Observemos
as faces serenas dos santos na capa.
Devemos
nos esforçar como eles por buscar a santidade já neste mundo, mas sabemos que a
bíblia ensina que “todos pecaram e estão privados da glória
de Deus. ”
(Rm3,23)
E
o beato Paulo VI: “todos os homens em seu caminhar neste mundo cometem pecados,
ao menos leves, a que se chamam cotidianos: de tal forma que todos têm
necessidade da misericórdia de Deus para se verem libertados das conseqüências
penais do pecado.”
Portanto,
neste mundo, com exceção de Jesus e da Imaculada Virgem Maria, não houve e nem
haverá ninguém plenamente santo.
Porém,
no paraíso, todos são santos, pois foram “justificados gratuitamente, pela
graça de Deus, em virtude da redenção no Cristo Jesus.”(Rm3,24)
E
certamente ao lado dos santos canonizados se encontram também outros que
conhecemos nesta vida, talvez amigos e até familiares que “lavaram suas vestes
e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap7,14) e gozam da bem aventurança
eterna! Que nos esforcemos para alcançá-los.
Novembro,
mês dedicado às almas e a todos os santos.
São
Leopoldo Mandic ficava pasmado de ver que alguns arriscavam-se a perder toda a
eternidade por causa de alguns instantes de prazer. Lembremo-nos dos novíssimos:
morte, juízo, inferno e paraíso.
Ivan
– membro da comunidade ÂMI.
INDULGÊNCIAS
O que são:
Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal
devida pelos pecados já
perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e
em certas e determinadas
condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como
dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das
satisfações de Cristo e dos Santos.
A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberta, em
parte ou no todo, da pena
temporal devida pelos pecados.
Ninguém pode lucrar indulgências a favor de outras pessoas
vivas.
Qualquer fiel pode lucrar indulgências parciais ou plenárias
para si mesmo ou aplicá-las
aos defuntos como sufrágio.
A indulgência plenária só se pode ganhar uma vez ao dia
(salvo exceção no fim deste artigo).
CONDIÇÕES PARA LUCRAR INDULGÊNCIA PLENÁRIA:
Para lucrar a indulgência plenária, além da repulsa de todo
o afeto a
qualquer pecado até venial, requerem-se a execução da obra
enriquecida da indulgência e o
cumprimento das três condições seguintes: confissão
sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice.
Para que alguém seja capaz de lucrar indulgências, deve ser
batizado, não
estar excomungado e encontrar-se em estado de graça, pelo
menos no fim das obras prescritas.
O fiel deve também ter intenção, ao menos geral, de ganhar a
indulgência e
cumprir as ações prescritas, no tempo determinado e no modo
devido, segundo o teor da
concessão.
Com uma só confissão podem ganhar-se várias indulgências,
mas com uma só
comunhão e uma só oração alcança-se uma só indulgência
plenária.
A condição de rezar nas intenções do Sumo Pontífice se
cumpre ao se recitar
nessas intenções um Pai-nosso e uma Ave-Maria, mas podem os
fiéis acrescentar outras orações conforme sua piedade e devoção.
ALGUMAS OBRAS ENRIQUECIDAS DE INDULGÊNCIA PLENÁRIA:
- Adoração ao
Santíssimo Sacramento pelo menos por meia hora;
- Leitura espiritual
da Sagrada Escritura ao menos por meia hora;
- Piedoso exercício
da Via Sacra;
O piedoso exercício deve-se realizar diante das estações da
via-sacra, legitimamente
eretas.
Requerem-se catorze cruzes para erigir a via-sacra; junto
com as cruzes, costuma-se
colocar outras tantas imagens ou quadros que representam as
estações de Jerusalém.
Conforme o costume mais comum, o piedoso exercício consta de
catorze leituras
devotas, a que se acrescentam algumas orações vocais.
Requer-se piedosa meditação só da
Paixão e Morte do Senhor, sem ser necessária a consideração
do mistério de cada estação.
Exige-se o movimento de uma para a outra estação. Mas se a
via-sacra se faz
publicamente e não se pode fazer o movimento de todos os
presentes ordenadamente, basta que o dirigente se mova para cada uma das
estações, enquanto os outros ficam em seus lugares.
- Recitação do
Rosário de Nossa Senhora na igreja, no oratório ou na família ou na
comunidade religiosa
ou em piedosa associação;
Basta a reza da terça parte do Rosário, mas as cinco dezenas
devem-se recitar juntas.
Piedosa meditação deve acompanhar a oração vocal.
Na recitação pública, devem-se anunciar os mistérios,
conforme o costume aprovado do
lugar; na recitação privada, basta que o fiel ajunte a
meditação dos mistérios à oração vocal.
Bênção papal;
Ganha indulgência plenária o fiel que recebe com piedade e
devoção a bênção dada pelo
Sumo Pontífice a Roma e ao mundo, ainda que a bênção se
receba por rádio ou
televisão.
Visita ao cemitério.
Ao fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo
em espírito, pelos defuntos,
concede-se indulgência aplicável somente às almas do
purgatório. Esta indulgência será plenária, cada dia, de 1 a 8 de novembro; nos
outros dias do ano será parcial.
Indulgência na hora
da morte
O sacerdote que administra os sacramentos ao fiel em perigo
de vida não deixe de lhe
comunicar a bênção apostólica com a indulgência plenária. Se
não houver sacerdote, a Igreja,
mãe compassiva, concede benignamente a mesma indulgência ao
cristão bem disposto para
ganhá-la na hora da morte, se durante a vida habitualmente
tiver recitado para isso algumas
orações. Para alcançar esta indulgência plenária
louvavelmente se rezam tais orações fazendo
uso de um crucifixo ou de uma simples cruz.
A condição de ele habitualmente ter recitado algumas orações
supre as três condições
requeridas para ganhar a indulgência plenária.
A mesma indulgência plenária em artigo de morte, pode
ganhá-la o fiel que no mesmo dia
já tenha ganho outra indulgência plenária.
Mensagem de Medjugorje no
dia 02 de Novembro de 2014
“Queridos filhos, Eu
estou com vocês com a benção do Meu Filho, com vocês que Me amam e desejam
seguir-Me. Eu desejo estar também com vocês, e com todos os que não Me aceitam.
Para todos abro o Meu Coração cheio de amor e os abençôo com as Minhas Mãos
Maternas. Eu sou uma Mãe que os compreende. Vivi a vida de vocês e provei os
seus sofrimentos e as suas alegrias.
Vocês que estão
vivendo na dor, vocês podem compreender a Minha dor e o Meu sofrimento por
aqueles Meus filhos que não permitem que os ilumine a luz do Meu Filho, por
aqueles Meus filhos que vivem nas trevas. Por isso, preciso de vocês, vocês que
são iluminados pela luz e que compreenderam a verdade. Convido-os a adorar o
Meu Filho para que a alma de vocês cresça e alcance uma verdadeira
espiritualidade. Apóstolos Meus, deste modo vocês vão poder Me ajudar.
Ajudar-Me significa rezar por aqueles que ainda não conhecem o Amor do Meu
Filho. Rezando por eles, vocês demonstram ao Meu Filho que o amam e o seguem.
