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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

jornal âmi numero 202 agosto 2018


“NÃO MATARÁS.” (Ex 20,13)
CNBB convoca mobilização a favor da vida e contra o aborto – pg.8









PALAVRA DE DEUS

"Salmo 44

1. Canto nupcial. 2.Transbordam palavras sublimes do meu coração. Ao rei dedico o meu canto. Minha língua é como o estilo de um ágil escriba. 3.Sois belo, o mais belo dos filhos dos homens. Expande-se a graça em vossos lábios, pelo que Deus vos cumulou de bênçãos eternas. 4.Cingi-vos com vossa espada, ó herói; ela é vosso ornamento e esplendor. 5.Erguei-vos vitorioso em defesa da verdade e da justiça. Que vossa mão se assinale por feitos gloriosos. 6.Aguçadas são as vossas flechas; a vós se submetem os povos; os inimigos do rei perdem o ânimo. 7.Vosso trono, ó Deus, é eterno, de eqüidade é vosso cetro real. 8.Amais a justiça e detestais o mal, pelo que o Senhor, vosso Deus, vos ungiu com óleo de alegria, preferindo-vos aos vossos iguais. 9.Exalam vossas vestes perfume de mirra, aloés e incenso; do palácio de marfim os sons das liras vos deleitam. 10.Filhas de reis formam vosso cortejo; posta-se à vossa direita a rainha, ornada de ouro de Ofir. 11.Ouve, filha, vê e presta atenção: esquece o teu povo e a casa de teu pai. 12.De tua beleza se encantará o rei; ele é teu senhor, rende-lhe homenagens. 13.Habitantes de Tiro virão com seus presentes, próceres do povo implorarão teu favor. 14.Toda formosa, entra a filha do rei, com vestes bordadas de ouro. 15.Em roupagens multicores apresenta-se ao rei, após ela vos são apresentadas as virgens, suas companheiras. 16.Levadas entre alegrias e júbilos, ingressam no palácio real. 17.Tomarão os vossos filhos o lugar de vossos pais, vós os estabelecereis príncipes sobre toda a terra. 18.Celebrarei vosso nome através das gerações. E os povos vos louvarão eternamente."

Bíblia Ave Maria 

A relíquia do cinto de Nossa Senhora
Quem, saindo de Florença, percorre vinte quilômetros em direção ao noroeste, encontra às margens do rio Bisenzio uma cidade industrial cujas fábricas lhe valeram a alcunha de “Manchester da Itália”. Trata-se de Prato. Essa cidade, apesar da feiúra de suas indústrias e da simplicidade de seu nome, além de ter sido um pólo artístico muito afamado da história da Toscana, abriga, em seu centro velho, uma das relíquias mais tocantes da Mãe de Deus.
É bem conhecida a história de São Tomé, um dos doze Apóstolos, que por estar ausente quando da aparição do Senhor após a Ressurreição, não quis nela acreditar, apesar do testemunho de seus companheiros. Só oito dias mais tarde, quando Jesus lhes apareceu novamente, Tomé pôde constatar a verdade, colocando seus dedos na chaga do Salvador. Aí, sim, acreditou.
Passaram-se os anos e Tomé tornou-se um dos Apóstolos mais intrépidos, levando o Evangelho até os confins da Pérsia e da Índia. Segundo a bela tradição que chegou até nós, encontrava-se ele numa dessas longínquas regiões quando recebeu um recado de São Pedro, de que retornasse sem demora a Jerusalém, pois Maria, a Mãe do Senhor, iria deixá-los e desejava antes despedir-se de todos. Empreendeu Tomé a sua volta e mais uma vez chegou atrasado. A Mãe de Deus já havia subido aos céus.
São Tomé, mais uma vez levado pelo ceticismo, relutou em acreditar na Assunção da Santíssima Virgem e pediu a São Pedro que abrisse o sepulcro, para poder comprovar com os seus próprios olhos o ocorrido. Atendido o seu pedido, constatou que no túmulo vazio encontravam-se apenas muitos lírios e rosas. Nesse mesmo momento, ao levantar suas vistas aos céus, Tomé viu Nossa Senhora na Glória, que, sorridente, desatou o cinto e lançou-o em suas mãos, como símbolo de maternal bênção e proteção.
https://padrepauloricardo.s3.amazonaws.com/uploads/imagem/imagem/2109/la-sacra-cintola-duomo-prato-lateral.jpg“O Sagrado Cinto”, representado na Catedral de Prato.
Este cinto é a relíquia que se venera na Catedral de Prato. Chegou de Jerusalém no ano de 1141, trazido por Michele Dagomari, habitante da cidade que estivera na Terra Santa. No começo, ninguém deu muita importância àquela relíquia de autenticidade não comprovada. Mas em 1173 a Providência valeu-se de um fato extraordinário para que todos a reconhecessem como verdadeira.
No dia de Santo Estêvão, o padroeiro da cidade, era costume colocarem-se todas as relíquias em cima do altar para com elas abençoar os doentes e endemoniados. Na ocasião, foi exposta também a caixa contendo o cinto de Nossa Senhora. Aproximaram então uma possessa que, no momento em que tocou a caixa começou a afirmar com insistência que esse cinto era da Santíssima Virgem, e no mesmo instante viu-se liberada de seu mal.
Iniciou-se então o culto público à sagrada relíquia. O próprio São Francisco de Assis, em 1212, esteve com seus primeiros frades em Prato para venerá-la. Porém, se esse culto já conta com mais de oito séculos de história, a devoção ao santo cinto de Nossa Senhora é ainda muito mais antiga: foi instituída por Santo Agostinho, que determinou a constituição de uma Confraria do Santo Cinto, até hoje existente entre os agostinianos.
A relíquia é exposta à veneração pública cinco vezes ao ano: na Páscoa, nos dias 1.º de maio, 15 de agosto, 8 de dezembro e no Natal. Nessas ocasiões, ela é colocada no púlpito externo, à direita da Catedral, defronte à bonita praça medieval da cidade.
Essa devoção faz com que Prato seja até hoje um dos lugares de peregrinação mariana mais frequentados da Itália.
São Tomé tornou-se um dos Apóstolos mais intrépidos, levando o Evangelho até os confins da Pérsia e da Índia.
Se você, leitor, algum dia passar por Prato, não deixe de entrar na Catedral — aliás, uma linda realização do estilo gótico toscano — e procure do lado esquerdo a Capelladel Sacro Cingolo, onde poderá venerar tão extraordinária relíquia. Peça à Santíssima Virgem as graças de que necessita e não deixe de admirar os maravilhosos afrescos onde estão retratados, além da entrega do cinto a São Tomé, outros episódios da vida de Nossa Senhora.
Maria, mãe das misericórdias inimagináveis, quis mostrar a São Tomé e a todos nós que, mesmo sendo teimosos em acreditar, e ainda que estejamos imersos em nossas misérias, Ela sempre estará disposta a fazer milagres portentosos para nos confirmar na Fé e atar-nos a Ela com seu Cinto, protegendo-nos com sua maternal ternura.
Revista Arautos do Evangelho, Junho/2002, n. 6, pp. 15-17.




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A história de Nossa Senhora de Toda Ajuda e da menina surda e muda que a contou

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Santuário de Querrien
Para localizar a Bretanha no mapa da França, basta distinguir a imensa península que mais avança para dentro do Oceano Atlântico. Essa península situa-se abaixo da Inglaterra, numa vizinhança geográfica que explica a relação da Bretanha com as ilhas britânicas, incluída a Irlanda, todas habitadas outrora por uma população celta. Isso explica igualmente os fiapos de uma linda história que chega até nossos dias com a invocação de Notre-Dame de Toute Aide (Nossa Senhora de Toda Ajuda), em Querrien, pequena aldeia da Bretanha.
Um grande milagre: a fonte de São Galo
Em 574, o monge irlandês São Columbano desembarcou na Bretanha com 12 companheiros. Os monges eram os grandes apóstolos dessa época remota e ingressaram península adentro evangelizando os habitantes, erguendo ermidas e fundando mosteiros.
Por volta de 610, São Galo construiu uma ermida em Montrel-en-Langast, antiga Langal. Depois seguiu para Querrien, onde fez brotar uma fonte “para que as pessoas possam fazer o pão” — a conhecida fonte de São Galo. Mandou fazer também um pequeno oratório e esculpiu com as próprias mãos uma imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus, para ser ali venerada. Mais tarde, o oratório se tornou uma capela que, infelizmente, desabou – desaparecendo com ela também a imagem.
Este simples relato é tudo o que se sabe dos séculos VI e VII. Mais de 1000 anos se escoaram nas brumas do esquecimento, como ocorre às nuvens sopradas do oceano, que continuamente atravessam os céus da Bretanha.
O diálogo da Santíssima Virgem com uma pastorinha
Quinta-feira, 15 de agosto de 1652 (Luís XIV tinha apenas 14 anos), por volta das 18 horas. Nessa tarde de verão, a uns 20 metros da “Mare de Saint Gall”, um pequeno lago de água represada onde as ovelhas vão matar a sede, Jeanne Courtel, uma pastorinha de onze anos e meio, surda-muda de nascença, cuida do rebanho de seu pai no prado dos Fontenelles. De repente lhe aparece uma jovem e bela dama vestida de cetim branco e diz:
Encantadora menina, dá-me um dos teus carneiros!
— Esses carneiros não são meus, são de meu pai — respondeu a menina, que até então nunca havia pronunciado uma palavra.
Então vai procurar teus pais… e pede um cordeiro para mim.
— Mas… quem guardará meu rebanho?
Eu mesma. Eu cuidarei dos teus carneiros.
A menina foi correndo para a casa dos pais, onde todos ficaram pasmos ao ouvi-la dizer:
— Papai! Papai! Uma senhora veio me ver e me pediu um dos cordeiros do senhor.
— Oh, minha filha! Se essa senhora te restituiu a palavra, daremos a ela todo o nosso rebanho!
— Ela disse também que é preciso remexer o lago, para encontrar a sua imagem enterrada e perdida há séculos.
— E o que mais ela te pediu?
— Ela diz que é a Virgem Maria e que é preciso construir uma capela para ela no meio da aldeia, para que os peregrinos possam vir em multidões para honrá-la.
— Se é verdade o que dizes, pediremos ao bispo que nos permita construir um santuário para ela — respondeu o pai, visivelmente emocionado pelo milagre.
O milagre ocorrido com a pequena Joana deixou estupefato o vilarejo, como facilmente se pode imaginar. O pároco de Prénessaye, Olivier Audrian, a cuja paróquia pertence Querrien, foi avisado e mandou pessoas de confiança verificarem o ocorrido.
Tudo se passou rapidamente. Nossa Senhora apareceu uma segunda vez e insistiu:
Eu sou a Virgem Maria, escolhi este lugar e quero que se construa uma capela no centro do vilarejo.
A pastora, seus pais e vizinhos foram ao pároco confiar a mensagem da “belle Demoiselle”. O pe. Audrian, perplexo e confuso, embora constatando a cura da surda-muda, continuava cético e pretendia falar com o bispo.
Nova aparição, em que a pequena Joana contou à bela Senhora as reticências do pároco. Para dar uma prova da credibilidade do seu pedido, ela ordenou que se vasculhasse o lago de São Galo, onde se encontraria a sua imagem que outrora fora ali venerada. Assim, mais de mil anos depois de seu desaparecimento, no dia 20 de agosto de 1652 reencontrou-se a imagem esculpida por São Galo, em perfeito estado, sem umidade nem estragos. A partir de então, milagres e curas começaram a realizar-se.
A pastora voltou à carga:
— É preciso construir a capela.
Mas o pároco resistia. Nossa Senhora apareceu ainda uma vez e transmitiu outra ordem:
Já que o pároco não quer se ocupar da construção, procure o bispo, que dará ouvidos à mensagem e tomará as providências necessárias.
O vilarejo se torna centro de peregrinações
Efetivamente, dom Denis de la Barde, o bispo de St. Brieuc, amigo de São Francisco de Sales, convenceu-se da veracidade das aparições, após as devidas pesquisas, e anunciou, no dia 8 de setembro daquele mesmo ano de 1652, festa da Natividade de Nossa Senhora, que iria a Querrien no dia 11 seguinte. A pedra fundamental foi colocada e, quatro anos mais tarde, a capela foi entregue ao culto.
A invocação de Nossa Senhora de Toda Ajuda provém da imagem de Nossa Senhora que São Francisco de Sales, então bispo de Genebra, entronizou em Paris em janeiro de 1618, sob a mesma invocação. Foi dom De la Barde que, por veneração a São Francisco de Sales, quis atribuir essa invocação à Virgem de Querrien.
A imagem esculpida por São Galo, entretanto, foi criminosamente destruída pelos partidários da Revolução Francesa. Hoje se venera em Querrien uma inocente e bela Virgem de princípios do século XVIII.
Situado a cerca de 70 km a oeste de Rennes, e a mais de 400 km de Paris, Querrien tornou-se um importante centro de peregrinação. Tem hoje em torno de 1.700 habitantes. Na época das aparições, eram entre 200 e 300. Em agosto e setembro ocorrem os “pardons”, uma forma tradicional de comemorar a festa de Nossa Senhora ou de algum santo, com procissões, festejos e grande afluxo aos sacramentos.
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SÃO JOÃO MARIA VIANNEY




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São João Maria Vianney, o Cura d'Ars. 

