia Bernadette. O Hábito estava úmido. “Apenas a face, mãos e antebraços estavam descobertos. “A cabeça estava inclinada para a esquerda. A face estava lânguida e branca. A pele estava apegada aos músculos e estes apegados aos ossos. “As cavidades oculares estavam cobertas pelas pálpebras [...] “Nariz dilatado e enrugado. Boca levemente aberta e se podia ver os dentes no lugar. “As mãos, cruzadas sobre o peito, estavam perfeitamente preservadas, bem como suas unhas. As mãos seguravam um terço. Podia se observar as veias no antebraço. “Os pés estavam enrugados e as unhas intactas. “Quando o Hábito foi removido e o véu levantado de sua cabeça, pode se observar um corpo rígido, pele esticada [...] “Seu cabelo estava com um corte curto e bem preso à cabeça. As orelhas estavam em perfeito estado de conservação [...] “O abdome estava esticado, assim como o resto do corpo. Ao ser tocado, tinha um som como de papelão. “O joelho direito estava mais largo que o esquerdo. “As costelas e músculos se observavam sob a pele [...] “O corpo estava tão rígido que podia ser virado para um lado e para o outro [...] “Em testemunho de que temos corretamente escrito esta presente declaração, a qual representa a verdade em sua totalidade. Nevers, 22 de setembro de 1909, Drs. Ch. David, A. Jourdan.” Fonte em inglês -- Fonte em português Segunda exumação Em 1919, dez anos depois da primeira exumação, realizou-se uma segunda exumação do corpo de Santa Bernadette, conduzida desta vez pelos Doutores Talon e Comte, com a presença do Bispo da cidade de Nevers, bem como do Delegado de Polícia e representantes da Prefeitura e da Igreja. A situação encontrada foi exatamente a mesma da primeira exumação. Eis alguns excertos do relatório final do Dr. Comte, sobre esta segunda perícia: “Deste exame, concluo que permanece intacto o corpo da Venerável Bernadette, esqueleto completo, músculos atrofiados, mas bem preservados; apenas a pele, que estava enrugada, pelos efeitos da umidade do caixão.[...] “O corpo não estava em putrefação nem decomposição, o que seria esperado como normal, após quarenta anos de seu sepultamento. “Nevers, 3 de abril de 1919, Dr. Comte” Fonte em inglês -- Fonte em português Terceira exumação Por fim, a 18 de novembro de 1923, Sua Santidade o Papa Pio XI assinou decreto reconhecendo a heroicidade das virtudes de Bernadette. Após a beatificação da Santa, foi efetivada uma terceira exumação em 12 de Junho de 1925. O objetivo era a retirada de “relíquias” de seu corpo. A canonização viria oito anos mais tarde, em 1933. Sobre esta última exumação, escreveu o Dr. Comte em seu relatório, em termos forenses que por vezes espantam aos leigos, mas que nos permitem medir com exatidão o grau da incorruptibilidade do corpo da vidente de Lourdes: “Eu queria abrir o lado esquerdo do tórax para retirar algumas costelas e então remover o coração, o qual eu tinha certeza que estaria intacto. “Porém, como o tronco estava levemente apoiado no braço esquerdo, haveria dificuldade em ter acesso ao coração. “Como a Madre Superiora expressou o desejo de que o coração de Santa Bernadette não fosse retirado, bem como também este era o desejo do Bispo, mudei de ideia de abrir o lado esquerdo do tórax e apenas retirei duas costelas do lado direito, que estavam mais acessíveis. “O que mais me impressionou durante esta exumação foi o perfeito estado de conservação do esqueleto, tecidos fibrosos, musculatura flexível e firme, ligamentos e pele após quarenta e seis anos de sua morte. “Após tanto tempo, qualquer organismo morto tenderia a desintegra-se, a se decompor e adquirir uma consistência calcária. “Contudo, ao cortar, eu percebi uma consistência quase normal e macia. “Naquele momento, eu fiz esta observação a todos os presentes de que eu não via aquilo como um fenômeno natural.” Fonte em inglês -- Fonte em português Naquela época foi confeccionada a urna de cristal que guarda o corpo de Santa Bernadette. As freiras cobriram seu rosto e as mãos com uma camada fina de cera. Urna com A urna se encontra hoje numa bela capela fora da clausura para que possa ser visitada. O corpo milagrosamente preservado de Santa Bernadette encoraja os visitantes a imitarem a vida de Santa Bernadette e levarem a sério as mensagens transmitidas pela vidente da