O Meu Filho Me
prometeu que o mal não vencerá nunca, porque aqui estão vocês, as almas dos
justos; vocês que tentam fazer as suas orações com o coração; vocês que
oferecem as suas dores e os seus sofrimentos ao Meu Filho; vocês que
compreenderam que a vida é somente um piscar de olhos; vocês que anseiam pelo
Reino Celestial. Tudo isso os torna os Meus Apóstolos, e os conduz para o
Triunfo do Meu Coração. Por isso, filhos Meus, purifiquem os seus corações e
adorem o Meu Filho. Os agradeço.”
* Idosa mãe de três sacerdotes, um deles no Iraque,
torna-se religiosa católica aos 82 anos.
O Pe. Luis Montes, missionário
argentino do Instituto do Verbo Encarnado (IVE) no Iraque, compartilhou
recentemente que a sua mãe, que ficou viúva há
oito anos, converteu-se aos 82 anos de idade em religiosa que atende crianças
no Lar Nossa Senhora da Divina Providência, de Rama Caída.
Em diálogo com o programa Sem
Medo, do site Mediamza.com, o Pe. Luis Montes recordou que “somos sete irmãos,
um já faleceu, três somos sacerdotes. Meu pai faleceu há oito anos e faz pouco
tempo minha mãe, sendo viúva, entrou no convento das irmãs, assim, agora é
religiosa”.
Outro de seus irmãos,
assinalou, é leigo consagrado.
O sacerdote recordou como foi
que chegou a ser pároco em Bagdá, no Iraque, um país que sofre com a violência,
onde os cristãos, entre outras minorias religiosas, sofrem a perseguição do
grupo extremista Estado Islâmico.
“Eu estava no Oriente Médio
desde 96, já são quase 20 anos. A última missão que tive no Oriente Médio,
depois da Terra Santa e Jordânia, foi o Egito. Estive lá por sete anos, fui o
superior provincial da região para o meu Instituto”.
O Pe. Montes recordou que
“terminado o meu mandato, perguntaram-me concretamente se queria ir para o
Iraque. Eles sabiam o carinho que eu tinha pelo Iraque, o amor que sempre tive
a essa fundação, que pude concretizar como provincial. Então me perguntaram e
eu adorei”.
“Se eu tivesse que escolher
entre todos os lugares do mundo, escolheria o Iraque”, assegurou.
O sacerdote argentino recordou
que chegou ao Iraque “em 2010, isso foi em dezembro”, pouco tempo depois “do
grande atentado que houve contra a Igreja Nossa Senhora da Salvação, no qual
morreram cerca de 50 cristãos que estavam participando da Missa”.
Esse evento, assinalou, “marcou
muito a comunidade de Bagdá, porque desde esse dia aumentou o êxodo de cristãos
fugindo do país”.
O Pe. Montes assinalou que “missionar no Iraque é uma coisa maravilhosa,
porque no coração do homem sempre se dá uma luta entre o bem e o mal. Deus quer
levar-nos para si, quer dar-nos a vida eterna, e o diabo, inimigo de Deus, quer
afastar-nos de Deus”.
“É realmente uma batalha, é
algo que ocorre sempre nos nossos corações, portanto nós temos que estar
pensando o tempo todo em fazer melhor as coisas”.
“E em um país como o Iraque,
onde está o terrorismo, um terrorismo tão satânico, isso fica mais patente. Aí
se vê ao que chega o homem que se separa de Deus”.
Por outra parte, assinalou,
está “a força que Deus dá aos seus filhos, e temos assim casos de heroísmo,
gente que dá a sua vida por Cristo, que dá a sua vida pelos seus irmãos. E isso
faz que seja realmente ao mesmo tempo um espetáculo muito triste e algo muito
edificante. Nós estamos aprendendo com os cristãos no Oriente Médio, com os
cristãos iraquianos”.
O sacerdote assegurou que “Deus
triunfa em seus santos, e faz que seus filhos deem um testemunho que é
irrefutável”.
“No futuro, o Estado Islâmico
vai desaparecer, assim como Nero desapareceu, assim como desapareceram os
imperadores que perseguiram a Igreja. Eles morrem e a coisa acaba. Os santos
viverão para sempre”.
“Assim como nós falamos agora
dos santos perseguidos nos primeiros séculos, assim vai se falar dos santos
iraquianos no futuro”, assegurou.
Carmadélio, Blog.comshalom.org.
A mensageira da Medalha Milagrosa.
Ela se chamava
Catarina, ou Zoé, para os mais íntimos. Sua maior alegria era levar a ração
diária para a multidão de pombos que habitava a torre quadrada do pombal de sua
casa. Ao avistarem a camponesinha, as aves se lançavam em direção a ela,
envolvendo-a, submergindo-a, parecendo querer arrebatá-la e arrastá-la para as
alturas. Durante toda a vida, guardará nostalgia dos pombos de sua infância:
“Eram quase 800 cabeças”, costumava dizer, não sem uma pontinha de tímido
orgulho…
Catarina Labouré (pronuncia-se “Laburrê”) veio ao mundo em 1806,
na província francesa da Borgonha, sob o céu de Fain-les-Moutiers, onde seu pai
possuía uma fazenda e outros bens. Aos nove anos perdeu a mãe, uma distinta
senhora pertencente à pequena burguesia local, de espírito cultivado e alma
nobre, e de um heroísmo doméstico exemplar. Abalada pelo rude golpe, desfeita
em lágrimas, Catarina abraça uma imagem da Santíssima Virgem e exclama: “De
agora em diante, Vós sereis minha mãe!”
Nossa Senhora não decepcionará a menina que se entregava a Ela
com tanta devoção e confiança. A partir de então, adotou-a como filha dileta,
alcançando-lhe graças superabundantes que só fizeram crescer sua alma inocente
e generosa. Essa encantadora guardiã de pombos, em cujos límpidos olhos azuis
se estampavam a saúde, alegria e vida, assim como a gravidade e sensatez
advindas das responsabilidades que cedo pesaram sobre seus jovens ombros, essa
pequena dona-de-casa modelo (e ainda iletrada) teve seus horizontes interiores
abertos para a contemplação e a ascese, conducentes a uma hora de suprema
magnificência.
As Filhas de São Vicente de Paulo
Certa vez, um sonho deixou Catarina intrigada. Na igreja de
Fain-les-Moutiers, ela vê um velho e desconhecido sacerdote celebrando a Missa,
cujo olhar a impressiona profundamente. Encerrado o Santo Sacrifício, ele faz
um sinal para que Catarina se aproxime. Temerosa, ela se afasta, sempre
fascinada por aquele olhar. Ainda em sonho, sai para visitar um pobre doente, e
reencontra o mesmo sacerdote, que desta vez lhe diz: “Minha filha, tu agora me
foges… mas um dia serás feliz em vir até mim. Deus tem desígnios sobre ti. Não
te esqueças disso”. Ao despertar, Catarina repassa em sua mente aquele sonho,
sem o compreender…
Algum tempo depois, já com 18 anos, uma imensa surpresa! Ao
entrar no parlatório de um convento em Châtillon-sur-Seine, ela depara com um
quadro no qual está retratado precisamente aquele ancião de penetrante olhar: é
São Vicente de Paulo, Fundador da congregação das Filhas da Caridade, que assim
confirma e indica a vocação religiosa de Catarina.