.....São João Maria Vianney nasceu em Dardily, Diocese de Lião, na França, no dia 8 de maio de 1786, filho de Mateus Vianney e Maria Belusa, piedosos camponeses.Desde a infância, deu indício de uma grande santidade. Certo dia, a mão deu ao filho uma imagem de Nossa Senhora que ele nunca deixava. Carregando-a respeitosamente nos braços a onde quer que fosse, muitas vezes, no estábulo, sem que ninguém o visse, costumava rezar longo tempo diante dela.
.....Com oito anos já acostumava, com palavras e com o exemplo, ensinar o Rosário de Nossa Senhora às crianças.
.....Quando a Revolução Francesa estourou, viveu dias tristes, vendo as igrejas fechadas, os padres perseguidos, etc.
.....De grande predileção pelos pobres, pelos abandonados que nada possuem, reunia-os pelos caminhos, pelos bosques e alegremente levava-os para sua casa, onde os pais, reputados desde há muito pela caridade, acolhiam a todos os desventurados.
.....Aos treze anos, com um fervor fora do comum, João Maria Vianney fez a Primeira Comunhão. Neste dia, ele dizia baixinho para si mesmo: "Eu serei padre! Eu serei padre!"
.....Depois ele o disse a seu pai. O pai, homem prudente e conhecedor da vida e dos arroubos da juventude, fê-lo esperar dois anos, para observá-lo e para experimentá-lo.
.....Afinal, João Maria Vianney entrou na escola fundada pelo Padre Balley, então pároco de Eculy.
.....Como seminarista foi modelo, mas como estudante, embora de comportamento exemplar, sua inteligência, porém, era muito limitada. Por isso chegou a ser despedido do Seminário, Mas, ajudado pelo Padre Balley, teve uma segunda oportunidade e, vencendo todas as barreiras, chegou ao grande dia de sua ordenação Sacerdotal. Esta se deu no 13 de agosto d 1815. Estava com 29 anos.
.....Depois de ordenado passou três anos como auxiliar do Padre Balley, e teve a oportunidade de rever com seu dedicado mestre toda a Teologia.
.....Em 1818 foi nomeado para Ars, onde ficou até sua morte.

.....Quando estava a caminho, já próximo de Ars, deu-se um fato muito edificante. O santo pediu informação a um menino sobre como chegar até Ars. Depois de ouvir suas explicações, o santo lhe disse: “Você me mostrou o caminho de Ars, e eu te mostrarei o caminho do céu.” Este menino, chamado Antonio Grive, foi o primeiro a paroquiano a morrer depois de São Maria Vianney, que assim lhe ensinou o caminho do céu.
.....Os habitantes de Ars, quanto à religião, viviam indiferentes. Quatro grandes males afastavam aquelas almas do caminho do bem: a bebida, a blasfêmia os bailes e o trabalho no domingo.
Nosso Santo pôs-se imediatamente ao trabalho para acabar com estes. Suas armas foram a oração, a penitência e os sermões.
.....Bem antes do raiar da aurora, levantava-se e ia prostrar-se diante do altar. Ali ajoelhado, suplicava por longo tempo a Deus pela conversão de sua paróquia.
.....À noite disciplinava-se até o sangue. O pouco que dormia, era sem nenhum conforto.
.....Em seus sermões, procurou mostrar ao povo com bastante realismo a gravidade do pecado, o valor da alma, do sangue de Nosso Senhor, etc.
.....Cinco anos depois, Ars apresentava-se com outra fisionomia: acabaram os trabalhos no domingo, a blasfêmia, que antes se escutava pelos campos, foi substituída por orações e cânticos religiosos, o vício da embriaguez foi afastado e as danças foram paulatinamente sendo eliminadas.
.....Quando tudo começou a melhorar, veio a perseguição dos homens, a calúnia dos mal formados.
.....Às perseguições dos homens, juntou-se a do demônio, furioso por ver que aquele humilde sacerdote lhe estava arrebatando as almas. E a luta foi terrível. Durou trinta e cinco anos. Fantasmas horríveis, insultantes vociferações transformavam sua casa durante a noite num verdadeiro inferno, com pesadelos assustadores e mesmo ataques diretos do demônio. Certa vez o demônio incendiou a cama do Cura d’Ars. Referindo-se a isto, S. João Maria Vianney dizia: “Não podendo pegar o pássaro, queimou a gaiola.”
.....Sustentado pela graça divina, João Maria Vianney, saiu vitorioso de todos os assaltos do maligno. E Nossa Senhora, aparecendo-lhe repetidas vezes, encorajava-o.
.....Deus lhe concedeu o dom dos milagres. Ele, por humildade atribuía os milagres que fazia a Santa Filomena, de quem era grande devoto.
.....Em 1824, abriu uma escola gratuita para as meninas. Logo depois apareceu um orfanato contíguo.
.....O zelo de São João Maria Vianney, seu desejo de fazer o bem às almas, e as graças que Nosso Senhor o enriqueceu foram a causa daquela contínua peregrinação de todas as partes da França e mesmo de outros lugares, de almas que vinham ouvir as lições de um santo, de pecadores que vinham encontrar, junto ao confessionário de um humilde sacerdote, a paz com Deus, perdida por muitos anos.
.....O programa diário de nosso Santo era exaustivo: de madrugada, à uma hora, ia à igreja para rezar, antes da aurora, confessava as mulheres, às seis, no verão e às sete no inverno, celebrava a Santa Missa. Depois da ação de graças, os peregrinos rodeavam-nos, implorando bênçãos, curas, palavras de conforto, conversões, conselhos para os mais variados casos, etc. Às dez horas recitava parte de seu breviário, depois ia sentar-se no confessionário; às onze horas era o catecismo, aquele catecismo que ficou famoso; depois de um almoço, como diríamos nós, de passarinho, era a clássica visita aos doentes, quando então a multidão se comprimia para vê-lo passar, para tocar-lhe as vestes. Depois de rezar as Vésperas e as Completas, voltava para o confessionário onde permanecia, muitas vezes até altas horas da noite. Chegava a passar 16 horas por dia no confessionário.
.....Desejoso de solidão para poder, como dizia, “chorar sua pobre vida", duas vezes São João Maria Vianney tentou deixar a paróquia. Mas o povo cercou-lhe o caminho e o levou de volta para a igreja.
.....São João Maria Vianney morreu no dia 4 de agosto de 1859.
.....Os peregrinos e paroquianos desfilaram diante de seu corpo durante quarenta e oito horas sem interrupção.
.....Chegando à mais sublime perfeição, ao mais alto grau da união com Deus, só se falava em Ars, das virtudes do Vigário, de sua bondade, sua paciência, desvelo, caridade, etc.
.....São João Maria Vianney foi beatificado por São Pio X aos 5 de janeiro de 1905 e canonizado por Pio XI no dia 31 de maio de 1925, poucos dias depois de Santa Teresinha.
.....Ars tornou-se rapidamente um dos grandes centros de peregrinação. Junto à antiga igreja de Ars, conforme o desejo do Santo, foi construída uma magnífica igreja dedicada a Santa Filomena. Num belo altar lateral desta igreja, foi colocado o corpo de São João Maria Vianney.
Frases de São João Vianney:
 "Quando comunga, a alma se impregna do bálsamo do amor, como a abelha do perfume das flores".

"O Sacerdote é o amor do Coração de Jesus. Quando virdes o padre, pensai em Nosso Senhor Jesus Cristo".

"Nossa língua deveria ser utilizada somente para rezar, nosso coração para amar, nossos olhos para chorar".

"Para que nossa oração seja ouvida não depende da quantidade de palavras, mas do fervor de nossas almas".

"Meu Deus infinitamente amável, eu vos amo e preferiria morrer amando-vos a viver sem vos amar".


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"O padre deve estar sempre pronto para responder às necessidades das almas".

"Quanto é triste um padre que não tenha vida interior. Mas para tê-la, é preciso que haja tranqüilidade, silêncio e o retiro espiritual".

"O que nos impede de sermos santos, a nós, os padres, é a falta de reflexão. Nós não encontramos em nós mesmos, não sabemos o que estamos fazendo. O que nos falta é a reflexão, a oração e a união com Deus".
Corpo milagrosamente incorrupto de São João Maria Vianney.

ORAÇÃO PELA VIDA NASCENTE - BENTO XVI
Senhor Jesus,
que fielmente visitais e cumulais 
com a vossa Presença
a Igreja e a história dos homens;
que no admirável Sacramento 
do vosso Corpo e do vosso Sangue
nos tornais partícipes da Vida divina
e nos fazeis antegozar 
a alegria da Vida eterna; 
nós vos adoramos e vos bendizemos.
Prostrados diante de Vós, 
nascente e amante da vida 
realmente presente e vivo no meio de nós, suplicamos-vos.
Voltai a despertar em nós o respeito por cada vida humana nascente, 
tornai-nos capazes de entrever 
no fruto do ventre materno 
a obra admirável do Criador,
disponde os nossos corações 
ao acolhimento generoso de cada criança que está para nascer.
Abençoai as famílias, 
santificai a união dos esposos, 
tornai fecundo o seu amor.
Acompanhai com a luz 
do vosso Espírito as opções 
das assembléias legislativas, * 
para que os povos e as nações reconheçam e respeitem 
a sacralidade da vida, 
de cada vida humana.
Orientai a obra 
dos cientistas e dos médicos, 
a fim de que o progresso contribua para o bem integral da pessoa 
e ninguém venha a sofrer
supressão e injustiça.
Infundi caridade criativa 
nos administradores 
e nos economistas, 
para que saibam intuir e promover condições suficientes 
a fim de que as jovens famílias possam abrir-se serenamente 
ao nascimento de novos filhos.
Consolai os cônjuges que sofrem por causa da impossibilidade 
de ter filhos e, na vossa bondade, sede providente para com eles.
Educai todos a cuidar das crianças órfãs ou abandonadas, 
para que elas possam experimentar o calor da vossa Caridade,
a consolação 
do vosso Coração divino.
Com Maria vossa Mãe, 
a grande crente, em cuja seio assumistes a nossa natureza humana, 
esperamos de Vós, nosso único 
e verdadeiro Bem e Salvador, 
a força de amar e servir a vida, 
à espera de viver sempre em Vós, 
na Comunhão 
da Bem-Aventurada Trindade.
Fonte: w2.vatican.va
* E do STF!

 

8 conselhos dos santos para amar a Eucaristia

Parte inferior do formulário

Igreja sempre destacou a presença real do Senhor no Santíssimo Sacramento e por vários séculos incentivou o amor a este grande milagre de Deus.
A seguir, 8 conselhos dos santos sobre a Eucaristia:
1. Santo Tomás de Aquino
“A Eucaristia produz uma transformação progressiva no cristão. É o Sol das famílias e das Comunidades”.
2. Santo Agostinho
“Senhor, você alegra minha mente de alegria espiritual. Como é glorioso teu cálice que ultrapassa todos os prazeres provados anteriormente”.
3. São Francisco de Assis
“Quando não posso participar da Santa Missa, adoro o Corpo de Cristo com os olhos do espírito através da oração, o qual adoro quando vejo na Missa”.
4. Santo Afonso Maria de Ligório
“Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do divino sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolo na hora da morte e durante a eternidade. E seremos mais recompensados por 15 minutos de adoração na presença de Jesus Sacramentado do que em todos outros exercícios espirituais realizados durante nosso dia”.
5. São Francisco de Sales
“A oração, unida a esse sacrifício divino da Missa, tem uma força inexplicável; de modo que através deste sacrifício a alma fica cheia de favores celestiais como apoiada sobre seu Amado”.
6. Santa Maria Goretti
“A Santa Eucaristia é a perfeita expressão do amor de Jesus Cristo pelo homem, é a essência de todos os mistérios da sua vida”.
7. São Luis Maria Grignion de Montfort
“Antes da Comunhão... suplica a esta bondosa Mãe para que empreste seu coração para receber nele o seu Filho com suas mesmas disposições”.
8. Santa Teresa D’Ávila
“Depois de receberem o Senhor, sua pessoa real está diante de nós, procurem fechar os olhos do corpo e abrir os da alma e olhá-lo com o coração”. 



http://www.apologistascatolicos.com.br/images/comunista2.jpg

Em 15 de julho de 1948,  o Santo Ofício publicou um decreto contra o comunismo do Santo Ofício, que excomungou os que propagam "os ensinamentos materialistas e anti-cristãos do comunismo",
Foi perguntado à Suprema Sagrada Congregação:
1. Se é permitido aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira?
2. Se é lícito publicar, divulgar ou ler livros, revistas, jornais ou tratados que sustentam a doutrina e a ação dos comunistas, ou escrever neles?
3. Se fiéis cristãos que consciente e livremente fizeram o que está em 1 e 2, podem ser admitidos aos Sacramentos?
4. Se fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e sobretudo os que defendem ou propagam, incorrem pelo próprio fato, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica?

RESPOSTAS
Quanto a 1. Não; o comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de fato, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo.
Quanto a 2. Não, pois são proibidos pelo próprio direito (CIC, cân. 1399);
Quanto a 3. Não, segundo os princípios ordinários determinando a recusa dos sacramentos àquele que não tem a disposição requerida.
Quanto a 4. Sim.