Imaculada Conceição. Fontes: em inglês: http://www.catholicpilgrims.com/lourdes/bb_bernadette_body.htm e em português: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernadette_Soubirous O purgatório descrito por pessoas que já estiveram lá Confira o relato de pessoas que tiveram esta experiência extraordinária e a contam detalhadamente A tradição litúrgica expôs, desde o início dos tempos, a existência de uma condição na qual as almas permanecem depois da morte e se purificam para poder alcançar em algum momento a glória plena. É o chamado “purgatório”, palavra que vem do latim “purgare” e é narrada no Catecismo da Igreja Católica como um estado intermediário no qual estão “os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados” (1030). Esta purificação que aperfeiçoa a cura e libertação é uma realidade escatológica, verdade de fé, que foi proclamada desde os primeiros tempos do cristianismo, afirmada por santos, papas e pelo testemunho da própria Nossa Senhora em algumas das suas aparições. Para aprofundar no tema, você pode ler o artigo “O que é o purgatório?”. Um “fogo de amor” Bento XVI abordou este dogma de fé durante uma catequese de janeiro de 2011, na qual explicou que o purgatório não é tanto um “espaço”, mas um “fogo interior” que purifica a pessoa e a prepara para contemplar Deus. Naquela ocasião, Bento XVI recordou as palavras de Santa Catarina de Gênova, que, conta, em sua obra “Tratado do Purgatório”, uma revelação particular. É uma experiência mística na qual ela descreve que “a alma separada do corpo, quando se encontra naquela pureza em que foi criada, vendo-se com tal impedimento, que não pode ser eliminado a não ser por meio do purgatório, imediatamente se lança a ele, com toda a sua vontade”. Com extraordinária precisão, esta mulher italiana do século XVI afirma: “Não acho que seja possível encontrar um contentamento comparável à de uma alma no purgatório, a não ser a dos santos no Paraíso. Este contentamento cresce cada dia pela influência de Deus nessas almas, e mais ainda na medida em que vão se consumindo os impedimentos que se opõem a esta influência”. Doutrina de fé A certeza do purgatório nasce na Bíblia e posteriormente os doutores da Igreja (Agostinho, Gregório Magno e São Crisóstomo) formularam uma extensa e enriquecedor doutrina da fé. Tais abordagens sobre o purgatório foram respaldadas pelos sagrados concílios de Florença (1439) e Trento (1563). Mas também são confirmados por testemunhos de dezenas de pessoas, que expõem sua experiência sobre a existência de almas que buscam a comunhão com Deus. Um destes valiosos tesouros vem de Santa Maria Faustina Kowalska, religiosa polonesa canonizada em 2001 pelo Papa João Paulo II. Vivendo sua vocação na década de 30, ela foi testemunha de diversas aparições de Jesus na advocação da misericórdia. Foi o próprio Filho de Deus quem lhe revelou aquilo que a santa narra em seu diário de vida. Faustina conta que, guiada pelo seu anjo da guarda, visitou o purgatório: “Encontrei-me num lugar enevoado, cheio de fogo, e, dentro deste, uma multidão de almas sofredoras. Essas almas rezavam com muito fervor, mas sem resultado para si mesmas; apenas nós podemos ajudá-las. (...) O maior sofrimento delas era a saudade de Deus. Vi Nossa Senhora que visitava as almas no Purgatório. As almas chamam a Maria ‘Estrela do Mar’. Ela lhes traz alívio. Meu anjo da guarda me fez um sinal para sair. Saímos dessa prisão de sofrimento. Ouvi uma voz interior que me disse: ‘Minha misericórdia não deseja isso, mas a justiça o exige’”. O amigo do Padre Paio que esteve no purgatório O frei Daniele Natale foi um sacerdote capuchinho italiano que se dedicou a missionar em terras hostis durante a 2ª Guerra Mundial. Ele socorria os feridos, enterrava os mortos e salvava os objetos litúrgicos. Em meio a este cenário, em 1952, na clínica “Regina Elena”, ele recebeu o diagnóstico de câncer. Com esta triste notícia, ele foi ver o Padre Pio, seu amigo e guia espiritual, quem lhe insistiu para que tratasse sua doença. O frei Daniele viajou a Roma e encontrou o médico que lhe haviam recomendado, Dr. Riccardo Moretti. Este médico, no começo, não queria realizar a cirurgia, porque tinha certeza de que o paciente não sobreviveria. Mas, influenciado por um impulso