Com efeito, aos 23 anos, vencendo todas as tentativas do pai
para afastá-la do caminho que o Senhor lhe traçara, abandona para sempre um
mundo que não estava à sua altura, e entra como postulante naquele mesmo convento
de Chântillon-sur-Seine. Três meses depois, em 21 de abril de 1830, é aceita no
noviciado das Filhas da Caridade, situado na rue du Bac*, em Paris, onde tomará
o hábito em janeiro do ano seguinte.
Primeira aparição de Nossa Senhora
Desde
a sua entrada no convento darue
du Bac, Catarina Labouré foi favorecida por numerosas visões: o Coração de São
Vicente, Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento, o Cristo Rei e a Santíssima
Virgem. Apesar da importância das outras aparições, devemos nos deter nas da
Rainha Celestial. A primeira teve lugar na noite de 18 para 19 de julho de
1830, data em que as Filhas da Caridade celebram a festa de seu santo Fundador.
De tudo quanto então sucedeu, deixou Catarina minuciosa descrição:
A
Madre Marta nos falara sobre a devoção aos santos, em particular sobre a
devoção à Santíssima Virgem – o que me deu desejo de vê-La – e me deitei com
esse pensamento: que nessa noite mesmo, eu veria minha Boa Mãe. Como nos haviam
distribuído um pedaço do roquete de linho de Sã Vicente, cortei a metade e a
engoli, adormecendo com o pensamento de que São Vicente me obteria a graça de
contemplar a Santíssima Virgem. Enfim, às onze e meia da noite, ouvi alguém me
chamar:
-
Irmã Labouré! Irmã Labouré!
Acordando,
abri a cortina e vi um menino de quatro a cinco anos, vestido de branco, que me
disse:
-
Levantai-vos depressa e vinde à Capela! A Santíssima Virgem vos espera.
Logo
me veio o pensamento de que as outras irmãs iam me ouvir. Mas, o menino me
disse:
-
Ficai tranqüila, são onze e meia; todas estão profundamente adormecidas. Vinde,
eu vos espero.
Vesti-me
depressa e me dirigi para o lado do menino, que permanecera de pé sem se
afastar da cabeceira de meu leito. Eu o segui. Sempre à minha esquerda, ele
lançava raios de claridade por todos os lugares onde passávamos, nos quais os
candeeiros estavam acesos, o que muito me espantava. Porém, muito mais surpresa
fiquei ao entrar na capela: logo que o menino tocou a porta com a ponta do
dedo, ela se abriu. E meu espanto foi ainda mais completo quando vi todas as
velas e castiçais acesos, o que me recordava a missa de meia-noite. Entretanto,
eu não via a Santíssima Virgem.
O
menino me conduziu para dentro do santuário, até o lado da cadeira do diretor
espiritual*. Ali me ajoelhei, enquanto o menino continuou de pé. Como o tempo
de espera estava me parecendo longo, olhei para a galeria para ver se as irmãs
encarregadas da vigília noturna não passavam por ali.
Por
fim, chegou o momento. O menino me alertou, dizendo:
-
Eis a Santíssima Virgem! Ei-La!
Nesse
instante, Catarina ouve um ruído, como o frufru de um vestido de seda, vindo do
alto da galeria. Levanta os olhos e vê uma senhora com um traje cor de marfim,
que se prosterna diante do altar e vem se sentar na cadeira do Padre Diretor.
A
vidente estava na dúvida se Aquela era Nossa Senhora. O menino, então, não mais
com timbre infantil, mas com voz de homem e em tom autoritário, disse:
-
Eis a Santíssima Virgem!
A
Irmã Catarina recordaria depois:
Dei
um salto para junto d’Ela, ajoelhando-me ao pé do altar,com
as mãos apoiadas nos joelhos de Nossa Senhora… Ali se passou o momento mais
doce de minha vida. Ser-me-ia impossível exprimir tudo quanto senti.
Ela
disse como me devo conduzir face a meu diretor espiritual, como me comportar em
meus sofrimentos vindouros, mostrando-me com a mão esquerda o pé do altar, onde
eu devo vir me lançar e expandir meu coração. Lá receberei todas as consolações
de que necessito. Eu Lhe perguntei o que significavam todas as coisas que vira
e Ela me explicou tudo:
-
Minha filha, Deus quer te encarregar de uma missão. Terás muito que sofrer,
porém hás de suportar, pensando que o farás para a glória de Deus. Saberás
(discernir) o que é de Deus. Serás atormentada, até pelo que disseres a quem
está encarregado de te dirigir. Serás contraditada, mas terás a graça. Não
temas. Dize tudo com confiança e simplicidade. Serás inspirada em tuas orações.
O tempo atual é muito ruim. Calamidades vão se abater sobre a França. O trono
será derrubado. O mundo inteiro se verá transtornado por males de todo tipo (a
Santíssima Virgem tinha um ar muito entristecido ao dizer isso). Mas venham ao
pé deste altar: aí as graças serão derramadas sobre todas as pessoas, grandes e
pequenas, particularmente sobre aquelas que as pedirem com confiança e fervor.
O perigo será grande, porém não deves temer: Deus e São Vicente protegerão esta
Comunidade.
Os fatos confirmam a aparição
Uma
semana depois dessa bendita noite, explodia nas ruas de Paris a revolução de
1830, confirmando a profecia contida na visão de Santa Catarina. Desordens
sociais e políticas derrubaram o rei Carlos X, e por toda a parte se
verificaram manifestações de um anti-clericalismo violento e incontrolável:
igrejas profanadas, cruzes lançadas por terra, comunidades religiosas
invadidas, devastadas e destruídas, sacerdotes perseguidos e maltratados.
Entretanto, cumpriu-se fielmente a promessa de Nossa Senhora: os padres
Lazaristas e as Filhas da Caridade, congregações fundadas por São Vicente de
Paulo, atravessaram incólumes esse turbulento período.
Graças abundantes e novas provações
Retornemos
àqueles maravilhosos momentos na capela da rue du Bac, na noite de 18 para 19
de julho, quando Santa Catarina, com as mãos apoiadas sobre os joelhos de Nossa
Senhora, ouvia a mensagem que Ela lhe trazia do Céu. Dando prosseguimento às
suas narrativas, a vidente recorda estas palavras da Mãe de Deus:
-
Minha filha, agrada-me derramar minhas graças sobre esta Comunidade em
particular. Eu a amo muito. Sofro, porque há grandes abusos e relaxamento na
fidelidade à Regra, cujas disposições não são observadas. Dize-o ao teu
encarregado. Ele deve fazer tudo o que lhe for possível para recolocar a Regra
em vigor. Comunica-lhe, de minha parte, que vigie sobre as más leituras, as
perdas de tempo e as visitas.
Retomando
um aspecto tristonho, Nossa Senhora acrescentou:
- Grandes calamidades virão. O perigo será imenso. Não
temas, Deus e São Vicente protegerão a comunidade. Eu mesma estarei convosco.