ENCÍCLICAS
Qui pluribus (1846), o Papa Pio IX afirmou que "para aqui (tende) essa doutrina nefanda do chamado comunismo, sumamente contrária ao próprio direito natural, a qual, uma vez admitida, levaria à subversão radical dos direitos, das coisas, das propriedades de todos e da própria sociedade humana"

Papa Pio IX, Encíclica Noscitis et Nobiscum, 8 de dezembro de 1849: “Transtorno absoluto de toda ordem humana ... tampouco conheceis, Veneráveis Irmãos, que os principais autores desta intriga tão abominável não se propõem outra coisa senão impelir os povos, agitados já por toda classe de ventos de perversidade, ao transtorno absoluto de toda ordem humana as coisas, entregá-los aos criminosos sistemas do novo socialismo e comunismo”.

Ano 1878, 28 de dezembro, Leão XIII, Encíclica Quod Apostolici Muneris: “O socialismo diverge diametralmente da Religião Católica”. Acta Leonis XIII, vol. I, pág. 40), assim descreveu distinta e expressamente esses mesmos erros: “Peste mortífera, que invade a medula da sociedade humana e a conduz a um perigo extremo”; e com a clarividência do seu espírito luminoso demonstrou que o movimento precipitado das multidões para a impiedade do ateísmo, numa época em que tanto se exaltavam os progressos da técnica, tivera origem nos desvarios duma filosofia que de há muito porfia por separar a ciência e a vida da fé da Igreja.

Encíclica Diuturnum Illud, Ano de 1881, 29 de junho, Papa Leão XIII (1878-1903): “... o comunismo, o socialismo, o nihilismo, monstros horrendos que são a vergonha da sociedade e que ameaçam ser-lhe a morte”. .

Encíclica Rerum Novarum (1891), o Papa Leão XIII declarou que "a teoria socialista da propriedade coletiva deve absolutamente repudiar-se como prejudicial àqueles membros a que se quer socorrer, contrária aos direitos naturais dos indivíduos, como desnaturando as funções do Estado e perturbando a tranquilidade pública."

Ano 1914, 1 de novembro, Papa Bento XV (1914-1922), Encíclica Ad Beatissimi Apostolorum. “Não é nossa intenção aqui repetir os argumentos que demosnstram calramente os erros do socialismo e de doutrinas semelhantes. Nosso predecessor, Leão XIII, muito sabiamente já o fez em encíclicas verdadeiramente memoráveis; e Vós, Veneráveis Irmãos, tomareis o maior cuidado para que esses graves preceitos não sejam jamais esquecidos, mas, sempre expostos com clareza e inculcados nas associações católicas e congressos, em sermões e na imprensa católica

Quadragessimo Anno, Encíclica Papal, (1931), o Papa Pio XI afirmou que "o socialismo quer se considere como doutrina, quer como fato histórico, ou como «ação», se é verdadeiro socialismo, [...] não pode conciliar-se com a doutrina católica; pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã. [...] E se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os Sumos Pontífices nunca negaram, funda-se contudo numa própria concepção da sociedade humana, diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica. Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista."

Encíclica Divini Redemptoris (1937), o Papa Pio XI defendeu que o comunismo ateu é um "sistema cheio de erros e sofismas, igualmente oposto à revelação divina e à razão humana; sistema que, por destruir os fundamentos da sociedade, subverte a ordem social, que não reconhece a verdadeira origem, natureza e fim do Estado; que rejeita enfim e nega os direitos, a dignidade e a liberdade da pessoa humana."

Mater et Magistra (1961), o Papa João XXIII reafirmou que "entre comunismo e cristianismo, [...] a oposição é radical, e acrescenta não se poder admitir de maneira alguma que os católicos adiram ao socialismo moderado: quer porque ele foi construído sobre uma concepção da vida fechada no temporal, com o bem-estar como objetivo supremo da sociedade; quer porque fomenta uma organização social da vida comum tendo a produção como fim único, não sem grave prejuízo da liberdade humana; quer ainda porque lhe falta todo o princípio de verdadeira autoridade social."

Na encíclica Centesimus Annus (1991), o Papa João Paulo II, atualizando os princípios da Rerum Novarum, salientou que "o erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo econômico-social, enquanto, por outro lado, defende que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo da livre opção, da sua única e exclusiva decisão responsável em face do bem ou do mal. O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autônomo de decisão moral, que constrói, através dessa decisão, o ordenamento social. Desta errada concepção da pessoa, deriva a distorção do direito, que define o âmbito do exercício da liberdade, bem como a oposição à propriedade privada. [...] Se se questiona ulteriormente onde nasce aquela errada concepção da natureza da pessoa e da subjetividade da sociedade, é necessário responder que a sua causa primeira é o ateísmo. [...] O referido ateísmo está, aliás, estritamente conexo com o racionalismo iluminístico, que concebe a realidade humana e social do homem, de maneira mecanicista."

O Catecismo da Igreja Católica (1992) afirma que "a Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e atéias, associadas, nos tempos modernos, ao «comunismo» ou ao «socialismo»".
Partidos socialistas:
Partido dos Trabalhadores (PT) 
13
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
21
Partido Popular Socialista (PPS), sucessor do PCB
23
Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
65
Partido da Causa Operária (PCO)
29
Partido Democrático Trabalhista (PDT)
12
Partido da Mobilização Nacional (PMN)
33
Partido Pátria Livre (PPL)
54
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
50
10º
Partido Socialista Brasileiro (PSB)
40
11º
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU)
16




NOTA: Além desses, há outros partidos que embora não se declarem oficialmente socialistas apóiam ideais socialistas como descriminalização do aborto como faz o PV. O partido NOVO deixa a questão para ser resolvida independentemente em cada estado, mas “lavar as mãos” não é atitude digna diante de algo tão importante como a defesa da vida humana.

https://ratioetvita.blogspot.com, http://www.providaanapolis.org.br



TRECHO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA
GAUDETE ET EXSULTATE
DO PAPA
FRANCISCO

A tua missão em Cristo
19. Para um cristão, não é possível imaginar a própria missão na terra, sem a conceber como um caminho de santidade, porque «esta é, na verdade, a vontade de Deus: a [nossa] santificação» (1 Ts 4, 3). Cada santo é uma missão; é um projeto do Pai que visa refletir e encarnar, num momento determinado da história, um aspeto do Evangelho.
20. Esta missão tem o seu sentido pleno em Cristo e só se compreende a partir d’Ele. No fundo, a santidade é viver em união com Ele os mistérios da sua vida; consiste em associar-se duma maneira única e pessoal à morte e ressurreição do Senhor, em morrer e ressuscitar continuamente com Ele. Mas pode também envolver a reprodução na própria existência de diferentes aspetos da vida terrena de Jesus: a vida oculta, a vida comunitária, a proximidade aos últimos, a pobreza e outras manifestações da sua doação por amor. A contemplação destes mistérios, como propunha Santo Inácio de Loyola, leva-nos a encarná-los nas nossas opções e atitudes. Porque «tudo, na vida de Jesus, é sinal do seu mistério», «toda a vida de Cristo é revelação do Pai», «toda a vida de Cristo é mistério de redenção», «toda a vida de Cristo é mistério de recapitulação», e «tudo o que Cristo viveu, Ele próprio faz com que o possamos viver n’Ele e Ele vivê-lo em nós».
21. O desígnio do Pai é Cristo, e nós n’Ele. Em última análise, é Cristo que ama em nós, porque a santidade «mais não é do que a caridade plenamente vivida»(Bento XVI). Por conseguinte, «a medida da santidade é dada pela estatura que Cristo alcança em nós, desde quando, com a força do Espírito Santo, modelamos toda a nossa vida sobre a Sua»(Bento XVI). Assim, cada santo é uma mensagem que o Espírito Santo extrai da riqueza de Jesus Cristo e dá ao seu povo.
22. Para identificar qual seja essa palavra que o Senhor quer dizer através dum santo, não convém deter-se nos detalhes, porque nisso também pode haver erros e quedas. Nem tudo o que um santo diz é plenamente fiel ao Evangelho, nem tudo o que faz é autêntico ou perfeito. O que devemos contemplar é o conjunto da sua vida, o seu caminho inteiro de santificação, aquela figura que reflete algo de Jesus Cristo e que sobressai quando se consegue compor o sentido da totalidade da sua pessoa.
23. Isto é um vigoroso apelo para todos nós. Também tu precisas de conceber a totalidade da tua vida como uma missão. Tenta fazê-lo, escutando a Deus na oração e identificando os sinais que Ele te dá. Pede sempre, ao Espírito Santo, o que espera Jesus de ti em cada momento da tua vida e em cada opção que tenhas de tomar, para discernir o lugar que isso ocupa na tua missão. E permite-Lhe plasmar em ti aquele mistério pessoal que possa refletir Jesus Cristo no mundo de hoje.
w2.vatican.va

 


A jovem mãe coragem Chiara Corbella dá o primeiro passo para sua beatificação

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Chiara CorbellaPetrillo
A Diocese de Roma anunciou que dará o primeiro passo para a abertura da causa de beatificação de Chiara CorbellaPetrillo, uma jovem mãe coragem italiana que durante a sua gravidez atrasou o tratamento do câncer a fim de que o seu terceiro filho pudesse nascer.
O edital que comunica esta decisão é datado de 2 de julho e assinado pelo Vigário Geral da Diocese de Roma, Cardeal Angelo De Donatis. Foi recolhido pelo jornal ‘Avvenire’, da Conferência Episcopal Italiana.
Nesse sentido, o documento convida os fiéis "a comunicar-se diretamente ou enviar ao Tribunal Diocesano do Vicariato de Roma toda informação que possa servir de qualquer forma para reunir elementos a favor ou contra a fama de santidade da Serva de Deus".
Além disso, assinala que nas próximas semanas entregarão ao Tribunal Diocesano o original ou cópia dos escritos atribuídos a Chiara Corbella – como diários, cartas e outros – para contribuir com o avanço da causa.
O sacrifício desta jovem mãe "permanece como uma luz de esperança, como um testemunho de fé em Deus, autor da vida, como um exemplo de que o amor é maior do que o medo e a morte" afirma o edital.
Quem foi Chiara Corbella?
Chiara Corbella nasceu em Roma (Itália) em 9 de janeiro de 1984. Ela cresceu em uma família católica e freqüentou uma comunidade da Renovação Carismática.
O site dedicado à memória da Serva de Deus assinala que o seu temperamento era "tranqüilo, não rebelde, manifestado no serviço ao próximo".
Em uma peregrinação que realizou em 2002 a Medjugorje, Chiara conheceu Enrico Petrillo e pressentiu que ele era o seu futuro marido. Ao voltar a Roma, ambos iniciaram um namoro que duraria seis anos.
Chiara e Enrico se casaram em Assis em 21 de setembro de 2008. Quando voltaram da lua de mel, ela descobriu que estava grávida, mas o ultrassom revelou que o seu bebê nasceria com anencefalia.
O casal decidiu continuar com a gravidez e, em 10 de junho de 2009, nasceu Maria GraziaLetizia, que viveu apenas meia hora.
Alguns meses depois, ela engravidou novamente e os médicos disseram que o seu filho nasceria sem pernas. Davide Giovanni nasceu em 24 de junho de 2010 e viveu poucas horas.
"No casamento, o Senhor quis nos dar crianças especiais: Maria GraziaLetizia e Davide Giovanni, mas nos pediu para acompanhá-los somente até os seus nascimentos, nos permitiu abraçá-los, batizá-los e colocá-los nas mãos do Pai com uma serenidade e alegria surpreendente", escreveu Chiara.
Depois da morte do seu segundo filho, a jovem engravidou novamente e nesta ocasião o bebê estava completamente saudável. Entretanto, Chiara descobriu que estava com câncer na língua e, em março de 2011, foi submetida a uma cirurgia para extirpar o tumor.
Os médicos disseram que deveria seguir um tratamento para se curar, mas ela recusou a fim de proteger a vida de seu filho que estava no seu ventre.
"Para a maioria dos médicos, Francesco era apenas um feto de sete meses e eu que deveria ser salva. Mas eu não tinha nenhuma intenção de arriscar a vida de Francesco com base em algumas estatísticas pouco seguras que pretendiam me demonstrar que deveria dar à luz o meu filho prematuro para que eu pudesse operar", expressou esta mãe coragem em um de seus escritos.
Francesco Petrillo nasceu em 30 de maio do mesmo ano e Chiara decidiu continuar o seu tratamento. Entretanto, o câncer já havia se espalhado a um de seus pulmões, aos nódulos linfáticos, ao fígado e ao olho direito, o qual ela cobriria com um adesivo.
Em maio de 2012, junto com o seu esposo e o seu filho, a jovem mãe encontrou o Papa Bento XVI na Praça de São Pedro.
O jornal vaticano L'Osservatore Romano (LOR) informou que o casal se aproximou do Pontífice "sorrindo, com tranqüilidade, contaram a sua história de uma jovem família cristã que confia totalmente na providência e levou a sério o Evangelho, com o exemplo de João Paulo II".
"O Papa, visivelmente comovido, os acariciou ternamente", acrescentou LOR.
Chiara passou os últimos momentos da sua vida na casa da sua família, perto do mar, com o seu esposo e o seu filho. Seu diretor espiritual, Pe. Vito, lhe administrava os sacramentos diariamente.
Ela faleceu em 13 de junho de 2012 e seu funeral foi celebrado três dias depois em Roma, na igreja Santa Francesca Romana.
O então Vigário Geral da Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, disse aos presentes que "o que Deus preparou através dela é algo que não podemos perder".
Por María Ximena Rondón (www.acidigital.com)


A PATERNIDADE RESPONSÁVEL

A TRANSMISSÃO DA VIDA

Ninguém existe por acaso, mas sim por obra divina. Mesmo que uma pessoa tenha sido gerada sem desejo ou sem amor por parte dos pais, Deus consentiu em criá-la com incomensurável amor!
Deus quis que o homem e a mulher participassem com Ele na missão de transmitir a vida, e para isso conferiu ao ato sexual duas finalidades: a unitiva – “o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher”(Gn2,24; Mt19,5) – e a procriativa – “sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra”(Gn1,28; Gn9,1).
Quando o homem e a mulher respeitam estas duas finalidades do ato conjugal, unindo-se não apenas fisicamente, mas também amorosamente e espiritualmente até que a morte os separe e aceitando todos os filhos que Deus lhes quiser confiar, surge assim uma família desejada e amada pelo Criador!
Infelizmente, nem sempre o homem e a mulher são fiéis aos planos divinos! Muitas vezes eles deixam de respeitar as finalidades que Deus uniu ao ato sexual.
Quando, por exemplo, eles se unem sem um compromisso de união fiel até a morte, estão destituindo o ato sexual da sua finalidade unitiva - “não separe o homem o que Deus uniu”(Mt19,6).