interior, acabou aceitando o desafio. A intervenção foi realizada no dia seguinte pela manhã. Apesar da anestesia local, o frei Daniele continuou consciente. Ele sentia dor, mas não manifestava: pelo contrário, estava contente por poder oferecer seu sofrimento a Jesus. Mas, ao mesmo tempo, ele tinha a sensação de que esta dor estava purificando sua alma dos pecados. Depois de algum tempo, ele sentiu que dormia. Para os médicos, ele havia entrado em coma, na qual permaneceu durante três dias, falecendo logo depois. Redigiram o atestado de óbito confirmado pelos médicos e seus familiares se aproximaram do seu leito para rezar pelo defunto. No entanto, após algumas horas, o “morto” voltou à vida. Três horas de purgatório O que será que aconteceu com o frei Daniele durante aquelas horas? Onde esteve sua alma? O frade relatou sua experiência no livro “Fra Daniele reconta”. Deste escrito, compartilhamos os seguintes trechos: “Eu estava em pé diante do trono de Deus. Pude vê-lo, mas não como um juiz severo, e sim como um Pai carinhoso e cheio de amor. Então, percebi que o Senhor havia feito tudo por amor a mim, que havia cuidado de mim do primeiro ao último instante da minha vida, amando-me como se eu fosse a única criatura existente sobre esta terra. Percebi também, no entanto, que eu não só não havia correspondido a este imenso amor divino, senão que havia descuidado dele. Fui condenado a duas-três horas de purgatório. ‘Mas como? – perguntei-me. Somente duas-três horas? Depois vou permanecer para sempre junto a Deus, eterno amor?’. Dei um pulo de alegria e me senti como um filho predileto. (...) Eram dores terríveis, que não sei de onde vinham, mas se sentiam intensamente. Os sentidos que mais haviam ofendido Deus neste mundo: os olhos, a língua, sentiam maior dor e era algo incrível, porque no purgatório a pessoa sente como se tivesse o corpo e conhece, reconhece os outros como ocorre no mundo. Enquanto isso, não haviam passado mais que uns poucos minutos dessas penas e já me pareciam uma eternidade. Então pensei em pedir a um irmão do meu convento que rezasse por mim, porque eu estava no purgatório. Esse irmão ficou impressionado, porque sentia a minha voz, mas não me via. Ele perguntava: ‘Onde você está? Por que não consigo vê-lo?’ (...) Só então percebi estar sem corpo. Me contentei com insistir-lhe que rezasse muito por mim e fui embora. ‘Mas como? – dizia eu a mim mesmo. Não seriam só duas ou três horas de purgatório? Mas já se passaram 300 anos!’ – pelo menos esta era a minha impressão. De repente, a Bem-Aventurada Virgem Maria apareceu para mim e lhe supliquei, implorei, dizendo-lhe: ‘Ó Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, obtém para mim do Senhor a graça de retornar à terra para viver e agir somente por amor a Deus!’. Percebi também a presença do Padre Pio e lhe supliquei: ‘Pelas suas dores atrozes, pelas suas benditas chagas, Padre Pio meu, reze por mim a Deus, para que me liberte destas chamas e me conceda continuar o purgatório sobre a terra’. Depois não vi mais nada, mas percebi que o Padre Pio conversava com Nossa Senhora (...). Ela inclinou a cabeça e sorriu para mim. Naquele exato momento, recuperei a possessão do meu corpo. (...) Com um movimento brusco, me livrei do lençol que me cobria. (...) Os que estavam velando e rezando, assustadíssimos, correram para fora do quarto, para buscar os enfermeiros e médicos. Em poucos minutos, o hospital virou uma bagunça. Todos pensavam que eu era um fantasma.” No dia seguinte pela manhã, o frei Daniele se levantou sozinho da cama e se sentou em uma poltrona. Eram sete horas. Os médicos geralmente visitavam os pacientes às nove. Mas, neste dia, o Dr. Riccardo Moretti, o mesmo que havia redigido o atestado médico de óbito do frei Daniele, havia chegada mais cedo ao hospital. Ele parou na frente do frade e, com lágrimas nos olhos, disse-lhe: “Sim, agora eu acredito em Deus e na Igreja, acredito no Padre Pio!”. O frei Daniele teve a oportunidade de compartilhar sua dor com Cristo durante mais de 40 anos após estes acontecimentos. Ele faleceu em 6 de julho de 1994, aos 75 anos, na enfermaria do convento dos Irmãos Capuchinhos de San Giovanni Rotondo (Itália). Em 2012, foi aberta sua causa de beatificação e hoje ele é considerado Servo de Deus.