Tenho sempre velado por vós e vos concederei muitas graças. Momento virá em que
pensarão estar tudo perdido. Tende confiança, Eu não vos abandonarei.
Conhecereis minha visita e a proteção de Deus e de São Vicente sobre as duas
comunidades. Não se dará o mesmo, porém, com outras Congregações. Haverá
vítimas (ao dizer isto, a Santíssima Virgem tinha lágrimas nos olhos). Haverá
bastante vítimas no clero de Paris… O Arcebispo morrerá. Minha filha, a Cruz
será desprezada e derrubada por terra. O sangue correrá. Abrir-se-á de novo o
lado de Nosso Senhor. As ruas estarão cheias de sangue. O Arcebispo será
despojado de suas vestimentas (aqui a Santíssima Virgem não podia mais falar; o
sofrimento estava estampado em sua face). Minha filha, o mundo todo estará na
tristeza.
Ouvindo
estas palavras, pensei quando isto ocorreria. E compreendi muito bem: quarenta
anos.
Nova confirmação: a “Comuna de
Paris”
De fato, quatro décadas depois, no fim de 1870, a
França e a Alemanha se enfrentaram num sangrento conflito, em que a
superioridade de armamentos e de disciplina militar
deram às forças germânicas uma fulminante vitória
sobre o mal treinado exército francês. Em conseqüência da derrota, novas
convulsões político-sociais arrebentaram em Paris, perpetradas por um movimento
conhecido sob o nome de “Comuna”. Tais desordens deram lugar a outras violentas
perseguições religiosas.
Conforme Nossa Senhora previra, foi fuzilado no
cárcere o Arcebispo de Paris, Monsenhor Darboy. Pouco depois, os rebeldes
assassinaram vinte dominicanos e outros reféns, clérigos e soldados.
Entretanto, os Lazaristas e as Filhas da Caridade mais uma vez atravessaram
incólumes esse período de terror, exatamente como a Santíssima Virgem prometera
a Santa Catarina: “Minha filha, conhecereis minha visita e a proteção de Deus e
de São Vicente sobre as duas comunidades. Mas, não se dará o mesmo com outras
Congregações.”
Enquanto as demais irmãs eram tomadas de pavor em meio
aos insultos, injúrias e perseguições dos anarquistas da Comuna, Santa Catarina
era a única a não ter medo: “Esperai” – dizia-, “a Virgem velará por nós… Não
nos acontecerá nenhum mal!” E mesmo quando os desordeiros invadiram o convento
das Filhas da Caridade e as expulsaram de lá, a santa vidente não apenas
assegurou à Superiora que a própria Santíssima Virgem guardaria a casa intacta,
mas previu que todas estariam de volta dentro de um mês, para celebrar a festa
da Realeza de Maria. Ao retirar-se, Santa Catarina apanhou a coroa da imagem do
jardim e disse a ela: “Eu voltarei para vos coroar no dia 31 de maio”.
Estas e outras revelações concernentes à Revolução da
Comuna realizaram-se pontualmente, conforme foram anunciadas quarenta anos
antes por Nossa Senhora.
Mas, retrocedamos àquela bendita noite de julho de
1830, na capela da rue du Bac. Após o encontro com a Mãe de Deus, Santa
Catarina não cabia em si de tanta consolação e alegria. Ela recordaria mais
tarde:
Não sei quanto tempo lá permaneci. Tudo o que sei é
que, quando Nossa Senhora partiu, tive a impressão de que algo se apagava, e
apenas percebi uma espécie de sombra que se dirigia para o lado da galeria,
fazendo o mesmo percurso pelo qual Ela havia chegado. Levantei-me dos degraus
do altar e vi o menino onde ele havia ficado. Disse-me:
- Ela partiu.
Retomamos o mesmo caminho, de novo todo iluminado, o
menino conservando-se à minha esquerda. Creio que era meu Anjo da Guarda, que
se tornara visível para me fazer contemplar a Santíssima Virgem, atendendo as
insistentes súplicas que eu lhe fizera neste sentido. Ele estava vestido de
branco e levava consigo uma luz miraculosa, ou seja, estava resplandecente de
luz. Sua idade girava em torno de quatro ou cinco anos.
Retornando a meu leito (eram duas horas da manhã, pois
ouvi soar a hora), não consegui mais dormir…
Segunda aparição: a Medalha
Milagrosa
Quatro meses transcorreram desde aquela prodigiosa
noite em que Santa Catarina contemplara pela primeira vez a Santíssima Virgem.
Na inocente alma da religiosa cresciam as saudades daquele bendito encontro e o
desejo intenso de que lhe fosse concedido de novo o augusto favor de rever a
Mãe de Deus. E foi atendida.
Era 27 de novembro de 1830, sábado. Às cinco e meia da
tarde, as Filhas da Caridade encontravam-se reunidas na sua capela da rue du
Bac para o costumeiro período de meditação. Reinava perfeito silêncio nas
fileiras das freiras e noviças. Como as demais, Catarina se mantinha em
profundo recolhimento. De súbito…
Pareceu-me ouvir, do lado da galeria, um ruído como o
frufru de um vestido de seda. Tendo olhado para esse lado, vi a Santíssima
Virgem à altura do quadro de São José. De estatura média, sua face era tão bela
que me seria impossível dizer sua beleza.
A Santíssima Virgem estava de pé, trajando um vestido
de seda branco-aurora, feito segundo o modelo que se chama à la Vierge, mangas
lisas, com um véu branco que Lhe cobria a cabeça e descia de cada lado até
embaixo. Sob o véu, vi os cabelos repartidos ao meio, e por cima uma renda de
mais ou menos três centímetros de altura, sem franzido, isto é, apoiada
ligeiramente sobre os cabelos. O rosto bastante descoberto, os pés pousados
sobre uma meia esfera. Nas mãos, elevadas à altura do estômago de maneira muito
natural, Ela trazia uma esfera de ouro que representava o globo terrestre. Seus
olhos estavam voltados para o Céu… Seu rosto era de uma incomparável formosura.
Eu não saberia descrevê-lo…
De repente, percebi em seus dedos anéis revestidos de
belíssimas pedras preciosas, cada uma mais linda que a outra, algumas maiores,
outras menores, lançando raios para todos os lados, cada qual mais estupendo
que o outro. Das pedras maiores partiam os mais magníficos fulgores,
alargando-se à medida que desciam, o que enchia toda a parte inferior do lugar.
Eu não via os pés de Nossa Senhora.
Nesse momento, quando eu estava contemplando a
Santíssima Virgem, Ela baixou os olhos, fitando-me. E uma voz se fez ouvir no
fundo de meu coração, dizendo estas palavras:
- A esfera que vês representa o mundo inteiro,
especialmente a França… e cada pessoa em particular…
Não sei exprimir o que senti e o que vi nesse
instante: o esplendor e a cintilação de raios tão maravilhosos…
- Estes (raios) são o símbolo das graças que Eu
derramo sobre as pessoas que mas pedem – acrescentou Nossa Senhora, fazendo-me
compreender quão agradável é rezar a Ela, quanto Ela é generosa para com seus
devotos, quantas graças concede às pessoas que Lhas rogam, e que alegria Ela
sente ao concedê-las.