A CONTRACEPÇÃO
E quando, por exemplo, eles se unem (mesmo que tenham assumido o compromisso matrimonial) mas fecham o ato sexual ao dom da vida, usando anticoncepcionais ou outros meios contraceptivos (esterilizações, etc.), já não estão mais sendo servos fiéis e nem colaboradores de Deus na transmissão da vida, mas passam a ser "árbitros dos planos divinos", julgando-se (mesmo que não percebam isso) os únicos responsáveis pela vida e com o direito de evitar filhos "a todo custo", até mesmo destituindo o ato sexual de sua finalidade procriativa, esquecendo-se assim quem é o Senhor da vida!
Se de fato cremos que a vida é sempre dada por Deus, devemos reconhecer que, pelo fato de os meios contraceptivos fecharem o ato sexual à transmissão da vida, podem deste modo, estar impedindo a concepção ou o nascimento de um filho(a) que Deus quisesse dar ao casal! Somos chamados a aceitar, não a recusar ou evitar os filhos que Deus quiser nos confiar!
Deus ordenou por mais de uma vez: "sede fecundos", mas desta forma estão sendo infecundos! Estão "enterrando" o grande "talento" da fertilidade!
Quando o ato sexual é dissociado de suas finalidades unitiva e procriativa, ele tende a se tornar um ato egoísta e hedonista.
"A Igreja ensinou sempre a malícia intrínseca da contracepção, isto é, de todo o ato conjugal tornado, intencionalmente, infecundo. Deve reter-se este ensinamento como uma doutrina definitiva e irreformatável. A contracepção opõem-se gravemente à castidade matrimonial, é contrária ao bem da transmissão da vida (aspecto procriador do matrimônio) e à doação recíproca dos cônjuges (aspecto unitivo do matrimônio), lesa o verdadeiro amor e nega a função soberana de Deus na transmissão da vida humana"2
A contracepção é portanto, um mal grave e, se a pessoa que a pratica tiver plena consciência da gravidade do ato e mesmo assim, deliberadamente o pratica, incorre então em um pecado mortal que acarretará a morte eterna no inferno se não houver arrependimento3. "No entanto, mesmo podendo julgar que um ato é em si falta grave, devemos confiar o julgamento sobre as pessoas à justiça e à misericórdia de Deus"4, pois somente Ele conhece o coração e a consciência de cada pessoa. Não devemos portanto, julgar ninguém pelo fato de praticar a contracepção e nem por qualquer outra atitude, pois o próprio Jesus disse: "Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados"(Lc6,37). Não devemos nunca julgar uma pessoa, mas devemos sim, mostrar a gravidade dos atos que ela cometeu, pois Jesus disse também: "se o teu irmão pecar, mostra-lhe o pecado entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho o teu irmão. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano"(Mt18,15-17). Quando a igreja denuncia a gravidade da contracepção, não quer julgar nem condenar ninguém, mas somente revelar o mal praticado a fim de que não seja mais cometido.
Existe ainda uma realidade ainda mais terrível, que poucas pessoas tem conhecimento: quase todos os anticoncepcionais não são somente anticoncepcionais, mas são também abortivos! Isto significa que freqüentemente eles não impedem a concepção, ou seja, o início da vida, e causam a morte do ser humano concebido durante seus primeiros dias de sua vida. Como durante os primeiros dias o ser humano é muito pequeno, a mulher nem percebe que concebeu e nem tampouco que abortou. Muitas pessoas, mesmo sem ter conhecimento disso, estão causando a morte de seus próprios filhos devido ao uso de contraceptivos abortivos! Todos os dispositivos intra-uterinos (dius) e "contraceptivos de emergência" são essencialmente abortivos; todos os hormonais - contraceptivos orais (todas as pílulas - também as "comuns"), depo-provera (vacinas), norplantes (implantes), etc. - não são somente anticoncepcionais, são também abortivos. "Está presente, no uso dos meios que têm um efeito abortivo, uma malícia moral muito grave e específica, que impede a implantação do embrião recém fecundado ou também causando a sua expulsão numa fase precoce da gravidez."5

Entretanto, quando há graves motivos para se evitar a gravidez, pode-se utilizar os métodos naturais, que diferentemente dos anticoncepcionais, não anulam a função unitiva:
“Por razões justas, os esposos podem querer espaçar os nascimentos de seus filhos. Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. Além disso regularão seu comportamento segundo critérios objetivos da moral”6.
“A continência periódica, os métodos de regulação da natalidade baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos estão de acordo com os critérios objetivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica.”7


1 João Paulo II, Evangelium Vitae
2 Conselho Pontifício para a Família.: Vademecum para os confessores sobre alguns temas da moral relacionados com a vida conjugal, ns. 4-5
3 cf. Catecismo da Igreja Católica, ns. 1859 - 1861
4 Catecismo da Igreja Católica, n. 1861
5 Conselho Pontifício para a Família.: Vademecum para os confessores sobre alguns temas da moral relacionados com a vida conjugal, ns. 5-6
6 Catecismo da Igreja Católica, n. 2368
7 Catecismo da Igreja Católica, n. 2370

http://catequeseetc.blogspot.com/



Frases curtas:

“Primeiro dizem que é doença para não dizer que é crime. Depois tornam crime dizer que é doença” – Olavo de Carvalho, sobre a estratégia para legalizar a pedofilia.

“Chegará o dia em que teremos que provar que a grama é verde” – J. K. Chesterton (Hoje temos que provar que matar um ser humano em gestação é crime, que pedofilia é crime, que menino não é menina e que menina não é menino!)





 

 

Comissão para Vida e a Família da CNBB mobiliza cristãos na luta contra a legalização do aborto

Bebê com cerca de 9 semanas de gestação

Mais uma vez, a legalização do aborto volta à pauta nacional em uma audiência pública convocada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) para os dias 3 e 6 de agosto. Na ocasião, será debatido a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, discutida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442.
Diante dessa realidade, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reafirma em nota a posição firme e clara da Igreja “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil”. Afirmação emitida pela presidência da CNBB na Nota Oficial “Pela vida, contra o aborto”, publicada em 11 de abril de 2017.
A ação sustenta que dois dispositivos do Código Penal que instituem a criminalização da interrupção voluntária da gravidez afrontam a dignidade da pessoa humana, a cidadania, a não discriminação, a inviolabilidade da vida, a liberdade, a igualdade, a proibição de tortura ou o tratamento desumano e degradante, a saúde e o planejamento familiar das mulheres e os direitos sexuais e reprodutivos.
A Audiência Pública será realizada neste Supremo Tribunal Federal, Anexo II-B, sala da Primeira Turma, nos dias 03.08.2018 (sexta-feira) e 06.08.2018 (segunda-feira), das 8h40 às 12h50 e das 14h30 às 18h50. A CNBB apresentará sua posição, nesta audiência, no dia 6 de agosto, às 9h10, pelo dom Ricardo Hoerpers, bispo da diocese de Rio Grande (RS) e pelo padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da diocese de Osasco (SP).
Leia a nota na íntegra:
Brasília – DF, 25 de Julho de 2018
ABORTO E DEMOCRACIA
  1. Um perigo iminente
Nos últimos anos, apresentaram-se diversas iniciativas que visavam à legalização do aborto no ordenamento jurídico brasileiro.
Em todas essas ocasiões, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, fiel à sua missão evangelizadora, reiterou a “sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil” (CNBB, Nota Pela vida, contra o aborto, 11 de abril de 2017).
Unindo sua voz à sensibilidade do povo brasileiro, maciçamente contrário a qualquer forma de legalização do aborto, a Igreja sempre assegurou que “o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas”, lembrando que “urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil” (Ibidem).
As propostas de legalização do aborto sempre foram debatidas democraticamente no parlamento brasileiro e, após ampla discussão social, sempre foram firmemente rechaçadas pela população e por seus representantes.
A desaprovação ao aborto, no Brasil, não parou de crescer nos últimos anos, mas, não obstante, assistimos atualmente uma tentativa de legalização do aborto que burla todas as regras da democracia: quer-se mudar a lei mediante o poder judiciário.
  1. A ADPF 442
A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 442, solicita ao Supremo Tribunal Federal – STF a supressão dos artigos 124 a 126 do Código Penal, que tipificam o crime de aborto, alegando a sua inconstitucionalidade. O argumento, em si, é absurdo, pois se trata de uma lei federal de 1940, cuja constitucionalidade jamais foi questionada.
O STF convocou uma audiência pública para a discussão do tema, a realizar-se nos dias 3 e 6 de agosto de 2018. A maior parte dos expositores representa grupos ligados à defesa da legalização do aborto.
A rigor, o STF não poderia dar andamento à ADPF, pois não existe nenhuma controvérsia em seu entendimento. Em outras palavras, em si, a ADPF 442 transcende o problema concreto do aborto e ameaça os alicerces da democracia brasileira, que reserva a cada um dos poderes da República uma competência muito bem delineada, cujo equilíbrio é uma garantia contra qualquer espécie de deterioração que degenerasse em algum tipo de ditadura de um poder sobre os outros.
O momento exige atenção de todas as pessoas que defendem a vida humana. O poder legislativo precisa posicionar-se inequivocamente, solicitando de modo firme a garantia de suas prerrogativas constitucionais. Todos os debates legislativos precisam ser realizados no parlamento, lugar da consolidação de direitos e espaço em que o próprio povo, através dos seus representantes, outorga leis a si mesmo, assegurando a sua liberdade enquanto nação soberana. Ao poder judiciário cabe fazer-se cumprir as leis, ao poder legislativo, emaná-las.
  1. O aborto da democracia.
“Escolhe, pois, a vida”. O eloquente preceito que recebemos da Escritura, “escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19), agora, reveste-se de importância decisiva: precisamos garantir o direito à vida nascente e, fazendo-o, defender a vida de nossa democracia brasileira, contra todo e qualquer abuso de poder que, ao fim e ao cabo, constituir-se-ia numa espécie de “aborto” da democracia. As democracias modernas foram concebidas como formas de oposição aos absolutismos de qualquer gênero: pertence à sua natureza que nenhum poder seja absoluto e irregulável. Por isso, é imensamente desejável que, diante destas ameaças hodiernas, encontremos modos de conter qualquer tipo de exacerbação do poder. Em sua evangélica opção preferencial pelos pobres, a Igreja vem em socorro dos mais desprotegidos de todos os desprotegidos: os nascituros que, indefesos, correm o risco do desamparo da lei e da consequente anistia para todos os promotores desta que São João Paulo II chamava de cultura da morte.
  1. Sugestões práticas.
O que fazer? Diante da gravidade da situação, pedimos a todas as nossas comunidades uma mobilização em favor da vida, que se poderia dar em três gestos concretos:
  1. Uma vigília de oração, organizada pela Pastoral Familiar local, tendo como intenção a defesa da vida dos nascituros, podendo utilizar como material de apoio os encontros do subsídio Hora da Vida 2018, sobretudo a Celebração da Vida, vide página 41. Ao final da vigília, os participantes poderiam elaborar uma breve ata e endereçá-la à Presidência do Congresso Nacional, solicitando aos legisladores que façam valer suas prerrogativas constitucionais: presidencia@camara.leg.br, com cópia para a Comissão Episcopal para a Vida e a Família: vidafamilia@cnbb.org.br.
  2. Nas Missas do último domingo de julho, os padres poderiam comentar brevemente a situação, esclarecendo o povo fiel acerca do assunto e reservando uma das preces da Oração da Assembleia para rezar pelos nascituros. A coordenação da Pastoral Familiar poderia encarregar-se de compor o texto da oração e também de dirigir umas palavras ao povo.
  3. Incentivamos, por fim, aos fiéis leigos, que procurem seus deputados para esclarecê-los sobre este problema. Cabe, de fato, ao Congresso Nacional colocar limites a toda e qualquer espécie de ativismo judiciário.
Invocamos sobre todo o nosso país a proteção de Nossa Senhora Aparecida, em cuja festa se comemora juntamente o dia das crianças, para que ela abençoe a todos, especialmente as mães e os nascituros.
Dom João Bosco B. Sousa, OFM
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família Bispo Diocesano de Osasco – SP


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“NÃO MATARÁS.” (Ex 20,13)
CNBB convoca mobilização a favor da vida e contra o aborto – pg.8









PALAVRA DE DEUS

"Salmo 44

1. Canto nupcial. 2.Transbordam palavras sublimes do meu coração. Ao rei dedico o meu canto. Minha língua é como o estilo de um ágil escriba. 3.Sois belo, o mais belo dos filhos dos homens. Expande-se a graça em vossos lábios, pelo que Deus vos cumulou de bênçãos eternas. 4.Cingi-vos com vossa espada, ó herói; ela é vosso ornamento e esplendor. 5.Erguei-vos vitorioso em defesa da verdade e da justiça. Que vossa mão se assinale por feitos gloriosos. 6.Aguçadas são as vossas flechas; a vós se submetem os povos; os inimigos do rei perdem o ânimo. 7.Vosso trono, ó Deus, é eterno, de eqüidade é vosso cetro real. 8.Amais a justiça e detestais o mal, pelo que o Senhor, vosso Deus, vos ungiu com óleo de alegria, preferindo-vos aos vossos iguais. 9.Exalam vossas vestes perfume de mirra, aloés e incenso; do palácio de marfim os sons das liras vos deleitam. 10.Filhas de reis formam vosso cortejo; posta-se à vossa direita a rainha, ornada de ouro de Ofir. 11.Ouve, filha, vê e presta atenção: esquece o teu povo e a casa de teu pai. 12.De tua beleza se encantará o rei; ele é teu senhor, rende-lhe homenagens. 13.Habitantes de Tiro virão com seus presentes, próceres do povo implorarão teu favor. 14.Toda formosa, entra a filha do rei, com vestes bordadas de ouro. 15.Em roupagens multicores apresenta-se ao rei, após ela vos são apresentadas as virgens, suas companheiras. 16.Levadas entre alegrias e júbilos, ingressam no palácio real. 17.Tomarão os vossos filhos o lugar de vossos pais, vós os estabelecereis príncipes sobre toda a terra. 18.Celebrarei vosso nome através das gerações. E os povos vos louvarão eternamente."

Bíblia Ave Maria 

A relíquia do cinto de Nossa Senhora
Quem, saindo de Florença, percorre vin­te quilômetros em direção ao noroeste, encontra às margens do rio Bisenzio uma cidade industrial cu­jas fábricas lhe valeram a alcunha de “Manchester da Itá­lia”. Trata-se de Prato. Essa cida­de, apesar da feiúra de suas indústrias e da simplicidade de seu nome, além de ter sido um pólo ar­tístico mui­to afamado da his­tó­ria da Tos­ca­na, abriga, em seu cen­tro velho, uma das relíquias mais tocantes da Mãe de Deus.
É bem conhecida a história de São Tomé, um dos doze Apóstolos, que por estar ausente quando da aparição do Senhor após a Res­surreição, não quis nela acreditar, apesar do testemunho de seus com­panheiros. Só oito dias mais tarde, quando Jesus lhes apa­receu novamente, Tomé pôde constatar a verdade, colocando seus dedos na chaga do Salvador. Aí, sim, acreditou.
Passaram-se os anos e Tomé tor­nou-se um dos Apóstolos mais intrépidos, levando o Evangelho até os confins da Pérsia e da Índia. Segundo a bela tradição que chegou até nós, encontrava-se ele numa dessas longínquas regiões quando recebeu um recado de São Pedro, de que retornasse sem demora a Jerusalém, pois Maria, a Mãe do Senhor, iria deixá-los e desejava antes despedir-se de todos. Empreendeu Tomé a sua volta e mais uma vez chegou atrasado. A Mãe de Deus já havia su­bi­do aos céus.
São Tomé, mais uma vez levado pelo ceticismo, relutou em acreditar na Assunção da Santíssima Vir­gem e pediu a São Pedro que abris­se o sepulcro, para poder comprovar com os seus próprios olhos o ocorrido. Atendido o seu pedido, constatou que no túmulo vazio en­contravam-se apenas muitos lírios e rosas. Nesse mesmo momento, ao levantar suas vistas aos céus, Tomé viu Nossa Senhora na Glória, que, sorridente, desatou o cinto e lançou-o em suas mãos, co­mo símbolo de maternal bênção e proteção.
“O Sagrado Cinto”, representado na Catedral de Prato.
Este cinto é a relíquia que se ve­nera na Catedral de Prato. Chegou de Jerusalém no ano de 1141, trazido por Michele Dagomari, ha­bitante da cidade que estivera na Terra Santa. No começo, nin­guém deu muita importância àque­la re­lí­quia de autenticidade não comprovada. Mas em 1173 a Providência valeu-se de um fato extraor­di­nário para que todos a reconhe­ces­sem como verdadeira.
No dia de Santo Estêvão, o pa­droeiro da cidade, era costume co­locarem-se todas as relíquias em ci­ma do altar para com elas aben­çoar os doentes e endemoniados. Na ocasião, foi exposta também a caixa contendo o cinto de Nossa Senhora. Aproximaram então uma possessa que, no momento em que tocou a caixa começou a afirmar com insistência que esse cinto era da Santíssima Virgem, e no mesmo instante viu-se liberada de seu mal.
Iniciou-se então o culto público à sagrada relíquia. O próprio São Francisco de Assis, em 1212, este­ve com seus primeiros frades em Prato para venerá-la. Porém, se esse culto já conta com mais de oito séculos de história, a devoção ao santo cinto de Nossa Senhora é ainda muito mais antiga: foi instituída por Santo Agostinho, que de­terminou a constituição de uma Confraria do Santo Cinto, até hoje existente entre os agostinianos.
A relíquia é exposta à venera­ção pública cinco vezes ao ano: na Páscoa, nos dias 1.º de maio, 15 de agosto, 8 de dezembro e no Natal. Nessas ocasiões, ela é colocada no púlpito externo, à direita da Catedral, defronte à bonita pra­ça medieval da cidade.
Essa devoção faz com que Prato seja até hoje um dos lugares de peregrinação mariana mais frequentados da Itália.
São Tomé tor­nou-se um dos Apóstolos mais intrépidos, levando o Evangelho até os confins da Pérsia e da Índia.
Se você, leitor, algum dia passar por Prato, não deixe de entrar na Catedral — aliás, uma linda rea­lização do estilo gótico toscano — e procure do lado esquerdo a Capelladel Sacro Cingolo, onde poderá venerar tão extraordinária relíquia. Peça à Santíssima Vir­gem as graças de que necessita e não deixe de admirar os maravi­lhosos afrescos onde estão retra­tados, além da entrega do cinto a São Tomé, outros episódios da vida de Nossa Senhora.
Maria, mãe das misericórdias ini­magináveis, quis mostrar a São Tomé e a todos nós que, mesmo sendo teimosos em acreditar, e ainda que estejamos imersos em nossas misérias, Ela sempre esta­rá dis­posta a fazer milagres portentosos para nos confirmar na Fé e atar-nos a Ela com seu Cinto, protegendo-nos com sua maternal ter­nura.
Revista Arautos do Evangelho, Junho/2002, n. 6, pp. 15-17.







A história de Nossa Senhora de Toda Ajuda e da menina surda e muda que a contou

Santuário de Querrien
Para localizar a Bretanha no mapa da França, basta distinguir a imensa península que mais avança para dentro do Oceano Atlântico. Essa península situa-se abaixo da Inglaterra, numa vizinhança geográfica que explica a relação da Bretanha com as ilhas britânicas, incluída a Irlanda, todas habitadas outrora por uma população celta. Isso explica igualmente os fiapos de uma linda história que chega até nossos dias com a invocação de Notre-Dame de Toute Aide (Nossa Senhora de Toda Ajuda), em Querrien, pequena aldeia da Bretanha.
Um grande milagre: a fonte de São Galo
Em 574, o monge irlandês São Columbano desembarcou na Bretanha com 12 companheiros. Os monges eram os grandes apóstolos dessa época remota e ingressaram península adentro evangelizando os habitantes, erguendo ermidas e fundando mosteiros.
Por volta de 610, São Galo construiu uma ermida em Montrel-en-Langast, antiga Langal. Depois seguiu para Querrien, onde fez brotar uma fonte “para que as pessoas possam fazer o pão” — a conhecida fonte de São Galo. Mandou fazer também um pequeno oratório e esculpiu com as próprias mãos uma imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus, para ser ali venerada. Mais tarde, o oratório se tornou uma capela que, infelizmente, desabou – desaparecendo com ela também a imagem.
Este simples relato é tudo o que se sabe dos séculos VI e VII. Mais de 1000 anos se escoaram nas brumas do esquecimento, como ocorre às nuvens sopradas do oceano, que continuamente atravessam os céus da Bretanha.
O diálogo da Santíssima Virgem com uma pastorinha
Quinta-feira, 15 de agosto de 1652 (Luís XIV tinha apenas 14 anos), por volta das 18 horas. Nessa tarde de verão, a uns 20 metros da “Mare de Saint Gall”, um pequeno lago de água represada onde as ovelhas vão matar a sede, Jeanne Courtel, uma pastorinha de onze anos e meio, surda-muda de nascença, cuida do rebanho de seu pai no prado dos Fontenelles. De repente lhe aparece uma jovem e bela dama vestida de cetim branco e diz:
Encantadora menina, dá-me um dos teus carneiros!
— Esses carneiros não são meus, são de meu pai — respondeu a menina, que até então nunca havia pronunciado uma palavra.
Então vai procurar teus pais… e pede um cordeiro para mim.
— Mas… quem guardará meu rebanho?
Eu mesma. Eu cuidarei dos teus carneiros.
A menina foi correndo para a casa dos pais, onde todos ficaram pasmos ao ouvi-la dizer:
— Papai! Papai! Uma senhora veio me ver e me pediu um dos cordeiros do senhor.
— Oh, minha filha! Se essa senhora te restituiu a palavra, daremos a ela todo o nosso rebanho!
— Ela disse também que é preciso remexer o lago, para encontrar a sua imagem enterrada e perdida há séculos.
— E o que mais ela te pediu?
— Ela diz que é a Virgem Maria e que é preciso construir uma capela para ela no meio da aldeia, para que os peregrinos possam vir em multidões para honrá-la.
— Se é verdade o que dizes, pediremos ao bispo que nos permita construir um santuário para ela — respondeu o pai, visivelmente emocionado pelo milagre.
O milagre ocorrido com a pequena Joana deixou estupefato o vilarejo, como facilmente se pode imaginar. O pároco de Prénessaye, Olivier Audrian, a cuja paróquia pertence Querrien, foi avisado e mandou pessoas de confiança verificarem o ocorrido.
Tudo se passou rapidamente. Nossa Senhora apareceu uma segunda vez e insistiu:
Eu sou a Virgem Maria, escolhi este lugar e quero que se construa uma capela no centro do vilarejo.
A pastora, seus pais e vizinhos foram ao pároco confiar a mensagem da “belle Demoiselle”. O pe. Audrian, perplexo e confuso, embora constatando a cura da surda-muda, continuava cético e pretendia falar com o bispo.
Nova aparição, em que a pequena Joana contou à bela Senhora as reticências do pároco. Para dar uma prova da credibilidade do seu pedido, ela ordenou que se vasculhasse o lago de São Galo, onde se encontraria a sua imagem que outrora fora ali venerada. Assim, mais de mil anos depois de seu desaparecimento, no dia 20 de agosto de 1652 reencontrou-se a imagem esculpida por São Galo, em perfeito estado, sem umidade nem estragos. A partir de então, milagres e curas começaram a realizar-se.
A pastora voltou à carga:
— É preciso construir a capela.
Mas o pároco resistia. Nossa Senhora apareceu ainda uma vez e transmitiu outra ordem:
Já que o pároco não quer se ocupar da construção, procure o bispo, que dará ouvidos à mensagem e tomará as providências necessárias.
O vilarejo se torna centro de peregrinações
Efetivamente, dom Denis de la Barde, o bispo de St. Brieuc, amigo de São Francisco de Sales, convenceu-se da veracidade das aparições, após as devidas pesquisas, e anunciou, no dia 8 de setembro daquele mesmo ano de 1652, festa da Natividade de Nossa Senhora, que iria a Querrien no dia 11 seguinte. A pedra fundamental foi colocada e, quatro anos mais tarde, a capela foi entregue ao culto.
A invocação de Nossa Senhora de Toda Ajuda provém da imagem de Nossa Senhora que São Francisco de Sales, então bispo de Genebra, entronizou em Paris em janeiro de 1618, sob a mesma invocação. Foi dom De la Barde que, por veneração a São Francisco de Sales, quis atribuir essa invocação à Virgem de Querrien.
A imagem esculpida por São Galo, entretanto, foi criminosamente destruída pelos partidários da Revolução Francesa. Hoje se venera em Querrien uma inocente e bela Virgem de princípios do século XVIII.
Situado a cerca de 70 km a oeste de Rennes, e a mais de 400 km de Paris, Querrien tornou-se um importante centro de peregrinação. Tem hoje em torno de 1.700 habitantes. Na época das aparições, eram entre 200 e 300. Em agosto e setembro ocorrem os “pardons”, uma forma tradicional de comemorar a festa de Nossa Senhora ou de algum santo, com procissões, festejos e grande afluxo aos sacramentos.
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SÃO JOÃO MARIA VIANNEY





São João Maria Vianney, o Cura d'Ars. 