- Os anéis dos quais não partem raios (dirá depois a
Santíssima Virgem), simbolizam as graças que se esquecem de me pedir.
Nesse momento formou-se um quadro em torno de Nossa
Senhora, um pouco oval, no alto do qual estavam as seguintes palavras: “Ó Maria
concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”, escritas em letras
de ouro.
Uma voz se fez ouvir então, dizendo-me:
Uma voz se fez ouvir então, dizendo-me:
- Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. Todos
os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças. Estas serão
abundantes para aqueles que a usarem com confiança…
Nesse instante, o quadro me pareceu girar e vi o
reverso da medalha: no centro, o monograma da Santíssima Virgem, composto pela
letra “M” encimada por uma cruz, a qual tinha uma barra em sua base. Embaixo
figuravam os Corações de Jesus e de Maria, o primeirocoroado
de espinhos, e o outro, transpassado por um gládio. Tudo desapareceu como algo
que se extingue, e fiquei repleta de bons sentimentos, de alegria e de
consolação.
Santa Catarina dirá, mais tarde, a seu Diretor
Espiritual ter visto as figuras do verso da medalha contornadas por uma
guirlanda de doze estrelas. Tempos depois, pensando se algo mais devia lhes ser
acrescentado, ouviu durante a meditação uma voz que dizia:
- O M e os dois corações são suficientes.
A cunhagem das primeiras medalhas
Encerrava-se
assim o ciclo das aparições da Santíssima Virgem a Santa Catarina. Esta,
entretanto, recebeu uma consoladora mensagem: “Minha filha, doravante não mais
me verás, porém ouvirás minha voz durante tuas orações”. Tudo quanto
presenciara e lhe fora transmitido, Santa Catarina relatou ao seu diretor
espiritual, o Padre Aladel, que muito hesitou em lhe dar crédito. Ele
considerava uma sonhadora, visionária e alucinada essa noviça que tudo lhe
confiava e insistentemente implorava:
-
Nossa Senhora quer isto… Nossa Senhora está descontente… é preciso cunhar a
medalha!
Dois
anos de tormento se passaram. Por fim, o Padre Aladel resolve consultar o
Arcebispo de Paris, Dom Quelen, que o encoraja a levar adiante esse santo
empreendimento. Só então encomenda à Casa Vachette as primeiras vinte mil
medalhas. A cunhagem já ia começar, quando uma epidemia de cólera, vinda da
Rússia através da Polônia, irrompeu em Paris em 26 de março de 1832, espalhando
a morte e a calamidade. A devastação foi tal que, num único dia, registraram-se
861 vítimas fatais, sendo que o total de óbitos elevou-se a mais de vinte mil.
As
descrições da época são aterradoras: o corpo de um homem em perfeitas condições
de saúde reduzia-se ao estado de esqueleto em apenas quatro ou cinco horas. Quase
num piscar de olhos, jovens cheios de vida tomavam o aspecto de velhos
carcomidos, e logo depois não eram senão horripilantes cadáveres.
Nos
últimos dias de maio, quando a epidemia pareceu recuar, iniciou-se de fato a
cunhagem das medalhas. Todavia, na segunda quinzena de junho, novo surto da
tremenda enfermidade lançava uma vez mais o pânico entre o povo. Finalmente, a
Casa Vachette entregou no dia 30 desse mês as primeiras 1500 medalhas, que logo
foram distribuídas pelas Filhas da Caridade e abriram um interminável cortejo
de graças e milagres.
Conversão do jovem Ratisbonne
Os
prodígios da misericórdia divina operados através da Medalha correram de boca
em boca por toda a França. Em poucos anos, já se difundia pelo mundo inteiro a
notícia de que Nossa Senhora havia indicado pessoalmente a uma freira, Filha da
Caridade, o modelo de uma medalha que mereceu imediatamente o nome de
“Milagrosa”, pois imensos e copiosos eram os favores celestiais alcançados
pelos que a usavam com confiança, segundo a promessa da Santíssima Virgem.
Em
1839, mais de dez milhões de medalhas já circulavam pelos cinco continentes, e
os registros de milagres chegavam de todos os lados: Estados Unidos, Polônia,
China, Etiópia…
Nenhum,
porém, causou tanta surpresa e admiração quanto o noticiado pela imprensa em
1842: um jovem banqueiro, aparentado com a riquíssima família Rotschild, judeu
de raça e religião, indo a Roma com olhos críticos em relação à Fé Católica,
converteu-se subitamente na Igreja de Santo André delle Fratte. A Santíssima
Virgem lhe aparecera com as mesmas características da Medalha Milagrosa: “Ela
nada disse, mas eu compreendi tudo”, declarou Afonso Tobias Ratisbonne, que
logo rompeu um promissor noivado e se tornou, no mesmo ano, noviço jesuíta.
Mais tarde se ordenou sacerdote e prestou relevantes serviços à Santa Igreja,
sob o nome de Padre Afonso Maria Ratisbonne.
Quatro
dias antes de sua feliz conversão, o jovem israelita aceitara, por bravata, a
imposição de seu amigo, o Barão de Bussières: prometera rezar todo dia um
Lembrai-vos (conhecida oração composta por São Bernardo) e levar ao pescoço uma
Medalha Milagrosa. E ele a trazia consigo quando Nossa Senhora lhe apareceu…
Essa
espetacular conversão comoveu toda a aristocracia européia e teve repercussão
mundial, tornando ainda mais conhecida, procurada e venerada a Medalha
Milagrosa. Entretanto, ninguém – nem a Superiora da rue du Bac e nem mesmo o
Papa – sabia quem era a religiosa escolhida por Nossa Senhora para canal de
tantas graças. Ninguém… exceto o Padre Aladel, que envolvia tudo no anonimato.
Por humildade, Santa Catarina Labouré manteve durante toda a vida uma absoluta
discrição, jamais deixando transparecer o celeste privilégio com que fora
contemplada.
Para
ela importava apenas a difusão da medalha: era sua missão… e estava cumprida!
A figura de Nossa Senhora na Medalha
A glorificação de Catarina
Durante
46 anos de uma vida toda interior e escrupulosamente recolhida, Santa Catarina
permaneceu fiel a seu anonimato. Miraculoso silêncio! Seis meses antes de seu
fim, impossibilitada de ver seu confessor, recebeu do Céu a autorização – quiçá
a exigência – de revelar à sua Superiora quem era a freira honrada pela
Santíssima Virgem por um ato de confiança sem igual.
Diante
da idosa e já claudicante irmã, em relação à qual havia sido por vezes severa,
a Superiora se ajoelhou e se humilhou.
Santa
Catarina faleceu docemente em 31 de dezembro de 1876, sendo enterrada três dias
depois numa sepultura cavada na capela da rue du Bac. Passadas quase seis
décadas, em 21 de março de 1933, seu corpo exumado apareceu incorrupto à vista
dos assistentes. Um médico ergueu as pálpebras da santa e recuou, reprimindo a
custo um grito de espanto: os magníficos olhos azuis que contemplaram a
Santíssima Virgem pareciam ainda, após 56 anos de túmulo, palpitantes de vida.