.....São João Maria Vianney nasceu em Dardily, Diocese de Lião, na França, no dia 8 de maio de 1786, filho de Mateus Vianney e Maria Belusa, piedosos camponeses.Desde a infância, deu indício de uma grande santidade. Certo dia, a mão deu ao filho uma imagem de Nossa Senhora que ele nunca deixava. Carregando-a respeitosamente nos braços a onde quer que fosse, muitas vezes, no estábulo, sem que ninguém o visse, costumava rezar longo tempo diante dela.
.....Com oito anos já acostumava, com palavras e com o exemplo, ensinar o Rosário de Nossa Senhora às crianças.
.....Quando a Revolução Francesa estourou, viveu dias tristes, vendo as igrejas fechadas, os padres perseguidos, etc.
.....De grande predileção pelos pobres, pelos abandonados que nada possuem, reunia-os pelos caminhos, pelos bosques e alegremente levava-os para sua casa, onde os pais, reputados desde há muito pela caridade, acolhiam a todos os desventurados.
.....Aos treze anos, com um fervor fora do comum, João Maria Vianney fez a Primeira Comunhão. Neste dia, ele dizia baixinho para si mesmo: "Eu serei padre! Eu serei padre!"
.....Depois ele o disse a seu pai. O pai, homem prudente e conhecedor da vida e dos arroubos da juventude, fê-lo esperar dois anos, para observá-lo e para experimentá-lo.
.....Afinal, João Maria Vianney entrou na escola fundada pelo Padre Balley, então pároco de Eculy.
.....Como seminarista foi modelo, mas como estudante, embora de comportamento exemplar, sua inteligência, porém, era muito limitada. Por isso chegou a ser despedido do Seminário, Mas, ajudado pelo Padre Balley, teve uma segunda oportunidade e, vencendo todas as barreiras, chegou ao grande dia de sua ordenação Sacerdotal. Esta se deu no 13 de agosto d 1815. Estava com 29 anos.
.....Depois de ordenado passou três anos como auxiliar do Padre Balley, e teve a oportunidade de rever com seu dedicado mestre toda a Teologia.
.....Em 1818 foi nomeado para Ars, onde ficou até sua morte.

.....Quando estava a caminho, já próximo de Ars, deu-se um fato muito edificante. O santo pediu informação a um menino sobre como chegar até Ars. Depois de ouvir suas explicações, o santo lhe disse: “Você me mostrou o caminho de Ars, e eu te mostrarei o caminho do céu.” Este menino, chamado Antonio Grive, foi o primeiro a paroquiano a morrer depois de São Maria Vianney, que assim lhe ensinou o caminho do céu.
.....Os habitantes de Ars, quanto à religião, viviam indiferentes. Quatro grandes males afastavam aquelas almas do caminho do bem: a bebida, a blasfêmia os bailes e o trabalho no domingo.
Nosso Santo pôs-se imediatamente ao trabalho para acabar com estes. Suas armas foram a oração, a penitência e os sermões.
.....Bem antes do raiar da aurora, levantava-se e ia prostrar-se diante do altar. Ali ajoelhado, suplicava por longo tempo a Deus pela conversão de sua paróquia.
.....À noite disciplinava-se até o sangue. O pouco que dormia, era sem nenhum conforto.
.....Em seus sermões, procurou mostrar ao povo com bastante realismo a gravidade do pecado, o valor da alma, do sangue de Nosso Senhor, etc.
.....Cinco anos depois, Ars apresentava-se com outra fisionomia: acabaram os trabalhos no domingo, a blasfêmia, que antes se escutava pelos campos, foi substituída por orações e cânticos religiosos, o vício da embriaguez foi afastado e as danças foram paulatinamente sendo eliminadas.
.....Quando tudo começou a melhorar, veio a perseguição dos homens, a calúnia dos mal formados.
.....Às perseguições dos homens, juntou-se a do demônio, furioso por ver que aquele humilde sacerdote lhe estava arrebatando as almas. E a luta foi terrível. Durou trinta e cinco anos. Fantasmas horríveis, insultantes vociferações transformavam sua casa durante a noite num verdadeiro inferno, com pesadelos assustadores e mesmo ataques diretos do demônio. Certa vez o demônio incendiou a cama do Cura d’Ars. Referindo-se a isto, S. João Maria Vianney dizia: “Não podendo pegar o pássaro, queimou a gaiola.”
.....Sustentado pela graça divina, João Maria Vianney, saiu vitorioso de todos os assaltos do maligno. E Nossa Senhora, aparecendo-lhe repetidas vezes, encorajava-o.
.....Deus lhe concedeu o dom dos milagres. Ele, por humildade atribuía os milagres que fazia a Santa Filomena, de quem era grande devoto.
.....Em 1824, abriu uma escola gratuita para as meninas. Logo depois apareceu um orfanato contíguo.
.....O zelo de São João Maria Vianney, seu desejo de fazer o bem às almas, e as graças que Nosso Senhor o enriqueceu foram a causa daquela contínua peregrinação de todas as partes da França e mesmo de outros lugares, de almas que vinham ouvir as lições de um santo, de pecadores que vinham encontrar, junto ao confessionário de um humilde sacerdote, a paz com Deus, perdida por muitos anos.
.....O programa diário de nosso Santo era exaustivo: de madrugada, à uma hora, ia à igreja para rezar, antes da aurora, confessava as mulheres, às seis, no verão e às sete no inverno, celebrava a Santa Missa. Depois da ação de graças, os peregrinos rodeavam-nos, implorando bênçãos, curas, palavras de conforto, conversões, conselhos para os mais variados casos, etc. Às dez horas recitava parte de seu breviário, depois ia sentar-se no confessionário; às onze horas era o catecismo, aquele catecismo que ficou famoso; depois de um almoço, como diríamos nós, de passarinho, era a clássica visita aos doentes, quando então a multidão se comprimia para vê-lo passar, para tocar-lhe as vestes. Depois de rezar as Vésperas e as Completas, voltava para o confessionário onde permanecia, muitas vezes até altas horas da noite. Chegava a passar 16 horas por dia no confessionário.
.....Desejoso de solidão para poder, como dizia, “chorar sua pobre vida", duas vezes São João Maria Vianney tentou deixar a paróquia. Mas o povo cercou-lhe o caminho e o levou de volta para a igreja.
.....São João Maria Vianney morreu no dia 4 de agosto de 1859.
.....Os peregrinos e paroquianos desfilaram diante de seu corpo durante quarenta e oito horas sem interrupção.
.....Chegando à mais sublime perfeição, ao mais alto grau da união com Deus, só se falava em Ars, das virtudes do Vigário, de sua bondade, sua paciência, desvelo, caridade, etc.
.....São João Maria Vianney foi beatificado por São Pio X aos 5 de janeiro de 1905 e canonizado por Pio XI no dia 31 de maio de 1925, poucos dias depois de Santa Teresinha.
.....Ars tornou-se rapidamente um dos grandes centros de peregrinação. Junto à antiga igreja de Ars, conforme o desejo do Santo, foi construída uma magnífica igreja dedicada a Santa Filomena. Num belo altar lateral desta igreja, foi colocado o corpo de São João Maria Vianney.
Frases de São João Vianney:
 "Quando comunga, a alma se impregna do bálsamo do amor, como a abelha do perfume das flores".

"O Sacerdote é o amor do Coração de Jesus. Quando virdes o padre, pensai em Nosso Senhor Jesus Cristo".

"Nossa língua deveria ser utilizada somente para rezar, nosso coração para amar, nossos olhos para chorar".

"Para que nossa oração seja ouvida não depende da quantidade de palavras, mas do fervor de nossas almas".

"Meu Deus infinitamente amável, eu vos amo e preferiria morrer amando-vos a viver sem vos amar".



 

"O padre deve estar sempre pronto para responder às necessidades das almas".


"Quanto é triste um padre que não tenha vida interior. Mas para tê-la, é preciso que haja tranqüilidade, silêncio e o retiro espiritual".


"O que nos impede de sermos santos, a nós, os padres, é a falta de reflexão. Nós não encontramos em nós mesmos, não sabemos o que estamos fazendo. O que nos falta é a reflexão, a oração e a união com Deus".
Corpo milagrosamente incorrupto de São João Maria Vianney.

ORAÇÃO PELA VIDA NASCENTE - BENTO XVI
Senhor Jesus,
que fielmente visitais e cumulais
com a vossa Presença
a Igreja e a história dos homens;
que no admirável Sacramento
do vosso Corpo e do vosso Sangue
nos tornais partícipes da Vida divina
e nos fazeis antegozar
a alegria da Vida eterna;
nós vos adoramos e vos bendizemos.
Prostrados diante de Vós,
nascente e amante da vida
realmente presente e vivo no meio de nós, suplicamos-vos.
Voltai a despertar em nós o respeito por cada vida humana nascente,
tornai-nos capazes de entrever
no fruto do ventre materno
a obra admirável do Criador,
disponde os nossos corações
ao acolhimento generoso de cada criança que está para nascer.
Abençoai as famílias,
santificai a união dos esposos,
tornai fecundo o seu amor.
Acompanhai com a luz
do vosso Espírito as opções
das assembléias legislativas, *
para que os povos e as nações reconheçam e respeitem
a sacralidade da vida,
de cada vida humana.
Orientai a obra
dos cientistas e dos médicos,
a fim de que o progresso contribua para o bem integral da pessoa
e ninguém venha a sofrer
supressão e injustiça.
Infundi caridade criativa
nos administradores
e nos economistas,
para que saibam intuir e promover condições suficientes
a fim de que as jovens famílias possam abrir-se serenamente
ao nascimento de novos filhos.
Consolai os cônjuges que sofrem por causa da impossibilidade
de ter filhos e, na vossa bondade, sede providente para com eles.
Educai todos a cuidar das crianças órfãs ou abandonadas,
para que elas possam experimentar o calor da vossa Caridade,
a consolação
do vosso Coração divino.
Com Maria vossa Mãe,
a grande crente, em cuja seio assumistes a nossa natureza humana,
esperamos de Vós, nosso único
e verdadeiro Bem e Salvador,
a força de amar e servir a vida,
à espera de viver sempre em Vós,
na Comunhão
da Bem-Aventurada Trindade.
Fonte: w2.vatican.va
* E do STF!

 

8 conselhos dos santos para amar a Eucaristia


Igreja sempre destacou a presença real do Senhor no Santíssimo Sacramento e por vários séculos incentivou o amor a este grande milagre de Deus.
A seguir, 8 conselhos dos santos sobre a Eucaristia:
1. Santo Tomás de Aquino
“A Eucaristia produz uma transformação progressiva no cristão. É o Sol das famílias e das Comunidades”.
2. Santo Agostinho
“Senhor, você alegra minha mente de alegria espiritual. Como é glorioso teu cálice que ultrapassa todos os prazeres provados anteriormente”.
3. São Francisco de Assis
“Quando não posso participar da Santa Missa, adoro o Corpo de Cristo com os olhos do espírito através da oração, o qual adoro quando vejo na Missa”.
4. Santo Afonso Maria de Ligório
“Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do divino sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolo na hora da morte e durante a eternidade. E seremos mais recompensados por 15 minutos de adoração na presença de Jesus Sacramentado do que em todos outros exercícios espirituais realizados durante nosso dia”.
5. São Francisco de Sales
“A oração, unida a esse sacrifício divino da Missa, tem uma força inexplicável; de modo que através deste sacrifício a alma fica cheia de favores celestiais como apoiada sobre seu Amado”.
6. Santa Maria Goretti
“A Santa Eucaristia é a perfeita expressão do amor de Jesus Cristo pelo homem, é a essência de todos os mistérios da sua vida”.
7. São Luis Maria Grignion de Montfort
“Antes da Comunhão... suplica a esta bondosa Mãe para que empreste seu coração para receber nele o seu Filho com suas mesmas disposições”.
8. Santa Teresa D’Ávila
“Depois de receberem o Senhor, sua pessoa real está diante de nós, procurem fechar os olhos do corpo e abrir os da alma e olhá-lo com o coração”. 






Em 15 de julho de 1948,  o Santo Ofício publicou um decreto contra o comunismo do Santo Ofício, que excomungou os que propagam "os ensinamentos materialistas e anti-cristãos do comunismo",
Foi perguntado à Suprema Sagrada Congregação:
1. Se é permitido aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira?
2. Se é lícito publicar, divulgar ou ler livros, revistas, jornais ou tratados que sustentam a doutrina e a ação dos comunistas, ou escrever neles?
3. Se fiéis cristãos que consciente e livremente fizeram o que está em 1 e 2, podem ser admitidos aos Sacramentos?
4. Se fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e sobretudo os que defendem ou propagam, incorrem pelo próprio fato, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica?

RESPOSTAS
Quanto a 1. Não; o comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de fato, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo.
Quanto a 2. Não, pois são proibidos pelo próprio direito (CIC, cân. 1399);
Quanto a 3. Não, segundo os princípios ordinários determinando a recusa dos sacramentos àquele que não tem a disposição requerida.
Quanto a 4. Sim.