A
Igreja elevou Santa Catarina Labouré à honra dos altares em 27 de julho de
1947. Aos tesouros de graças e misericórdias espargidos pela Medalha Milagrosa
em todo o mundo, iam se acrescentar doravante as benevolências e favores
obtidos pela intercessão daquela que vivera na sombra, escondida com Jesus e
Maria.
Hoje,
qualquer fiel pode venerar o corpo incorrupto da santa, exposto na Casa das
Filhas da Caridade, em Paris. Antigamente ali, nas horas de oração e
recolhimento, o balouçar das alvas coifas das religiosas ajoelhadas em fileiras
diante do altar, lembrava um disciplinado vôo de pombos brancos…
II. O céu
[1023] Os que morrerem na graça e na amizade de Deus e estiverem perfeitamente purificados, viverão para sempre com Cristo. Serão para sempre semelhantes a Deus, porque O verão « tal como Ele é » (1 Jo 3, 2), « face a face » (1 Cor 13, 12) (615): « Com a nossa autoridade apostólica, definimos que, por geral disposição divina, as almas de todos os santos mortos antes da paixão de Cristo [...] e as de todos os outros fiéis que morreram depois de terem recebido o santo batismo de Cristo e nas quais nada havia a purificar no momento da morte, ou ainda daqueles que, se no momento da morte houve ou ainda há qualquer coisa a purificar, acabaram por o fazer [...] mesmo antes de ressuscitarem em seus corpos e do Juízo universal - e isto depois da Ascensão ao céu do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo -, estiveram, estão e estarão no céu, associadas ao Reino dos céus e no paraíso celeste, com Cristo, na companhia dos santos anjos. E depois da paixão e morte de nosso Senhor Jesus Cristo, essas almas viram e vêem a essência divina com uma visão intuitiva e face a face, sem a mediação de qualquer criatura » (616).
[1024] Esta vida perfeita com a Santíssima Trindade, esta comunhão de vida e de amor com Ela, com a Virgem Maria, com os anjos e todos os bem-aventurados, chama-se « céu ». O céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva.
[1025] Viver no céu é « estar com Cristo » (617). Os eleitos vivem « n'Ele »; mas n'Ele conservam, ou melhor, encontram a sua verdadeira identidade, o seu nome próprio (618): « Porque a vida consiste em estar com Cristo, onde está Cristo, aí está a vida, aí está o Reino » (619).
[1026] Pela sua morte e ressurreição, Jesus Cristo « abriu-nos » o céu. A vida dos bem-aventurados consiste na posse em plenitude dos frutos da redenção operada por Cristo, que associa à sua glorificação celeste aqueles que n'Ele acreditaram e permaneceram fiéis à sua vontade. O céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente incorporados n'Ele.
[1027] Este mistério de comunhão bem-aventurada com Deus e com todos os que estão em Cristo ultrapassa toda a compreensão e toda a representação. A Sagrada Escritura fala-nos dele por imagens: vida, luz, paz, banquete de núpcias, vinho do Reino, casa do Pai, Jerusalém celeste, paraíso: aquilo que « nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem jamais passou pelo pensamento do homem, Deus o preparou para aqueles que O amam » (1 Cor 2, 9).
[1028] Em virtude da sua transcendência, Deus não pode ser visto tal como é, senão quando Ele próprio abrir o seu mistério à contemplação imediata do homem e lhe der capacidade para O contemplar. Esta contemplação de Deus na sua glória celeste é chamada pela Igreja « visão beatífica »: « Qual não será a tua glória e a tua felicidade quando fores admitido a ver a Deus, a ter a honra de participar nas alegrias da salvação e da luz eterna, na companhia de Cristo Senhor teu Deus, [...] gozar no Reino dos céus, na companhia dos justos e dos amigos de Deus, das alegrias da imortalidade alcançada! » (620).
[1029] Na glória do céu, os bem-aventurados continuam a cumprir com alegria a vontade de Deus, em relação aos outros homens e a toda a criação. Eles já reinam com Cristo. Com Ele « reinarão pelos séculos dos séculos » (Ap 22, 5) (621).
[1030] III. A purificação final ou Purgatório
[1030] Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu.
[1031] A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativamente ao Purgatório sobretudo nos concílios de Florença (622) e de Trento (623). A Tradição da Igreja, referindo-se a certos textos da Escritura (624) fala dum fogo purificador: « Pelo que diz respeito a certas faltas leves, deve crer-se que existe, antes do julgamento, um fogo purificador, conforme afirma Aquele que é a verdade, quando diz que, se alguém proferir uma blasfémia contra o Espírito Santo, isso não lhe será perdoado nem neste século nem no século futuro (Mt 12, 32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas neste mundo e outras no mundo que há-de vir » (625).
[1032] Esta doutrina apoia-se também na prática da oração pelos defuntos, de que já fala a Sagrada Escritura: « Por isso, [Judas Macabeu] pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres das suas faltas » (2 Mac 12, 46). Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o Sacrifício eucarístico para que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos: « Socorramo-los e façamos comemoração deles. Se os filhos de Job foram purificados pelo sacrifício do seu pai (627) por que duvidar de que as nossas oferendas pelos defuntos lhes levam alguma consolação? [...] Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer por eles as nossas orações » (628).
[1033] IV. O Inferno
[1033] Não podemos estar em união com Deus se não escolhermos livremente amá-Lo. Mas não podemos amar a Deus se pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos: « Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um homicida: ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna » (1 Jo 3, 14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados d'Ele, se descurarmos as necessidades graves dos pobres e dos pequeninos seus irmãos (629). Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus, significa permanecer separado d'Ele para sempre, por nossa própria livre escolha. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa pela palavra « Inferno ».
[1034] Jesus fala muitas vezes da « gehena » do « fogo que não se apaga » (630) reservada aos que recusam, até ao fim da vida, acreditar e converter-se, e na qual podem perder-se, ao mesmo tempo, a alma e o corpo (631). Jesus anuncia, em termos muitos severos, que « enviará os seus anjos que tirarão do seu Reino [...] todos os que praticaram a iniquidade, e hão-de lançá-los na fornalha ardente »(Mt 13, 41-42), e sobre eles pronunciará a sentença: « afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno » (Mt 25, 41).
[1035] A doutrina da Igreja afirma a existência do Inferno e a sua eternidade. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente, após a morte, aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, « o fogo eterno » (632). A principal pena do inferno consiste na separação eterna de Deus, o único em Quem o homem pode ter a vida e a felicidade para que foi criado e a que aspira.
[1036] As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a respeito do Inferno são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem deve usar da sua liberdade, tendo em vista o destino eterno. Constituem, ao mesmo tempo, um apelo urgente à conversão: « Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta e espaçoso o caminho que levam à perdição e muitos são os que seguem por eles. Que estreita é a porta e apertado o caminho que levam à vida e como são poucos aqueles que os encontram! » (Mt 7, 13-14): « Como não sabemos o dia nem a hora, é preciso que, segundo a recomendação do Senhor, vigiemos continuamente, a fim de que, no termo da nossa vida terrena, que é só uma, mereçamos entrar com Ele para o banquete de núpcias e ser contados entre os benditos, e não sejamos lançados, como servos maus e preguiçosos, no fogo eterno, nas trevas exteriores, onde "haverá choro e ranger de dentes" » (633).