ENCÍCLICAS
Qui pluribus (1846), o Papa Pio IX afirmou que "para aqui (tende) essa doutrina nefanda do chamado comunismo, sumamente contrária ao próprio direito natural, a qual, uma vez admitida, levaria à subversão radical dos direitos, das coisas, das propriedades de todos e da própria sociedade humana"

Papa Pio IX, Encíclica Noscitis et Nobiscum, 8 de dezembro de 1849: “Transtorno absoluto de toda ordem humana ... tampouco conheceis, Veneráveis Irmãos, que os principais autores desta intriga tão abominável não se propõem outra coisa senão impelir os povos, agitados já por toda classe de ventos de perversidade, ao transtorno absoluto de toda ordem humana as coisas, entregá-los aos criminosos sistemas do novo socialismo e comunismo”.

Ano 1878, 28 de dezembro, Leão XIII, Encíclica Quod Apostolici Muneris: “O socialismo diverge diametralmente da Religião Católica”. Acta Leonis XIII, vol. I, pág. 40), assim descreveu distinta e expressamente esses mesmos erros: “Peste mortífera, que invade a medula da sociedade humana e a conduz a um perigo extremo”; e com a clarividência do seu espírito luminoso demonstrou que o movimento precipitado das multidões para a impiedade do ateísmo, numa época em que tanto se exaltavam os progressos da técnica, tivera origem nos desvarios duma filosofia que de há muito porfia por separar a ciência e a vida da fé da Igreja.

Encíclica Diuturnum Illud, Ano de 1881, 29 de junho, Papa Leão XIII (1878-1903): “... o comunismo, o socialismo, o nihilismo, monstros horrendos que são a vergonha da sociedade e que ameaçam ser-lhe a morte”. .

Encíclica Rerum Novarum (1891), o Papa Leão XIII declarou que "a teoria socialista da propriedade coletiva deve absolutamente repudiar-se como prejudicial àqueles membros a que se quer socorrer, contrária aos direitos naturais dos indivíduos, como desnaturando as funções do Estado e perturbando a tranquilidade pública."

Ano 1914, 1 de novembro, Papa Bento XV (1914-1922), Encíclica Ad Beatissimi Apostolorum. “Não é nossa intenção aqui repetir os argumentos que demosnstram calramente os erros do socialismo e de doutrinas semelhantes. Nosso predecessor, Leão XIII, muito sabiamente já o fez em encíclicas verdadeiramente memoráveis; e Vós, Veneráveis Irmãos, tomareis o maior cuidado para que esses graves preceitos não sejam jamais esquecidos, mas, sempre expostos com clareza e inculcados nas associações católicas e congressos, em sermões e na imprensa católica

Quadragessimo Anno, Encíclica Papal, (1931), o Papa Pio XI afirmou que "o socialismo quer se considere como doutrina, quer como fato histórico, ou como «ação», se é verdadeiro socialismo, [...] não pode conciliar-se com a doutrina católica; pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã. [...] E se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os Sumos Pontífices nunca negaram, funda-se contudo numa própria concepção da sociedade humana, diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica. Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista."

Encíclica Divini Redemptoris (1937), o Papa Pio XI defendeu que o comunismo ateu é um "sistema cheio de erros e sofismas, igualmente oposto à revelação divina e à razão humana; sistema que, por destruir os fundamentos da sociedade, subverte a ordem social, que não reconhece a verdadeira origem, natureza e fim do Estado; que rejeita enfim e nega os direitos, a dignidade e a liberdade da pessoa humana."

Mater et Magistra (1961), o Papa João XXIII reafirmou que "entre comunismo e cristianismo, [...] a oposição é radical, e acrescenta não se poder admitir de maneira alguma que os católicos adiram ao socialismo moderado: quer porque ele foi construído sobre uma concepção da vida fechada no temporal, com o bem-estar como objetivo supremo da sociedade; quer porque fomenta uma organização social da vida comum tendo a produção como fim único, não sem grave prejuízo da liberdade humana; quer ainda porque lhe falta todo o princípio de verdadeira autoridade social."

Na encíclica Centesimus Annus (1991), o Papa João Paulo II, atualizando os princípios da Rerum Novarum, salientou que "o erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo econômico-social, enquanto, por outro lado, defende que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo da livre opção, da sua única e exclusiva decisão responsável em face do bem ou do mal. O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autônomo de decisão moral, que constrói, através dessa decisão, o ordenamento social. Desta errada concepção da pessoa, deriva a distorção do direito, que define o âmbito do exercício da liberdade, bem como a oposição à propriedade privada. [...] Se se questiona ulteriormente onde nasce aquela errada concepção da natureza da pessoa e da subjetividade da sociedade, é necessário responder que a sua causa primeira é o ateísmo. [...] O referido ateísmo está, aliás, estritamente conexo com o racionalismo iluminístico, que concebe a realidade humana e social do homem, de maneira mecanicista."


O Catecismo da Igreja Católica (1992) afirma que "a Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e atéias, associadas, nos tempos modernos, ao «comunismo» ou ao «socialismo»".
Partidos socialistas:
Partido dos Trabalhadores (PT) 
13
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
21
Partido Popular Socialista (PPS), sucessor do PCB
23
Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
65
Partido da Causa Operária (PCO)
29
Partido Democrático Trabalhista (PDT)
12
Partido da Mobilização Nacional (PMN)
33
Partido Pátria Livre (PPL)
54
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
50
10º
Partido Socialista Brasileiro (PSB)
40
11º
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU)
16

NOTA: Além desses, há outros partidos que embora não se declarem oficialmente socialistas apóiam ideais socialistas como descriminalização do aborto como faz o PV. O NOVO deixa a questão para ser resolvida independentemente em cada estado, mas “lavar as mãos” não é atitude digna diante de algo tão importante como a defesa da vida humana.

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TRECHO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA
GAUDETE ET EXSULTATE
DO PAPA
FRANCISCO

19. Para um cristão, não é possível imaginar a própria missão na terra, sem a conceber como um caminho de santidade, porque «esta é, na verdade, a vontade de Deus: a [nossa] santificação» (1 Ts 4, 3). Cada santo é uma missão; é um projeto do Pai que visa refletir e encarnar, num momento determinado da história, um aspeto do Evangelho.
20. Esta missão tem o seu sentido pleno em Cristo e só se compreende a partir d’Ele. No fundo, a santidade é viver em união com Ele os mistérios da sua vida; consiste em associar-se duma maneira única e pessoal à morte e ressurreição do Senhor, em morrer e ressuscitar continuamente com Ele. Mas pode também envolver a reprodução na própria existência de diferentes aspetos da vida terrena de Jesus: a vida oculta, a vida comunitária, a proximidade aos últimos, a pobreza e outras manifestações da sua doação por amor. A contemplação destes mistérios, como propunha Santo Inácio de Loyola, leva-nos a encarná-los nas nossas opções e atitudes. Porque «tudo, na vida de Jesus, é sinal do seu mistério», «toda a vida de Cristo é revelação do Pai», «toda a vida de Cristo é mistério de redenção», «toda a vida de Cristo é mistério de recapitulação», e «tudo o que Cristo viveu, Ele próprio faz com que o possamos viver n’Ele e Ele vivê-lo em nós».
21. O desígnio do Pai é Cristo, e nós n’Ele. Em última análise, é Cristo que ama em nós, porque a santidade «mais não é do que a caridade plenamente vivida»(Bento XVI). Por conseguinte, «a medida da santidade é dada pela estatura que Cristo alcança em nós, desde quando, com a força do Espírito Santo, modelamos toda a nossa vida sobre a Sua»(Bento XVI). Assim, cada santo é uma mensagem que o Espírito Santo extrai da riqueza de Jesus Cristo e dá ao seu povo.
22. Para identificar qual seja essa palavra que o Senhor quer dizer através dum santo, não convém deter-se nos detalhes, porque nisso também pode haver erros e quedas. Nem tudo o que um santo diz é plenamente fiel ao Evangelho, nem tudo o que faz é autêntico ou perfeito. O que devemos contemplar é o conjunto da sua vida, o seu caminho inteiro de santificação, aquela figura que reflete algo de Jesus Cristo e que sobressai quando se consegue compor o sentido da totalidade da sua pessoa.
23. Isto é um vigoroso apelo para todos nós. Também tu precisas de conceber a totalidade da tua vida como uma missão. Tenta fazê-lo, escutando a Deus na oração e identificando os sinais que Ele te dá. Pede sempre, ao Espírito Santo, o que espera Jesus de ti em cada momento da tua vida e em cada opção que tenhas de tomar, para discernir o lugar que isso ocupa na tua missão. E permite-Lhe plasmar em ti aquele mistério pessoal que possa refletir Jesus Cristo no mundo de hoje.
w2.vatican.va

 




A jovem mãe coragem Chiara Corbella dá o primeiro passo para sua beatificação

Chiara CorbellaPetrillo
A Diocese de Roma anunciou que dará o primeiro passo para a abertura da causa de beatificação de Chiara CorbellaPetrillo, uma jovem mãe coragem italiana que durante a sua gravidez atrasou o tratamento do câncer a fim de que o seu terceiro filho pudesse nascer.
O edital que comunica esta decisão é datado de 2 de julho e assinado pelo Vigário Geral da Diocese de Roma, Cardeal Angelo De Donatis. Foi recolhido pelo jornal ‘Avvenire’, da Conferência Episcopal Italiana.
Nesse sentido, o documento convida os fiéis "a comunicar-se diretamente ou enviar ao Tribunal Diocesano do Vicariato de Roma toda informação que possa servir de qualquer forma para reunir elementos a favor ou contra a fama de santidade da Serva de Deus".
Além disso, assinala que nas próximas semanas entregarão ao Tribunal Diocesano o original ou cópia dos escritos atribuídos a Chiara Corbella – como diários, cartas e outros – para contribuir com o avanço da causa.
O sacrifício desta jovem mãe "permanece como uma luz de esperança, como um testemunho de fé em Deus, autor da vida, como um exemplo de que o amor é maior do que o medo e a morte" afirma o edital.
Quem foi Chiara Corbella?
Chiara Corbella nasceu em Roma (Itália) em 9 de janeiro de 1984. Ela cresceu em uma família católica e freqüentou uma comunidade da Renovação Carismática.
O site dedicado à memória da Serva de Deus assinala que o seu temperamento era "tranqüilo, não rebelde, manifestado no serviço ao próximo".
Em uma peregrinação que realizou em 2002 a Medjugorje, Chiara conheceu Enrico Petrillo e pressentiu que ele era o seu futuro marido. Ao voltar a Roma, ambos iniciaram um namoro que duraria seis anos.
Chiara e Enrico se casaram em Assis em 21 de setembro de 2008. Quando voltaram da lua de mel, ela descobriu que estava grávida, mas o ultrassom revelou que o seu bebê nasceria com anencefalia.
O casal decidiu continuar com a gravidez e, em 10 de junho de 2009, nasceu Maria GraziaLetizia, que viveu apenas meia hora.
Alguns meses depois, ela engravidou novamente e os médicos disseram que o seu filho nasceria sem pernas. Davide Giovanni nasceu em 24 de junho de 2010 e viveu poucas horas.
"No casamento, o Senhor quis nos dar crianças especiais: Maria GraziaLetizia e Davide Giovanni, mas nos pediu para acompanhá-los somente até os seus nascimentos, nos permitiu abraçá-los, batizá-los e colocá-los nas mãos do Pai com uma serenidade e alegria surpreendente", escreveu Chiara.
Depois da morte do seu segundo filho, a jovem engravidou novamente e nesta ocasião o bebê estava completamente saudável. Entretanto, Chiara descobriu que estava com câncer na língua e, em março de 2011, foi submetida a uma cirurgia para extirpar o tumor.
Os médicos disseram que deveria seguir um tratamento para se curar, mas ela recusou a fim de proteger a vida de seu filho que estava no seu ventre.
"Para a maioria dos médicos, Francesco era apenas um feto de sete meses e eu que deveria ser salva. Mas eu não tinha nenhuma intenção de arriscar a vida de Francesco com base em algumas estatísticas pouco seguras que pretendiam me demonstrar que deveria dar à luz o meu filho prematuro para que eu pudesse operar", expressou esta mãe coragem em um de seus escritos.
Francesco Petrillo nasceu em 30 de maio do mesmo ano e Chiara decidiu continuar o seu tratamento. Entretanto, o câncer já havia se espalhado a um de seus pulmões, aos nódulos linfáticos, ao fígado e ao olho direito, o qual ela cobriria com um adesivo.
Em maio de 2012, junto com o seu esposo e o seu filho, a jovem mãe encontrou o Papa Bento XVI na Praça de São Pedro.
O jornal vaticano L'Osservatore Romano (LOR) informou que o casal se aproximou do Pontífice "sorrindo, com tranqüilidade, contaram a sua história de uma jovem família cristã que confia totalmente na providência e levou a sério o Evangelho, com o exemplo de João Paulo II".
"O Papa, visivelmente comovido, os acariciou ternamente", acrescentou LOR.
Chiara passou os últimos momentos da sua vida na casa da sua família, perto do mar, com o seu esposo e o seu filho. Seu diretor espiritual, Pe. Vito, lhe administrava os sacramentos diariamente.
Ela faleceu em 13 de junho de 2012 e seu funeral foi celebrado três dias depois em Roma, na igreja Santa Francesca Romana.
O então Vigário Geral da Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, disse aos presentes que "o que Deus preparou através dela é algo que não podemos perder".
Por María Ximena Rondón (www.acidigital.com)

 

 


A PATERNIDADE RESPONSÁVEL

A TRANSMISSÃO DA VIDA

Ninguém existe por acaso, mas sim por obra divina. Mesmo que uma pessoa tenha sido gerada sem desejo ou sem amor por parte dos pais, Deus consentiu em criá-la com incomensurável amor!
Deus quis que o homem e a mulher participassem com Ele na missão de transmitir a vida, e para isso conferiu ao ato sexual duas finalidades: a unitiva – “o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher”(Gn2,24; Mt19,5) – e a procriativa – “sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra”(Gn1,28; Gn9,1).
Quando o homem e a mulher respeitam estas duas finalidades do ato conjugal, unindo-se não apenas fisicamente, mas também amorosamente e espiritualmente até que a morte os separe e aceitando todos os filhos que Deus lhes quiser confiar, surge assim uma família desejada e amada pelo Criador!
Infelizmente, nem sempre o homem e a mulher são fiéis aos planos divinos! Muitas vezes eles deixam de respeitar as finalidades que Deus uniu ao ato sexual.
Quando, por exemplo, eles se unem sem um compromisso de união fiel até a morte, estão destituindo o ato sexual da sua finalidade unitiva - “não separe o homem o que Deus uniu”(Mt19,6).