[1037] Deus não predestina ninguém para o Inferno (634). Para ter semelhante destino, é preciso haver uma aversão voluntária a Deus (pecado mortal) e persistir nela até ao fim. Na liturgia eucarística e nas orações quotidianas dos seus fiéis, a Igreja implora a misericórdia de Deus, « que não quer que ninguém pereça, mas que todos se convertam » (2 Pe 3, 9): « Aceitai benignamente, Senhor, a oblação que nós, vossos servos, com toda a vossa família, Vos apresentamos. Dai a paz aos nossos dias livrai-nos da condenação eterna e contai-nos entre os vossos eleitos » (635).
[1023] Os que morrerem na graça e na amizade de Deus e estiverem perfeitamente purificados, viverão para sempre com Cristo. Serão para sempre semelhantes a Deus, porque O verão « tal como Ele é » (1 Jo 3, 2), « face a face » (1 Cor 13, 12) (615): « Com a nossa autoridade apostólica, definimos que, por geral disposição divina, as almas de todos os santos mortos antes da paixão de Cristo [...] e as de todos os outros fiéis que morreram depois de terem recebido o santo batismo de Cristo e nas quais nada havia a purificar no momento da morte, ou ainda daqueles que, se no momento da morte houve ou ainda há qualquer coisa a purificar, acabaram por o fazer [...] mesmo antes de ressuscitarem em seus corpos e do Juízo universal - e isto depois da Ascensão ao céu do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo -, estiveram, estão e estarão no céu, associadas ao Reino dos céus e no paraíso celeste, com Cristo, na companhia dos santos anjos. E depois da paixão e morte de nosso Senhor Jesus Cristo, essas almas viram e vêem a essência divina com uma visão intuitiva e face a face, sem a mediação de qualquer criatura » (616).
[1024] Esta vida perfeita com a Santíssima Trindade, esta comunhão de vida e de amor com Ela, com a Virgem Maria, com os anjos e todos os bem-aventurados, chama-se « céu ». O céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva.
[1025] Viver no céu é « estar com Cristo » (617). Os eleitos vivem « n'Ele »; mas n'Ele conservam, ou melhor, encontram a sua verdadeira identidade, o seu nome próprio (618): « Porque a vida consiste em estar com Cristo, onde está Cristo, aí está a vida, aí está o Reino » (619).
[1026] Pela sua morte e ressurreição, Jesus Cristo « abriu-nos » o céu. A vida dos bem-aventurados consiste na posse em plenitude dos frutos da redenção operada por Cristo, que associa à sua glorificação celeste aqueles que n'Ele acreditaram e permaneceram fiéis à sua vontade. O céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente incorporados n'Ele.
[1027] Este mistério de comunhão bem-aventurada com Deus e com todos os que estão em Cristo ultrapassa toda a compreensão e toda a representação. A Sagrada Escritura fala-nos dele por imagens: vida, luz, paz, banquete de núpcias, vinho do Reino, casa do Pai, Jerusalém celeste, paraíso: aquilo que « nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem jamais passou pelo pensamento do homem, Deus o preparou para aqueles que O amam » (1 Cor 2, 9).
[1028] Em virtude da sua transcendência, Deus não pode ser visto tal como é, senão quando Ele próprio abrir o seu mistério à contemplação imediata do homem e lhe der capacidade para O contemplar. Esta contemplação de Deus na sua glória celeste é chamada pela Igreja « visão beatífica »: « Qual não será a tua glória e a tua felicidade quando fores admitido a ver a Deus, a ter a honra de participar nas alegrias da salvação e da luz eterna, na companhia de Cristo Senhor teu Deus, [...] gozar no Reino dos céus, na companhia dos justos e dos amigos de Deus, das alegrias da imortalidade alcançada! » (620).
[1029] Na glória do céu, os bem-aventurados continuam a cumprir com alegria a vontade de Deus, em relação aos outros homens e a toda a criação. Eles já reinam com Cristo. Com Ele « reinarão pelos séculos dos séculos » (Ap 22, 5) (621).
[1030] III. A purificação final ou Purgatório
[1030] Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu.
[1031] A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativamente ao Purgatório sobretudo nos concílios de Florença (622) e de Trento (623). A Tradição da Igreja, referindo-se a certos textos da Escritura (624) fala dum fogo purificador: « Pelo que diz respeito a certas faltas leves, deve crer-se que existe, antes do julgamento, um fogo purificador, conforme afirma Aquele que é a verdade, quando diz que, se alguém proferir uma blasfémia contra o Espírito Santo, isso não lhe será perdoado nem neste século nem no século futuro (Mt 12, 32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas neste mundo e outras no mundo que há-de vir » (625).
[1032] Esta doutrina apoia-se também na prática da oração pelos defuntos, de que já fala a Sagrada Escritura: « Por isso, [Judas Macabeu] pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres das suas faltas » (2 Mac 12, 46). Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o Sacrifício eucarístico para que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos: « Socorramo-los e façamos comemoração deles. Se os filhos de Job foram purificados pelo sacrifício do seu pai (627) por que duvidar de que as nossas oferendas pelos defuntos lhes levam alguma consolação? [...] Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer por eles as nossas orações » (628).
[1033] IV. O Inferno
[1033] Não podemos estar em união com Deus se não escolhermos livremente amá-Lo. Mas não podemos amar a Deus se pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos: « Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um homicida: ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna » (1 Jo 3, 14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados d'Ele, se descurarmos as necessidades graves dos pobres e dos pequeninos seus irmãos (629). Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus, significa permanecer separado d'Ele para sempre, por nossa própria livre escolha. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa pela palavra « Inferno ».
[1034] Jesus fala muitas vezes da « gehena » do « fogo que não se apaga » (630) reservada aos que recusam, até ao fim da vida, acreditar e converter-se, e na qual podem perder-se, ao mesmo tempo, a alma e o corpo (631). Jesus anuncia, em termos muitos severos, que « enviará os seus anjos que tirarão do seu Reino [...] todos os que praticaram a iniquidade, e hão-de lançá-los na fornalha ardente »(Mt 13, 41-42), e sobre eles pronunciará a sentença: « afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno » (Mt 25, 41).
[1035] A doutrina da Igreja afirma a existência do Inferno e a sua eternidade. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente, após a morte, aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, « o fogo eterno » (632). A principal pena do inferno consiste na separação eterna de Deus, o único em Quem o homem pode ter a vida e a felicidade para que foi criado e a que aspira.
[1036] As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a respeito do Inferno são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem deve usar da sua liberdade, tendo em vista o destino eterno. Constituem, ao mesmo tempo, um apelo urgente à conversão: « Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta e espaçoso o caminho que levam à perdição e muitos são os que seguem por eles. Que estreita é a porta e apertado o caminho que levam à vida e como são poucos aqueles que os encontram! » (Mt 7, 13-14): « Como não sabemos o dia nem a hora, é preciso que, segundo a recomendação do Senhor, vigiemos continuamente, a fim de que, no termo da nossa vida terrena, que é só uma, mereçamos entrar com Ele para o banquete de núpcias e ser contados entre os benditos, e não sejamos lançados, como servos maus e preguiçosos, no fogo eterno, nas trevas exteriores, onde "haverá choro e ranger de dentes" » (633).