A CONTRACEPÇÃO
E quando, por exemplo, eles se unem (mesmo que tenham assumido o compromisso matrimonial) mas fecham o ato sexual ao dom da vida, usando anticoncepcionais ou outros meios contraceptivos (esterilizações, etc.), já não estão mais sendo servos fiéis e nem colaboradores de Deus na transmissão da vida, mas passam a ser "árbitros dos planos divinos", julgando-se (mesmo que não percebam isso) os únicos responsáveis pela vida e com o direito de evitar filhos "a todo custo", até mesmo destituindo o ato sexual de sua finalidade procriativa, esquecendo-se assim quem é o Senhor da vida!
Se de fato cremos que a vida é sempre dada por Deus, devemos reconhecer que, pelo fato de os meios contraceptivos fecharem o ato sexual à transmissão da vida, podem deste modo, estar impedindo a concepção ou o nascimento de um filho(a) que Deus quisesse dar ao casal! Somos chamados a aceitar, não a recusar ou evitar os filhos que Deus quiser nos confiar!
Deus ordenou por mais de uma vez: "sede fecundos", mas desta forma estão sendo infecundos! Estão "enterrando" o grande "talento" da fertilidade!
Quando o ato sexual é dissociado de suas finalidades unitiva e procriativa, ele tende a se tornar um ato egoísta e hedonista.
"A Igreja ensinou sempre a malícia intrínseca da contracepção, isto é, de todo o ato conjugal tornado, intencionalmente, infecundo. Deve reter-se este ensinamento como uma doutrina definitiva e irreformatável. A contracepção opõem-se gravemente à castidade matrimonial, é contrária ao bem da transmissão da vida (aspecto procriador do matrimônio) e à doação recíproca dos cônjuges (aspecto unitivo do matrimônio), lesa o verdadeiro amor e nega a função soberana de Deus na transmissão da vida humana"2
A contracepção é portanto, um mal grave e, se a pessoa que a pratica tiver plena consciência da gravidade do ato e mesmo assim, deliberadamente o pratica, incorre então em um pecado mortal que acarretará a morte eterna no inferno se não houver arrependimento3. "No entanto, mesmo podendo julgar que um ato é em si falta grave, devemos confiar o julgamento sobre as pessoas à justiça e à misericórdia de Deus"4, pois somente Ele conhece o coração e a consciência de cada pessoa. Não devemos portanto, julgar ninguém pelo fato de praticar a contracepção e nem por qualquer outra atitude, pois o próprio Jesus disse: "Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados"(Lc6,37). Não devemos nunca julgar uma pessoa, mas devemos sim, mostrar a gravidade dos atos que ela cometeu, pois Jesus disse também: "se o teu irmão pecar, mostra-lhe o pecado entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho o teu irmão. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano"(Mt18,15-17). Quando a igreja denuncia a gravidade da contracepção, não quer julgar nem condenar ninguém, mas somente revelar o mal praticado a fim de que não seja mais cometido.
Existe ainda uma realidade ainda mais terrível, que poucas pessoas tem conhecimento: quase todos os anticoncepcionais não são somente anticoncepcionais, mas são também abortivos! Isto significa que freqüentemente eles não impedem a concepção, ou seja, o início da vida, e causam a morte do ser humano concebido durante seus primeiros dias de sua vida. Como durante os primeiros dias o ser humano é muito pequeno, a mulher nem percebe que concebeu e nem tampouco que abortou. Muitas pessoas, mesmo sem ter conhecimento disso, estão causando a morte de seus próprios filhos devido ao uso de contraceptivos abortivos! Todos os dispositivos intra-uterinos (dius) e "contraceptivos de emergência" são essencialmente abortivos; todos os hormonais - contraceptivos orais (todas as pílulas - também as "comuns"), depo-provera (vacinas), norplantes (implantes), etc. - não são somente anticoncepcionais, são também abortivos. "Está presente, no uso dos meios que têm um efeito abortivo, uma malícia moral muito grave e específica, que impede a implantação do embrião recém fecundado ou também causando a sua expulsão numa fase precoce da gravidez."5

Entretanto, quando há graves motivos para se evitar a gravidez, pode-se utilizar os métodos naturais, que diferentemente dos anticoncepcionais, não anulam a função unitiva:
“Por razões justas, os esposos podem querer espaçar os nascimentos de seus filhos. Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. Além disso regularão seu comportamento segundo critérios objetivos da moral”6.
“A continência periódica, os métodos de regulação da natalidade baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos estão de acordo com os critérios objetivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica.”7


1 João Paulo II, Evangelium Vitae
2 Conselho Pontifício para a Família.: Vademecum para os confessores sobre alguns temas da moral relacionados com a vida conjugal, ns. 4-5
3 cf. Catecismo da Igreja Católica, ns. 1859 - 1861
4 Catecismo da Igreja Católica, n. 1861
5 Conselho Pontifício para a Família.: Vademecum para os confessores sobre alguns temas da moral relacionados com a vida conjugal, ns. 5-6
6 Catecismo da Igreja Católica, n. 2368
7 Catecismo da Igreja Católica, n. 2370

http://catequeseetc.blogspot.com/

 

 

 

 

Frases curtas:

“Primeiro dizem que é doença para não dizer que é crime. Depois tornam crime dizer que é doença” – Olavo de Carvalho, sobre a estratégia para legalizar a pedofilia.

“Chegará o dia em que teremos que provar que a grama é verde” – J. K. Chesterton (Hoje temos que provar que matar um ser humano em gestação é crime, que pedofilia é crime, que menino não é menina e que menina não é menino!)

 

 

 




 

 

Comissão para Vida e a Família da CNBB mobiliza cristãos na luta contra a legalização do aborto

Bebê com cerca de 9 semanas de gestação

Mais uma vez, a legalização do aborto volta à pauta nacional em uma audiência pública convocada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) para os dias 3 e 6 de agosto. Na ocasião, será debatido a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, discutida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442.
Diante dessa realidade, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reafirma em nota a posição firme e clara da Igreja “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil”. Afirmação emitida pela presidência da CNBB na Nota Oficial “Pela vida, contra o aborto”, publicada em 11 de abril de 2017.
A ação sustenta que dois dispositivos do Código Penal que instituem a criminalização da interrupção voluntária da gravidez afrontam a dignidade da pessoa humana, a cidadania, a não discriminação, a inviolabilidade da vida, a liberdade, a igualdade, a proibição de tortura ou o tratamento desumano e degradante, a saúde e o planejamento familiar das mulheres e os direitos sexuais e reprodutivos.
A Audiência Pública será realizada neste Supremo Tribunal Federal, Anexo II-B, sala da Primeira Turma, nos dias 03.08.2018 (sexta-feira) e 06.08.2018 (segunda-feira), das 8h40 às 12h50 e das 14h30 às 18h50. A CNBB apresentará sua posição, nesta audiência, no dia 6 de agosto, às 9h10, pelo dom Ricardo Hoerpers, bispo da diocese de Rio Grande (RS) e pelo padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da diocese de Osasco (SP).
Leia a nota na íntegra:
Brasília – DF, 25 de Julho de 2018
ABORTO E DEMOCRACIA
1.      Um perigo iminente
Nos últimos anos, apresentaram-se diversas iniciativas que visavam à legalização do aborto no ordenamento jurídico brasileiro.
Em todas essas ocasiões, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, fiel à sua missão evangelizadora, reiterou a “sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil” (CNBB, Nota Pela vida, contra o aborto, 11 de abril de 2017).
Unindo sua voz à sensibilidade do povo brasileiro, maciçamente contrário a qualquer forma de legalização do aborto, a Igreja sempre assegurou que “o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas”, lembrando que “urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil” (Ibidem).
As propostas de legalização do aborto sempre foram debatidas democraticamente no parlamento brasileiro e, após ampla discussão social, sempre foram firmemente rechaçadas pela população e por seus representantes.
A desaprovação ao aborto, no Brasil, não parou de crescer nos últimos anos, mas, não obstante, assistimos atualmente uma tentativa de legalização do aborto que burla todas as regras da democracia: quer-se mudar a lei mediante o poder judiciário.
1.      A ADPF 442
A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 442, solicita ao Supremo Tribunal Federal – STF a supressão dos artigos 124 a 126 do Código Penal, que tipificam o crime de aborto, alegando a sua inconstitucionalidade. O argumento, em si, é absurdo, pois se trata de uma lei federal de 1940, cuja constitucionalidade jamais foi questionada.
O STF convocou uma audiência pública para a discussão do tema, a realizar-se nos dias 3 e 6 de agosto de 2018. A maior parte dos expositores representa grupos ligados à defesa da legalização do aborto.
A rigor, o STF não poderia dar andamento à ADPF, pois não existe nenhuma controvérsia em seu entendimento. Em outras palavras, em si, a ADPF 442 transcende o problema concreto do aborto e ameaça os alicerces da democracia brasileira, que reserva a cada um dos poderes da República uma competência muito bem delineada, cujo equilíbrio é uma garantia contra qualquer espécie de deterioração que degenerasse em algum tipo de ditadura de um poder sobre os outros.
O momento exige atenção de todas as pessoas que defendem a vida humana. O poder legislativo precisa posicionar-se inequivocamente, solicitando de modo firme a garantia de suas prerrogativas constitucionais. Todos os debates legislativos precisam ser realizados no parlamento, lugar da consolidação de direitos e espaço em que o próprio povo, através dos seus representantes, outorga leis a si mesmo, assegurando a sua liberdade enquanto nação soberana. Ao poder judiciário cabe fazer-se cumprir as leis, ao poder legislativo, emaná-las.
1.      O aborto da democracia.
“Escolhe, pois, a vida”. O eloquente preceito que recebemos da Escritura, “escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19), agora, reveste-se de importância decisiva: precisamos garantir o direito à vida nascente e, fazendo-o, defender a vida de nossa democracia brasileira, contra todo e qualquer abuso de poder que, ao fim e ao cabo, constituir-se-ia numa espécie de “aborto” da democracia. As democracias modernas foram concebidas como formas de oposição aos absolutismos de qualquer gênero: pertence à sua natureza que nenhum poder seja absoluto e irregulável. Por isso, é imensamente desejável que, diante destas ameaças hodiernas, encontremos modos de conter qualquer tipo de exacerbação do poder. Em sua evangélica opção preferencial pelos pobres, a Igreja vem em socorro dos mais desprotegidos de todos os desprotegidos: os nascituros que, indefesos, correm o risco do desamparo da lei e da consequente anistia para todos os promotores desta que São João Paulo II chamava de cultura da morte.
1.      Sugestões práticas.
O que fazer? Diante da gravidade da situação, pedimos a todas as nossas comunidades uma mobilização em favor da vida, que se poderia dar em três gestos concretos:
1.      Uma vigília de oração, organizada pela Pastoral Familiar local, tendo como intenção a defesa da vida dos nascituros, podendo utilizar como material de apoio os encontros do subsídio Hora da Vida 2018, sobretudo a Celebração da Vida, vide página 41. Ao final da vigília, os participantes poderiam elaborar uma breve ata e endereçá-la à Presidência do Congresso Nacional, solicitando aos legisladores que façam valer suas prerrogativas constitucionais: presidencia@camara.leg.br, com cópia para a Comissão Episcopal para a Vida e a Família: vidafamilia@cnbb.org.br.
2.      Nas Missas do último domingo de julho, os padres poderiam comentar brevemente a situação, esclarecendo o povo fiel acerca do assunto e reservando uma das preces da Oração da Assembleia para rezar pelos nascituros. A coordenação da Pastoral Familiar poderia encarregar-se de compor o texto da oração e também de dirigir umas palavras ao povo.
3.      Incentivamos, por fim, aos fiéis leigos, que procurem seus deputados para esclarecê-los sobre este problema. Cabe, de fato, ao Congresso Nacional colocar limites a toda e qualquer espécie de ativismo judiciário.
Invocamos sobre todo o nosso país a proteção de Nossa Senhora Aparecida, em cuja festa se comemora juntamente o dia das crianças, para que ela abençoe a todos, especialmente as mães e os nascituros.
Dom João Bosco B. Sousa, OFM
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família Bispo Diocesano de Osasco – SP
www.cnbb.org.br