[1037] Deus não predestina ninguém para o Inferno (634). Para ter semelhante destino, é preciso haver uma aversão voluntária a Deus (pecado mortal) e persistir nela até ao fim. Na liturgia eucarística e nas orações quotidianas dos seus fiéis, a Igreja implora a misericórdia de Deus, « que não quer que ninguém pereça, mas que todos se convertam » (2 Pe 3, 9): « Aceitai benignamente, Senhor, a oblação que nós, vossos servos, com toda a vossa família, Vos apresentamos. Dai a paz aos nossos dias livrai-nos da condenação eterna e contai-nos entre os vossos eleitos » (635).
Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fôgo que parcia estar debaixo da terra. Mergulhados em êsse fôgo os demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronziadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que d'elas mesmas saiam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faulhas em os grandes incêndios sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dôr e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demónios destinguiam-se por formas horríveis e ascrosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa bôa Mãe do Céu; que antes nos tinha prevenido com a promeça de nos levar para o Céu (na primeira aparição) se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor.
Foto de Jacinta, Lúcia e Francisco após a visão do inferno
BEATIFICAÇÃO DO PAPA PAULO VI NA CONCLUSÃO DO SÍNODO DA FAMÍLIA
Quem desinformado por meios de comunicação que deturpam a fé
católica esperava novidades doutrinais ou morais em relação a divórcio e outros
temas atuais deve perceber enfim que a igreja não muda doutrinas – não pode
“liberar” pecados, apenas discute de que modo melhor acolher o pecador sem
deixar de denunciar o pecado.
A Igreja é como mãe misericordiosa para com seus filhos pecadores
mas nunca poderá aceitar o adultério, o ato homossexual, a fornicação, o
aborto, a contracepção...
Foi providencial a beatificação de Paulo VI – que tanto defendeu a
moral cristã – no encerramento do sínodo.
Na cerimônia de beatificação presidida pelo papa Francisco em 18
de outubro passado estava presente também Bento XVI e numerosos clérigos e
fiéis que lotavam a praça da basílica de São Pedro.
Na “VIDA HUMANA” (HUMANAE VITAE) Paulo VI nos faz compreender que
devemos ser apenas fiéis colaboradores dAquele que é o Senhor da Vida,
respeitando sempre as finalidades unitiva (até que a morte os separe) e
procriativa do ato conjugal - abertura à vida, aceitar os filhos que Deus
quiser confiar ao casal.
Transcrevemos abaixo um pequeno trecho da “humanae vitae” do Beato Paulo VI:
“Em conformidade com estes pontos essenciais da visão humana e
cristã do matrimônio, devemos, uma vez mais, declarar que é absolutamente de
excluir, como via legítima para a regulação dos nascimentos, a interrupção
direta do processo generativo já iniciado, e, sobretudo, o aborto querido
diretamente e procurado, mesmo por razões terapêuticas.
É de excluir de igual modo, como o Magistério da Igreja
repetidamente declarou, a esterilização direta, quer perpétua quer temporária,
tanto do homem como da mulher.
É, ainda, de excluir toda a ação que, ou em previsão do ato
conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das
suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar
impossível a procriação.”
Testemunho
Em conformidade com a matéria anterior, apresentamos o seguinte
testemunho que nos foi enviado:
Sou casado ha 16 anos, me
chamo Jaime, minha esposa Edna, quando fazíamos 4 anos de casados
tínhamos 2 filhos, Samuel com 2 anos e Tamires com 1 ano e 3 meses,e minha esposa
estava no 8º mês de gestação do 3º filho, nossas condições financeiras não eram
muito boas, minha esposa tinha muitas varizes nas pernas e a cada gravidez elas
aumentavam muito mais ainda, então decidimos fazer o planejamento familiar para
que pudéssemos operar pelo SUS, decidimos que eu iria operar pois para mim era
mais fácil,a recuperação seria mais rápida, tudo preparado...quando estava indo
para fazer os exames, no caminho para o Hospital, Deus me falou: NÃO FAÇA, no
momento soube que era o Espirito Santo me dando como que uma ordem, não tive
nem mais o que pensar, voltei para casa, chegando em casa disse a minha esposa
o que aconteceu.Hoje temos 6 filhos, Samuel 15 anos,Tamires 13, Jeremias 12,
Felipe 11, Esther 9 e a caçulinha Veronica com 7, minha esposa faz o método
Bilings, somos uma família abençoada e muito feliz,Deus nunca deixou de nós
abençoar sua providencia Divina nunca nos faltou. LOUVADO SEJA
DEUS!
N.R.: Método da ovulação Billings: é um método natural eficaz que
se baseia na sensação de humidade na vulva para perceber os dias férteis que
podem se estender até 3 dias após o desaparecimento da sensação húmida.
Diferentemente da contracepção, os métodos naturais não tiram a fertilidade do
ato conjugal, apenas ensinam a reconhecer o período fértil para guardar
abstinência se, por razões justas, houver necessidade.
Beatificada religiosa que trabalhou no
Brasil
Assunta Marchetti,
Cofundadora da
Congregação das Irmãs Missionárias
de São Carlos Borromeo-Scalabrinianas foi
beatificada em São Paulo na catedral da Sé com presença do cardeal Angelo Amato
e do cardeal Odilo Scherer
NOTA SOBRE O MILAGRE
OBTIDO POR INTERCESSÃO
DA VENERÁVEL MADRE
ASSUNTA MARCHETTI
Irmã Leocádia Mezzomo,
mscs
Postuladora da Causa de
Beatificação
Em vista da Beatificação, a Postulação da Causa de Beatificação de
Madre
Assunta Marchetti apresentou ao juízo da Congregação das Causas
dos Santos a suposta cura milagrosa acontecida em Porto Alegre (Brasil) no
ano de 1994, de um senhor que havia sofrido um ataque cardíaco. Foi
socorrido imediatamente e internado no hospital; após um tratamento
adequado recebeu alta.
Passados alguns dias o fenômeno repetiu-se com maior
gravidade ao ponto que foi necessária uma intervenção cardiológica,
durante a qual aconteceu uma grave parada cardíaca que durou por mais de
quinze minutos. A equipe médica fez o possível para oferecer ao paciente
os cuidados oportunos para a reanimação, mas a sua condição agravou-se ao
ponto de correr risco de vida.
Naquele momento, uma irmã da Congregação da Venerável Serva de
Deus, sabendo da difícil situação do paciente, dirigiu uma fervorosa
invocação à Madre Assunta, pedindo sua intercessão para a cura do
paciente. Uniram-se a ela em oração as demais coirmãs scalabrinianas da
comunidade do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul
e alguns familiares do enfermo.
O doente foi transferido para a UTI e improvisamente
manifestou sintomas de
excelente recuperação das funções do coração, em um tempo muito
breve, em
comparação com o grave diagnóstico, e o mais estupendo foi que ele
não teve nenhuma sequela decorrente da grave patologia sofrida. Fonte: www.madreassunta.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário